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Histopatologia Aula 2

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Prévia do material em texto

§ Histopatologia	Aula	2à	04/08/14	
	
História:	
	
§ Fase	humoral	(Idade	Antiga	–	Final	da	idade	média)	
	
• O	Mecanismo	da	origem	das	doenças	era	explicado,	nessa	fase,	pelo	
desiquilíbrio	de	humores.	
• Os	humores	eram	considerados	os	líquidos	do	corpo,	em	particular,	a	agua,	o	
sangue	e	a	linfa.	
• Os	deuses	tinham	o	poder	de	controlar	esses	desiquilíbrios,	bem	como	de	
restituir	a	normalidade	do	organismo.	
• Essa	visão	mítica	da	doença	foi	criada	principalmente	pela	antiga	civilização	
Grega.	
	
§ Fase	Orgânica	(Sec.	15	e	16)	
	
• Nessa	época,	há	o	predomínio	da	observação	dos	órgãos	do	corpo,	feita	
principalmente	à	custa	das	atividades	de	necropsia	(estudo	do	cadáver)	ou	da	
autopsia	(estudo	de	si	mesmo);	
	
§ Fase	tecidual	(Sec.	16	a	18)	
	
• Fase	tecidual	enfatiza	a	estrutura	e	a	organização	dos	tecidos.	
• É	nesse	período	que	se	iniciam	os	primeiros	estudos	sobre	as	alterações	
morfológicas	teciduais	e	suas	relações	com	os	desiquilíbrios	funcionais	
	
§ Fase	Celular	(Sec.	19)		
	
• Com	o	predomínio	da	visão	morfológica,	somada	a	aplicação	do	microscópio	
óptico	às	pesquisas	médicas,	segue	–	se	a	fase	celular,	período	considerado	
“inicial	à	Patologia	Moderna”.	A	preocupação	com	o	estudo	da	célula,	
principalmente	de	suas	alterações	morfológicas	e	funcionais,	é	determinante	
na	busca	da	origem	de	todo	processo	mórbido.	
	
§ Fase	Ultracelular	ou	Molecular	(Sec.	20)		
	
• A	fase	molecular	é	a	fase	atual	do	pensamento	conceitual	sobre	patologia,	
envolvendo	conceitos	sobre	biologia	molecular	e	sobre	organelas	celulares.	
• Os	avanços	bioquímicos	e	a	microscopia	eletrônica	facilitam	o	
desenvolvimento	dessa	linha	de	estudo	
	
	
	
Trabalho	do	Patologista:	
	
§ Técnica	de	necropsia	+	olhos	trinados	e	atentos	
§ Microscópio	óptico	+	lamina	de	tecidos	lesados	+	olhos	treinados	e	atentos	
“Não	apenas	olhar,	mais	também	enxergar”.	
	
1. Recebimento	do	material	a	ser	avaliado	
2. Coleta	dos	dados	referente	ao	material	
3. Necropsia	e/ou	avaliação	microscópica	do	material	e	de	sua	descrição	
4. Fazer	uso	da	técnica	de	necropsia	
5. Fiscalização	do	material	
6. Clivagem		
7. Processamento	no	laboratório	de	histotécnica	
8. Material	processado	(laminas)	enviado	ao	patologista.	
9. Avaliação	microscópica	e	diagnóstica	do	patologista.	
10. Encaminhamento	do	laudo	ao	clínico	ou	proprietário		
	
§ Coleta	e	encaminhamento	do	material	
	
• Cadáver	à	O	mais	rápido	possível	
• Fixador	à	Em	formol	à	10%	para	biópsia	de	animais	vivos	ou	coleta	pós	morte.	
• Em	casos	de	sinais	clínicos	nervosos	deve	ser	enviado	o	cérebro	
inteirorefrigerado	(ou	a	cabeça)	
• Em	caso	de	necropsia	em	propriedade,	chamar	uma	equipe	de	laboratório	
para	se	deslocar	até	a	propriedade.	
	
§ Itens	para	coleta	e	encaminhamento	
	
• Liquido	fixador	
• Incisão	sem	esmagar	o	tecido	
• Fragmentos	de	no	mínimo	3	cm	de	espessura	
• Superfície	de	corte	deve	conter	parte	da	lesão	e	outra	parte	do	tecido	normal	
• Recipientes	adequados	
• Identificação	de	cada	material	
	
	
	
Alterações	pós	mortem:	
	
§ Alterações	Cadavéricas	–	transformativas	
§ Alterações	Cadavéricas	–	abióticas	
	
§ Transformativas:	
	
• Modificam	o	cadáver	no	seu	aspecto	geral	
• Dificultam	o	trabalho	dos	achados	microscópicos	
• Determinam:	Decomposição,	putrefação	ou	heterólise.	
	
§ Abióticas	
• Não	modificam	o	cadáver	no	seu	aspecto	geral	
• Divide-se	em:	
• A)	Imediatas	(morte	somática	ou	clínica)	
• B)	Mediatas	ou	consecutivas	(autólise)	
	
§ Alterações	cadavéricas	abióticas	imediatas	
	
• Insensibilidade,	imobilidade,	parada	funções	cardiorrespiratórias,	
inconsciência,	ausência	de	reflexo.	
	
