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Metrologia

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METROLOGIA
SUMARIO
1 INTRODUCAO........................................................................................................06
2 METROLOGIA........................................................................................................07
2.1 CONCEITO...........................................................................................................07
2.2 HISTÓRICO E APLICACÂO................................................................................07
2.3 NORMAS TÉCNICAS BÁSICAS PARA METROLOGIA....................................09
2.3.1 Considerações Preliminares..........................................................................09
2.3.2 Provendo Confiança Às Medições.................................................................11
2.3.3 O Controle Metrológico .................................................................................14
2.3.4 Aplicação Do Guia Iso/Iec 17025 (Abnt Nbr Iso/Iec 17025) À
Metrologia Legal.......................................................................................................17
2.3.5 Políticas Brasileiras De Metrologia Legal ....................................................21
3 UNIDADES DE MEDIDAS E CONVERSÕES........................................................23
3.1 SISTEMAS INTERNACIONAL DE UNIDADES...................................................24
3.1.1 Comprimento...................................................................................................25
3.1.2 Área...................................................................................................................25
3.1.3 Volume..............................................................................................................26
3.1.4 Ângulo plano....................................................................................................26
3.1.5 Ângulo solido...................................................................................................27
3.1.6 Massa................................................................................................................27
3.1.7 Tempo...............................................................................................................27
3.1.8 Velocidade........................................................................................................28
3.1.9 Velocidade Angular.........................................................................................28
3.1.10 Aceleração.....................................................................................................28
3.1.11 Frequência.....................................................................................................28
3.1.12 Força...............................................................................................................28
3.1.13 Energia...........................................................................................................29
3.1.14 Potência.........................................................................................................29
3.1.15 Intensidade Energética.................................................................................29
3.1.16 Pressão..........................................................................................................29
3.1.17 Corrente Elétrica...........................................................................................29
3.1.18 Carga Elétrica................................................................................................30
3.1.19 Diferença De Potencial.................................................................................30
3.1.20 Resistência Elétrica......................................................................................30
3.1.21 Capacitância Elétrica....................................................................................30
3.1.22 Indutância Elétrica........................................................................................30
3.1.23 Temperatura..................................................................................................30
3.1.24 Quantidade De Matéria.................................................................................31
3.1.25 Intensidade Luminosa..................................................................................31
3.1.26 Fluxo Luminoso.............................................................................................31
3.1.27 Iluminamento.................................................................................................31
3.1.28 Informática.....................................................................................................31
3.2 REGRAS DE CONVERSÃO DE UNIDADES DE MEDIDA.................................31
3.2.1 Unidades de Comprimento.............................................................................32
3.2.2 Unidades de Área............................................................................................33
3.2.3 Unidades de Volume.......................................................................................33
3.2.4 Sistema Internacional de Unidades...............................................................34
4 RÉGUA GRADUADA.............................................................................................34 
5 RÉGUA DE CONTROLE........................................................................................35
6 TRENA....................................................................................................................36
7 ESQUADRO............................................................................................................36
8 GABARITO DE VERIFICACÃO DE RAIO..............................................................37
9 GABARITO DE VERIFICACÃO DE ROSCA..........................................................37
10 GABARITO DE VERIFICACÃO DE FOLGA........................................................38
11 GABARITO DE VERIFICAÇÃO PASSA E NÃO PASSA ...................................38
12 PAQUIMETRO......................................................................................................39
12.1 ESTRUTURAS DE UM PAQUÍMETRO.............................................................39
12.2 APLICAÇÕES DO PAQUÍMETRO....................................................................40
12.3 TIPOS DE PAQUÍMETROS...............................................................................41
12.4 LEITURA DA MEDIÇÃO ENCONTRADA NO PAQUÍMETRO.........................44
13 TRAÇADOR DE ALTURA ...................................................................................45
14 MESA DE DESEMPENO (TRAÇAGEM)..............................................................46
15 MICRÔMETRO INTERNOS E EXTERNOS..........................................................47
16 RELOGIO COMPARADOR .................................................................................49
17 RELÓGIO APALPADOR......................................................................................50
18 GONIÔMETRO/TRANSFERIDOR DE GRAU .....................................................51
19 BLOCO PADRÃO ................................................................................................51
20 MESA DE SENO...................................................................................................52
20.1 TÉCNICA DE UTILIZAÇÃO...............................................................................54
21 RUGOSÍMETRO...................................................................................................56
22 MAQUINA DE MEDIÇÃO DE COORDENADAS..................................................56
23 SUBITO (COMPARADOR DE DIÂMETROS INTERNOS)...................................59
21 RUGOSÍMETRO...................................................................................................61
22 MAQUINADE MEDIÇÃO DE COORDENADAS..................................................61
23 SUBITO (COMPARADOR DE DIÂMETROS INTERNOS)...................................62
 1 INTRODUCAO
Os pesos e medidas têm raízes que se confundem com a própria constituição dos estados . Os pesos e medidas que foram estabelecidos como padrões, á medida que os estados se definiam e consolidavam, não constituíam ruptura com os padrões das civilizações então existentes no território (árabe /romano/arrátel , alqueire ,almude, cúbito , nódio)
A intensificação das trocas comerciais obrigou a definição de sistemas de unidades que contivessem múltiplos da unidade tomada como padrão. Nos séculos xviii, colocou-se a necessidade de se proceder á uniformização dos pesos e medidas a nível europeu. Em 1771, em França foi aprovado o sistema métrico, que posteriormente foi adoptado por outros países. Em 1867, em paris, foi criado o comité dos pesos e medidas e da moeda, com o objetivo de uma maior uniformização das medidas.em 1960, foi aprovado pela 11ª cgpm – conferência geral de pesos e medidas, o sistema internacional de unidades, configurando a versão então atualizada do denominado sistema métrica, criada pela convenção do metro em 1875.
2 METROLOGIA
2.1 CONCEITO
A metrologia é uma palavra de origem grega: metron = medida; logos = ciência. E é a ciência das medidas e das medições. Ciência da medição que abrange todos os aspectos teóricos e práticos relativos às medições, qualquer que seja a incerteza, em quaisquer campos da ciência ou tecnologia. 
2.2 HISTÓRICO E APLICACÂO
Tudo começou quando na antiguidade percebeu-se a necessidade da criação de unidades de medida que permitissem as trocas e o comércio de mercadorias. Sabe-se que a história do progresso do homem também está estreitamente relacionada ao progresso na ciência da medição, já que em certo momento, ele percebeu que para sua medição fazer sentido era necessário que estivesse de acordo com as medições executadas pelos outros homens, tornando necessária a adoção de padrões que reproduzem as unidades de medidas.
Porém, a necessidade de medidas-padrão tomou força quando os homens iniciaram negócios em grande escala, na construção de casas, navios e utensílios em geral. Feitos dos Romanos, Hebreus e Fenícios também já mostram a utilização dessas medidas-padrão, até a invasão à Europa por tribos bárbaras, provocando um retrocesso significativo no conhecimento adquirido pelo homem. Somente muito tempo depois que, então, os reis saxões reintroduziram os sistemas de medida e padrões unificados.
A história da metrologia no Brasil, porém, inicia-se de fato no tempo do Império, em função da necessidade de uniformizar um sistema de unidades de medida. Contudo, a formalização de mecanismos de proteção de produtores e consumidores, é um fato recente, com a criação do Instituto Nacional de Pesos e Medidas em 1961, que implantou a rede Nacional de Metrologia Legal e instituiu, no País, o Sistema Internacional de Unidades (S.I.). Em 1973, através da Lei 5.966, foi instituído o Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial, SINMETRO, com a finalidade de formular e executar a política nacional de metrologia, normalização industrial e certificação de qualidade de produtos industriais. Como órgão normativo do Sistema, foi criado, no âmbito do Ministério da Indústria e do Comércio, o Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial – CONMETRO; e o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial – INMETRO, órgão executivo central do Sistema.
Aplicação
Basicamente, a Metrologia é dividida em três grandes áreas de atuação: científica, industrial e legal[2]:
A Metrologia Científica trata, fundamentalmente, dos padrões de medição internacionais e nacionais, dos instrumentos laboratoriais e das pesquisas e metodologias científicas relacionadas ao mais alto nível de qualidade metrológica. A metrologia científica realiza as unidades de medida a partir da definição, recorrendo à ciência (física e outras), bem como as constantes físicas fundamentais, desenvolvendo, mantendo e conservando os padrões de referência. Atua no nível da mais alta exatidão e incerteza, sendo independente de outras entidades em termos de rastreabilidade. A garantia dos valores obtidos assenta fortemente em exercícios de comparação interlaboratorial com outros laboratórios primários. Exemplos: a) a realização da Escala Internacional de Temperatura para a disseminação da grandeza temperatura através dos mais variados tipos de termômetros empregados em laboratórios e indústrias; b) a realização da unidade de resistência elétrica, o ohm, utilizando a constante de von Klitzing para exprimir o valor de um padrão de resistência elétrica de referência em função do efeito Hall quântico, com uma incerteza relativa de 10-7 em relação ao ohm, através do que se obtém a definição desta grandeza.
A Metrologia Industrial abrange aos sistemas de medição responsáveis pelo controle dos processos produtivos e pela garantia da qualidade e segurança dos produtos finais. A metrologia industrial atua no âmbito das medições da produção e transformação de bens para a demonstração da qualidade metrológica em organizações com sistemas de qualidade certificados. As medições na indústria viabilizam a quantificação das grandezas determinantes à geração de um bem ou serviço, subsidiando com informações o planejamento, a produção e o gerenciamento dos processos que o produzem. A metrologia industrial baseia-se numa cadeia hierarquizada de padrões existentes em laboratórios e empresas, padrões estes rastreáveis a padrões primários (internacionais ou nacionais). Exemplos: a) Medidas de comprimento utilizando equipamentos a laser; b) Ensaios em produtos certificados, tais como brinquedos, extintores de incêndio, fios e cabos elétricos, entre outros.
