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Introdução ao Conceito de Funções Prof. Dr. Manoel Costa Definição de função afim São funções afim: Toda função do tipo: f(x) = ax + b (x ϵ IR) f(x) = -4x f(x) = 2x + 1 f(x) = -3x - 11 f(x) = 7 a = 2 b = 1 a = -4 b = 0 a = -3 b = -11 a = 0 b = 7 Não são funções afim: f(x) = 2x2 + 1 f(x) = -4x3 f(x) = f(x) = 1 x 2 1 x Valor da função afim Valor para x = x0: f(x0) = ax0 + b Exemplo: Seja a função afim f(x) = 3x + 7 Seu valor para x = 5: f(5) = 3 . 5 + 7 = 22 Seu valor para x = -4: f(-4) = 3 . (-4) + 7 = -5 Seu valor para x = 0: f(0) = 3 . 0 + 7 = 7 Valor inicial da função afim Valor inicial é o valor para x = 0: f(0) = a . 0 + b = b Exemplo de valores iniciais: Para f(x) = 3x + 4 f(0) = 3 . 0 + 4 = 4 Para f(x) = -8x + 7 f(0) = -8 . 0 + 7 = 7 Para f(x) = 5x f(0) = 5 . 0 = 0 Taxa de variação da função afim Interpretação: Acréscimo (ou decréscimo) de f(x) quando o valor de x aumenta em uma unidade. Definição: ( )f x y a x x Exemplo para: f(x) = 3x + 7 x = 1 f(1) = 3 . 1 + 7 = 10 x = 2 f(2) = 3 . 2 + 7 = 13 x cresceu uma unidade f(x) cresceu três unidades Portanto, a taxa desta função vale 3, o mesmo valor de a. Noção intuitiva de funções Quando existe uma função? Quando uma grandeza variável depende de outra. O que é a função? A “regra” que associa essas duas grandezas. Exemplo: O perímetro (P) do quadrado é função da medida do seu lado (l ). l é a medida do lado Perímetro: P = l + l + l + l Perímetro: P = 4l DEPENDE DEP l Lei e variáveis da função P = 4 l LEI DA FUNÇÃO VARIÁVEL DEPENDENTE VARIÁVEL INDEPENDENTE O perímetro (P ) é FUNÇÃO da medida ( l ) do lado. Por que dependente e independente? l = 1 cm P = 4 cm P = 4 l l = 1,5 cm P = 6 cm l = 2 cm P = 8 cm P E R Í M E T R O ( P ) D E P E N D E D A M E D I D A ( l ) D O L A D O . Definição de função Dados dois conjuntos, A e B, uma função de A em B é uma regra que indica como associar cada elemento x ϵ A a um único elemento y ϵ B. NOTAÇÃO f: A B Lê-se: f é uma função de A em B. SIGNIFICADO A função f transforma um elemento x de A em um elemento y de B. Representação comum: y = f(x) Lê-se: y é igual a f de x. Voltando ao exemplo do perímetro A contém as possíveis medidas para o lado (l) do quadrado. B contém, entre outros, valores do perímetro (P) do quadrado. P = 4 l As variáveis independentes são representadas pela letra x. As variáveis dependentes são representadas pela letra y. Portanto, a função perímetro pode ser reescrita como: y = 4x ou f(x) = 4x “Entra” variável INDEPENDENTE “Sai” variável DEPENDENTE l = 1 l = 1,5 l = 2 l = 5 l = 9, etc. A P = 4 P = 6 P = 8 P = 20 P = 36, etc. B Domínio – Contradomínio – Imagem O conjunto A, que contém os valores de x, é chamado de DOMÍNIO (D) da função f. O conjunto B, que contém os valores de y, é chamado de CONTRADOMÍNIO (CD) da função f. EXEMPLOS: A = {1, 2, 3, 4, 5} B = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10} LEI DA FUNÇÃO: y = 2x O conjunto imagem Im(f) é composto somente pelos valores de CD que foram obtidos pela lei da função: 2 4 6 8 10 1 2 3 4 5 A 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 B Determinação de uma função afim Determinar uma função afim é determinar seu valor inicial b e sua taxa de variação a e substituí-los na lei geral: f(x) = ax + b Exemplo: Se a = 5 e b = 8 Função afim: f(x) = 5x + 8 Exemplo mais trabalhoso: f(1) = 7 e f(3) = 11 A solução do sistema é: a = 2 e b = 5 Função afim está determinada: f(x) = 2x + 5 f(1) = a . 