§ Alterações	cadavéricas	mediatas	ou	consecutivas	
	
• Hipóstase	cadavérica	(livor	mortis)	
• Frialdade	cadavérica	(algo	mortis)	
• Impregnação	pela	hemoglobina	(embebição	hemoglobínica	ou	sanguínea)	
• Impregnação	pela	bile	(embebição	biliar)	
• Timpanismo	pós-mortem	
• Deslocamento,	ruptura	ou	torção	de	vísceras.	
• Pseudo-prolapso	retal.	
• Enfisema	cadavérico	tecidual	
• Maceração	da	mucosa	digestiva	
• Coliquação	/	liquefação	
• Redução	esquelética	
	
§ Livor	Mortis	(prova)	
	
• Lividez	cadavérica,	hipóstase	cadavérica.	
• Palidez	conferida	ao	cadáver,	devido	a	ação	da	gravidade	sobre	os	elementos	
do	sangue	que	acumulam	nas	partes	baixas,	provocando	o	que	chamamos	de	
hipóstase	cadavérica	
• Tempoà	2	–	4	Horas,	maior	intensidade	perto	das	12	horas	(mais	evidente).	
	
	
§ Algor	Mortis	(Prova)	
	
• Resfriamento	gradual	do	cadáver	decorrente	da	parada	das	funções	vitais,	da	
cessação	do	metabolismo	e	perda	progressiva	das	fontes	energéticas.	
• Temperatura	corporal	se	iguala	a	temperatura	do	ambiente	
• Temperatura	cai	aproximadamente	1°	C/	hora;	
• Tempo:	3	a	4	horas.	(depende	dos	fatores)	
	
	
	
§ Rigor	Mortis	(Rigidez	cadavérica)	(Prova)	
	
• Enrijecimento	muscular	do	cadáver	por	um	determinado	tempo;	
• De	2	a	4	horas.	Após	a	morte,	plenitude	15	horas.;	
• Imediatamente	após	cessar	a	circulação	do	sangue;	
• Produção	excessiva	de	calor;	
• Diminuição	do	pH	muscular,	oxigênio,	ATP	e	o	fosfato	de	creatinina;	
• Encurtamento	de	fibras	musculares	
• Dos	Músculos	esqueléticos,	os	da	cabeça	e	pescoço	são	os	primeiros	afetados,	
com	progressão	para	as	extremidades;	
• Rigor	desaparece	a	medida	que	começa	a	putrefação,	1	a	2	dias;	
• O	rigor	mortis	é	acelerado	por	alta	atividade	metabólica	e	alta	temperatura	
antes	da	morte	e	em	doenças	como	envenenamento	por	estricnina;	
• Retardado	por	desnutrição,	caquexia	e	pelo	frio.	
	
§ Coagulação	sanguínea	
	
• Os	fatores	de	coagulação	predominam	sobre	os	anticoagulantes,	em	
consequência	a	coagulação.	
• Tempo:	2	a	8	horas.	Depende	da	atividade	enzimática	
• Após	esse	período	os	coágulos	começam	a	se	desfazer	por	hemólise	
• Há	doenças	que	provocam	hemólise	(diferenciar)	antes	das	8	horas.	Ex:	
Tristeza	parasitária.	
	
	
TEMPO	DE	
MORTE	
2	A	3	HRS	 4	A	6	HRS	 6	A	8	HRS	 12	HRS	
T.	MÁXIMA	 34,4°	C	 30°	C	 26,6°	C	 26°	C	
T.	MÉDIA	 27°	C	 23,8°	C	 24°	C	 20,5°	C	
T.	MÍNIMA	 18,8°	C	 16,6°	C	 18,8°	C	 13,3°	C	
§ Tipos	de	coagulação	sanguínea	
	
• Coágulos	cruóricos:	Lisos,	brilhantes,	elásticos,	não	aderentes	as	paredes	
cardiovasculares,	de	coloração	vermelha	
• Coágulos	lardáceos:	Lisos,	brilhantes,	elásticos,	não	aderentes	as	paredes	
cardiovasculares,	de	coloração	amarela	(anemia)	perda	de	hemácias.	
• Trombos:	(diferenciar)	Vaso-sanguíneo	à	animal	vivo!	
	
§ Impregnação	pela	hemoglobina	
	
• Embebição	sanguínea	ou	hemoglobínica;	
• Presença	de	machas	avermelhadas,	principalmente	em	serosas	(peritônio,	
pleura,	omentos,	mesentério).	
• Não	visível	em	tecidos	escuros	
• Tempo:	8	horas	ou	mais	(após	ocorrer	o	coágulo)	
• É	algo	comum	nas	mucosas	do	cadáver,	nas	quais	os	vasos	estão	repletos	de	
sangue.	
• Com	a	decomposição	das	hemácias	(hemólise)	ocorre	a	liberação	da	
hemoglobina,	que	se	espalha	pelos	tecidos	corando-os	de	uma	cor	
avermelhada	brilhante.	
	