A Metrologia Legal é parte da metrologia relacionada às atividades resultantes de exigências obrigatórias, referentes às medições, unidades de medida, instrumentos e métodos de medição, que são desenvolvidas por organismos competentes. Tem como objetivo principal proteger o consumidor tratando das unidades de medida, métodos e instrumentos de medição, de acordo com as exigências técnicas e legais obrigatórias. Com a supervisão do Governo, o controle metrológico estabelece adequada transparência e confiança com base em ensaios imparciais. A exatidão dos instrumentos de medição garante a credibilidade nos sistemas de medição utilizados nas transações comerciais e pelos sistemas relacionados às áreas de saúde, segurança e meio ambiente. Exemplos: Elaboração de regulamentos, aprovação de modelo e verificação de instrumentos de medição que serão utilizados em atividades econômicas, ou que envolvam a saúde ou segurança das pessoas, como por exemplo: - Comércio: balanças, pesos-padrão, hidrômetros, taxímetros, bombas medidoras de combustíveis; - Saúde: termômetros clínicos, medidores de pressão sanguínea (esfigmomanômetros); - Segurança: cronotacógrafos, medidores de velocidade de veículos, etilômetros; - Meio Ambiente: analisadores de gases veiculares, opacímetros, módulos de inspeção veicular; - Efeito Fiscal: medidores de velocidade de veículos, analisador de gases veiculares. Os instrumentos de medição sujeitos ao controle metrológico apresentam selos que impedem seu uso indevido e etiqueta identificando a validade da última verificação metrológica na forma “VERIFICADO”. A metrologia legal abrange ainda a verificação do conteúdo líquido de produtos pré-medidos (embalados e medidos sem a presença do consumidor), como por exemplo: produtos alimentícios vendidos nos supermercados, produtos de limpeza e higiene, etc.
2.3 NORMAS TÉCNICAS BÁSICAS PARA METROLOGIA 
2.3.1 Considerações Preliminares
O processo de globalização, cenário que está a presidir as iniciativas e as posições estratégicas das relações internacionais, o comércio mundial e, mesmo, o desenvolvimento econômico e social, impõe às nações,em especial ao setor produtivo, maior e melhor competência no aumento das escalas de produção e no acesso a recursos de toda a natureza; inovando o seu conhecimento, a sua capacidade tecnológica e científica e, de forma sistemática, provendo – e demonstrando – confiança aos produtos e serviços que disponibiliza no mercado. 
Com efeito, o livre comércio entre países e blocos econômicos, ante a queda de barreiras políticas e tarifárias preconizada pelo Banco Mundial, encontra, por outro lado, recrudescimento nas barreiras técnicas, impostas por normas e regulamentos técnicos, cujo atendimento exige, não só uma intrínseca competência tecnológica e científica mas, imprescindivelmente, o reconhecimento formal desta. Os processos e estruturas para avaliação da conformidade – tendo na metrologia a base técnica para quantificar as grandezas físicas e químicas, isto é, correlacionar características de um produto, processo ou serviço a números imbuídos de um significado e censo de exatidão - encontram em prescrições consensadas internacionalmente, o instrumento a conferir-lhes formal reconhecimento de sua competência.
A série de normas ISO 17000, compilando os diversos guias internacionais sobre avaliação da conformidade, reúne as práticas intensivamente utilizadas para conferir e validar confiança nos processos, serviços, produtos, organizações e pessoas, embasando tecnicamente os acordos políticos de reconhecimento mútuo entre países, blocos econômicos, associações e fóruns internacionais.
Em especial, a ISO/IEC 17025, adotada no Brasil como ABNT NBR ISO/IEC 17025, está na gênese de um sistema de medição mundial que, na sua essência é uma conjunção de:
Padrões nacionais de medida realizados e disseminados pelos NMI (um único instituto nacional de metrologia), comparáveis entre esses e com demonstração de rastreabilidade ao SI validada por acordos de reconhecimento mútuo;
Efetivo sistema nacional de disseminação dos padrões de medida, com laboratórios de calibração e ensaios tecnicamente competentes, acreditados nos termos da 17025, por um organismo nacional de acreditação com reconhecimento internacionalmente formalizado;
Acordos de aceitação mútua entre as organizações responsáveis pela metrologia legal, incluindo o reconhecimento formal dos laboratórios e entidades envolvidos na sua aplicação; e
Utilização de métodos e processos de medição segundo especificações, normas e prescrições regulatórias internacionalmente reconhecidos.
Há que se considerar, contudo, que a natureza das atividades de metrologia legal, todas realizadas segundo mandatos e prescrições legislativas, impõe algumas importantes e imprescindíveis adaptações a 17025, que lhe confiram efetividade na sua aplicação a operações e agentes do controle metrológico. 
As considerações e comentários a seguir, sem ter a pretensão de exaurir o assunto, focam esta questão.
2.3.2 Provendo Confiança Às Medições
A confiança é vital para permitir que a metrologia ligue as atividades humanas entre si através das fronteiras geográficas e profissionais. Isto é tão mais importante quando sabemos que o valor verdadeiramente exato de uma grandeza é, por natureza, indeterminado. Vale dizer, que medir com exatidão é condição bastante, mas não suficiente, para que seja percebida a “qualidade” de uma medição. É necessário, igualmente, confiança nos processos, métodos, padrões, instrumentos de medição e, especialmente, na competência técnica para a execução e para a gestão das operações metrológicas.
Esta confiança tem na sua sustentação a crescente utilização da cooperação em rede, a adoção de unidades de medida e de procedimentos de medição internacionalmente harmonizados, a rastreabilidade e a comparação dos padrões de medida a uma referência única, bem como o reconhecimento e a acreditação da competência dos diversos sistemas e agentes metrológicos.
De forma genérica, as estruturas metrológicas têm como objetivo imediato harmonizar os resultados das medições, dentro de uma consistência lógica, padronizada e confiável, a sustentar o seu reconhecimento internacional; sob a ótica científico-tecnológica buscando melhores níveis de exatidão ou de menor incerteza das medições, disseminando-os e difundindo-os e, na área aplicada e legal, harmonizando as prescrições técnicas e administrativas sobre processos, métodos e instrumentos de medição e, igualmente, dos produtos medidos sem a presença do consumidor (produtos pré-medidos).
A consistência e a robustez dos “sistemas de medição” encontram nos foros internacionais de metrologia, o ambiente que os reúne em torno da padronização das unidades de medida, dos processos, métodos, padrões e instrumentos de medição e da harmonização e alinhamento das prescrições técnico-administrativas a eles aplicáveis, base da confiança nos resultados de uma medição que cada agente, isoladamente, realiza. 
O BIPM-Bureau Internacional de Pesos e Medidas – criado em 1872, como o braço técnico executivo do CIPM-Comitê Internacional de Pesos e Medidas, consequência da instalação da Primeira Comissão Internacional do Metro (1869) – desenvolve, padroniza e mantém as referências internacionais, observando mandato da CGPM-Conferência Geral de Pesos e Medidas, reunião periódica do CIPM. 
A partir de 1975, ano do centenário da Convenção do Metro, o BIPM incorporou a sua missão de laboratório responsável pelos padrões primários das unidades de medida, as seguintes funções:
a) fornecer e calibrar os padrões de medida dos países que assim o necessitem;
b) estabelecer programas de comparações de padrões com países tecnologicamente avançados para que eles próprios disseminem a grandeza a eles relacionada;
c) contribuir com pesquisas, visando o estabelecimento futuro de processos de medição com melhor exatidão;
d) atuar como árbitro científico, neutro e imparcial, quando suscetibilidades nacionais criam empecilhos a acordos internacionais;
e) estabelecer, coordenar e manter um Acordo de Reconhecimento Mútuo (em inglês, Mutual Recognition Arrangement - MRA) entre os institutos nacionais de metrologia, os NMI, sob o enfoque da declaração de equivalência de padrões de medida, tendo como marcos de sustentação:
Manter o registro dos resultados obtidos em um sistema de comparações-chave, realizadas segundo procedimentos técnicos específicos que asseguram uma medida em grau equivalente dos padrões nacionais a cargo de cada NMI; e 
Efetuar eventuais comparações suplementares no âmbito dos certificados emitidos pelos NMI com vistas, igualmente, a equivalência dos ensaios metrológicos realizados.
O MRA atende a uma necessidade crescente de uma estratégia aberta, transparente e compreensiva, a dar a usuários de serviços metrológicos informação confiável sobre a comparabilidade dos serviços nacionais de metrologia e, também, fornecer a base técnica para acordos mais abrangentes, negociados com vistas ao comércio internacional e às questões relacionadas à harmonização da regulamentação metrológica. É, pois, um dos instrumentos básicos a prover a confiança nas medições, de forma organizada e reconhecida internacionalmente.
Por outro lado, para orientar exigências técnicas e administrativas padronizadas a nível internacional, o CIML – Comitê Internacional de Metrologia Legal elabora documentos e normas que, consensados e aprovados entre os países membros da Organização Internacional de Metrologia Legal – OIML, são utilizados como referência para a elaboração das regulamentações metrológicas nacionais. Os documentos e recomendações da OIML, pelo seu caráter de consenso internacional são, igualmente, importante instrumento a facilitar o comércio internacional na área dos produtos que a metrologia legal regulamenta.
