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Farmacologia I- Antibióticos betalactâmicos resumo

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Farmacologia I- Antibióticos
Farmacologia I- Antibióticos inibidores da parede celular
Modos de ação de antibióticos em geral:
-Inibição da duplicação cromossômica ou da transcrição;
-Inibição da atuação de enzimas que produzem substâncias essenciais ao metabolismo;
-Danos à membrana plasmática;
-Inibição da síntese de proteínas;
-Inibição da síntese da parede celular
Beta-lactâmicos: Inibidores da síntese da parede celular. Apresentam em sua estrutura um anel beta-lactâmico, que é essencial para o mecanismo de inibição da síntese da parede celular.
Tipos de beta-lactâmicos:
-Penicilinas
-Cefalosporinas
-Monobactâmicos
-Carbapenemos
Penicilinas
Descoberta por Alexander Fleming, um bacteriologista. A Penicilina veio de um fungo, o Penicillium. A Penicilina possui dois anéis pentagonais, sendo um deles beta-lactâmico e o outro um anel de tiazolina. As Penicilinas sempre apresentam tais anéis, o que muda é o seu radical. 
Classificação das Penicilinas:
1-Sensíveis à Penicilinase
2-Resistentes à Penicilinase
3-Espectro aumentado
4-Antipseudomonas
5-4ª geração
Tipos de Penicilinas:
1-Naturais
2-Ácido resistentes
3-Amplo espectro
4-Beta-lactamases resistentes
5-ácido e beta-lactamases resistentes
Penicilina G-> É natural, não possui resistência à enzima Penicilinase. É inativada pelo pH ácido do estômago, sendo a sua administração somente possível via parenteral. Existem outras penicilinas naturais, sendo a do tipo G mais potente, por isso mais conhecida. Todas as Penicilinas naturais são representadas por letras maiúsculas, existindo a Penicilina K, F, G e X.
A Penicilina G é utilizada nas formas cristalina sódica e potássica, Procaína e Benzatina. As Penicilinas G diferem nas suas características farmacocinéticas. A Penicilina G cristalina sódica ou potássica possui período de latência de 30 minutos até atingir os seus efeitos terapêuticos, que duram entre 4 e 6 horas. A Procaína tem período de latência entre 1 e 3 horas e seu efeito se mantém por 12 á 24 horas. A Benzatina possui período de latência de 8 horas e seus níveis séricos podem durar dias. Todas devem ser administradas via subcutânea ou intramuscular, pois o HCL hidrolisa a sua cadeia lateral e abre o seu anel beta-lactâmico, levando à perda da sua atividade antibacteriana.
Penicilina V-> É derivada da Penicilina G, possui em sua estrutura a inclusão de um oxigênio, o que transformou a sua capacidade de absorção por via oral possível. Contudo, a Penicilina V não é resistente à enzima Penicilinase.
Problemas com as primeiras Penicilinas:
-Sensibilidade ao ácido clorídrico;
-Não ativas em bactérias gram-negativas;
-Não resistentes à Penicilinase.
Após verificados tais problemas, foram sendo desenvolvidas diversas Penicilinas, semi-sintéticas como a Penicilina V e sintéticas.
Grupo 1-> Penicilina G, Penicilina V e Cabenicilina.
O grupo 1 é composto pelas primeiras Penicilinas, todas sensíveis à Penicilinase.
Grupo 2-> Metilciclina, Nafciclina, Oxaciclina, Dicloxacilina, Cloxacilina.
Todas são resistentes à Penicilinases.
Grupo 3-> Aminopenicilinas (Amoxilina e Ampicilina)
São Penicilinas com espectro aumentado, pois atuam tanto em gram-positivas quanto em gram-negativas.
Grupo 4-> Carboxipenicilinas (Ticarcilina e Carbenicilina)
São as Penicilinas antipseudomonas.
Grupo 5-> Azlocilina, Mezlocilina e Piperacilina
São as Penicilinas de 4ª geração.
Apesar dos antibióticos de amplo espectro serem muito importantes no combate de certas infecções, eles não são resistentes à beta-lactamases. Por isso foram desenvolvidas associações que inibem as beta-lactamases. Substâncias como o Sulbactam e o ácido clavulânico possuem estrutura semelhante as Penicilinas, um anel beta-lactâmico, que irá se ligar as beta-lactamases e preservar parte da Penicilina. São ácidos orgânicos.
Cefalosporinas
Provém de um fungo, o Cephalosporium. Seu mecanismo de ação é semelhante ao das Penicilinas, agindo também na parede celular de bactérias. As Cefalosporinas já surgiram estáveis ao ácido. São classificadas em gerações, de acordo coma sua característica e cronologia.
Cefalosporinas de 1ª geração:
São estáveis a algumas beta-lactamases, ativas contra bactérias gram-positivas e moderadamente ativas contra algumas gram-negativas.
Cefalosporinas de 2ª geração:
São mais potentes contra gram-negativas, porém menos ativas contra as gram-sitivas em relação as de 1ª geração. Não são ativas contra pseudômonas.
Cefalosporinas de 3ª geração:
São muito potentes contra gram-negativas, algumas são muito ativas contra pseudômonas, porém são um pouco menos ativas contra gram-positivas em relação as de 1ª geração.
Cefalosporinas de 4ª geração:
Todas são administradas via parenteral, têm um espectro de ação mais equilibrado, ativas tanto contra gram-positivas, quanto contra gram-negativas e têm modesta ação contra bactérias anaeróbias.
Indicações das Cefalosporinas:
-Septicemia;
-Pneumonia;
-Meningite;
-Otite;
-Infecção urinária
-Infecção do trato biliar
Tanto Penicilinas quanto Cefalosporinas têm atividade farmacocinética semelhante e ambas são pouco tóxicas.
Monobactâmicos
Produzidos pelo Chromobacterium violaceum. Apresentam apenas o anel beta-lactâmico. São úteis em casos de alergias à Penicilinas. Seu espectro de ação é mais curto, agem em bactérias gram-negativas, mas não em gram-positivas e anaeróbios.
Carbapenêmicos
São produzidos por Streptomyces cattleya, possuem espectro de ação mais amplo do que outros beta-lactâmicos. Os principais representantes dos Carbapenêmicos são o Imipenam, Meropeném e Ertapeném.

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