§ Impregnação	pela	Bile	
	
• Com	a	autólise	a	vesícula	não	retém	os	líquidos	biliares,	ocorrendo	a	difusão	
de	pigmentos	biliares	indo	para	os	tecidos	(fígado	e	tecidos	vizinhos),	dando	a	
coloração	amarelo	esverdeada;	
• Tempo:	8hrs	após	a	morte	
	
§ Timpanismo	
	
• Ocorre	a	distensão	do	estômago,	intestino	e	abdômen;	
• Resultado	da	fermentação	contínua	das	bactérias	do	tubo	digestivo,	
principalmente	do	tubo	intestinal.	
• Tempo:	24	horas.	
	
§ Deslocamento,	torção	ou	ruptura	de	vísceras.	
	
• Deslocamento	e	ruptura	de	órgãos	sem	alterações	circulatórias	(congestão,	
edema,	hemorragia),	então	o	órgão	fica	com	a	mesma	coloração.	
	
	
	
	
	
§ Pseudo-prolapso	retal	
	
• Ocorre	exteriorização	da	ampola	retal	com	consequência	da	grande	
quantidade	de	gás.	Não	ocorre	alterações	circulatórias(quando	ocorre	
prolapso	em	vidaà	há	alterações	circulatórias)	Tempo:	24	horas.	
	
§ Pseudomelanose	
	
• Tecidos	ficam	esverdeados,	azulados	ou	mesmo	enegrecidos.	
• É	o	resultado	da	reação	do	sulfureto	de	hidrogênio,	com	o	ferro	liberado	pela	
degradação	da	hemoglobina,	formando	o	composto	chamado	sulfureto	
ferroso,	responsável	pela	referida	coloração.	
	
§ Enfisema	cadavérico	
	
• Ocorre	devido	o	acumulo	de	gás	nos	órgãos	
• Pela	formação	de	bolhas	gasosas	nos	tecidos	em	consequência	da	ação	das	
bactérias	saprófitas	(produtoras	de	gás)	
• Local:	tecido	subcutâneo,	fígado,	rins,	órgãos	internos	abaixo	das	cápsulas.	
	
§ Maceração	da	mucosa	digestiva	
	
• Ocorre	desprendimento	da	mucosa	do	tubo	digestivo,	principalmente	no	caso	
do	Pré	estomago	dos	ruminantes.		
• Tempo:	24hrs.	
	
§ Putrefação	
	
• Tecido	morto	é	invadido	por	organismos	anaeróbicos	saprófitas,	que	digerem	
as	proteínas	e	formam	gases;	
• Bactéria	do	gênero	Clostridiumsão	comuns.	
• Substância	de	odor	repulsivo:	amônia,	sulfeto	de	hidrogênio,	indol,	escatol,	
putrescina	e	cadaverina.	
• Tecido	verde	e	marron,	devido	a	quebra	da	hemoglobina	
	
§ Avaliação	da	decomposição:	
• FASE	UM	(Fase	fresca)	
• Resfriamento,	livor,	Rigor	mortis.	
• FASE	DOIS	(Fase	gasosa)	
• Fermentação,	abaulamento	do	cadáver,tempo:	(24hrs.).	
• FASE	TRÊS	(Fase	de	Coliquação)	
• Dissolução	pútrida,	tempo	(sete	dias)	
• FASE	QUATRO	(Fase	de	esqueletização)	
• Perda	completa	de	partes	moles,	tempo	(3	–	4	semanas).	
	
§ Fatores	que	interferem	nas	alterações	cadavéricas:	
	
• Temperatura	ambiente	
• O	calor	acelera	o	aparecimento	de	alterações	cadavéricas	(acelera	o	
crescimento	bacteriano)	
A	diminuição	da	temperatura	retarda	o	aparecimento	das	alterações	
cadavéricas	
	
• Tamanho	do	animal	
• Quanto	maior	animal,	mais	difícil	o	resfriamento.	
	
	
• Estado	de	nutrição	
• Animal	em	bom	estado	de	nutrição	atrasa	o	rigor	e	o	resfriamento.	
	
	
• Cobertura	externa	
• Dificultam	o	resfriamento	do	cadáver	(penas,	plumas,	gorduras	e	lã).	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
TEMPO	
APROXIMADO	
	
ALTERAÇÕES	
1	HORA	 Desidratação,	alterações	oculares(olhos	abertos)	e	hipóstase	
2	A	4	HORAS	 Rigidez	dos	masseteres,	diminuição	da	temperatura	retal	(Rrigor	mortis)	
4	A	10	HORAS	 Livor	mortis	(manchas),	rigidez	cadavérica	
12	A	15	HORAS	 Desaparecimento	da	rigidez	
24	A	48	HORAS	 Opacidade	das	córneas,	putrefação	cadavérica,	larvas	da	mosca	
2	A	5	ANOS	 Fase	liquefativa,	fase	de	liquefação.	
+	DE	5	ANOS	 Desaparecimento	da	medula	óssea,	cartilagens	e	ligamentos.

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