O BIML – Bureau Internacional de Metrologia Legal, secretaria executiva da OIML, mantém um Sistema de Certificados OIML e coordena um MAA – Mutual Agreement Arrangement, ambos com vistas a facilitar o reconhecimento mútuo das aprovações de modelo de instrumentos de medição, as quais, levadas a cabo por um país membro, observemas recomendações e documentos internacionais que, a respeito, tenha o CIML aprovado e emitido. 
Esses arranjos de reconhecimento e aceitação preconizam a adoção de instrumento formal a conferir e certificar qualidade às medições. Assim, o Guia Internacional ISO/IEC 17025, no Brasil a ABNT NBR ISO/IEC 17025, é adotada pelo BIPM como referência para conferir e reconhecer a competência de laboratórios de ensaio e de calibração e, por seu lado, a OIML, observando as práticas internacionais que, nesta área, facilitam o reconhecimento internacional das acreditações e certificações, resolveu adotar, por meio de guias de sua emissão, dois documentos específicos a orientar os seus membros, o ISO/IEC Guide 65, para avaliação de organismos de certificação em metrologia legal e o ISO/IEC Guide 17025, para avaliação de laboratórios de ensaios e calibração no âmbito da metrologia legal.
A sistematização de procedimentos – normas, meios técnicos e operações, incluindo a análise de dados e a documentação – com vistas a oferecer a garantia metrológica aos resultados de uma medição, compreende a escolha do método de medição e do padrão de medida adequados, o controle das condições de influência, o registro e a explicitação formal dos resultados, ações que encontram prescrições, internacionalmente harmonizadas, na ABNT NBR ISO/IEC 17025. 
É preciso esclarecer que, diferentemente da sua aplicação já consagrada na área da metrologia científica e industrial, os requisitos gerais para competência de laboratórios de ensaio e calibração, como especificados no guia internacional e na norma brasileira citados, precisam observar alguns cuidados e alterações, para considerar atributos específicos da metrologia legal, como adiante se comenta. 
2.3.3 O Controle Metrológico 
As operações metrológicas assumem natureza, nomenclatura e notação próprias conforme a sua finalidade e a área de aplicação, mesmo que o objetivo preconizado, em todos os casos, seja o mesmo, isto é, conferir exatidão e confiança à medição. Para fins da disseminação dos padrões nacionais de medida a operação básica é a calibração, que estabelece a relação entre os valores indicados por um instrumento ou sistema de medição, ou entre os valores representados por uma medida materializada ou um material de referência, e os valores correspondentes das grandezas estabelecidos por padrões. Para a aplicação da regulamentação metrológica, o controle metrológico é a designação do conjunto das atividades – apreciação técnica de modelos, verificação, supervisão e outras que visam oferecer garantia metrológica, isto é, credibilidade às medições.
A calibração e a verificação são, em síntese, as operações rotineiras que, mesmo estruturadas diferentemente com respeito às regras, condições e expressão dos resultados, têm por base os mesmos procedimentos de medição e o único e coincidente objetivo de padronização, correlação e uniformização dos resultados de uma medida. Na calibração um certificado emitido permite corrigir eventuais erros de um instrumento ou medida materializada e, na verificação, atesta-se que os resultados estão dentro dos limites de um erro dito admissível, nos termos da regulamentação; a verificação abrange, ainda, aspectos relativos à segurança e à transparência das medições, ao estabelecer, controlar e apor a marcação que a identifica e determinar a facilidade do acompanhamento, por todas as partes interessadas, da obtenção de um resultado para uma determinada medição.
O Vocabulário Internacional de Metrologia Legal, adotado no Brasil pela Portaria Inmetro n° 163/2005, identifica e define as seguintes operações que, no seu conjunto, materializam o controle de que se incube a metrologia legal.
Garantia metrológica
Conjunto de regulamentos, meios técnicos e operações necessárias para garantir a credibilidade dos resultados da medição em metrologia legal.
Controle metrológico legal
Conjunto de atividades de metrologia legal, visando a garantia metrológica, compreendendo:
Controle legal dos instrumentos de medição, termo genérico utilizado para designar, de maneira global, as operações legais a que devem ser submetidos os instrumentos de medição (apreciação técnica do modelo, verificação);
Supervisão metrológica, controle realizado na fabricação, na importação, na instalação, na utilização, na manutenção e no reparo de instrumentos de medição, visando verificar se esses instrumentos são utilizados de maneira correta, no que se refere à observância das leis e dos regulamentos metrológicos. A supervisão metrológica inclui o controle da indicação quantitativa e do conteúdo dos produtos pré-medidos ; e
Perícia metrológica, conjunto de operações que tem por finalidade examinar e demonstrar as condições de um instrumento de medição e determinar suas características metrológicas de acordo com as exigências regulamentares aplicáveis.
Apreciação técnica de modelo
Exame e ensaio sistemáticos do desempenho de um ou vários exemplares de um modelo (tipo) identificado de um instrumento de medição, em relação às exigências documentadas, a fim de determinar se o modelo (tipo) pode ou não ser aprovado, e cujo resultado está contido no relatório de apreciação técnica.
Verificação de um instrumento de medição
Procedimento que compreende o exame, a marcação e/ou a emissão de um certificado de verificação e que constata e confirma que o instrumento de medição satisfaz às exigências regulamentares.
Verificação inicial, verificação de um instrumento de medição, que não foi verificado anteriormente;
Verificação subsequente, qualquer verificação de um instrumento de medição, posterior à verificação inicial, incluindo:
A. Verificação periódica, verificação subseqüente de um instrumento de medição efetuada em intervalos de tempo especificados e segundo procedimentos fixados por regulamento; 
B. Verificação após reparos; e
C. Verificação voluntária, a pedido de um interessado, não obrigatória.
Na execução das operações assim definidas são observadas as prescrições de um regulamento técnico adotado pela autoridade metrológica que, para conferir-lhe aceitação internacional, referencia-o a documentos harmonizados no âmbito da OIML, dos quais vale destacar:
OIML D9 – Princípios da Supervisão Metrológica, incluindo as ações de auditoria dos processos e ensaios executados pelo fabricante ou por laboratórios do detentor do instrumento;
OIML D16 – Princípios da Garantia do Controle Metrológico, com as recomendações das ações a orientar as operações metrológicas; 
OIML D19 – Apreciação Técnica de Modelos, para orientar a aprovação de modelos, incluindo a possibilidade de complementação de ensaios com o instrumento em uso, em especial quando do emprego de tecnologia que não encontre previsão na regulamentação em vigor; 
OIML D20 – Verificação Inicial e Subseqüente de instrumentos de medição, para aplicação e gestão da garantia das operações; e
OIML D27 – Verificação Inicial considerando o Sistema de Gestão da Qualidade do fabricante, para prescrever as ações de supervisão do processo.
Nos termos desses documentos internacionais, aplicados isolada ou combinadamente, pode um País valer-se de diversos arranjos para o seu sistema de controle metrológico legal. No Quadro I, a seguir, as práticas européias na consecução das atividades de avaliação da conformidade, cuja aplicação na metrologia legal, exemplifica, de forma a mais abrangente, o significado prático dos documentos citados.
2.3.4 Aplicação Do Guia Iso/Iec 17025 (Abnt Nbr Iso/Iec 17025) À Metrologia Legal
A principal característica das atividades de metrologia legal diz respeito a sua natureza estatal, isto é, exercida pelo Estado segundo legislação específica a lhe dar suporte, o que, até recentemente, significava vedação à participação de terceiros, que não os entes dotados de poder público, na consecução das operações que a materializam. Concentrada em organismos estatais, com exclusiva atribuição prevista em Lei, com campo de atuação voltado para a sua circunscrição, a simples auto-declaração de competênciatécnica era bastante a conferir o reconhecimento dos seus serviços. 
O atual processo acelerado de globalização, a maior abrangência do campo de atuação da metrologia legal, a inserção e adoção de novas formas de execução do controle metrológico (incluindo a necessidade de envolvimento de novos e diversificados agentes) e a política de inserção competitiva das empresas e do País, apontam para a necessidade de maior confiança nos resultados de uma medição, nos instrumentos de medição, nos equipamentos e, em especial, nos responsáveis pela sua execução. 
Valer-se de um instrumento internacionalmente harmonizado que oriente e valide esses cuidados na obtenção de um resultado de uma medição em que todos confiem, como o é o Guia ISO/IEC 17025, é prática que atualmente está a presidir os ensaios e as calibrações levadas a cabo por todos os agentes responsáveis, públicos ou privados.
A adoção deste guia internacional nas práticas do controle metrológico requer pequena, mas imprescindíveis adaptações, já em curso na OIML, com vistas a considerar questões peculiares ao caráter e à natureza das aplicações da metrologia legal, objetivando especialmente:
sustentar o sistema de gestão da qualidade dos laboratórios de apreciação técnica de modelo da autoridade metrológica, das entidades reconhecidas por esta para este fim e das entidades que realizam ensaios para instruir processos de aprovação de modelo de instrumentos de medição;
conferir padronização aos serviços de verificação metrológica executada pelos órgãos metrológicos oficiais ou, quando houver, das entidades reconhecidas por esta para este fim;
Avaliar os laboratórios de ensaio das instituições acreditadas, designadas ou autorizadas no campo da metrologia legal; e
A avaliação entre pares para reconhecimento das apreciações técnicas de modelo segundo o Sistema de Certificados e o Arranjo de Aceitação Mútua, ambos da OIML. 
