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19/02/18 autores: Carlos roberto Gonçalvez; Pablo stolze gagliano; Venosa
Evolução Da Família: subordinação familiar, pátrio poder, mudança no afeto, cachorro, gato, tio e tia. Manter vinculo. Tinham-se muitos filhos para trabalhar juntos, ide e procriai-vos e propagai o nome do senhor.
Família vem de escravo, subordinação ou poder de mando, livro: cidade antiga, romana.
Levar a noiva no colo, era pq ela podia pisar no solo da família dele, por meio dele. Regime antigo, era comunhão universal de bens.
Conceito de família: núcleo fundamental que repousa toda a organização social e merece toda a proteção do estado.
Princípios do direito de família
Do respeito a dignidade da pessoa humana art. 227; igualdade jurídica dos cônjuges e companheiros art. 226. Principio da igualdade jurídica de todos os filhos art. 227, 6. Principio da liberdade de constituir uma comunhão de vida familiar. Inovações: alimentos gravídicos, como a mulher gestante já pede ajuda para os alimentos...
AULA – 02 CASAMENTO finalidade: comunhão plena de vida Ler 1.515
DEFINIÇÃO – contrato 
Instituto civil pelo meio do qual, atendida às solenidades legais (habilitação, celebração e registro), estabelece entre duas pessoas a comunhão plena de vida em família, com base na igualdade de direitos e deveres, vinculando os cônjuges mutuamente como consortes e companheiros entre si, responsáveis pelos encargos da família. Havendo uma obrigação entre ambos, derivada de lei, natureza juridica: é um contrato de uniao, e de como vai desenrolar ou uma instituição que já esta pronta, são 2 correntes.
Manifestação expressa da vontade e as regras de como vai funcionar.
E outra diz que é uma instituição, pois há uma limitação da autonomia privada, pode casar mas escolher dentre estes regimes.
NATUREZA JURÍDICA, Divergências:
NATUREZA CONTRATUAL: 
É um negócio jurídico
Depende da livre manifestação de vontade das partes para sua realização para produzir seus efeitos patrimoniais 
Regime de bens
Requer o consentimento dos nubentes. Seria, portanto, um contrato.
NATUREZA DE INSTITUIÇÃO:
Regido por normas de ordem pública que define seus efeitos jurídicos
Impondo deveres e estabelecendo os direitos dos cônjuges
Limita a autonomia privada
Não pode ser mitigados pela livre vontade das partes
O casamento não regula apenas efeitos patrimoniais, mas, também, acarreta efeitos pessoais que não são objetos de um contrato.
E uma terceira teoria nasce:
NATUREZA ECLÉTICA:
Natureza mista, híbrida ou eclética
Coexistência de características contratuais com as institucionais. 
Autonomia da vontade das partes – contrato: Escolher o parceiro
O regime de bens e permanência ou não da relação familiar.
Efeitos pessoais - instituição:
Alteração do estado civil, surgimento dos vínculos de parentesco, alteração do nome
Deveres de fidelidade e coabitação,
Casamento é um contrato na sua formação, mas no seu curso é uma instituição – MAIS ACEITA!
FINALIDADE: plena comunhão de vida
CÓDIGO CIVIL
Art. 1.511. O casamento estabelece comunhão plena de vida, com base na igualdade de direitos e deveres dos cônjuges.
É tão importante quanto o princípio da boa-fé objetiva para as relações obrigacionais.
Segundo ROLF MADALENO: “Logo, inimaginável haja casamento sem comunhão de vida dos cônjuges, sinônimo da felicidade e pressuposto fundante da união, não fazendo qualquer sentido manter unido um casal que confessa não estar feliz, porque não mais encontra, ou talvez porque nunca tenha encontrado em seu relacionamento é imprescindível comunhão plena de vida.”
Natural tendência dos tribunais dispensarem a desgastante pesquisa processual da culpa na separação judicial mesmo antes da promulgação da emenda constitucional 66/2010 que institui o divórcio e eliminou o sistema separatória dual da separação de direito e sua posterior conversão em divórcio 
Pela cláusula geral da Comunhão plena de vida estabelece a não interferência do Estado-juiz na comunhão dos cônjuges.
Código Civil
Art. 1.513. É defeso a qualquer pessoa, de direito público ou privado, interferir na comunhão de vida instituída pela família. Previsto tbem na CF o estado não pode dizer qual escola vai estudar... intenvem em urgência e emergência espancamento, abandono de filho...
Art. 1.514. O casamento se realiza no momento em que o homem e a mulher manifestam, perante o juiz, a sua vontade de estabelecer vínculo conjugal, e o juiz os declara casados.
Não havendo mais vontade de ter plena comunhão de vida dever o juiz declarar extinto o vínculo sem mais argumentações. Autonomia da vontade, sem justificativas.
GRATUIDADE DO CASAMENTO CIVIL – para quem declarar a pobreza, se não tem custo sim! Art. 226, paragrafo 1.
Constituição Federal
Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.
§ 1º O casamento é civil e gratuita a celebração.
CASAMENTO RELIGIOSO COM EFEITO DE CIVIL: tem que atender as exigências da lei, se não é união estável, e retroage data do religioso.
Habilitação, registro publicação de editais de proclamas, homologa e marca a celebração, posteriormente leva no registro civil e registra. Regime de bens escolhe...
Código Civil
Art. 1.515. O casamento religioso, que atender às exigências da lei para a validade do casamento civil, equipara-se a este, desde que registrado no registro próprio, produzindo efeitos a partir da data de sua celebração. 
A condição para inscrição do casamento religioso no ofício civil é apresentação dos documentos para o processo de habilitação exigidos no artigo 1525 do CC, porque o registro civil do casamento religioso depende de prévia habilitação perante a autoridade competente – art. 1516, §2º do CC.
CAPACIDADE PARA O CASAMENTO: Capacidade para o casamento homoafetivo, idade mínima para casamento de 16 anos.
STF – ADPF 132 e ADI 4.277 05/11: Reconheceu-se se tratar a união homoafetiva de uma entidade familiar merecedora da proteção do regime jurídico da união estável.
PROBLEMÁTICA: Diante da equiparação a união estável prevista no artigo 1723 do CC seria possível converter união estável em casamento nos termos do artigo 1726 do CC.
4º Turma do STJ (Resp. Nº1.183.378-RS), relator MINISTRO LUIS FELIPE SALOMÃO: “os arts. 1.514, 1.521, 1.523 e 1.565, todos do Código Civil de 2002, não vedam expressamente o casamento entre pessoas do mesmo sexo, e não há como se enxergar uma vedação implícita ao casamento homoafetivo sem afronta a caros princípios constitucionais, como o da igualdade, o da não discriminação, o da dignidade da pessoa humana e os do pluralismo e livre planejamento familiar.”
Resolução nº 175 de 14/05/2013 do Conselho 
Nacional de Justiça: Art. 1º É vedada às autoridades competentes a recusa de habilitação, celebração de casamento civil ou de conversão de união estável em casamento entre pessoas de mesmo sexo.
Art. 2º A recusa prevista no artigo 1º implicará a imediata comunicação ao respectivo juiz corregedor para as providências cabíveis.
Idade Mínima para casamento = 16 anos, pode casar exigindo a autorização dos pais, se discordam aplicasse o disposto no art. 1631, o juiz decide, relativamente incapaz, idade núbil, entender o significado para o casamento., maturidade física e intelectual. Art. 1.631. Durante o casamento e a união estável, compete o poder familiar aos pais; na falta ou impedimento de um deles, o outro o exercerá com exclusividade.
Parágrafo único. Divergindo os pais quanto ao exercício do poder familiar, é assegurado a qualquer deles recorrer ao juiz para solução do desacordo.
Efeitos do suprimento judicial – o juiz decidiu
Art. 1.519. A denegação do consentimento, quando injusta, pode ser suprida pelo juiz.
Art. 1.641. É obrigatório o regime da separação de bens no casamento: (...) não escolhem o regime de bens.
III - de todos os que dependerem, para casar, de suprimento judicial.
Art. 1.520. Excepcionalmente, será permitido o casamento de quem ainda não alcançou a idade núbil (art. 1517), para evitar imposição ou cumprimento de penacriminal ou em caso de gravidez.
Ex. menina tem 14 anos e esta gravida, pois teve estupro de vulnerável, se não somen te após os 16 anos. 
E se o menino estiver com 15 e a menina com 19 anos gravida, podem casar? Sim.
Se os dois tem 15 podem casar? So se a menina tiver gravida.
CÓDIGO PENAL. Art. 107 - Extingue-se a punibilidade: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) (...)
VII - pelo casamento do agente com a vítima, nos crimes contra os costumes, definidos nos Capítulos I, II e III do Título VI da Parte Especial deste Código;(Revogado pela Lei nº 11.106, de 2005)
VIII - pelo casamento da vítima com terceiro, nos crimes referidos no inciso anterior, se cometidos sem violência real ou grave ameaça e desde que a ofendida não requeira o prosseguimento do inquérito policial ou da ação penal no prazo de 60 (sessenta) dias a contar da celebração;(Revogado pela Lei nº 11.106, de 2005)
Não há idade limite. Porém... Art. 1.641. É obrigatório o regime da separação de bens no casamento: (...)
II – da pessoa maior de 70 (setenta) anos;
Efeitos Jurídicos Do Casamento Dissolução Da Sociedade E Do Vinculo Conjugal; Da União Estável Da Filiação; Da Adoção Poder Familiar – Tutela E Curatela; Alimentos
26/02/18 AULA – 02.1
impedimentos matrimoniais
definição: TRADUZEM A PROIBIÇÃO IMPOSTA PELA LEI À REALIZAÇÃO DE UM CASAMENTO, E SE TRANSPOSTA ESTA BARREIRA, DESAVISADA OU DELIBERADAMENTE PELOS NUBENTES, O ORDENAMENTO JURÍDICO SANCIONA AS NÚPCIAS COM DECRETO DE NULIDADE TOTAL.
impedimento ≠ incapacidade
a pessoa pode ter capacidade para casar, mas mesmo assim estar impedida de contrair núpcias, por exemplo, com seu ascendente ou outro parente em proximidade de grau.
Causas de impedimentos
Art. 1.521. Não podem casar: rol taxativo com números clausulos, é somente isso!
Pedro 
/							/
Mara							Marcia
/		/					/	/	/
devon		Ludmila			Cairon	Camilo	Pedro
/ /			/
Serena e Afonso	Isabela
São 2 colaterais que pre cisa chegar ate o ancestral comum, o que serena é de isabela: colateral de 4 grau. Consequência jurídica ate o quarto grau;
Primo de segundo grau, é colateral de 5 grau, não serve pra nada!!!! Colateral de 5 grau não é considerado parente, exceto de linha reta!
I - os ascendentes com os descendentes, seja o parentesco natural ou civil (se for adotivo, ver pai com filho sozinho mae com filho sozinho, se os filhos podem casar);
II - os afins em linha reta (sogra, sogra, cunhado, cunhada, enteado);
III - o adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado com quem o foi do adotante;
IV - os irmãos, unilaterais ou bilaterais, e demais colaterais, até o terceiro grau inclusive; tem exceção 
V - o adotado com o filho do adotante;
VI - as pessoas casadas;
VII - o cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio ou tentativa de homicídio contra o seu consorte. Tem exceção 
I - os ascendentes com os descendentes, seja o parentesco natural ou civil;
Tanto o parentesco natural ou civil.
Qualquer grau de parentesco.
Razões:
- Ordem eugênica – defesa da etnia, para evitar moléstias hereditárias, devido a combinações genéticas.
- Éticas;
- Morais.
II - os afins em linha reta;
Parentesco que decorre de um matrimônio válido entre um dos cônjuges e os parentes do outro esposo.
Art. 1.595. Cada cônjuge ou companheiro é aliado aos parentes do outro pelo vínculo da afinidade.
§ 1o O parentesco por afinidade limita-se aos ascendentes, aos descendentes e aos irmãos do cônjuge ou companheiro.
§ 2o Na linha reta, a afinidade não se extingue com a dissolução do casamento ou da união estável. Padrasto, madrasta, genro, nora, 
III - o adotante (pai ou mãe, 1 único q adota alguem) com quem foi cônjuge do adotado (o ex marido ou ex nora – vinculo de afinidade) e o adotado com quem o foi do adotante; (...)
V - o adotado com o filho do adotante;
Princípio da igualdade da filiação
ECA. Art. 41. A adoção atribui a condição de filho ao adotado, com os mesmos direitos e deveres, inclusive sucessórios, desligando-o de qualquer vínculo com pais e parentes, salvo os impedimentos matrimoniais.
IV - os irmãos, unilaterais (filho so de mae) ou bilaterais (filho do mesmo pai e mae), e demais colaterais, até o terceiro grau inclusive – tio e sobrinho; parente de 4 grau tia avo e prima tbem;
Não existe colateral de primeiro grau! Tem que subir ao ascedente!se for colateral o menor grau éo irmão, portanto 2 grau! Em terceiro grau somente tios e sobrinhos.
Em 4 grau, primos e o tio avo ou sobrinho neto.
Irmãos bilaterais - Irmãos unilaterais
TIOS e SOBRINHOS
Decreto 3200/41 – dispõe sobre a proteção da família.
Art. 1º O casamento de colaterais, legítimos ou ilegítimos (filhos fora do casamento) do terceiro grau, é permitido nos termos do presente decreto-lei.
TIA E SOBRINHO!!! Art. 2º Os colaterais do terceiro grau, que pretendam casar-se, ou seus representantes legais, se forem menores, requererão ao juiz competente para a habilitação que nomeie dois médicos de reconhecida capacidade, isentos de suspensão (como interditado), para examiná-los e atestar-lhes a sanidade (que não estão loucos), afirmando não haver inconveniente, sob o ponto de vista da sanidade, afirmando não haver inconveniente, sob o ponto de vista da saúde de qualquer deles e da prole, na realização do matrimônio.  É POSSIVEL CONSTATAR QUE A CRIANÇA NÃO TENHA PROBLEMA PARA COM OS FILHOS.
