IED aula 02

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Introdução aos estudos do direito
1º Semestre
Curso de Direito
Prof. Esp. Renata Beatriz Bilégo
AS FONTES DO DIREITO
		A palavra fonte significava nascedouro, nascente, origem, causa, motivação para várias manifestações do Direito.	
		Pode-se considerar Fonte do Direito “o local de origem” do Direito, ou seja, ocorre quando algo até então “oculto” se revela ao mundo. 
		São os meios pelos quais o Direito se manifesta em um ordenamento jurídico, ou seja, os modos, meios, instrumentos ou formas pelos quais o direito se manifesta perante a sociedade.
AS CARACTERÍSTICAS DAS FONTES DO DIREITO
	
	· Dão forma ao direito; 
	· Formulam normas válidas;
	· Podem ser ESCRITAS ou ORAIS (atualmente as fontes são quase sempre escritas e acessíveis a todos, porque são públicas). 
LEGISLAÇÃO
		É o conjunto de normas jurídicas emanadas pelo Estado, por meio de seus vários órgãos. 
		O conjunto da legislação se dá pela junção de todas as normas jurídicas escritas, publicadas oficialmente pelo Estado por meio de seus órgãos. 
	→ é o conjunto de normas que compõe, de fato, o ordenamento jurídico.
		A lei é a norma jurídica escrita e suas espécies.
LEGISLAÇÃO
		Importante destacar que o ordenamento jurídico é organizado de uma forma hierárquica, algumas são superiores a outras e deve-se respeitar a hierarquia legal para que tenham validade. 
LEGISLAÇÃO
LEGISLAÇÃO
1. Constituição Federal: 
		Está no topo do sistema. É o ponto de partida do ordenamento jurídico. 
		A Constituição, por meio do princípio da constitucionalidade, obriga que todas as outras normas de hierarquia inferior estejam conforme os seus fundamentos, SOB PENA DE SE TORNAREM INCONSTITUCIONAIS e deixarem de pertencer ao ordenamento jurídico. 
LEGISLAÇÃO
2. Lei Complementar e Lei Ordinária:
		Tem como função tratar de matérias que a Constituição entende que devem ser reguladas por norma, cuja aprovação exige controle mais rígido dos parlamentares. Por isso, o quorum exigido para a sua aprovação é especial (maioria absoluta). 
		
		A lei complementar é uma lei que tem como propósito complementar, explicar, adicionar algo descrito pela constituição.
LEGISLAÇÃO
		O que diferencia a lei complementar da ordinária é a matéria e o quórum, uma vez que não há hierarquia entre elas. As leis complementares estão previstas pela Constituição. 
		A lei ordinária tem o seu campo material alcançado por exclusão, se a constituição não exige a elaboração de lei complementar então a lei competente para tratar daquela matéria é a lei ordinária.
LEGISLAÇÃO
4. Medidas Provisórias: 
		É um instrumento com força de lei, adotado pelo presidente da República, em casos de relevância e urgência, cujo prazo de vigência é de sessenta dias, prorrogáveis uma vez por igual período. Produz efeitos imediatos, mas depende de aprovação do Congresso Nacional para transformação definitiva em lei. (ato previsto pela EC n. 32).
TRATADOS INTERNACIONAIS
		
		É acordo internacional concluído por escrito entre Estados e regido pelo Direito Internacional, quer conste de um instrumento único, quer de dois ou mais instrumentos conexos, qualquer que seja sua denominação específica. (art. 2º da Convenção de Viena - )
TRATADOS INTERNACIONAIS
		O conceito, portanto, envolve um acordo de vontades, a necessidade de as partes serem todas sujeitos de Direito Internacional e agirem nessa qualidade, regulamentação pelo Direito Internacional, produção de efeitos com relevância nas relações internacionais.
	
		A norma advinda de tratado ou convenção internacional, uma vez internalizada, ocupa posição hierárquica de lei ordinária. 
JURISPRUDÊNCIA
		É o conjunto das decisões dos tribunais a respeito do mesmo assunto. 
		Alguns doutrinadores especificam como sendo um conjunto de decisões “uniformes”, ao passo que outros apenas as consideram como um “conjunto de decisões”. 
		Salienta-se que a jurisprudência é uma decisão proferida pelo poder judiciário. 
JURISPRUDÊNCIA
		A jurisprudência é aplicada como fonte, porém os Juízes devem agir de acordo com as circunstancias do caso e com a sua “consciência”. 
		Rizzatto Nunes (2014) em sua obra, pondera que a jurisprudência “é um guia de orientação que se torna poderoso quando tratar de um caso isolado, mas de dezenas de casos julgados com o mesmo teor; e mais fortemente se julgados todos pelos tribunais em segunda ou terceira instância”.
		A jurisprudência é o resultado do trabalho da interpretação de juízes no julgamento de conflitos, cuja decisão é pautada com base nas normas jurídicas. 	
COSTUME JURÍDICO
		É a norma jurídica obrigatória, imposta ao setor da realidade que regula, passível de imposição pela autoridade pública e em especial pelo Poder Judiciário. É uma norma não escrita que surge das práticas da sociedade. 
		O costume é fruto da prática social individualizada e varia de lugar para lugar.
		Assim tem-se como exemplo: “ a fixação de taxa de corretagem devida ao corretor na venda de imóveis – o percentual é regulado em cada praça de acordo com o costume jurídico comercial. 
COSTUME JURÍDICO
	A doutrina classifica o costume em três espécies, sendo:
		1. Segundo a Lei (secundum legem): quando o costume está expressamente determinado pela lei, ou quando ela permite a sua aplicação. 
		2. Na falta da Lei (praeter legem): em decorrência da falta ou omissão da lei, preenche o ordenamento jurídico, evitando o aparecimento de lacunas. Ex: cheque pré-datado. 
		3. Contra a Lei (contra legem): quando contraria o disposto na lei. Pode ser reconhecido de duas formas, por meio do desuso, quando a lei deixa de ser aplicada por já não corresponder mais a realidade e em seu lugar ter surgidos novas regras, outra situação é o costume “ab-rogatório”, que cria nova regra apesar da existência de lei vigente. 
		* o costume contra legem não é muito bem aceito pela doutrina majoritária.
DOUTRINA
		É o resultado dos estudos, dos pensadores, juristas e filósofos do Direito. 
		Exerce papel fundamental, como auxiliar para o entendimento dos sistema jurídico em seus múltiplos e complexos aspectos.