Assim, o documento a ser adotado por esse fórum deve conter, em relação ao Guia ISO 17025, inserções e exclusões, considerando, entre outros, os seguintes aspectos:
Do Objetivo 
Aplicação dos requisitos para todos os laboratórios de ensaio envolvidos na metrologia legal, especialmente aqueles voltados para a execução de ensaios na apreciação técnica de modelos;
Os laboratórios que executam ensaios na apreciação técnica de modelos devem ser designados pela autoridade metrológica, especialmente para os fins do Sistema de Certificados da OIML e para o MAA;
A autoridade metrológica é responsável pela correta seleção das amostras a serem testadas e pela correta aplicação dos métodos de ensaio e exames;
Para efeitos de reconhecimento externo as prescrições regulamentares devem estar de acordo com a pertinente Recomendação OIML;
Das Referências Normativas
Devem ser considerados, adicionalmente, os documentos normativos e orientativos da OIML, em especial: 
O Vocabulário de Termos Fundamentais e Gerais de Metrologia – VEIO e o Vocabulário Internacional de Termos de Metrologia Legal – VIML (OIML V2 e OIML V1);
O guia para expressão da incerteza de medição (OIML G1);
O documento básico sobre o Sistema de Certificados da OIML (OIML B3);
O documento básico sobre o Arranjo de Aceitação Mútua da OIML (OIML B10-1);
O documento básico da OIML sobre as autoridades e laboratórios para apreciação técnica de modelos (OIML B10-2);
O documento sobre Apreciação e Aprovação de Modelos da OIML (OIML D19); e
O documento sobre treinamento e qualificação de técnicos em metrologia legal (OIML D14);
Há que se incluir termos e definições específicos da metrologia legal, tais como apreciação técnica de modelo, aprovação de modelo, relatório de ensaio, autoridade metrológica, laboratório designado, etc, observando o VIML e outros documentos OIML pertinentes.
Dos Requisitos da Gestão
Devem cobrir os casos em que se utilizam as instalações do fabricante para execução de um ou outros ensaios de apreciação técnica do modelo;
Os princípios de competência, imparcialidade, julgamento e integridade operacional devem ser avaliados pela autoridade metrológica;
A política da qualidade deve incluir a declaração de que os procedimentos de ensaio estejam de acordo com as prescrições da autoridade metrológica e, quando aplicável, da recomendação pertinente da OIML;
Os contratos de ensaio devem garantir que os procedimentos observem as prescrições da autoridade metrológica e da Recomendação OIML pertinentes;
Não poderá haver a subcontratação de outros laboratórios sem a avaliação e anuência da autoridade metrológica;
As auditorias internas não substituem as auditorias realizadas diretamente pela autoridade metrológica, tanto para designar ou reconhecer o laboratório, quanto para o acompanhamento das suas atividades.
Dos Requisitos Técnicos
A este respeito, somente as prescrições do ISO/IEC 17025 referentes a ensaios devem ser consideradas, vez que as operações de metrologia legal, querem na aprovação do modelo de um instrumento, quer na verificação metrológica, não se confundem com a calibração de um instrumento. Os ensaios que as caracterizam devem observar, ainda, prescrições próprias a sua natureza, a saber: 
Todos os ensaios e sua metodologia devem estar de acordo com a Recomendação OIML pertinente. A validação de um método específico, quando necessário, deve ser feita pela autoridade metrológica.
O treinamento do pessoal deve incluir conhecimentos das práticas metrológicas e documentos relevantes da metrologia legal (doc OIML aplicável e regulamentos técnicos aplicáveis);
Para os ensaios de apreciação técnica de modelo realizados em campo devem ser registradas as condições climáticas observadas (temperatura, vento, umidade e chuva);
A seleção de uma ou mais unidades para representar uma mesma família de instrumentos de medição deve ser considerada como amostragem; não existe seleção de amostra para os ensaios de verificação metrológica ou de aprovação de modelo.
O documento deve estabelecer prescrições para ajustes e modificações da amostra durante os ensaios, de acordo com o que, a respeito, autorize a autoridade metrológica;
A calibração dos padrões e equipamentos de medição utilizados deve ser executada por um laboratório acreditado ou pelo órgão metrológico oficial;
No caso de ensaio de determinação de erros de um instrumento de medição não é necessário aplicar as correções indicadas no certificado de calibração do padrão utilizado. Neste caso é mais importante assegurar-se a classe de exatidão adequada em relação aos erros admissíveis para o instrumento em exame e a receptibilidade das indicações do padrão, condições que podem ser declaradas pela própria autoridade metrológica;
A incerteza de medição deve observar prescrição da recomendação OIML aplicável ou, na falta dessa, prescrição específica da autoridade metrológica, de acordo com os erros máximos admissíveis para o instrumento em teste;
As prescrições para transporte, armazenamento, manuseio e instalação para ensaio devem observar a recomendação OIML aplicável ou as prescrições da autoridade metrológica;
A emissão de certificado de aprovação de modelo ou de verificação metrológica é exclusividade da autoridade metrológica;
Os relatórios de ensaio emitidos por outrem que não a autoridade metrológica devem se ater a relatar as condições relevantes do ensaio e os resultados obtidos, não emitindo opiniões sobre a conformidade de um instrumento com as recomendações da OIML ou com o regulamento técnicos metrológicos aplicáveis.
Estas considerações constituem o mínimo cuidado que facilitará a aplicação do ISO/IEC 17025 nas operações do controle metrológico de instrumentos de medição, medida da maior relevância a conferir – e validar – qualidade e confiança ao exercício da metrologia legal.
2.3.5 Políticas Brasileiras De Metrologia Legal 
No Brasil, o controle metrológico é atribuição do Inmetro que, considerando a grande extensão do território nacional e a diversificação da demanda nesta área, assim estruturou o sistema nacional de metrologia legal:
Centralização da regulamentaçãotécnica e da aprovação de modelos;
Delegação das atividades de verificação e supervisão metrológicas para órgãos da estrutura administrativa dos estados e/ou municípios, que integram a Rede Brasileira de Metrologia Legal e Qualidade – RBMLQ-I;
Reconhecimento das verificações iniciais executadas pelo próprio fabricante, sob supervisão metrológica;
Reconhecimento da verificação após reparos por postos de ensaio autorizados, sob supervisão metrológica;
Ainda, na execução da apreciação técnica de modelos pode valer-se de laboratórios de competência reconhecida, para ensaios que não possa realizar diretamente e, para complementar estrutura eficiente a responder pela demanda em algumas regiões, pode utilizar terceiros na realização das operações acessórias, não dotadas do poder de polícia administrativa, na verificação metrológica.
A delegação das atividades metrológicas aos órgãos da RBMLQ-I encontra suporte legal na Lei 9.933/1999 e é regida por convênios firmados entre esses e o Inmetro, com interveniência da Secretaria de Estado à qual se vinculam. Por este instrumento os órgãos delegados obrigam-se a observar – e sob esta condição são periodicamente auditados – os regulamentos, as práticas de gestão e os procedimentos de execução estabelecidos pelo Inmetro; a utilizar os padrões e equipamentos de medição especificados pelo Inmetro e mantê-los rastreados ao padrão nacional da unidade de medida; a somente utilizar pessoal técnico qualificado e treinado na execução das atividades delegadas.
O reconhecimento dos ensaios de verificação metrológica executados por fabricantes e postos de ensaio autorizados é regido por regulamento técnico específico que, entre outras prescrições estabelece a obrigatoriedade da sua acreditação nos termos da ABNT NBR ISO/IEC 17025 e a sua submissão às auditorias técnicas realizadas periodicamente pelo Inmetro e/ou órgãos da RBMLQ-I. 
A diversidade de agente presente na execução das operações específicas do controle metrológico demanda, para a sua uniformidade e padronização, a utilização de instrumento adequado a conferir e validar confiança nos resultados de medição que cada um fornece; a adoção da ABNT NBR ISO/IEC 17025, nos moldes e prescrições que as discussões ora em curso na OIML vierem a lhe conferir, deve ser medida imediatamente implementada pela autoridade metrológica brasileira, conferindo, assim, a “qualidade” imprescindível ao amplo reconhecimento e aceitação às atividades de metrologia legal. 
Em especial, os serviços de verificação e de supervisão metrológicas delegadas a RBMLQ-I, notadamente aqueles realizados em campo, precisam se adaptar às exigências das 17025, com as ressalvas do item 4, como medida a lhes conferir qualidade e confiança. Neste sentido, o programa de automação das atividades delegadas, já adotado por alguns órgãos e em extensão para os demais, pode constituir valioso instrumento de padronização dos ensaios, se incorporarem, além do controle cadastral dos instrumentos de medição, da emissão dos documentos relativos à operação realizada, os procedimentos de verificação metrológica e, quando ocorrerem, do exercício do poder de polícia administrativa.
Importa, principalmente, que as prescrições, internacionalmente adotadas para conferir “qualidade” a calibrações e ensaios, seja incorporada, com as adaptações requeridas, ao cotidiano de todas as operações do controle metrológico legal, conferindo-lhe o reconhecimento formal que está a presidir a aceitação de serviços e produtos que delas dependem, nos mercados cada vez mais globalizados.
3 UNIDADES DE MEDIDAS E CONVERSÕES
Devido às características de cada povo, as grandezas eram medidas em diversas unidades. No caso do comprimento, podemos citar algumas unidades de medida como jardas, polegadas, pés braças, metro, centímetro etc.
Com o desenvolvimento e maior integração das sociedades, surgiu a necessidade de padronizar as medidas das grandezas. No início do século XIV, podia-se notar que a padronização tornara-se específica para cada tipo de atividade econômica, motivados, sobretudo, por razões fiscais da autoridade política de cada região, cuja uniformização dificilmente ultrapassava os limites das cidades ou do país em que estava sendo utilizada. Estabeleceu-se um sem-número de sistema de medidas.