1 + b a + b = 7 f(3) = a . 3 + b 3a + b = 11 a + b = 7 3a + b = 11 Gráfico de uma função afim É sempre uma reta não vertical. x y O Coeficiente linear A ordenada y onde a reta do gráfico intersecta o eixo Oy é o valor inicial (b) da função: f(x) = ax + b Este y = b = valor inicial da função = coeficiente linear da reta x y O Coeficiente angular A taxa de variação (a) da função afim também é chamada de coeficiente angular da reta: f(x) = ax + b y x y x = cateto oposto = cateto adjacente = a = cateto oposto cateto adjacente = tg x y O Domínio e contradomínio igual a IR D = IR e CD = IR f: IR IR Exemplo: Seja a função f: IR IR Definida pela lei: y = x2 IR IR IR+ Os valores de x ϵ D = IR podem ser positivos ou negativos. Mas os valores de y obtidos pela lei da função são todos POSITIVOS. CD = IR, mas somente os positivos pertencem à imagem (Im). Portanto: D = IR CD = IR Im = IR+ Domínio de uma função real CUIDADO: Nem sempre o domínio D é o conjunto IR. Quando não está especificado, o domínio de uma função real será o subconjunto mais amplo de IR para o qual são possíveis as operações indicadas pela lei da função. O domínio D dessa função será o conjunto IR com exceção do número 3, pois x = 3 torna nulo o denominador da fração. Portanto: D(f) = IR – {3} ou D(f) = {x ϵ IR | x ≠ 3} 1 ( ) 3 f x x EXEMPLO: Domínio de uma função real O domínio D será o conjunto IR com exceção dos valores de x menores que 3, pois em IR não existe raiz quadrada de número negativo. Portanto: D(f) = {x ϵ IR | x > 3} ( ) 3f x x EXEMPLO: Domínio de uma função real REGRAS GERAIS PARA DETERMINAR O DOMÍNIO: - A expressão do denominador deve ser DIFERENTE DE ZERO: DENOMINADOR ≠ 0 - O radicando de uma raiz de índice n (com n par) deve ser MAIOR OU IGUAL A ZERO: RADICANDO 0 Como saber se o gráfico é de uma função? Condição para ser função: Para cada valor x ϵ D, existe um ÚNICO valor y ϵ CD. CONSEQUÊNCIAS: É FUNÇÃO, POIS para cada valor de x... .. . u m ú n ic o v al o r y NÃO É FUNÇÃO, POIS para este valor de x... .. . e xi st em D O IS va lo re s d e y É GRÁFICO DE FUNÇÃO quando qualquer reta perpendicular ao eixo x intersecta o gráfico em um único ponto. NÃO É GRÁFICO DE FUNÇÃO quando existe pelo menos uma reta perpendicular ao eixo x que intersecta o gráfico em mais de um ponto. Domínio e imagem no gráfico O conjunto domínio e o conjunto imagem podem ser obtidos pela projeção do gráfico nos eixos. Domínio: D(f) = {x ϵ IR| 2 ≤ x ≤ 4} = [2, 4] Imagem: Im(f) = {y ϵ IR| 1 ≤ y ≤ 5} = [1, 5] Caso particular de função afim Função identidade: f(x) = x Coeficiente linear: b = 0 Passa pela origem 1 2 3 3 2 1 Coeficiente angular: a = = tg = 1 y x y x = 45o = 45o x y 0 Caso particular de função afim Função linear: f(x) = ax Coeficiente linear: b = 0 Portanto, as retas sempre passam pela origem. Quanto maior o coeficiente angular (a), maior o ângulo () e mais inclinada a reta. f(x) = 0,3x f(x) = 0,8x f(x) = 1,5x f(x) = 2,4x x y O Caso particular de função afim Função constante: f(x) = b Coeficiente angular: a = 0. Portanto, as retas são sempre paralelas ao eixo Ox , ou seja, o ângulo é = 0 para todas elas. f(x) = -2 f(x) = 2 f(x) = 4 f(x) = 6 b = -2 b = 2 b = 4 b = 6 x y O Zero da função afim Definição: Valor de x para o qual a função f(x) se anula. Consequência: f(x) = ax + b = 0 x = b a Exemplo: f(x) = 2x – 10 x = = 5 10 2 Zero da função: abscissa (x)em que o gráfico