VI - as pessoas casadas;
Princípio da monogamia
Bigamia é crime:
CP - Art. 235 - Contrair alguém, sendo casado, novo casamento:
Pena - reclusão, de dois a seis anos.
§ 1º - Aquele que, não sendo casado, contrai casamento com pessoa casada, conhecendo essa circunstância, é punido com reclusão ou detenção, de um a três anos.
§ 2º - Anulado por qualquer motivo o primeiro casamento, ou o outro por motivo que não a bigamia, considera-se inexistente o crime.
Dissolução do vínculo conjugal:
Morte;
Anulação ou nulidade; e
Divórcio.
Exceção para UNIÃO ESTÁVEL:
ARTIGO 1.723, CC:
§ 1o A união estável não se constituirá se ocorrerem os impedimentos do art. 1.521; não se aplicando a incidência do inciso VI no caso de a pessoa casada se achar separada de fato ou judicialmente.
VII - o cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio ou tentativa de homicídio contra o seu consorte.
Fere a moralidade;
Somente para homicídio ou tentativa de homicídio DOLOSO; exclui culposo.
Não importa ter existido ou não qualquer relacionamento anterior;
Desaparece o impedimento se for extinta a punibilidade;
Se o pedido de habilitação do casamento ocorrer durante o trâmite da ação penal, deverá ser sustada a habilitação até final julgamento da ação penal. 
O juiz e oficial do registro civil tem o dever de falar se estavam impedidos de casar.
01/03/18 AULA – 02.2 causas suspensivas
sumula 377 stf comunicam-se o que compraram pelo casal, mas tem que fazer prova, de que ajudou a comprar, esforço comum.
pediu suprimento judicial? Era menor de idade e quis casar o juiz autoriza ou não.
Definição: EVITAR UNIÕES QUE AFETEM A PROLE, A ORDEM MORAL OU PÚBLICA, POR REPRESENTAREM UM AGRAVO AO DIREITO DOS NUBENTES, OU AOS INTERESSES DE TERCEIROS
Previsão legal não podem para não devem: mesmo na incidência de causa suspensiva se celebra o casamento, 
Art. 1.523. Não DEVEM casar: são clausulas suspensivas, não é impedimento nem anulabilidade.
I - o viúvo ou a viúva que tiver filho do cônjuge falecido, enquanto não fizer inventário dos bens do casal e der partilha aos herdeiros; dividir o 50% do que era do pai deles. PODE CASAR COM SEPARACAO OBRIGATORIA de bens.
II - a viúva, ou a mulher cujo casamento se desfez por ser nulo ou ter sido anulado, até dez meses depois do começo da viuvez, ou da dissolução da sociedade conjugal; 
CONFUSAO CONSAGUINEA, para saber se é do marido anterior ou do próximo. Evitar a turbatio sanguinis, tanto a parte patrimonial quanto a paternidade.
III - o divorciado, enquanto não houver sido homologada ou decidida a partilha dos bens do casal;
Evitar a confusão patrimonial e o letigio.
IV - o tutorou o curador e os seus descendentes, ascendentes, irmãos, cunhados ou sobrinhos, com a pessoa tutelada ou curatelada, enquanto não cessar a tutela ou curatela, e não estiverem saldadas as respectivas contas. (prestar contas a cada balanço anual).
efeitos
NÃO OBSTAM O CASAMENTO;
NÃO GERAM NULIDADE ou ANULABILIDADE;
CONSEQUÊNCIAS:
Art. 1.641. É obrigatório o regime da separação de bens no casamento:
I - das pessoas que o contraírem com inobservância das causas suspensivas da celebração do casamento;
Art. 1.489. A lei confere hipoteca:
II - aos filhos, sobre os imóveis do pai ou da mãe que passar a outras núpcias, antes de fazer o inventário do casal anterior;
Efeitos
NÃO OBSTAM O CASAMENTO;
NÃO GERAM NULIDADE ou ANULABILIDADE;
CONSEQUÊNCIAS:
Art. 1.641. É obrigatório o regime da separação de bens no casamento:
I - das pessoas que o contraírem com inobservância das causas suspensivas da celebração do casamento;
Art. 1.489. A lei confere hipoteca legal (em favor dos filhos): que não se venda nada do que tenha.
II - aos filhos, sobre os imóveis do pai ou da mãe que passar a outras núpcias, antes de fazer o inventário do casal anterior;
O Código Civil de 2002 passou a autorizar a mudança no regime de bens durante o casamento. A previsão é feita pelo parágrafo 2º do art. 1639. Desde que em comum acordo pede p/ o juiz que altere, provando que não gere prejuízo para ambos, por terceiros e para a prole.
Efeitos
COMO SE TRATAM DE MERA RECOMENDAÇÃO É POSSÍVEL DEIXAR DE SER APLICADA POR AUTORIZAÇÃO JUDICIAL.
Art. 1.523
Parágrafo único. É permitido aos nubentes solicitar ao juiz que não lhes sejam aplicadas as causas suspensivas previstas nos incisos I, III e IV deste artigo, provando-se a inexistência de prejuízo, respectivamente, para o herdeiro, para o ex-cônjuge e para a pessoa tutelada ou curatelada; no caso do inciso II, a nubente deverá provar nascimento de filho, ou inexistência de gravidez, na fluência do prazo.
I - o viúvo ou a viúva que tiver filho do cônjuge falecido, enquanto não fizer inventário dos bens do casal e der partilha aos herdeiros; proteger o patrimônio dos filhos, não haver a confusão patrimonial.
 O viúvo ou a viúva que tiver filho do cônjuge falecido e casar em segundas núpcias antes precisa fazer um inventário dos bens do casal e dar a partilha aos herdeiros, e se violar este preceito sofrerá duas ordens de sanções: a celebração do segundo casamento será, obrigatoriamente, sobre o regime de separação de bens (1.641, I, CC) e a imposição de hipoteca legal de seus imóveis, em favor dos filhos (1489, II, CC)
Segundo Rolf Madaleno, citando DÉBORA GOZZO, nada impede que os cônjuges requeiram posteriormente em juízo alteração do regime obrigatório de separação de bens depois de findados o inventário e a partilha dos bens do anterior matrimônio, pois o objetivo desta causa suspensiva que impõe o regime de separação legal de bens e a hipoteca legal é evitar a confusão patrimonial.
(Direito de Família – Rolf Madaleno – 7ª ed. rev. atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense, 2017, p. 115).
II - a viúva, ou a mulher cujo casamento se desfez por ser nulo ou ter sido anulado, até dez meses depois do começo da viuvez, ou da dissolução da sociedade conjugal;
A finalidade é evitar a mistura de sangue o que somente se justificaria para uma época na qual o conhecimento científico ainda é capaz de determinar com segurança extrema paternidade ou maternidade.
Na maioria das vezes os filhos são concebidos dentro do casamento e nascem durante o matrimônio. Porém, há filhos que são concebidos antes do casamento e a filhos que nascem depois de sua dissolução
Evitar a turbatio sanguinis – evitar duvida sobre a paternidade, que fatalmente ocorreria, considerando-se que se presumiria filho do falecido aquele que nascesse até 300 dias da data do óbito ou da sentença anulatória ou que declare nulo o casamento. Igual presunção atribuiria a paternidade ao segundo marido quanto ao filho que nascesse até 180 dias, pelo menos, depois de estabelecida a convivência conjugal (1597 inc. I e II CC).
Presunção de paternidade – artigo 1597:
Art. 1.597. Presumem-se concebidos na constância do casamento os filhos:
I - nascidos cento e oitenta dias, pelo menos, depois de estabelecida a convivência conjugal;
II - nascidos nos trezentos dias subsequentes à dissolução da sociedade conjugal, por morte, separação judicial, nulidade e anulação do casamento;
III - o divorciado, enquanto não houver sido homologada ou decidida a partilha dos bens do casal;
é evitar dúvida ou litígio quanto à definição dos bens a serem partilhados.
Evitar a confusão de patrimônio da nova sociedade conjugal com os bens oriundos do matrimônio desfeito.
Exceção: se provar a inexistência de prejuízo para o ex-cônjuge.
IV - o tutor ou o curador e os seus descendentes, ascendentes, irmãos, cunhados ou sobrinhos, com a pessoa tutelada ou curatelada, enquanto não cessar a tutela ou curatela, e não estiverem saldadas as respectivas contas.
MOTIVO: dessa causa suspensiva é originária da possibilidade do incapaz ser instigado a casar pela vontade de seu representante (administrador de seus bens - tutor ou curador) visando isentar-se da prestação de contas a que está obrigado.
 FINALIDADE: se evita aproveitamento do administrador em detrimento dos bens recursos do incapaz que foi colocado sobre sua custódia mediante decisão judicial.
Síntese das consequências
Inciso I – regime de separação de bens + hipoteca legal
Inciso II - regime de separação de bens 
Inciso III - regime de separação de bens
Inciso IV - regime de separação de bens 
Legitimidade ativa
Art. 1.524. As causas suspensivas da celebração do casamento podem ser arguidas pelos parentes em linha reta de um dos nubentes, sejam consanguíneos ou afins, e pelos colaterais em segundo grau, sejam também consanguíneos ou afins.
CONSEQUÊNCIAS DAS ARGUIÇÃO: Somente ocorre a suspensão do casamento (para que os noivos se defendam) se já foi realizado na Assunção obrigatório do regime legal de separação de bens sem implicar anulação ou a decretação de nulidade do casamento.
Procedimento de arguição
Art. 1.529. Tanto os impedimentos quanto as causas suspensivas serão opostos em declaração escrita e assinada, instruída com as provas do fato alegado, ou com a indicação do lugar onde possam ser obtidas.
Art. 1.530. O oficial do registro dará aos nubentes ou a seus representantes nota da oposição, indicando os fundamentos, as provas e o nome de quem a ofereceu.
Parágrafo único. Podem os nubentes requerer prazo razoável para fazer prova contrária aos fatos alegados, e promover as ações civis e criminais contra o oponente de má-fé.
Lei de registros públicos: porque se faz processo de habilitação para o casamento: para que deem publicidade narrem a existência de infração. 
AULA – 02.3 processo de habilitação
Finalidade: Tem a finalidade de impedir que o casamento se realize em fração de algum dos impedimentos matrimoniais previstos no artigo 1521, CC ou de alguma das causas suspensivas previstas no artigo 1523, CC.
Previsão legal: Está regulamentado pelo artigo 1525 e seguintes do Código Civil e também pelos artigos 68 a 70 da Lei de Registros Públicos (Lei nº6015/1973.)
Art. 1.525. O requerimento de habilitação para o casamento será firmado por ambos os nubentes, de próprio punho, ou, a seu pedido, por procurador, e deve ser instruído com os seguintes documentos:
I - certidão de nascimento ou documento equivalente como passaporte ou carteira de identidade;
II - autorização por escrito das pessoas sob cuja dependência legal estiverem, ou ato judicial que a supra, em caso de incapazes, como tbem o suprimento do juiz; não é obrigatório.
III - declaração de duas testemunhas maiores, parentes ou não, que atestem conhecê-los e afirmem não existir impedimento que os iniba de casar; editais de proclamas se publica nas cidades dos noivos.
IV - declaração do estado civil, do domicílio e da residência atual dos contraentes e de seus pais, se forem conhecidos;V - certidão de óbito do cônjuge falecido, de sentença declaratória de nulidade ou de anulação de casamento, transitada em julgado, ou do registro da sentença de divórcio. 
Art. 68. Na habilitação para o casamento, os interessados, apresentando os documentos exigidos pela lei civil, requererão ao oficial do registro do distrito de residência de um dos nubentes, que lhes expeça certidão de que se acham habilitados para se casarem.
        § 1° Autuada a petição com os documentos, o oficial mandará afixar proclamas de casamento em lugar ostensivo de seu cartório e fará publicá-los na imprensa local, se houver; em seguida abrirá vista dos autos ao órgão do Ministério Público, para manifestar-se sobre o pedido e requerer o que for necessário à sua regularidade, podendo exigir a apresentação de atestado de residência firmado por autoridade policial.
        § 2º Se o órgão do Ministério Público impugnar o pedido ou a documentação, os autos serão encaminhados ao Juiz, que decidirá sem recurso.        
        § 3º Decorrido o prazo de quinze (15) dias a contar da afixação do edital em cartório, se não aparecer quem oponha impedimento nem constar algum dos que de ofício deva declarar, ou se tiver sido rejeitada a impugnação do órgão do Ministério Público, o oficial do registro certificará a circunstância nos autos e entregará aos nubentes certidão de que estão habilitados para se casar dentro do prazo previsto em lei.
        § 4º Se os nubentes residirem em diferentes distritos do Registro Civil, em um e em outro se publicará e se registrará o edital.
        § 5º Se houver apresentação de impedimento, o oficial dará ciência do fato aos nubentes, para que indiquem em três (3) dias prova que pretendam produzir, e remeterá os autos a juízo; produzidas as provas pelo oponente e pelos nubentes, no prazo de dez (10) dias, com ciência do Ministério Público, e ouvidos os interessados e o órgão do Ministério Público em cinco (5) dias, decidirá o Juiz em igual prazo.
Art. 69. Se o interessado quiser justificar fato necessário à habilitação para o casamento, deduzirá sua intenção perante o Juiz competente, em petição circunstanciada indicando testemunhas e apresentando documentos que comprovem as alegações.
        § 1º Ouvidas as testemunhas, se houver, dentro do prazo de cinco (5) dias, com a ciência do órgão do Ministério Público, este terá o prazo de vinte e quatro (24) horas para manifestar-se, decidindo o Juiz em igual prazo, sem recurso.
        § 2° Os autos da justificação serão encaminhados ao oficial do registro para serem anexados ao processo da habilitação matrimonial.
       