Ao se observar a larga utilização do chamado Sistema Internacional de Unidades (SI) no cotidiano das pessoas, como reflexo das relações econômicas, dos processos industriais de fabricação de produtos etc., pode não parecer, mas a ideia de um sistema universal e coerente de unidades, baseado em grandezas físicas constantes, é relativamente recente.
Em 1791, na França, foi criado um sistema padrão para ser usado no mundo todo, que é o chamado sistema métrico.Para medida de comprimento, inicialmente, definiu-se 1 metro como sendo a distância entre o Polo Norte e o Equador terrestre, dividido por 107.
Hoje, existe uma barra de platina guardada no Museu de Pesos e Medidas, em Paris, cujo comprimento é de um metro e serve como referência para o metro padrão. Cada país utiliza-se de uma cópia dessa barra para se fazerem, por exemplo, as réguas e as trenas.
3.1 SISTEMAS INTERNACIONAL DE UNIDADES
O sistema de unidades de medida mais utilizado nos dias atuais é o SI (Sistema Internacional de Unidades), que antigamente era chamado de MKS (metro, quilograma e segundo).
Utilizamos também, múltiplos e submúltiplos das grandezas físicas. Observe a tabela abaixo.
3.1.1 Comprimento
Metro (m): É o comprimento da trajetória percorrida pela luz no vácuo, durante um intervalo de tempo de 1/299.792.458 de segundo (Unidade de Base ratificada pela 17ª CGPM – 1983). A velocidade da luz no vácuo é c = 299.792,458 km/s.
Unidades de comprimento tradicionais:
Quilômetro (km): 1.000 m,
palmo: 22 cm;
braça: 2,2m;
légua: 6 km;
légua brasileira: 6,6 km.
Unidades de comprimento inglesas:
Polegada (in): 2,54 cm ou 0,0254 m;
pé (ft): 30,48 cm ou 0,3048 m;
jarda (yd): 91,44 cm ou 0,9144 m;
milha (mi): 1.609 m;
milha náutica: 1.852 m.
Distâncias astronômicas:
Ano-luz: distância percorrida pela luz no vácuo em 1 ano, igual a 9,46 trilhões de quilômetros ou 946 × 1010km;
parsec: 3,258 anos-luz ou 30,82 trilhões de quilômetros ou 3. 082 × 10¹o km;
unidade astronômica (uA): distância média entre a Terra e o Sol igual a 150 milhões de quilômetros ou 150 × 106 km.
3.1.2 Área
Metro quadrado (m²): área de um quadrado com lado igual a um metro.
Unidades de área tradicionais:
quilômetro quadrado (km²): 1.000.000 m²;
hectare (ha): 10.000 m²;
alqueire mineiro: 48.400 m²;
alqueire paulista: 24.200 m².
Unidades de área inglesas:
polegada quadrada: 6,4516 cm² ou 0,00064516 m²;
pé quadrado: 929,03 cm² ou 0,092903 m².
3.1.3 Volume
Metro cúbico (m³): cubo com arestas iguais a um metro.
Unidade de volume tradicional:
Litro (l): 0,001 m³.
Unidades de volume inglesas:
Galão inglês: 4,546 l ou 0,004546 m³;
Galão norte-americano: 3,785 l ou 0,003785 m³.
3.1.4 Ângulo plano
Radiano (rad ou rd): ângulo plano entre dois raios de um círculo que forma um arco de circunferência com o comprimento igual ao do raio.
Unidades de ângulo plano tradicionais –
grau (º): /180 rad;
minuto (‘): /10. 800;
segundo (“): /648. 000 rad;
número : 3,1416.
3.1.5 Ângulo solido
Esterradiano (sr): ângulo sólido que, tendo o vértice no centro de uma esfera, leva a um corte em sua superfície com área igual a de um quadrado com lados iguais ao raio da esfera.
3.1.6 Massa
Quilograma (kg): massa do protótipo internacional do quilograma, um padrão construído com uma liga de platina e irídio.
Unidades de massa tradicionais:
quilate: 0,2 g ou 0,002 kg;
tonelada métrica (t): 1.000 kg.
Unidades de massa inglesas:
libra ou pound (lb): 453,59 g ou 0,453 kg;
tonelada inglesa: 1.016 kg; tonelada norte-americana: 907 kg;
onça (oz): 28,35 g ou 0,028 kg;
onça troy: 31,10 g ou 0,031 kg.
3.1.7 Tempo
Segundo (s): tempo correspondente a 9.192. 631.770 ciclos de radiações emitidas entre dois níveis de energia do átomo de césio133.
Unidades de tempo tradicionais:
minuto (min): 60s;
hora (h): 60min ou 3.600s;
dia (d): 24h ou 1.440min ou 86. 400s;
ano sideral: 365d 6h 9min 9,5s;
ano trópico: 365d 5h 48min 45,8s.
3.1.8 Velocidade
Metro por segundo (m/s): distância percorrida em um segundo.
Unidades de velocidade tradicionais:
quilômetro por hora (km/h): 1/3,6 m/s ou 0,27777 m/s.
Unidades de velocidade inglesas:
milha por hora (mi/h): 1,609 km/h ou 0,4469 m/s;
nó (milha náutica por hora): 1,852 km/h ou 0,5144 m/s.
Velocidade da luz: 299. 792. 458 m/s.
3.1.9 Velocidade Angular
Radiano por segundo (rad/s): velocidade de rotação de um corpo.
Unidade de velocidade angular tradicional:
Rotação por minuto (rpm): p/30 rad/s
3.1.10 Aceleração
Metro por segundo ao quadrado (m/s²): constante de variação de velocidade.
Radiano por segundo ao quadrado (rad/s²): constante de variação de velocidade angular.
3.1.11 Frequência
Hertz (Hz): número de ciclos completos por segundo (Hz s-¹)
3.1.12 Força
Newton (N): força que imprime uma aceleração de 1 m/s² a uma massa de 1 kg (kgm/s²), na direção da força.
Unidade de força tradicional:
Quilograma-força (kgf): 9,8N.
3.1.13 Energia
Joule (J): energia necessária para uma força de 1N produzir um deslocamento de 1m (J N/m).
Unidades de energia tradicionais:
Watt-hora (Wh): 3. 600 J;
quilowatt-hora (kWh): 3.600.000 J ou 3.600 kJ,
eletrovolt (eV): 1,6021 × 10 J;
caloria (cal): 4,1 J;
quilocaloria (kcal): 4. 184 J.
3.1.14 Potência
Watt (W): potência necessária para exercer uma energia de 1 J durante um segundo (W J/s). O fluxo de energia (elétrica, sonora, térmica ou luminosa) também é medido em watt.
Unidade de potência tradicional:
Horse-power (HP) ou cavalo-vapor (cv): 735,5 W.
3.1.15 Intensidade Energética
Watt por esterradiano (W/sr): intensidade do fluxo de energia no interior de um ângulo sólido igual a 1sr.
3.1.16 Pressão
Pascal (Pa): força constante de 1N sobre uma superfície plana de 1m² (Pa N/m²).
Unidades de pressão tradicionais:
Milímetro de mercúrio (mmHg): 133,32 Pa;
atmosfera (atm): 101. 325 Pa.
3.1.17 Corrente Elétrica
Ampère (A): corrente elétrica constante capaz de produzir uma força igual a 2 × 10 N entre dois condutores de comprimento infinito e seção transversal desprezível, situados no vácuo e com 1 m de distância entre si.
3.1.18 Carga Elétrica
Coulomb (C): quantidade de eletricidade com intensidade constante de 1A que atravessa a seção de um condutor durante 1s (C sA).
Unidade de carga elétrica tradicional:
Ampère-hora (Ah): 3.600 C.
3.1.19 Diferença De Potencial
Volt (V): tensão elétrica existente entre duas seções transversais de um condutor percorrido por uma corrente constante de 1A, quando a freqüência dissipada entre as duas seções é igual a 1W (V W/A).
3.1.20 Resistência Elétrica
Ohm (Ω): resistência de um elemento de um circuito que, submetido a uma diferença de potencial de 1V entre seus terminais, faz circular uma corrente constante de 1A ( V/A).
3.1.21 Capacitância Elétrica
Farad (F): capacitância de um elemento de um circuito que, ao ser carregado com uma quantidade de eletricidade constante igual a 1C, apresenta uma tensão constante igual a 1V (F C/V).
3.1.22 Indutância Elétrica
Henry (H): indutância de um elemento passivo de um circuito em cujos terminais se induz uma tensão constante de 1V quando percorrido por uma corrente que varia na razão de 1A por segundo (H Vs/A ou Ws).
3.1.23 Temperatura
Kelvin (K): fração de 1/273,16 da temperatura termodinâmica do ponto tríplice da água, que corresponde às condições de temperatura e pressão em que a água em estado líquido, o vapor de água e o gelo estão em perfeito equilíbrio. O ponto zero da escala (0°K) é igual ao zero absoluto (-273,15°C).
Unidades de temperatura tradicionais –
Escala Celsius (°C): 0°C = 273°K e 1°C = 274°K;
Escala Fahrenheit (F): 0°F = 255,33°K ou -17,77°C, 1°F = 255,78°K ou -17,22°C.
3.1.24 Quantidade De Matéria
Mol (símbolo mol): quantidade de matéria de um sistema que reúne tantas entidades elementares (partículas que devem ser especificadas) quanto o número de átomos contidos em 0,012 kg de carbono.
3.1.25 Intensidade Luminosa
Candela (cd): intensidade luminosa emitida em uma determinada direção por uma fonte de radiação monocromática com freqüência igual a 540 × 10¹² Hz e com uma intensidade energética de 1/683 watt por esterradiano.
3.1.26 Fluxo Luminoso
Lúmem (lm): fluxo luminoso com intensidade de 1cd emitido no interior de um ângulo sólido igual a 1sr (lm cd/sr).
