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Resumo dos filmes: Ágora, O Físico e A Criação

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Exercício
Disciplina: Computação, Ética, Homem e Sociedade
Fazer síntese dos filmes, levando como base os conceitos de éticos e de moral.
Enfatizar os pontos comuns entre os filmes sob a luz da ética e moral.
Relacionar os pontos em que a equipe achou relevante e relacionar com algum fato da época atual.
ÁGORA:
O filme relata a história de Hipátia, filósofa e professora em Alexandria, onde a mesma ensina matemática, filosofia e astronomia. No filme percebemos que a cidade é agitada por ideais religiosos, como o cristianismo, judaísmo e a cultura grega.
Hipátia dedica exclusivamente aos estudos, e é onde encontra um empasse entre as religiões ali presentes. Duvidar da igreja naquela época era muito perigoso para qualquer um, mas Hipátia não se deteve e continuou suas pesquisas sobre o movimento da terra em torno do sol, algo que as religiões não toleravam até então, pois a terra era considerada o centro do universo com os planetas e o sol em torno dela. Hipátia foi perseguida por suas convicções e seus ideais, por ter se recusado a se converter ao cristianismo, foi acusada de bruxaria chegando a ser morta por isso. O que ela fez ia contra todos os princípios e valores morais daquela época. O cristianismo crescia cada vez mais, fazendo com que todos se convertessem ao mesmo ou seriam punidos.
O FÍSICO:
Em O Físico, temos algo semelhante ao filme anterior. A religião como sempre está no centro, discordando da ciência, dos novos métodos de pesquisa em relação as doenças enfrentadas naquela época. Porém um jovem buscando mais conhecimento sobre a curas das doenças, enfrentas as adversidades daquela época onde a medicina não podia evoluir devidos as leis impostas pelas religiões. 
A mãe de Cole morreu em seus braços quando ele ainda era uma criança.
Seus irmãos foram adotados, porém ele foi abandonado por ser o maior dos 3.
Conheceu uma espécie de curandeiro, e foi viver com ele.
Esse curandeiro ensinou tudo que sabia a ele, ficou doente, ele encontrou um “médico” que o curasse, perguntou ao médico onde ele estudou. O médico disse que foi muito depois do Egito.
Ele parte para uma verdadeira jornada, atravessando as piores dificuldades do mundo para chegar ao local e estudar com o melhor professor de medicina do mundo (Ibn Sina), e até mesmo finge ser judeu. Esse filme foi baseado em fatos, e esse médico realmente existiu.
Ao chegar no local, mesmo depois de todas dificuldades e travessia no deserto, foi expulso por não possuir recomendação e nem dinheiro para estudar lá.
Ibn Sina vê sua dedicação em ter atravessado o mundo e insere-o no programa de ensino como “bolsista”.
Não existia cura para doenças interna, como em órgão, pois os religiosos puniam com a morte quem abrisse cadáver. Mas Cole (personagem principal) tinha uma obsessão em aprender tudo e curar essas doenças.
Ele ajudou seu mentor Ibn Sina na cura da Peste Negra que assolou sua cidade e se tornou seu melhor aluno (mentorado).
Cole (Personagem principal) começa a fazer estudos com um cadáver escondido, é pego e punido com a morte.
Cole recebe a missão do seu mentor de espalhar todo conhecimento aprendido e mudar a história da medicina.
O Físico, não apenas mostra de forma didática alguns passos importantes da medicina que conhecemos hoje, como também dá algumas lições que com nova roupagem devem ser ensinadas, tanto para os que precisam prevenir doenças quanto para os que seguem barrando o avanço da ciência de uma forma ou de outra.
A CRIAÇÃO:
Este filme aborda mais sobre a vida de Charles Darwin, do que o seu trabalho em si. Mas notasse uma relação também com os dois filmes anteriores, pois este também entra em contradição com a religião, mas não de maneira direta e sim dentro da convivência em família de Charles Darwin, já que seu trabalho, A Origem das Espécies, vai contra as convicções religiosas de sua esposa. 
O filme mostra as crises de consciência que Darwin teve durante a interpretação dos dados coletados e do começo da redação de “A Origem das espécies”. Em alguns momentos, o filme fica mais próximo das ciências humanas do que das ciências biológicas. As crises existenciais e, em alguns momentos, os surtos de Darwin. O filme se prende muito ao duelo entre acreditar ou não em Deus. Um exemplo disso é que a única aparição Huxley (no início de filme) é marcada pela tentativa do Buldogue de convencer Darwin de que a publicação de sua obra acaba por matar Deus. E aí mesmo que nosso querido naturalista entra em parafuso, pois se vê em uma sociedade altamente regulada pela Igreja, além sua esposa, Emma, ser extremamente religiosa.
Ágora não é um tratado sobre religiões ou sobre a queda do Império Romano. Ainda assim, ele traz à tona alguns elementos para provocar reflexões nos espectadores. O crescimento do cristianismo, por exemplo, teve uma ligação determinante com a necessidade de uma mudança social naquela época. Pessoas como Davus, então escravo, enxergavam no cristianismo uma válvula de escape para a sua condição de excluído da sociedade. O que não deixa de ser algo curioso, já que em sua época, o próprio Cristo se negou a assumir a posição de um líder político que provocasse uma revolução social. Pois 300 e poucos anos depois isso iria acontecer.
Terminando com o tema das religiões, queria apenas destacar uma parte importante do filme, quando o bispo Cyril (Sami Samir) declara que os judeus haviam sido julgados por Deus e que, assim, eles estariam “amaldiçoados e exilados até o final dos tempos”. Argumento esse que acabou justificando inúmeras perseguições e o extermínio de grandes coletivos de judeus em diferentes épocas históricas. Impressionante como o ódio em que uma religião pode ser fundada pode ter reflexos tão ultrajantes tantos séculos depois.
O que podemos perceber atualmente é que o crescimento das religiões só aumentou, no entanto, os avanços da ciência também continuaram, mesmo indo contra os valores morais e éticos das religões.

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