Art. 70. Para a dispensa de proclamas, nos casos previstos em lei, os contraentes, em petição dirigida ao Juiz, deduzirão os motivos de urgência do casamento, provando-a, desde logo, com documentos ou indicando outras provas para demonstração do alegado.
       § 1º Quando o pedido se fundar em crime contra os costumes, a dispensa de proclamas será precedida da audiência dos contraentes, separadamente e em segredo de justiça.
       § 2º Produzidas as provas dentro de cinco (5) dias, com a ciência do órgão do Ministério Público, que poderá manifestar-se, a seguir, em vinte e quatro (24) horas, o Juiz decidirá, em igual prazo, sem recurso, remetendo os autos para serem anexados ao processo de habilitação matrimonial.
O procedimento de habilitação para o casamento inicia com o requerimento firmado por ambos os nubentes, de próprio punho ou por procurador, com apresentação da documentação descrita nos incisos do artigo 1525 do Código Civil.
A habilitação para o casamento é feita perante o oficial do Registro Civil e com a audiência do Ministério Público dispensado homologação judicial.
Art. 1.526.  A habilitação será feita pessoalmente perante o oficial do Registro Civil, com a audiência do Ministério Público. 
Parágrafo único.  Caso haja impugnação do oficial, do Ministério Público ou de terceiro, a habilitação será submetida ao juiz. 
Dispensa dos proclamas e publicação 
Art. 1.527. Estando em ordem a documentação, o oficial extrairá o edital, que se afixará durante quinze dias nas circunscrições do Registro Civil de ambos os nubentes, e, obrigatoriamente, se publicará na imprensa local, se houver.
Parágrafo único. A autoridade competente, havendo urgência, poderá dispensar a publicação.
Casos:
Art. 1.539. No caso de moléstia grave de um dos nubentes, o presidente do ato irá celebrá-lo onde se encontrar o impedido, sendo urgente, ainda que à noite, perante duas testemunhas que saibam ler e escrever.
Art. 1.540. Quando algum dos contraentes estiver em iminente risco de vida, não obtendo a presença da autoridade à qual incumba presidir o ato, nem a de seu substituto, poderá o casamento ser celebrado na presença de seis testemunhas, que com os nubentes não tenham parentesco em linha reta, ou, na colateral, até segundo grau.
Art. 1.531. Cumpridas as formalidades dos arts. 1.526 e 1.527 e verificada a inexistência de fato obstativo, o oficial do registro extrairá o certificado de habilitação.
Art. 1.532. A eficácia da habilitação será de noventa dias, a contar da data em que foi extraído o certificado. Após perde validade.
05/03/18 AULA – 02.4 celebração 1533 a 1542, dispensa da celebração do casamento
Art. 1.533. Celebrar-se-á o casamento, no dia, hora e lugar previamente designados pela autoridade que houver de presidir o ato, mediante petição dos contraentes, que se mostrem habilitados com a certidão do art. 1.531. normalmente os noivos dizem a data e o oficial informa se é possível ou não.
autoridade: JUIZ DE PAZ ou seu substituto legal. As vezes o próprio titular do cartório celebra casamento.
Competência: local da habilitação artigo 1.550, inciso VI, CC. Casamento pode ser anulável se por autoridade incompetente, quando se tratar de uma territorialidade por incompetência territorial. Ex. casamento inexistente para aquele que não for juiz de paz, como eu ser...
Consequências da não observâncias das formalidades Segundo ROLF MADALENO:
“A celebração das núpcias se constitui em um conjunto de formalidades e solenidades previstas em lei, e que se não observadas acarretam a nulidade do casamento, com vistas a extrair dos nubentes o seu inequívoco consentimento à celebração da união conjugal.
Deixando de ser observadas as formalidades da celebração nupcial, sua supressão importará na nulidade do ato, diante do prescrito nos incisos IV e V do artigo 166 do Código Civil.”
Art. 1.535. Presentes os contraentes, em pessoa ou por procurador especial, juntamente com as testemunhas e o oficial do registro, o presidente do ato, ouvida aos nubentes a afirmação de que pretendem casar por livre e espontânea vontade, declarará efetuado o casamento, nestes termos: "De acordo com a vontade que ambos acabais de afirmar perante mim, de vos receberdes por marido e mulher, eu, em nome da lei, vos declaro casados."
Presenças indispensáveis: os noivos, foge a regra casamento por procuração, mas os procuradires devemn estar presentes e falarem o sim! Contraentes: art. 1535. Exceção : casamento por procuração.
Testemunhas: 2 : se for na sede do cartório – art. 1534; 4 : se for em edifício particular – art. 1534, §1º 4 : se um dos contraentes não souber ou não puder escrever – art. 1534, §2º
Presidente do ato oficial do registro
Consentimento: solene afirmação da vontade, SIM convicto. INDISPENSÁVEL para VALIDADE: solene afirmação da vontade. 
Artigo 1538, I Livre e espontânea
Artigo 1538, II Sem arrependimento, não pode se retratar no mesmo dia! Tem que ir no cartório se justificar... 
Artigo 1538, III Suspensão da celebração, Se ficar com brincadeirinha, suspende o casamento.
Casos do artigo 1538, CC
Consequência = o juiz deverá suspender o ato, pois não será permitido ao nubente se retratar no mesmo dia = § único do artigo 1538, CC, para permitir uma serena reflexão do nubente indeciso.
Parágrafo único. O nubente que, por algum dos fatos mencionados neste artigo, der causa à suspensão do ato, não será admitidoa retratar-se no mesmo dia.
Casamento em caso de moléstia grave
Esta afastando apenas a DATA... HORÁRIO E O LOCAL que foi previamente agendado, pode ser oposto ao casamento ate a celebração, então pode antecipar
Art. 1.539. No caso de moléstia grave (o oficial que entende, que inviabilize a locomoção ou a remoção do enfermo) de um dos nubentes, o presidente do ato irá celebrá-lo onde se encontrar o impedido, sendo urgente, ainda que à noite, perante duas testemunhas que saibam ler e escrever.
§ 1o A falta ou impedimento da autoridade competente para presidir o casamento suprir-se-á por qualquer dos seus substitutos legais, e a do oficial do Registro Civil por outro ad hoc, nomeado pelo presidente do ato.
§ 2o O termo avulso (não tem o livro de registro na hora), lavrado pelo oficial ad hoc, será registrado no respectivo registro dentro em cinco dias, perante duas testemunhas, ficando arquivado.
MOLÉSTIA GRAVE: Que inviabilize a locomoção ou a remoção do enfermo, sem maiores riscos para sua saúde, não significando que está em morte iminente, mas em risco para a sua saúde, ainda que se prolongue por certo tempo;
Pode ser realizado no hospital, em sua residência, durante o dia ou a noite;
Requisitos: Os nubentes; Duas testemunhas; Autoridade competente ou qualquer um de seus substitutos; e Oficial do registro.
Casamento nuncupativo ou in articulo mortis ou de viva-voz
Art. 1.540. Quando algum dos contraentes estiver em iminente risco de vida, não obtendo a presença da autoridade à qual incumba presidir o ato, nem a de seu substituto, poderá o casamento ser celebrado na presença de seis testemunhas, que com os nubentes não tenham parentesco em linha reta, ou, na colateral, até segundo grau.
Iminente risco de vida: Não consegue obter a presença da autoridade celebrante e nem de seu substituto, pois não há tempo para o formalismo da lei. Mera expressão oral da vontade.
Requisitos: Os nubentes (podendo ter procurador);
Convocação de seis testemunhas sem vínculo de parentesco com os noivos na linha reta e na colateral até 2º grau; e
Manifestação oral da vontade dos nubentes. Abre 1.535 e celebra o casamento: sabe o que esta acontecendo aqui, a pessoa tem que estar consciente.... NÃO É NECESARIO TER SE HABILITADO ANTES; TERA QUE IR NO CARTORIO MAIS PROXIMO DA CIDADE DO ACIDENTE. NÃO TEM OFICIAL DE REGISTRO E NEM HABILITACAO DOS NOIVOS.
Art. 1.541. Realizado o casamento, devem as testemunhas comparecer perante a autoridade judicial mais próxima, dentro em dez dias, pedindo que lhes tome por termo a declaração de:
I - que foram convocadas por parte do enfermo;
II - que este parecia em perigo de vida, mas em seu juízo;
III - que, em sua presença, declararam os contraentes, livre e espontaneamente, receber-se por marido e mulher.
§ 1o Autuado o pedido e tomadas as declarações, o juiz procederá às diligências necessárias para verificar se os contraentes podiam ter-se habilitado, na forma ordinária, ouvidos os interessados que o requererem, dentro em quinze dias.
§ 2o Verificada a idoneidade dos cônjuges para o casamento, assim o decidirá a autoridade competente, com recurso voluntário às partes.
§ 3o Se da decisão não se tiver recorrido, ou se ela passar em julgado, apesar dos recursos interpostos, o juiz mandará registrá-la no livro do Registro dos Casamentos.
§ 4o O assento assim lavrado retrotrairá os efeitos do casamento, quanto ao estado dos cônjuges, à data da celebração.
§ 5o Serão dispensadas as formalidades deste e do artigo antecedente, se o enfermo convalescer e puder ratificar o casamento na presença da autoridade competente e do oficial do registro.
Casamento por procuração
Art. 1.542. O casamento pode celebrar-se mediante procuração, por instrumento público, com poderes especiais.
§ 1o A revogação do mandato não necessita chegar ao conhecimento do mandatário; mas, celebrado o casamento sem que o mandatário ou o outro contraente tivessem ciência da revogação, responderá o mandante por perdas e danos.
§ 2o O nubente que não estiver em iminente risco de vida poderá fazer-se representar no casamento nuncupativo.