3.1.27 Iluminamento
Lux (lx): iluminamento de uma superfície plana de 1 m² que recebe um fluxo luminoso perpendicular de 1lm (lx lm/m²).
3.1.28 Informática
Bit: menor unidade de armazenamento de informações em computadores e sistemas informatizados.
Byte: é a unidade básica de memória de computadores, igual a 8 bits contíguos.
Kilobit (kbit): 1.024 bits de informação. Kilobyte (kbyte): 1.024 bytes. Megabytes: 1.048.576 bytes.
3.2 REGRAS DE CONVERSÃO DE UNIDADES DE MEDIDA
3.2.1 Unidades de Comprimento
Na tabela abaixo vemos as unidades de comprimento, seus símbolos e o valor correspondente em metro. Na tabela, cada unidade de comprimento corresponde a 10 vezes a unidade do comprimento imediatamente inferior (à direita). Em consequência, cada unidade de comprimento corresponde a 1 décimo da unidade imediatamente superior (à esquerda).
	Quilômetro
km
	Hectômetro
hm
	Decâmetro
dam
	Metro
m
	Decímetro
dm
	Centímetro
cm
	Milímetro
mm
	1000 m
	100 m
	10 m
	1 m
	0,1 m
	0,01 m
	0,001 m
Regras Práticas:
Para passar de uma unidade para outra imediatamente inferior devemos fazer uma multiplicação por 10.
Ex : 1 m = 10 dm
Para passar de uma unidade para outra imediatamente superior, devemos fazer uma divisão por 10.
Ex : 1 m = 0,1 dam
Para passar de uma unidade para outra qualquer, basta aplicar sucessivas vezes uma das regras anteriores.
Ex : 1 m = 100 cm
1 m = 0,001 km
3.2.2 Unidades de Área
	Quilômetro quadrado
km2
	Hectômetro quadrado
hm2
	Decâmetro quadrado
dam2
	Metro quadrado
m2
	Decímetro quadrado
Dm2
	Centímetro quadrado
Cm2
	Milímetro   quadrado
mm2
	1×106 m2
	1×104 m2
	1×102 m2
	1 m2
	1×10-2 m2
	1×10-4 m2
	1×10-6 m2
Regras Práticas:
Para passar de uma unidade para outra imediatamente inferior devemos fazer uma multiplicação por 100.
Ex : 1 m2 = 100 dm2
Para passar de uma unidade para outra imediatamente superior, devmos fazer uma divisão por 100.
Ex : 1 m2 = 0,01 dam2
Para passar de uma unidade para outra qualquer, basta aplicar sucessivas vezes uma das regras anteriores.
3.2.3 Unidades de Volume
	Quilômetrocúbico
km3
	Hectômetro cúbico
hm3
	Decâmetro cúbico
dam3
	Metro cúbico
m3
	Decímetro cúbico
dm3
	Centímetro cúbico
cm3
	Milímetro cúbico
mm3
	1×109 m3
	1×106 m3
	1×103 m3
	1 m3
	1×10-3 m3
	1×10-6 m3
	1×10-9 m3
Regras Práticas:
Para passar de uma unidade para outra imediatamente inferior devemos fazer uma multiplicação por 1000.
Ex : 1 m3 = 1000 dm3
Para passar de uma unidade para outra imediatamente superior, devemos fazer uma divisão por 1000.
Ex : 1 m3 = 0,001 dam3
Para passar de uma unidade para outra qualquer, basta aplicar sucessivas vezes uma das regras anteriores.
Litro
O litro( l ) é uma medida de volume muito comum e que corresponde a 1 dm3.
1 litro = 0,001 m3 => 1 m3 = 1000 litros
1 litro = 1 dm3
1 litro = 1.000 cm3
1 litro = 1.000.000 mm3
3.2.4 Sistema Internacional de Unidades
O Sistema Internacional de Unidades é baseado em 6 unidades fundamentais. A unidade fundamental de comprimento é o metro. Para cada unidade existem as unidades secundárias, que são expressas através da adição de um prefixo ao nome correspondente à unidade principal, de acordo com a proporção da medida.
4 RÉGUA GRADUADA
Uma régua é uma ferramenta que se fabrica com um material sólido e que possibilita a realização de medições e a criação de linhas rectas. Graduado, por sua vez, é aquele ou aquilo que tem um grau (um valor ou estado).A régua graduada,por conseguinte, é o instrumento que dispõe de uma escala de valores para conhecer o comprimento de algo. O habitual é que esta régua esteja dividida em polegadas ou centímetros, com cada segmento marcado sobre a sua superfície: deste modo, ao colocar a régua graduada sobre algo, podemos saber quanto mede unicamente através da observação da escala.
5 RÉGUA DE CONTROLE
A régua de controle serve para o mecânico verificar se uma superfície é plana. Seu emprego mais frequente se dá na verificação das operações de limar ou de raspar superfícies, planas. A régua de controle e seus tipos
A régua de controle é um instrumento fabricado de aço ou ferro fundido. As réguas biseladas são temperadas. Todas são retificadas, para que se possa controlar com precisão, ou rigor, as faces trabalhadas. Régua mais simples apresenta secção retangular, porém é de pouca precisão.
Conforme a aplicação e o tamanho da peça utilizam-se réguas de controle de diferentes formas. As arestas são vivas e as faces rigorosamente planas. A retificação se faz cuidadosamente, em faces e arestas.
Há réguas de controle que, para verificações de grande rigor, apresentam faces estreitas e retificadas. São usadas, em geral, no acabamento final de barramentos de tornos, mesas de máquinas de precisão e ajustes rigorosos de peças deslizantes.
Algumas vezes, para evitar deformações das faces retificadas de controle e das arestas, as réguas apresentam construção especial. Serve para controlar a planeza de guias e superfícies planas das peças deslizantes das máquinas.
6 TRENA
Uma trena, uma fita métrica ou simplesmente metro é um instrumento de medição que consiste em uma fita flexível graduado e pode ser enrolado, tornando o transporte mais fácil. Ela também pode ser medida em linhas e superfícies curvas.
7 ESQUADRO
O esquadro é um instrumento de desenho utilizado em obras civis e que também pode ser usado para fazer linhas retas verticais com precisão para 90°.
Existem diversos tipos de esquadros: o primeiro, com o formato de um triângulo retângulo isósceles de 45º-45º-90º; o segundo, com o formato de um triângulo retângulo escaleno de 30º-60º-90º. Quanto ao tamanho, ou se tem ou não escala, depende das funções que se quer explorar com o instrumento. Para quem não sabe fazer transferência de ângulos, existe um tipo de esquadro que é adaptável com um transferidor, permitindo fazer qualquer ângulo. Em engenharia civil é utilizado para verificação de ângulos das paredes.
 
8 GABARITO DE VERIFICACÃO DE RAIO
Serve para verificar raios internos e externos. Em cada lâmina é estampada a medida do raio. Suas dimensões variam, geralmente, de 1 a 15 mm.
9 GABARITO DE VERIFICACÃO DE ROSCA
Usa-se para verificar roscas em todos os sistemas. Em suas lâminas está gravado o número de fios por polegada ou o passo da rosca em milímetros.
10 GABARITO DE VERIFICACÃO DE FOLGA
O verificador de folga é confeccionado de lâminas de aço temperado, rigorosamente calibradas em diversas espessuras. As lâminas são móveis e podem ser trocadas. São usadas para medir folgas nos mecanismos ou conjuntos.
11 GABARITO DE VERIFICAÇÃO PASSA E NÃO PASSA 
E uma ferramenta de inspeção usada para verificar a tolerância de uma peça. A sua designação refere-se ao tipo de utilização. Com um calibre passa/não passa são realizados dois testes de tolerância, no primeiro dos quais a peça terá que passar e no segundo terá que não passar.
O calibre passa/não passa é uma ferramenta utilizada nos processos de controlo de qualidade na indústria, servindo para assegurar a compatibilidade entre diferentes peças.
Esta ferramenta de medição não nos dá um valor - no sentido convencional do termo - mas sim um estado. O estado pode ser o de aceitável (a peça está dentro da tolerância e pode ser utilizada) ou de não aceitável (a peça está fora da tolerância e deve ser recusada).
O calibre passa/não passa é adequado para ser usado no setor de produção de uma fábrica, uma vez que requer pouca formação para ser usado com eficiência e é suficientemente robusto para resistir a ambientes hostis.
12 PAQUIMETRO
Basicamente podemos dizer que o paquímetro é um instrumento usado para medir dimensões lineares internas, externas e de profundidade de uma peça. Consiste em uma régua graduada, com encosto fixo, sobre a qual desliza um cursor, denominado nônio. A resolução do instrumento é a menor medida que o instrumento realiza em função do número de divisões do nônio.
Também é importante saber que paralaxe é o erro que ocorre dependendo do ângulo de inclinação do equipamento, podendo haver um erro visual, onde o operador vê coincidência errada de traços.
12.1 ESTRUTURAS DE UM PAQUÍMETRO
 
12.2 APLICAÇÕES DO PAQUÍMETRO
O paquímetro é um instrumento de medição praticamente universal, quando falamos de suas aplicações ele engloba uma boa parte de elementos que podem ser medidos. Abaixo temos alguns tipos de medição que o paquímetro aborda:
 
Existem formas certas de fazer a utilização do paquímetro, a seguir, temos uma ilustração de algumas formas corretas e erradas de medição com o paquímetro:
 
12.3 TIPOS DE PAQUÍMETROS
Paquímetro universal:  É o paquímetro mais utilizado nas medições internas, externas, ressaltos e profundidade.