intersecta o eixo Ox. 1 2 3 4 5 6 7 x y 0 Função crescente Quanto MAIOR o valor de x, MAIOR o valor de y. Exemplo: y = 2x + 1 x = -2 y = -3 x = -1 y = -1 x = 1 y = 3 x = 2 y = 5 x: cresce y: cresce Função decrescente Quanto MAIOR o valor de x, menor o valor de y. Exemplo: y = -2x + 4 x = 1 y = 2 x = 2 y = 0 x = 3 y = -2 x = 4 y = -4 x: cresce y: decresce Função quadrática – função par Definição: f(x) = f(-x) Gráfico é simétrico em relação ao eixo y. Exemplo: f(x) = x2 f(2) = 4 f(-2) = 4 f(2) = f(-2) f(1) = 1 f(-1) = 1 f(1) = f(-1) Denominamos função par uma função f, quando para todo elemento x pertencente ao domínio da função temos f(x) = f(-x). Função par Vamos analisar a função f(x) = 2x2 – 6. Começando pelo lado direito do eixo das ordenadas. Para x igual a 1, 2 ou 3, temos y igual a -4, 2 ou 12, respectivamente. Isto porque: Função par Agora vamos analisar o lado esquerdo do eixo das ordenadas. Note que para x igual a -1, -2 e -3, temos y igual aos mesmos -4, 2 e 12, respectivamente. Evidentemente porque: Qualquer que seja x temos f(x) = f(-x): Função par Portanto f(x) = 2x2 – 6 é uma função par. Visto que f(x) = f(-x). Então x e o seu oposto -x possuem a mesma imagem. Função do terceiro grau Definição: f(x) = -f(-x) Gráfico é simétrico em relação à origem O. Exemplo: f(x) = x3 f(2) = 8 f(-2) = -8 f(2) = -f(-2) Denominamos função ímpar uma função f, quando para todo elemento x pertencente ao domínio da função, temos f(x) = -f(-x) ou -f(x) = f(-x). Função impar Vamos analisar a função f(x) = 𝒙𝟑 𝟏𝟎 . Os pontos para os quais x é igual a 1, 2 ou 3, estão localizados em posição simétrica à partir da origem, em relação aos pontos para os quais x é igual a -1, -2 ou -3, respectivamente. Para termos o valor exato das imagens, primeiramente vamos calcular f(x) para x igual a 1, 2 e 3: Função impar Ainda para x igual a 1, 2 e 3 vamos calcular -f(-x) para podermos fazer uma comparação: Função impar Veja que f(x) = -f(-x): Visto que -f(x) = f(-x), então x e o seu oposto -x têm imagens opostas. No caso dos números naturais quando um número não é par ele só pode ser ímpar e vice-versa. No caso de funções a coisa não é bem assim que funciona. Para que uma função seja denominada função par ou função ímpar, é preciso que a mesma se enquadre exatamente nas condições impostas - vistas anteriormente. Acontece que existem funções que não satisfazem nem a condição para serem denominadas funções pares, nem tampouco para serem denominadas funções ímpares. Funções que não são par nem impar Vejamos o caso da função f(x) = x4 – 2x3 Como podemos observar, não existe a simetria visual vistas nos gráficos anteriores, nem quanto a uma função par, nem quanto a uma função ímpar. Funções que não são par nem impar No caso da função par teríamos f(x) = f(-x), ou seja, as imagens de x = 1 e de x = -1, por exemplo, deveriam ser iguais, mas pelo gráfico e pelos cálculos realizados abaixo vemos que isto não ocorre. Para que ela fosse uma função ímpar teríamos - f(x) = f(-x), ou seja, as imagens de x = 1 e de x = -1, por exemplo, deveriam ser opostas uma da outra, mas pelo gráfico e pelos cálculos realizados anteriormente vemos que isto também não ocorre: Funções que não são par nem impar Análise gráfica Função é positiva: f(x) > 0 ou y > 0 Função é negativa: f(x) < 0 ou y < 0 DECRESCENTE DECRESCENTE CRESCENTE CONSTANTE MÁXIMO MÍNIMO ZEROS DA FUNÇÃO
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