§ 3o A eficácia do mandato não ultrapassará noventa dias.
§ 4o Só por instrumento público se poderá revogar o mandato.
AULA – 02.5 provas do casamento. Casamento celebrado no Brasil
Art. 1.543. O casamento celebrado no Brasil prova-se pela CERTIDÃO DO REGISTRO. Ai tem copia depois!
Parágrafo único. Justificada a falta ou perda do registro civil, é admissível qualquer outra espécie de prova.
Prova supletória ou indireta, em duas fases: 
1ª) prova-se o fato que ocasionou a falta do registro; tipo pegou fogo o cartório, alagou o cartório.
 2ª) se satisfatória a primeira admitidas serão as outras, como testemunhas, registros em passaportes, certidão de nascimento de filhos etc. sim foto, declaração de testemunha, nota da floricultura, fotos, festa... 
Meio processual: utiliza uma Ação declaratória para declarar a existência do casamento, se perdido ou extraviado o registro do matrimônio, não se exigindo a restauração.
Casamento celebrado no estrangeiro ou consular 
Art. 1.544. O casamento de brasileiro, celebrado no estrangeiro, perante as respectivas autoridades ou os cônsules brasileiros, deverá ser registrado em cento e oitenta dias (prazo improprio), a contar da volta de um ou de ambos os cônjuges ao Brasil, no cartório do respectivo domicílio, ou, em sua falta, no 1o Ofício da Capital do Estado em que passarem a residir.
O documento estrangeiro deverá ser autenticado, segundo as leis consulares, para produzir efeitos no Brasil (o consulado brasileiro é um pedacinho do brasil no exterior). Legalização pelo cônsul brasileiro do lugar.
Se foi contraído perante agente consular, provar-se-á o casamento por certidão do assento no registro do consulado.
O não atendimento do prazo de 180 dias não gera consequência, pois os cônjuges não ficam impedidos de o fazerem ulteriormente.
Posse do estado de casados: É a situação de duas pessoas que viveram como casadas (more uxório) e assim eram consideradas por todos. NÃO É UNIÃO ESTÁVEL;
Art. 1545 O casamento de pessoas que, na posse do estado de casadas, não possam manifestar vontade, ou tenham falecido, não se pode contestar em prejuízo da prole comum, salvo mediante certidão do Registro Civil que prove que já era casada alguma delas, quando contraiu o casamento impugnado.
É prova EXPECIONAL e SOMENTE pode ser usada em benefício da prole comum do casal, porem os pais não conseguem manifestar a vontade, e nas hipóteses em que o casamento é impugnado, e a prova mostra-se dúbia, funcionando neste último caso como elemento favorável a sua existência.
Tal situação somente poderá ser alegada pelos filhos e se mortos ambos os cônjuges.
Se um deles está vivo, deve indicar o local onde se realizou o casamento, para que os filhos obtenham a certidão.
Pode também ocorrer quando os pais ainda estão vivos, porém se encontram impossibilitados de manifestar vontade (ex.: sem as faculdades mentais; coma ou foram declarados ausentes por sentença judicial).
Art. 1.545. O casamento de pessoas que, na posse do estado de casadas, não possam manifestar vontade, ou tenham falecido, não se pode contestar em prejuízo da prole comum, salvo mediante certidão do Registro Civil que prove que já era casada alguma delas, quando contraiu o casamento impugnado.
Elementos da posse do estado de casados: nomen: indicativo de que a mulher usava o nome do marido; 
Tractatus: de que se tratavam publicamente como marido e mulher; Fama: gozavam da reputação de pessoas casadas.
Art. 1.547. Na dúvida entre as provas favoráveis e contrárias, julgar-se-á pelo casamento, se os cônjuges, cujo casamento se impugna, viverem ou tiverem vivido na posse do estado de casados.
Casamento cuja prova resultar de processo judicial
Art. 1.546. Quando a prova da celebração legal do casamento resultar de processo judicial, o registro da sentença no livro do Registro Civil produzirá, tanto no que toca aos cônjuges como no que respeita aos filhos, todosos efeitos civis desde a data do casamento.
Hipóteses que diante das dificuldades encontradas para provar a existência do matrimônio, recorrem os cônjuges ao processo judicial, por meio de ação declaratória
A sentença deve ser inscrita o Registro Civil.
EFEITOS do casamento: operam desde a data da celebração, e não apenas a partir do registro.
 06/03/2018 Aula 2.6 ineficácia e invalidade do casamento
1 considerações iniciais... Casamento inexistente
Ato inexistente é aquele que não se forma para o mundo jurídico, é um puro fato sem existência legal e não pode produzir nenhum efeito (nem efeito principal nem efeito secundário), porque ele sequer se identifica (o casamento inexistente não se identifica como casamento no mundo jurídico, ele é um nada).
Não tem previsão no CC.
Exemplos:
autoridade incompetente
Juiz de direito Juiz de direito não pode celebrar casamento.
Ausência de consentimento
Procuração por instrumento particular ou sem poderes especiais
Procuração sem validade, com prazo vencido há mais de 90 dias. Se a pessoa falece antes do cssamento.
A nulidade dos atos jurídicos decorre de sua imperfeição que se origina de uma das três causas seguintes:
a)	POR FALTA DE ELEMENTO ESSENCIAL INDISPENSÁVEL À SUA FORMAÇÃO= INEXISTENTE
b)	PELA OCORRÊNCIA DE INFRAÇÃO DE PRECEITO LEGAL OBRIGATÓRIO, CONTENDO CLÁUSULA CONTRÁRIA AOS BONS COSTUMES E À ORDEM PÚBLICA = NULO, gera a nulidade do negocio.
c)	PELA IMPERFEIÇÃO DA VONTADE OU MANIFESTAÇÃO EIVADA DE VÍCIO= ANULÁVEL FALTA DE ELEMENTO ESSENCIAL INDISPENSÁVEL À SUA FORMAÇÃO, CASAMENTO INEXISTENTE
Ex.: ausência de consentimento válido
INFRAÇÃO DE PRECEITO LEGAL, CASAMENTO NULO
Ex.: casamento de pessoa já casada
3 IMPERFEIÇÃO DE VONTADE OU VONTADE VICIADA, CASAMENTO ANULÁVEL
Ex.: casamento de quem não atingiu a idade núbil, Casamento inexistente
-	o CC não aborda expressamente (em artigo) o casamento inexistente.
-	Somente aborda a nulidade (nulidade absoluta) e a anulabilidade (nulidade relativa)
-	A existência antecede a validade – antes de verificar se o ato jurídico ou o casamento são válidos, faz-se mister averiguar se existem.
-	Existindo podem ser válidos ou inválidos.
-	O casamento inexistente é aquele que não chegou a se formar.
-	Nas situações em que ensejam dúvida quanto à existência do casamento, a parte interessada pode requerer ao juiz, com fundamento no artigo 19, do CPC, a declaração da existência ou não da relação jurídica e cancelamento do registro.
-O registro do casamento inexistente impõe aos interessados a propositura de ação para o fim de seu cancelamento.
-Admite-se o reconhecimento da inexistência a qualquer tempo, não estando sujeito a prescrição ou decadência.
O casamento é inexistente nas seguintes hipóteses:
- INOCORRÊNCIA DE CONSENTIMENTO VÁLIDO:
Quando não há nenhuma exteriorização de vontade que possa ser atribuída ao nubente.
exemplos: - a falta absoluta do consentimento;
- resposta negativa ante a indagação da autoridade Celebrante; 
- Procuração outorgada sem poderes específicos.
- Mandante que falece após a outorga de procuração ad nuptias porém antes da celebração do casamento.
- CELEBRAÇÃO POR AUTORIDADE INCOMPETENTE (em razão da matéria e não do lugar):
As autoridades competentes para exercer a presidência do ato solene são as indicadas nas leis enquanto não forem criados os juizados de paz mencionados na CF/88 (art. 98, II).
Em algumas unidades pode ser o próprio Magistrado. 
Trata-se da incompetência ratione materiae –
 ex.: no cartório de notas por escritura pública; perante o prefeito.
NULO: Impedimento pessoa casada, parentes em linha reta, QUE COMETE HOMICIDIO CONTRA O EX CONJUGE. ACAO DECLARATORIO DE NULIDADE, NÃO É PRECRITIVEL.FL
Casamento inválido
Pode ser:
-	NULO; ou ANULÁVEL.
C A S A M E N T O	N U L O…
-	Deve ser declarado mediante AÇÃO DECLARATÓRIA DE NULIDADE.
- Efeitos da sentença : ex tunc – retroagem à data da celebração do casamento = artigo 1563, CC. (relembrar a boa-fé e má-fé dos cônjuges – 1561)
-	Interferência obrigatória do MP – ações de estado e direitos indisponíveis. (art. 176 e seguintes, CPC).
-	Não prescreve – pode ser proposta a qualquer tempo.
CASO DE NULIDADE:
Artigo 1548, CC; Inciso I – revogado; Inciso II – no caso de infração a impedimentos matrimoniais.
Artigo 1521, do CC;
Não importa que não tenha havido impugnação durante a habilitação; São de ordem pública; Enquanto não declarado nulo o casamento produz todos os efeitos.
Artigo 1563, CC: (analisar se o cônjuge está ou não de boa-fé – ver artigo 1561)
“Art. 1.563. A sentença que decretar a nulidade do casamento retroagirá à data da sua celebração, sem prejudicar a aquisição de direitos, a título oneroso, por terceiros de boa-fé, nem a resultante de sentença transitada em julgado.”
Sentença ex tunc retroage a data da celebração do casamento– exemplos: Os bens que haviam comunicado pelo casamento retornam ao antigo dono e não se cumpre o pacto antenupcial; 
Aproveita aos filhos, ainda que ambos os cônjuges estejam de má-fé.
PESSOAS QUE PODEM ARGUIR A NULIDADE: Artigo 1549, CC: IMPRESCRITIVEL, RETROAGE A DATA DA CELEBRAÇAO
“Art. 1.549. A decretação de nulidade de casamento, pelos motivos previstos no artigo antecedente, pode ser promovida mediante ação direta, por qualquer interessado (interesse econômico e moral, parentes), ou pelo Ministério Público.” Qualquer pessoa pode opor impedimentos (capaz);
Mas a ação declaratória de nulidade é permitida somente a quem tenha legítimo interesse, econômico ou moral e ao MP. 