 
Paquímetro universal com relógio: O relógio acoplado no cursor facilita a leitura.
 
Paquímetro com bico móvel (basculante): Empregado para medir peças cônicas ou peças com rebaixos de diâmetros diferentes.
 
Paquímetro de profundidade: Serve para medir a profundidade de furos não vazados, rasgos, rebaixos, etc.
 
Paquímetro duplo: Serve para medir dentes de engrenagem.
 
12.4 LEITURA DA MEDIÇÃO ENCONTRADA NO PAQUÍMETRO
 
Fazendo a leitura do exemplo acima temos:
Inteiros na escala principal-fixa (parte superior do desenho), à esquerda do zero do nônio: = 12,0mm.
Qual o traço coincidente da escala do nônio com a escala principal? = Sétimo traço. Como a resolução do instrumento é 0,1 (10 divisões do nônio), temos leitura do nônio = 0,7mm.
Leitura = 12,0 – Escala principal
+ 0,7 – Escala móvel
————————–
12,7mm = Leitura
Erro de paralaxe
Um erro muito comum cometido com a medição no paquímetro é o erro de paralaxe. Esse é um erro cometido pelo usuário do paquímetro quando o usuário se encontra em uma posição incorreta no manuseio do instrumento.
 
Devemos prestar muita atenção com o trabalho feito pelo paquímetro, apesar de ser um instrumento de medição muito utilizado pela sua flexibilidade em tipos de medição, precisamos nos atentar a possíveis erros que atrapalham a leitura e interpretação das medidas encontradas.
13 TRAÇADOR DE ALTURA
O calibrador traçador de altura basea-se o mesmo princípio de funcionamento do Paquímetro, apresentando escala fixa com cursor na vertical, é empregado na traçagem de peças para facilitar o processo de fabricação, e com auxílio de acessórios no controle dimensional. 
14 MESA DE DESEMPENO (TRAÇAGEM)
A mesa de traçagem constitui a superfície sobre a qual será colocada a peça a ser traçada. Quanto ao emprego é análoga a prancheta de desenho técnico. A superfície da mesa de traçagem deve ser rigorosamente plana. As mesas de traçagem possuem superfícies quadradas e retangulares e seus bordos perfeitamente em esquadros, em certos casos temos superfícies circulares. A mesa constitui de uma placa geralmente de ferro fundido e de uma base, o acabamento da superfície de uma mesa de traçagem pode varia de acordo com o fim que se destina. Há mesas acabada com precisão de 0,0001 in a 0,0003 in outras de 0,001 in a 0,003 in.Quanto ao tamanho as mesas de traçagem pode ser:- Grandes.- Pequenas. Desempeno – são mesas bem parecidas com as mesas de traçagem portátis, porém a sua planidez é mais rigorosa, pois, serve para verificar a planidez de peças. São feitas de ferro fundido cinzento de grão muito fino, de granito preto ou de cerâmica, com acabamento finíssimo e de alta estabilidade.
15 MICRÔMETRO INTERNOS E EXTERNOS
O Micrômetro é o segundo instrumento mais utilizadoem oficinas automotivas, é ainda mais preciso que o Paquímetro, sua resolução é de 0,001 milímetros. Pode-se realizar medições lineares, internas, externas e de profundidade, diferente do paquímetro universal, existem alguns tipos específicos de micrômetros, sendo o mais comum o micrômetro externo.
Tipos:
– Micrômetro Interno(De haste, dois e três contatos.);
– Micrômetros de Aplicações Específicas: Profundidade, altura, arco profundo, cilindros, braile, engrenagens, perfis, tubos, com batente em V, rosca (com apalpadores intercambiáveis e com arames calibradores.).Aplicações:
– Medições externas;
– Medições de profundidade;
– Medição de altura;
– Medição interna: Dois contatos simples e com hastes longas, e três contatos;
– Medição de rosca: Micrômetro especial e comum três arames;
– Medição de fundos ou perfis;
– Medição de materiais flexíveis;
– Medição de dentes de engrenagens.
Embora o cálculo de suas medidas seja semelhantes as do paquímetro, o micrômetro utiliza um principio diferente para medir. Neste caso a medição é realizada pelo deslocamento de um parafuso micrométrico no sentido longitudinal por uma rosca regulável, que realiza um movimento relativo de um passo a cada volta completa. A volta completa é subdividida pelos traços do tambor(O tambor está ligado ao parafuso.). No micrômetro esse movimento se traduz na variação da distância entre as duas superfícies de medição.
Componentes:
– Arco(Frame): Feito de aço forjado ou ferro fundido nodular, seu acabamento é com tinta protetora e isolante à corrosão, fixado no arco está o isolante térmico(thermal insulator) que é onde o micrômetro deve ser manuseado;
– Haste Móve(spindle)l: É de fato o parafuso micrométrico, seu passo é normalmente de 0,5mm ou 1mm. Tanto haste móvel como a fixa são feitas de aço temperado envelhecido, aço liga ou aço inoxidável, devem ser resistentes à corrosão e duros, sua dureza deve ser de no mínimo 750HV. A ponta da haste móvel fará contato com o componente a ser medido, feito em metal duro e lapidados;
– Tambor(thimble): Fixo ao parafuso micrométrico, possui uma graduação que subdivide seu passo de volta. Geralmente 50 ou 100 divisões são marcadas, representando cada uma 0,01mm;As marcações possuem no mínimo 0,8mm de distância entre elas, sua espessura está entre 0,08 e 0,2mm. Existem também tambores chanfrados, o ângulo do chanfro está entre 10 e 20 graus e a distância entre o tubo graduado e as marcações tambor deve ser de no mínimo 0,4mm;
– Tubo Graduado (sleeve): É por onde o tambor se desloca, as marcações possuem a mesma espessura dos traços do tambor. As marcações do tubo estão na parte superior e inferior da linha de referência (linha central.), geralmente são traços retos, mas já é comum encontrar os traços superiores inclinados, pois facilitam a leitura pelo fato de ser mais fácil a identificação dos traços de milímetros e de meios milímetros. Para medidas ainda mais precisas, tubo também pode conter um nônio, e então o instrumento passa a ter resolução ainda menor, 1μm.Deve ser cromado para proteger contra agentes químicos(suor, óleo e etc.), embora cromados são opacos para facilitar a leitura;
– Trava(lock lever): O micrômetro pode ser travado a qualquer momento, o objetivo é impedir a movimentação da haste depois de realizada a medida, sua tolerância é de 0,002mm a mais na medida;
– Catraca(ratchet stop): A catraca é um dispositivo de segurança, ela evita que depois estar em contato com a peça o usuário exerça um aperto excessivo. Sua força de acionamento é entre 5 e 10N;
– Plaquetas: As plaquetas fixadas no arco informam a resolução, range e o fabricante.
16 RELOGIO COMPARADOR 
O Relógio comparador é um dos instrumentos de medida analógicos que permitem a medição de grandezas lineares de forma direta (medindo diretamente a grandeza desejada) ou indireta (estabelecendo a diferença entre a grandeza desejada e outra conhecida).
Neste simulador você aprenderá a ciência da utilização deste instrumento de medição, interagindo com o fuso ou com a ponta de contato (veja componentes principais). Neste objeto de aprendizagem, você também pode girar o ‘mostrador’ (arrastando e soltando o aro num movimento circular) de modo que a linha ‘zero’ alinhe com o ponteiro depois da chamada ‘pré-carga‘, ocultar a medida fornecida (clicando no ícone olho) e anular o efeito da mola do instrumento (clicando no ícone ‘cadeado’)
Este instrumento de medição opera afixado a dispositivos como bases, apoios, desempenos ou guias. Em virtude da sua fragilidade, desaconselha-se sua utilização na mão do operador.
17 RELÓGIO APALPADOR
O relógio apalpador é um instrumentos utilizados na medição comparativa onde os relógios normais são inadequados. São usados principalmente no controle de excentricidade, forma geométrica de superfícies, alinhamento e centragem de peças e ainda controle dimensional de peças. Assim como os relógios comparadores, devem ser usados com suporte, dispositivo ou painéis.
18 GONIÔMETRO/TRANSFERIDOR DE GRAU
Um goniômetro (português brasileiro) ou goniómetro (português europeu) é um instrumento de medida em forma semicircular ou circular graduada em 180º ou 360º, utilizado para medir ou construir ângulos. Entre os goniômetros está o transferidor, um semicírculo de plástico transparente ou um círculo graduado utilizado para medir ou construir ângulos, e o teodolito. Mais especificamente, um goniômetro é um instrumento que mede o ângulo entre as superfícies refletoras de um cristal ou prisma. Os dois raios de luz provenientes de um colimador (um sistema de lentes e fendas projetado para criar feixes paralelos de luz) são dirigidos sobre duas superfícies adjacentes do cristal: os feixes são refletidos pelas duas faces e o ângulo entre os dois feixes refletidos (duas vezes o ângulo entre a superfície do cristal ou prisma) é medido. Um goniômetro é também um dispositivo utilizado juntamente com transmissores de rádio ou radar. Ele permite que um sinal seja emitido em qualquer direção ou que a direção de um sinal que chega ao receptor seja determinada sem o apoio de uma antena fisicamente giratória.
19 BLOCO PADRÃO 
Blocos padrão são padrões de comprimento ou ângulo, corporificados através de duas faces específicas de um bloco, ditas “faces de medição”, sendo que estas faces apresentam uma planicidade que tem a propriedades de se aderir à outra superfície de mesma qualidade, por atração molecular. A característica marcante destes padrões está associada aos pequenos erros de comprimento, em geral de décimos ou até centésimos de micrometros ( mm ), que são obtidos no processo de fabricação dos mesmos. Em função disto, pode-se afirmar que os Blocos Padrão exercem papel importante como padrões de comprimento em todos os nível da Metrologia Dimensional.