Interesse moral: Próprios cônjuges; Ascendentes; Descendentes; Irmãos; Cunhados; Primeiro cônjuge do bígamo. Interesse econômico: Herdeiros sucessíveis; Credores do cônjuge; Adquirentes de bens; Companheira.
Efeitos nome civil, solteira, casada, questões econômicas.
AÇÃO DECLARATÓRIA DE NULIDADE:
Pode pedir prévia separação de corpos – art. 1562, CC;
Antecipa a cessação dos deveres de coabitação e fidelidade recíproca;
C A S A M E N T O	A N U L Á V E L …
Art. 1.550. É anulável o casamento: 
I - de quem não completou a idade mínima para casar;
II - do menor em idade núbil, quando não autorizado por seu representante legal;
III - por vício da vontade, nos termos dos arts. 1.556 a 1.558;
IV - do incapaz de consentir ou manifestar, de modo inequívoco, o consentimento;
V - realizado pelo mandatário, sem que ele ou o outro contraente soubesse da revogação do mandato, e não sobrevindo coabitação entre os cônjuges;
VI - por incompetência da autoridade celebrante.
§ 1o. Equipara-se à revogação a invalidade do mandato judicialmente decretada. (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)
§ 2o A pessoa com deficiência mental ou intelectual em idade núbia poderá contrair matrimônio, expressando sua vontade diretamente ou por meio de seu responsável ou curador. (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)
Na maioria dos casos trata-se de um consentimento defeituoso, uma manifestação volitiva imperfeita.
Deve ser declarado mediante AÇÃO ANULATÓRIA: Efeitos da sentença: ex nunc – produz efeitos somente a partir de sua prolação.
Artigo 1561, do CC: “Embora anulável ou mesmo nulo, se contraído de boa-fé por ambos os cônjuges, o casamento, em relação a estes como aos filhos, produz todos os efeitos até o dia da sentença anulatória.
§ 1o Se um dos cônjuges estava de boa-fé ao celebrar o casamento, os seus efeitos civis só a ele e aos filhos aproveitarão.
§ 2o Se ambos os cônjuges estavam de má-fé ao celebrar o casamento, os seus efeitos civis só aos filhos aproveitarão.
Interferência obrigatória do MP – ações de estado e direitos indisponíveis. (art. 176, CPC).”
LEGITIMIDADE ATIVA : Art. 1552, 1555 e 1559, do CC;
Somente os cônjuges.
Exceção: 1552, CC.
DEFEITO DE IDADE... ART. 1550, INCISO I, CC
I - de quem não completou a idade mínima para casar;
+ artigo 1551 (exceção à regra), + artigo 1552 (legitimidade ativa ad causam) + 1553 (ratificação do casamento pelo menor) + artigo 1560, §1º (prazo)
Art. 1.551. Não se anulará, pormotivo de idade, o casamento de que resultou gravidez.
NÃO importa se o defeito de idade é da mulher ou do homem. A gravidez superveniente exclui, assim, a anulação por defeito de idade.
Art. 1.552. A anulação do casamento dos menores de dezesseis anos será requerida:
I - pelo próprio cônjuge menor; II - por seus representantes legais; III - por seus ascendentes.
Art. 1.553. O menor que não atingiu a idade núbil poderá, depois de completá-la, confirmar seu casamento, com a autorização de seus representantes legais, se necessária, ou com suprimento judicial.
Prazo: Art. 1.560. O prazo para ser intentada a ação de anulação do casamento, a contar da data da celebração, é de:
§1° Extingue-se, em 180 dias, o direito de anular o casamento dos menores de dezesseis anos, contando o prazo para o menor do dia em que perfez essa idade; e da data do casamento, para seus representantes legais ou ascendentes.
Falta de autorização do representante legal...
Art. 1550, inciso II, CC
II - do menor em idade núbil (dos 16 aos 18), quando não autorizado por seu representante legal; 
+ artigo 1555 (legitimidade e prazo)
Art. 1.555. O casamento do menor em idade núbil, quando não autorizado por seu representante legal, só poderá ser anulado se a ação for proposta em 180 dias, por iniciativa do incapaz, ao deixar de sê-lo, de seus representantes legais ou de seus herdeiros necessários (pai, mãe, colaterais).
§ 1o O prazo estabelecido neste artigo será contado do dia em que cessou a incapacidade, no primeiro caso (qdo ele ficou de maior 18 anos); a partir do casamento, no segundo????; e, no terceiro, da morte do incapaz (herdeiros pais e colaterais).
§ 2o Não se anulará o casamento quando à sua celebração houverem assistido os representantes legais do incapaz, ou tiverem, por qualquer modo, manifestado sua aprovação.
Erro essencial sobre a pessoa do outro cônjuge...
Art. 1550, inciso III, CC
III - por vício da vontade, nos termos dos arts. 1.556 a 1.558;
+ artigo 1556 + artigo 1557 erro essencial sobre a pessoa do conjuge + artigo 1559 (legitimidade ativa) artigo 1560 , inciso III (prazo)
	Error in persona
	Consiste numa falsa representação da realidade.
	O agente engana-se sozinho.
	Há de ser causa determinante, substancial, ou seja, se conhecida a realidade, o casamento não seria celebrado.
	Tem importância determinante ao agente, por isso se diz essencial.
	Art. 1.556. O casamento pode ser anulado por vício da vontade, se houve por parte de um dos nubentes, ao consentir, erro essencial quanto à pessoa do outro.
Art. 1.557. Considera-se erro essencial sobre a pessoa do outro cônjuge:
I - o que diz respeito à sua identidade, sua honra e boa fama, sendo esse erro tal que o seu conhecimento ulterior torne insuportável a vida em comum ao cônjuge enganado; tinha conduta desvirtuada, mudou gravemente! Alterou o sexo e mudou a identidade.
II - a ignorância de crime, anterior ao casamento, que, por sua natureza, torne insuportável a vida conjugal;
III - a ignorância, anterior ao casamento, de defeito físico irremediável que não caracterize deficiência ou de moléstia grave e transmissível, por contágio ou por herança, capaz de pôr em risco a saúde do outro cônjuge ou de sua descendência; 
 (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)
IV – revogado.
	Prazo:
Art. 1.560. O prazo para ser intentada a ação de anulação do casamento, a contar da data da celebração, é de:
III - três anos, nos casos dos incisos I a IV do art. 1.557;
Vício da Vontade (coação)...
Art. 1550, inciso III, CC
+ artigo 1558 (hipóteses de coação) + artigo 1559 (legitimidade ativa) + artigo 1560, IV (prazo)
	COAÇÃO = é toda ameaça ou pressão injusta exercida sobre um indivíduo para forçá-lo, contra a sua vontade, a praticar um ato ou realizar um negócio.
	Vis compusilva = coação moral ou relativa, deixa-se uma opção ou escolha à vítima: praticar o ato exigido pelo coator ou correr o risco de sofrer as consequências da ameaça por ele feita. Coação psicológica.
	Art. 1.558. É anulável o casamento em virtude de coação, quando o consentimento de um ou de ambos os cônjuges houver sido captado mediante fundado temor de mal considerável e iminente para a vida, a saúde e a honra, sua ou de seus familiares. Ex. eunuco – não tem órgão sexual.
	Legitimidade para a propositura da ação:
	Art. 1.559. Somente o cônjuge que incidiu em erro, ou sofreu coação, pode demandar a anulação do casamento; mas a coabitação, havendo ciência do vício, valida o ato, ressalvadas as hipóteses dos incisos III e IV do art. 1.557.
	Somente a coabitação voluntária convalida o ato.
Sobre a coação, casa comigo se não jogo na internet teus vides com outro cara (não cai na prova)
	A coação que torna anulável o casamento segue o mesmo regime da disciplina dos defeitos do negócio jurídico.
	Art. 151. A coação, para viciar a declaração da vontade, há de ser tal que incuta ao paciente fundado temor de dano iminente e considerável à sua pessoa, à sua família, ou aos seus bens.
Parágrafo único. Se disser respeito a pessoa não pertencente à família do paciente, o juiz, com base nas circunstâncias, decidirá se houve coação.
	Art. 152. No apreciar a coação, ter-se-ão em conta o sexo, a idade, a condição, a saúde, o temperamento do paciente e todas as demais circunstâncias que possam influir na gravidade dela.
	Art. 153. Não se considera coação a ameaça do exercício normal de um direito, nem o simples temor reverencial.
	Reverencial = aos pais ou outras pessoas a que deva obediência e respeito.
	Prazo: Art. 1.560. O prazo para ser intentada a ação de anulação do casamento, a contar da data da celebração, é de:
IV – 4 anos, se houver coação;
Incapacidade de manifestação do consentimento...
ART. 1550, inciso IV, CC
§2º do artigo 1550 (exceção que afasta a anulação do casamento + artigo 1560, inciso I (prazo)
IV - do incapaz de consentir ou manifestar, de modo inequívoco, o consentimento;
	Hipóteses:
	Exigência de assistência do representante legal e em que o assistido está sujeito a curatela:
	Deficientes mentais, nos ébrios habituais e os viciados em tóxicos, excepcionais sem completo desenvolvimento mental. 180 dias contados da celebração 
	Art. 4o São incapazes, relativamente a certos atos, ou à maneira de os exercer:
	I – (....);
	II - os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os que, por deficiência mental, tenham o discernimento reduzido;
	III - os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo;”
	Os pródigos, é um mão aberta dilapida o patrimônio, não se encaixam porque a interdição é apenas no que tange à administração dos bens.
	Prazo: art. 1560, inciso I, CC:
	Art. 1.560. O prazo para ser intentada a ação de anulação do casamento, a contar da data da celebração, é de:
I - cento e oitenta dias, no caso do inciso IV do art. 1.550;
•	Artigo 1550. § 2o A pessoa com deficiência mental ou intelectual em idade núbia poderá contrair matrimônio, expressando sua vontade diretamente ou por meio de seu responsável ou curador. 
Mandatário com o mandato revogado...
Art. 1550, inciso V causa de anulação do casamento também, CC: V - realizado pelo mandatário, sem que ele ou o outro contraente soubesse da revogação do mandato, e não sobrevindo coabitação entre os cônjuges; ex. conhece outra pessoa e se arrepende de ter mandado casar com a outra...
§1º artigo 1550 + 1560, §2º (prazo)
	Quando o mandatário (outorgado) estando de boa-fé, utiliza um mandato já anteriormente revogado sem seu conhecimento.
	“§1º - Equipara-se à revogação a invalidade do mandato judicialmente decretada.”
	Prazo:
	Art. 1.560. O prazo para ser intentada a ação de anulação do
casamento, a contar da data da celebração, é de: (...)
§ 2o Na hipótese do inciso V do art. 1.550, o prazo para anulação do casamento é de cento e oitenta dias, a partir da data em que o mandante tiver conhecimento da celebração.
	Sobrevindo coabitação dos cônjuges não se anulará o casamento realizado mediante procuração já revogada.
	Quandoo cônjuge venha a saber da revogação.
Celebração por autoridade competente...
Art. 1550, inciso VI, CC
VI - por incompetência da autoridade celebrante.
Artigo 1560, II (prazo)
	Em razão do lugar
	Ratione loci ou ratione personarum
	Quando o celebrante preside a cerimônia nupcial fora do território de sua circunscrição ou o casamento é celebrado perante juiz que não seja o do local da residência dos noivos.
Art. 1.554. Subsiste o casamento celebrado por aquele que, sem possuir a competência exigida na lei, exercer publicamente as funções de juiz de casamentos e, nessa qualidade, tiver registrado o ato no Registro Civil.
Prazo: Artigo 1560:
II - dois anos, se incompetente a autoridade celebrante;
Art. 1.561. Embora anulável ou mesmo nulo, se contraído de boa-fé por ambos os cônjuges EX NUNC, como se fosse um divorcio todo o regime de bem é valido, mas volta a ser solteira ou o, o casamento, em relação a estes como aos filhos, produz todos os efeitos até o dia da sentença anulatória.
• Vide arts. 1.563 e 1.564 do CC.
§ 1.o Se um dos cônjuges estava de boa-fé ao celebrar o casamento, os seus efeitos civis só a ele e aos filhos aproveitarão. 
Para ela (boa fé) será como um divorcio, para ele não (se já era casado por ex)
§ 2.o Se ambos os cônjuges estavam de má-fé ao celebrar o casamento, os seus efeitos civis só aos filhos aproveitarão.
a mulher se casa e nunca disse que era protistuta, uma promessa que não cumpriu, o cônjuge incente recebe o que é de direito.
casamento Putativa, parecia ser valido e preenchido todos os requisitos legais, mas não era
12/03/18
EFEITOS SOCIAIS: o casamento gera efeitos que atinge a SOCIEDADE.
1º - principal – da origem a família matrimonial. (art. 226, paragarafo 1º e 2º, da CF)
2º EMANCIPACAO – art. 5º
deveres conjugais – prevalecem apenas para ação indenizatória! Whatsapp, facebook, prova de capacidade financeira, fidelidade reciproca é não manter relações sexuais com outra pessoa. Mas mandar nudes é uma desonra e não uma infidelidade, é ao respeito mutuo.
O debito conjugal não é mais a essência do casamento... 
Conflitos de divorcio do casal: primeiro a traição, segundo pelo dever/socorro moral,
Formalizado a separação de fato: separado de fato ou de direito com documento formalizado, os efeios são distintos, a de fato é incerta!
A separação não é obrigatória, pode ser apenas o divorcio. A separação rompe os deveres conjugais, há partilha, mas entre os cônjuges não se tem certeza, a reconciliação é uma possibilidade de resgatar o mesmo casamento. Já o DIVÓRCIO é definitivo.
No tabelionato de notas, todos tem que ser capazes e de acordo com a partilha de bens. Os filhos não podem ser menores.
Apesar de ter acordo, são incapazes, não tem acordo,
Peticiona em conjunto, a peticao inicial os dois requerem, sem polo passivo, como se fosse uma homologação. Se litigiosa, ter ou manter ou não manter o vinculo.
Consensual ver art. 4 lei 65.515/77
Acordo consensual com menores ou maiores incapazes, art. 1574.
19/03/18
Acadêmicas: Juliana Graciela Vieira e Simone Tatto
Questionário:
1 – Compare a redação do artigo 226, §6º, da CF antes e depois da emenda constitucional n 66/2010.
Com a referida emenda, foi modificado o §6º do art. 226 da Constituição Federal, que previa a dissolução do casamento pelo divórcio, mas exigia a separação judicial prévia, com a decorrência do prazo de um ano, ou uma separação de fato de dois anos. A modificação se resume em dispor que:
“Art. 1º. O §6º do art. 226 da Constituição Federal passa a vigorar com a seguinte redação:
Art. 226. (...)
(...)
§6º. O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio.”
O entendimento do Superior Tribunal de Justiça em julgado recente, a Ministra Isabel Galotti, em decisão monocrática dispõem que: “Após a EC 66/2010, não mais existe no ordenamento jurídico brasileiro o instituto da separação judicial. Não foi delegado ao legislador infraconstitucional poderes para estabelecer qualquer condição que restrinja direito à ruptura do vínculo conjugal” (STJ, Documento 40398425, Despacho/Decisão, DJE 22.10.2014).
2 – Quando entrou em vigor a emenda constitucional 66/2010?
Em 13 de julho de 2010 entrou em vigor a Emenda Constitucional nº 66/10, com vigência imediata. Mas foi publicada 14/07/10.
3 – Analise e exponha as posições doutrinárias sobre a viabilidade jurídica ou não da separação judicial e extrajudicial, após a aprovação da emenda constitucional nº 66/2010. 
Inicialmente, a doutrina dividiu-se entre os que sustentam ter a Emenda 66 promovido a extinção da separação judicial do nosso ordenamento, e os que entendem que tal instituto continua existindo.
Nesse contexto, a tese que propugna o fim da categoria é defendida, entre outros, por Luiz Edson Fachin, Giselda Hironaka, Paulo Lôbo, Rodrigo da Cunha Pereira, Maria Berenice Dias, Zeno Veloso, Álvaro Villaça Azevedo, Rolf Madaleno, José Fernando Simão, Pablo Stolze Gagliano, Rodolfo Pamplona Filho, Cristiano Chaves de Farias e Nelson Rosenvald. Entendemos que essa é verdadeiramente a posição majoritária sobre a temática no Brasil.
yossef carrari, defendeu a manutenção da separação judicial, por que não houve uma EC expressa que revogou no CCC/02. O art. 51 esta mantido. Mas a maioria dos doutrinadores diz que não precisa, pois, a revogação foi tácita.
No passado a evolução do divorcio era indissolúvel, não tinha autorização de lei para dissolver o casamento, não tinha guarda de filhos, pensão alimentícia. Se a mulher quisesse sair ok, mas não podia levar os filhos, se não tem divorcio não tem 2 ou 3 casamentos, podia casar 1 vez só, pela morte, pelo divorcio, 
Tempo depois, passou a ser desquitada, mas não podia ter outro casamento, discriminação com a mulher e o homem. O que o desquite permitiu é a separação de corpos, e a separação não permite para um novo casamento. A separação pode ser consensual, ou judicial/litigiosa, para converter em divorcio. Apenas o divorcio permite outro casamento.
A separação consensual tinha que esperar 1 ano de casamento.
4 – Diga, apontando o dispositivo legal, quais as formas de dissolução da sociedade conjugal diferente de vinculo, o vinculo so rompe pelo inciso 1, 2 e 4.
Art. 1571 CC/2002. O casamento válido só se dissolve pela morte de um dos cônjuges ou pelo divórcio.
- Pela morte de um dos cônjuges;
- Pela nulidade ou anulação do casamento;
- Pela separação judicial;
- Pelo divórcio.
5 – Explique os seguintes institutos:
Separação jurídica extrajudicial consensual; 
Nesse instituto o principal requisito é o consenso entre o casal quanto à decisão de separação ou divórcio como dispõem o Art. 733 do NCPC: 
Consenso, não pode ter filhos menores ou incapazes e nem os cônjuges ser algum incapazes. Pode ter partilha de bens no tabelionato, a questão é apenas o acordo. Pode dispor sobre o sobrenome de casado. Não pode levar no tabelionato se houver briga...
O divórcio consensual, a separação consensual e a extinção consensual de união estável, não havendo nascituro ou filhos incapazes e observados os requisitos legais, poderão ser realizados por escritura pública, da qual constarão as disposições de que trata o art. 731.
1º A escritura não depende de homologação judicial e constitui título hábil para qualquer ato de registro, bem como para levantamento de importância depositada em instituições financeiras.
2º O tabelião somente lavrará a escritura se os interessados estiverem assistidos por advogado ou por defensor público, cuja qualificação e assinatura constarão do ato notarial.
A escritura de separação ou divórcio não depende de homologação judicial e deve ser averbada no Cartório de Registro Civil para alteração do estado civil das partes.
Separação jurídica judicial consensual; art. 1.574 CC.
A separação judicial também pode ser pedida se um dos cônjuges provar ruptura da vida em comum há mais de um ano e a impossibilidade de sua reconstituição” (separação falência). E o manifestarem perante o juiz, porque tem incapazes envolvidos.Separação jurídica (com pedido, não de fato) judicial litigiosa (tem quebra pau) e suas modalidades – sanção, separação - remédio, separação – falência;
Quando houver litígio entre os cônjuges o processo deve necessariamente ser judicial, assim, de acordo com CC/02, para sua ocorrência, deve haver uma imputação ao outro cônjuge, de qualquer ato que importe grave violação dos deveres do casamento, tornando insuportável a vida em comum. Ante o exposto, a sentença será de natureza constitutiva, pois produz efeitos de dissolução da sociedade conjugal, com outros efeitos, como: alimentos, guarda dos filhos e partilha dos bens. Mas, possuirá, também, natureza declaratória, ao imputar qual dos cônjuges recaiu a culpa pela ocorrência da separação e quando importar na separação de corpus e na partilha dos bens.