Quanto à forma da seção transversal do bloco, esta pode ser quadrada, retangular ou circular (figura 2.1). Os blocos de secção quadrada ou circular podem ou não ser furados no centro. As dimensões dos blocos de secção quadrada são normalizados pela norma GGGG-15, norma americana. A grande vantagem destes blocos é a estabilidade proporcionada pela forma da secção quando o mesmo é utilizada na posição vertical. No brasil praticamente não se utilizam este tipo de bloco. As dimensões dos blocos de secção retangular são normalizadas pela norma ISO 3650 e outras. Os blocos maiores de 100 mm apresentam furos em cada extremidade, cuja finalidade é permitir a montagem de um dispositivo que garanta a união de uma composição formada por dois ou mais blocos.
20 MESA DE SENO
A mesa de seno é semelhante à régua de seno. Suas proporções, entretanto, são maiores. Possui também uma base, na qual se encaixa um dos cilindros, o que facilita sua inclinação.
A mesa de seno com contrapontas permite medição de peças cilíndricas com furos de centro.
Ajustando uma Mesa de Seno Magnética
A placa está ajustada a um ângulo de 38º. Três blocos, +30º, 5º e 3º estão montados com o bloco paralelo.
O relógio indicador rapidamente mostra seo ajuste está correto. A ajustagem é uma questão de segundos.
Uma mesa de seno trabalha perfeitamente em conjunto com blocos angulares para tornar possível muitas aplicações de retífica de ferramentas, que são mais difíceis com outros métodos.
Outros modelos:
20.1 TÉCNICA DE UTILIZAÇÃO
Para medir o ângulo de uma peça com a mesa de seno, é necessário que amesa esteja sobre o desempeno e que tenha como referência de comparação orelógio comparador.
Se o relógio, ao se deslocar sobre a superfície a ser verificada, não alterar sua indicação, significa que o ângulo da peça é semelhante ao da mesa. Com a mesa de seno com contrapontas, podemos medir ângulos de peças cônicas. Para isso, basta inclinar a mesa, até a superfície superior de a peça ficar paralela à base da mesa. Dessa forma, a inclinação da mesa será igual à da peça fixada entre as contrapontas.
Medição de pequenos ângulos
Para obter a igualdade de plano, colocam-se blocos-padrão que correspondam à diferença de altura entre a base e o cilindro. Com esse recurso, podemos fazer qualquer inclinação, por menor que seja, e ainda usar blocos-padrão protetores.
21 RUGOSÍMETRO
Rugosímetro é um instrumento industrial usado para medir a rugosidade, a textura e a ondulação dos materiais ferrosos e não ferrosos.
22 MAQUINA DE MEDIÇÃO DE COORDENADAS
O princípio de funcionamento da máquina consiste em posicionar um objeto qualquer sobre a mesa de granito. Uma vez posicionado, não será mais necessário reposicioná-lo.
Após, deve-se pegar pontos de referência através do apalpador como é o caso da máquina utilizada para o experimento, para traçar um plano que é diretamente desenhado pelo software da máquina. Assim, em relação ao plano traçado podem-se fazer as medidas requeridas.
OBS.:
-Para determinar o comprimento de um bloco prismático, é suficiente conhecer as coordenadas dos pontos sobre as faces extremas.
-Para determinar o diâmetro de um círculo, basta conhecer as coordenadas de três pontos deste círculo.
As máquinas de medição por coordenadas podem seguir diversos tamanhos e formas dependendo do tipo de aplicação, se é para objetos pequenos, grandes ou chão de fábrica.
Figura 1. Alguns tipos de máquinas de medição por coordenadas.
Há ainda também máquinas que não necessitam de apalpadores e sim localizadores a lasers, onde o ponto é identificado com base num sistema óptico de projetor de perfil.
Figura 2. Esquema de um localizador a laser.
A qualidade dos resultados de uma máquina de medição por coordenadas é função em primeiro plano dos erros de medição das coordenadas. Para alcançar bons resultados deve-se garantir que a máquina tenha movimentos relativos geometricamente bem definidos, com mínimos erros de retilineidade, ortogonalidade, planicidade, entre outros. Ou seja, assim, pode-se citar novamente sobre a base da máquina que deve estar devidamente firme e a temperatura e umidade do ar que devem ser controladas devido aos colchões de ar.
O elemento mais crítico do sistema é o localizador, no caso, o apalpador.
Abaixo, pode-se analisar as fontes de um erro de medição.
Figura 3. Fontes de erros em medições por coordenadas.
Para o experimento foi utilizada a MMC Zeiss modelo portal, cuja suas características obtidas foram:
Temperatura de operação: 20°C (com desqualificador)
Software da Máquina: Calypso
Eixos da Máquina: X, Y, Z
Folga do cabeçote: 2mm
Apalpadores com pontas de rubi.
23 SUBITO (COMPARADOR DE DIÂMETROS INTERNOS)
Foi desenvolvido para a medição por comparação em diâmetros internos em diferentes profundidades, para fazer a verificação da circunferência.Consiste de um mecanismo que transmite o movimento da ponta de contato para o relógio comparador ,onde é feita a leitura.
Consiste de um mecanismo que transmite o movimento da ponta de contato para o relógio comparador, onde é feita a leitura. Faz a verificação de ovalização e cilindricidade ou conicidade.
Seleciona-se um batente equivalente ao diâmetro a ser comparado e faz-se a medição.Seleciona-se um batente equivalente ao diâmetro a ser comparado e faz-se a medição.
Conhecendo o Instrumento
01: Ponta de contato do relógio
02: Haste longa: Está em contato constante com a esfera da ponta de contato e com o came, quando o súbito está sendo utilizado. Tem a função de transmitir o movimento da ponta de contato do súbito com a ponta de contato do relógio.
03: Batente do súbito: É a ponta que determina qual a capacidade do instrumento.
04: Anel para calçamento do batente: é utilizado quando o batente, sozinho, não tem condições de permitir a leitura de uma faixa de medições. Tem diferentes espessuras.
05: Came: Transmite o movimento da ponta de contato do súbito para a haste longa.
06: Ponta de contato com esfera: Ao pressionarmos este componente contra o furo, ele movimenta todo o conjunto interno de componentes.
07: Corpo da extremidade inferior: Geralmente rosqueado ao corpo do súbito, nele estão fixados os componentes inferiores.
Tipos de comparadores Analógicos
Digital
Como Fazer Leitura
Colocando-se o súbito no furo, movimentar o súbito conforme figura abaixo e observar no relógio comparador o valor encontrado. Detalhe: quando a ponta do súbito estiver exatamente a 90º das paredes do anel, a medida do anel será percebida pela mudança brusca de direção de movimentação do ponteiro, que passará do sentido HORÁRIO para o ANTI-HORÁRIO.
O valor MÍNIMO encontrado é a medida do furo.
O valor MÍNIMO encontrado é a medida do furo.
As leituras são similares às executadas em relógios comparadores, porém com uma diferença: no sentido HORÁRIO, os valores são menores, e consequentemente, no sentido ANTI-HORÁRIO, os valores são maiores, exatamente o contrário das leituras normais com relógios comparadores. Isto ocorre devido ao sistema de alavancagem do súbito.
Cuidados Com o Instrumento
Limpar com um pano limpo e macio antes e após o uso;
Selecionar os componentes necessários para montagem do mesmo;
3 Fazer a calibragem correta do instrumento;
 4 Procurar usar ZERO como referência, evitado assim de fazer cálculos;
24 TOLERÂNCIAS DIMENSIONAIS/ GEOMÉTRICAS
24.1 TOLERÂNCIAS DIMENSIONAIS
A prática tem demonstrado que as medidas das peças podem variar, dentro de
certos limites, para mais ou para menos, sem que isso prejudique a qualidade
Tolerância: Variação permissível da dimensão da peça, dada
 pela diferença entre dimensões máxima e mínima
Dimensão nominal (D): indicadas nos desenhos técnicos
Afastamento superior (As/ as): diferença entre a dimensão máxima e a nominal
Afastamento inferior (Ai/ ai): diferença entre a dimensão mínima e a nominal
Campo de tolerância (IT): valor entre o afastamento superior e o inferior
Dimensão efetiva: valor obtido medindo a peça
Dimensão máxima (Dmax): valor máximo admissível para a dimensão efetiva
Dimensão mínima (Dmin): valor mínimo admissível para a dimensão efetiva
Sistema de tolerâncias e ajustes
Normalizado pela ABNT (NB-86)
Temperatura de referência = 20° C
Conjunto de princípios, regras e tabelas que possibilita a escolha racional de tolerâncias e ajustes de modo a tornar mais econômica a produção de peças mecânicas intercambiáveis
Qualidade de trabalho: 18 “graus de tolerância” previstas pela norma
IT = ISO Tolerance
Tolerâncias fundamentais: sistema estudado inicialmente para a produção de peças mecânicas com até 500 mm de diâmetro; depois foi ampliado para peças com até 3150 mm de diâmetro
24.2 TOLERÂNCIAS GEOMÉTRICAS 
 As tolerâncias associadas à geometria das peças devem ser definidas quando:as tolerâncias dimensionais não foram suficientes  pelas necessidades e exigências do projeto, houver processos de fabricação e disponibilidade de equipamentos ou os custos de fabricação forem compatíveis aos custos do produto 
Por exemplo, para um eixo de diâmetro 59,10/59,80 têm-se as seguintes situações:
 
Assim, se a falta de linearidade causar um problema na montagem, então deve ser indicado uma tolerância geométrica de retilineidade.
Outro exemplo:

Outros materiais