Separação sanção: A conduta de um dos cônjuges, faz com que o outro a peça separação, a culpa de um dos cônjuges é o principal motivo para a dissolução da sociedade conjugal. Art. 1.572 caput e 1.573 CC, é uma punição ao cônjuge infrator, ex. cometeu adultério, pena separação.
Separação remédio: pressupõe que um dos cônjuges tenha “doença mental grave”, surgida após o casamento e passados dois anos, é tida como incurável ou com pouca probabilidade de cura. Doutrina diverge violação a solidariedade familiar, afronta a moralidade.
Separação falência: o requisito é a separação de fato por mais de um ano, demonstrando o insucesso da vida conjugal, deve cumprir o requisito temporal.
Divórcio indireto: se opera após decorrido o prazo de um ano do trânsito em julgado da sentença que decretou a separação judicial, ou ainda da decisão concessiva da medida cautelar de separação de corpos. Pode ser consensual ou litigioso. 
Divórcio direito: Se opera após transcorrido mais de dois anos consecutivos da separação de fato dos cônjuges, é o único requisito legal, assim, se o casal voltar a morar juntos interrompe o prazo, o simples encontro sem intenção de reconciliação não obsta o curso do prazo da separação de fato art. 1580 paragrafo 2. 
Divórcio indireto: O divórcio põe fim à sociedade e ao vínculo conjugal, extinguindo qualquer obrigação entre os cônjuges. O divórcio é indireto ou por conversão, quando, decorrido um ano do trânsito em julgado da sentença que houver decretado a separação judicial, ou da decisão concessiva da medida cautelar de separação de corpos, qualquer das partes ajuizar ação de conversão de separação judicial em divórcio. (arts. 1.580 caput e paragrafo 1, CC).
6 – Com o advento da emenda constitucional nº 66/2010, é possível afirmar o fim do divórcio indireto?
Sim, para destituir o casamento após a EC/66. Antigamente, antes da referida emenda, existiam dois tipos de divórcio: indireto e o direto.  O indireto era o obtido mediante prévia separação judicial. 
A partir da EC nº 66, não há mais prazo para se entrar com Ação de Divórcio, nem necessidade de prévia separação judicial ou separação de fato.  Pode-se entrar com ação de divórcio no dia seguinte ao do casamento, em tese. Em breve terá somente pessoas divorciadas, não mais pessoas separadas, das quais ainda estão aguardando a sentença de divórcio.  Antes era necessário que primeiro se separasse para depois se divorciar.  Agora, divorcia-se direto. (RIEZO, 2011, p. 322)
 7 – Sobre a possibilidade de se discutir a culpa para o divórcio do casal, exponha os argumentos pela impossibilidade de discussão e pela possibilidade de discussão.
Nem tem que provar culpa de ninguém, pede para o juiz riscar, porque tem objetivo apenas para denegrir a imagem, mas tem coisas que devem ser levadas em conta para a guarda dos filhos. Para a maior parte da doutrina, a culpa não pode mais ser discutida nas ações de divórcio. É, aliás, entendimento de grande parte dos integrantes do IBDFAM (Instituto Brasileiro de Direito de Família). Sendo que o divórcio não precisa ser mais dividido em direto e por conversão, pode ser requerido a qualquer tempo, sem necessidade de comprovar a insuportabilidade da vida em comum. Se sair de casa, não perde o direito a divisão de patrimônio, portanto leve os filhos.
Contudo, a melhor interpretação é de que existe um sistema dual, no qual é possível o divórcio com e sem culpa. Nos casos de discussão da culpa, há a possibilidade da tutela antecipada para decretação do divórcio, do pleito de danos morais e patrimoniais nos mesmos autos, bem como a decretação da culpa de um dos cônjuges, o que será relevante em eventual pleito de alimentos, em que o cônjuge culpado somente terá direito aos alimentos naturais.
8 – Diga como é tratada a questão do uso do nome pelo cônjuge quando dissolvido o casamento após a emenda constitucional nº 66/2010. 
No caso da modalidade de separação com matéria pertinente à outorga de alimentos na separação culposa, o cônjuge requerente poderá impedir o culpado de usar o seu nome, enquanto que nas demais modalidades o uso do nome será uma questão decidida consensualmente. Nesse sentido, a legislação prevê:
“Art. 1.578. O cônjuge declarado culpado na ação de separação judicial perde o direito de usar o sobrenome do outro, desde que expressamente requerido pelo cônjuge inocente e se a alteração não acarretar:
I - evidente prejuízo para a sua identificação; II - manifesta distinção entre o seu nome de família e o dos filhos havidos da união dissolvida; III - dano grave reconhecido na decisão judicial.
9 – Diga se o instituto da guarda dos filhos menores sofreu interferência com o advento da emenda nº 66/2010.
Sim, afastou a culpa como motivo para as rupturas conjugais, pois no divórcio não se discute culpa para o fim do amor, cada um na relação deve ser responsabilizado por seus atos.
Cabe ainda ressaltar, que os princípios da dignidade da pessoa humana, da solidariedade na família, da pluralidade, da isonomia dos membros da família, da liberdade e da autonomia de vontade na família, sempre serão levados em conta, pois a família é a base de toda pessoa humana, seja ela constituída pelo casamento, união estável, por famílias monoparentais, homoafetivas ou simultâneas
10 – Explique como se dá a responsabilização civil em decorrência da dissolução do casamento em havendo danos.
O Código Civil faz referência, no art. 1.573, aos motivos capazes de fundamentar a dissolução do casamento, em razão da impossibilidade de manutenção da comunhão de vida do casal, quais sejam, o adultério, a tentativa de morte, sevícia ou injúria grave, abandono voluntário do lar conjugal, durante um ano contínuo, condenação por crime infamante e a conduta desonrosa.
Importante ressaltar que tais motivos não são taxativos, mas tão somente exemplificativos, podendo haver situações outras que também impossibilitem a manutenção do casamento. A Lei Maria da Penha, traz em seu bojo diversas situações de violência doméstica capazes de motivar o fim do vínculo conjugal, impondo, inclusive, medidas cautelares restritivas ao cônjuge agressor da mulher, seja ele um homem ou outra mulher.
No entanto, a simples violação dos deveres conjugais e/ou a ocorrência de qualquer dos motivos expostos no art. 1.573 não são capazes de gerar, presumidamente, a responsabilização civil do cônjuge culpado. A conduta deste, apontada como motivo para a dissolução do vínculo conjugal deverá ter ocasionado dano, prejuízo, ainda que de cunho moral ao outro cônjuge.
11 – É possível haver reparação de danos por adultério, por infidelidade virtual, por conduta violenta, ou casos dos maridos enganados pela gravidez da mulher. Violacao ao dever conjugal, por dolo, negligencia imperícia, exceto se foi por boa noite cinderela.
A infidelidade virtual insulta diretamente os deveres de fidelidade, lealdade e respeito entre os cônjuges, significando a destruição da relação. No entanto, a infidelidade deixou de ter consequências, como por exemplo, a limitação ao recebimento de alimentos.
Nesse sentido, a principal consequência que restou foi a possibilidade de requerer indenização pelos danos morais, prevista na Constituição Federal,levando-se em consideração as consequências restantes da conduta infiel.
Diversos são os entendimentos doutrinários, onde muitos defendem a possibilidade de ser a internet causadora do fim dos relacionamentos, constituindo violação ao dever de fidelidade. Outros, salienta que a traição por si só causa abalo ao cônjuge traído, além de ofender a dignidade.
De acordo com a classificação doutrinária, pode-se concluir que o rompimento da relação proporciona mais que abalo sentimental, havendo a necessidade de grande repercussão nos atributos da personalidade. Assim, surge a ideia de que a infidelidade não gera, via de regra, causa de indenizar, configurando o dano moral apenas quando se tratar de grave humilhação e exposição do outro cônjuge.
Já no que diz respeito ao caso dos maridos enganados pela gravidez da mulher, é uma questão polêmica e delicada, de qualquer maneira, há a caracterização da paternidade sócio-afetiva e, ainda a aplicação da boa-fé objetiva, credenciando ao marido enganado pleitear indenização por danos materiais e morais, e a jurisprudência do STJ (vide STJ, REsp 25.730-SP, RT 697/202).
Há argumentos doutrinários que refutam a exclusão do dano moral no Direito de Família, para Guillermo Borda apud Madaleno a culpa na separação judicial geralmente não é só de um dos cônjuges, sendo difícil apontar qual dos consortes é o verdadeiro culpado, ou se os fatos motivadores da declaração de culpa de um não tiveram como causa os atos do outro consorte. O dano deverá ser reparado pela regra geral acolhida pelo direito civil e presente no art. 927 do CC de 2002.
12. Permanece o instituto da separação judicial e extra judicial no NCPC/15
Diz sim permanece, é uma opção, quem define o critério são os próprios cônjuges.
20/03/18
DISSOLUÇÃO DA SOCIEDADE CONJUGAL (põe fim ao regime de bens) e do VÍNCULO CONJUGAL (dissolve totalmente e rompe o casamento, pode casar de novo)
	Sociedade conjugal
	
	
	
	
	
	
	
	É dissolvido, no
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	casamento
	
	
	
	
	válido, pela
	
	
	
	
	
	
	Vínculo matrimonial
	
	morte (real ou
	
	
	
	
	presumida, ou
	
	
	
	
	declaração de
	
	
	
	
	ausência) e pelo
	
	
	
	
	divórcio.
	
	
	
	
	
Vínculo conjugal = é a relação jurídica que se instaura entre os cônjuges. Permanecem os deveres de mútua assistência, respeito e consideração entre os separados, além do sustento, guarda e educação dos filhos.
Sociedade conjugal = é o compromisso de comunhão de vida. O fim da sociedade conjugal põe fim apenas aos deveres de coabitação, fidelidade recíproca e ao regime de bens (art. 1576, CC). Não podem contrair novo matrimônio.
CASOS DE DISSOLUÇÃO
Morte de um dos cônjuges; averba na certidão de casamento.
Nulidade ou anulação do casamento;
Separação judicial;
Divórcio.
“Art. 1.571. A sociedade conjugal termina:
I - pela morte de um dos cônjuges;
II - pela nulidade ou anulação do casamento;
III - pela separação judicial;
IV - pelo divórcio.
1o O casamento válido só se dissolve pela morte de um dos cônjuges ou pelo divórcio, aplicando-se a presunção estabelecida neste Código quanto ao ausente.
2o Dissolvido o casamento pelo divórcio direto ou por conversão, o cônjuge poderá manter o nome de casado; salvo, no segundo caso, dispondo em contrário a sentença de separação judicial.”
MORTE – inciso I, do artigo 1571, CC
“Art. 1.571. A sociedade conjugal termina: I - pela morte de um dos cônjuges; (....)”
Morte real = falecimento de um dos cônjuges.
Ocorreu a morte efetiva (com certidão de óbito).
Morte presumida = artigo 6° e 7°, do CC.
declaração de ausência = artigo 22 a 39 do CC.
A declaração da morte presumida sem a decretação de ausência pode ocorrer em duas hipóteses:
Extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida; ou
No caso do desaparecido em campanha ou feito prisioneiro de guerra.
A morte dissolve o VÍNCULO CONJUGAL;
O cônjuge poderá continuar a usar o nome de casado;
O estado civil do cônjuge sobrevivente passa a ser VIÚVO (A).
Cessa o impedimento para o casamento (observar as causas suspensivas).
SEPARAÇÃO – inciso III, do artigo 1571, CC
“Art. 1.571. A sociedade conjugal termina: (...)
III - pela separação judicial; (...)”
Dissolve a sociedade conjugal;
Pode ocorrer de duas formas:
SEPARAÇÃO JUDICIAL CONSENSUAL (ou, por mútuo consentimento, ou amigável – artigo 1574, CC);
SEPARAÇÃO JUDICIAL LITIGIOSA (ou, não consensual, ou contenciosa – artigo 1572, CC).
SEPARAÇÃO CONSENSUAL 
Rompe o vinculo APENAS PARA CASAR DE NOVO!! NÃO É OBRIGATORIO CONVERTER EM DIVORCIO.
“Art. 1.574. Dar-se-á a separação judicial por mútuo consentimento dos cônjuges se forem casados por mais de um ano e o manifestarem perante o juiz, sendo por ele devidamente homologada a convenção. Parágrafo único. O juiz pode recusar a homologação e não decretar a separação judicial se apurar que a convenção não preserva suficientemente os interesses dos filhos ou de um dos cônjuges”.
Ver artigo 4° da Lei 6.515/77 (Lei do Divórcio);
É medida preparatória do divórcio;
REQUISITOS:
Casamento válido (certidão de casamento);
Prazo de experiência (exige um ano de casamento);
Não precisa ser acompanhado de motivação.
separação falência: quando não existe mais casamento, so dividem despesas, cada um tem uma vida.
Já o abandono voluntario do lar é diferente!
Orlando Gomes entende que mesmo que a separação seja pedida por um dos cônjuges e aceita pelo outro trata-se de separação consensual que se opera no curso de uma separação litigiosa = conversão do processo litigioso (processo primitivo) em separação por mútuo consentimento.
O juiz irá homologar o acordo dos cônjuges no que tange à separação.
A ação de separação tem por fim legalizar a conveniência dos consortes de viverem separados.
O procedimento observa os artigos 1120 a 1124, do CPC.
Os cônjuges devem assinar a petição inicial, juntamente com o advogado comum ou escolhido por cada consorte;
Não há necessidade de expor os motivos da separação.
Documentos exigidos para fazer a separação:
Certidão de casamento (artigo 1574, CC).
Pacto antenupcial (se houver).
Descrição dos bens móveis e imóveis e respectiva partilha com os respectivos documentos (artigo 1575 e parágrafo único).
A partilha não é obrigatória na separação (Art. 1.581. O divórcio
pode ser concedido sem que haja prévia partilha de bens.), portanto
poderá ser feita em inventário judicial.
Acordo quanto à guarda, direito de visita e alimentos dos filhos (se houverem com certidão de nascimento dos
mesmos) (artigo 1583 e 1590, do CC; e artigo 1121, do CPC; e 1703, do CC; artigo 1695, CC)
Declaração a respeito do nome do cônjuge (artigo 1122, §1°,in
fine, do CPC)
PROCEDIMENTO:
Verificando que a petição inicial preenche todos os requisitos o magistrado ouvirá os consortes;
O MP dever ser ouvido;
Homologa os termos da separação;
Se o juiz não se convencer do propósito das partes, com intervalo de 15 a 30 dias de intervalo, marcará nova data para ratificação.
Se nenhum dos consortes aparecer o juiz mandará arquivar o processo;
Se comparecerem, ratificando o pedido, o termo de ratificação será lavrado;
Transitada em julgado a decisão homologatória deverá ser averbada no Registro Civil competente e, se a partilha abranger bens imóveis, deverá ser averbada no registro imobiliário;
A decisão do juiz é mero ato de chancela de um acordo, mas de fiscalização e controle da convenção firmada pelos cônjuges.
O juiz poderá ser recusar a homologar a convenção caso entenda que não preserva o interesses dos filhos ou de um dos cônjuges.
Se o juiz se recusar, terá que fundamentar o pedido, não podendo alterar as cláusulas, podendo os cônjuges apelarem da referida decisão.
A sentença homologatória perde a sua eficácia com a reconciliação

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