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Fichamento História do Direito Brasil


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29/05
HISTÓRIA DO DIREITO BRASILEIRO – DA COLÔNIA À INDEPENDÊNCIA
Primeiras considerações:
O Brasil foi uma junção de 3 blocos populacionais: indígenas, europeus e africanos. Esses não eram unidos em um bloco só, portanto, não havia nação.
No Brasil houve a mercantilização da escravidão.
O Direito Brasileiro é componente europeu, foi trazido para cá. O europeu apresentava uma unidade de base religiosa. O Brasil apresentava um direito oficial do colonizador.
Sabem-se as contribuições culturais africanas e indígenas, mas até hoje não se tem conhecimento da influência delas no direito, portanto, ele é atribuído como elemento somente europeu. 
Portugal:
1352. Dom Afonso II. Presença de Juízes de fora e Corregedores.
As normas, gérmen do Estado nacional português, vêm da concentração de poder. É criada a jurisdição de 1ª instância, que são atuantes dentro de feudo, letrados, contrapondo-se aos juízes leigos.
Os corregedores, letrados, escolhem os juízes de fora e controlam a atuação deles, estando ao lado do rei.
1539. Juiz de Fora e Corregedor agora são bacharéis. 
Surge a obrigação de os juízes de fora e corregedores serem letrados e bacharéis. É necessário serem letrados para poderem aplicar um direito costumeiro escrito e corrigido pelo rei.
1642. Vedação de juízes analfabetos
Todos aderem ao processo escrito e a uniformização, e por isso, os processos ficam mais demorados (há menos juízes).
1733. Fim da escravidão.
1769. Lei da Boa Razão
Brasil
Entre 1500 e 1549, há as capitanias hereditárias:
A divisão entre Portugal e Espanha leva a necessidade de defesa do território, e por isso, há a colonização. Há a preocupação de: 1º - demarcação da costa, 2º - defesa, 3º - exploração econômica. A resposta para isso eram as capitanias hereditárias.
Entram no cenário as cartas de doação: o rei doa as capitanias, que vem com a entrega de posse e jurisdição. Com as cartas de doação, vem junto às cartas de foral.
As cartas de foral são cartas do rei onde ele apresentava os direitos e deveres (de acordo com o direito colonial) do donatário em relação à coroa. Elas eram diferentes de donatário para donatário. Aí há a presença do 1º DIREITO PRÓPRIO/especial brasileiro, que tem como um exemplo essas cartas.
Há alvarás e regimento: quem concentra a terra em última instância é o rei, ou seja, é uma jurisdição relacionada com a propriedade.
O Direito geral chega em 1446, com Afonso V. Há as ordenações, que são afetadas pelo direito canônico que era reduzido à escrita e corrigido pelo rei. O livro era uma fonte de juiz. 
O juiz se guiava por: 1º - a lei/as ordenações, que eram de direito costumeiro escrito e corrigido pelo rei, 2º - estilos do tribunal do rei (jurisprudência), 3º - costumes.
Há também a jurisdição:
Que se dava por: Rei Ouvidoria Juiz municipal das Câmaras
Direito aplicável:
- especial: cartas de doação, cartas de foral, alvarás e regimentos (ex: 1628, retirada da jurisdição dos capitães hereditários).
As Cartas de Doação ordenam (ou “aconselham”) os capitães a criação da figura do ouvidor, que exerceria a jurisdição e ajudaria os donatários porque estes não seriam inimizados.
Da condenação do juiz era possível recorrer ao rei.
Aos poucos, formam-se vilas, que formam os municípios, que teria a organização regida pelas ordenações (fato que dá autonomia aos municípios hoje). Com os municípios há a criação das Câmaras e dos juízes municipais.
A capitania nada mais era do que grandes latifúndios com municípios.
No entanto, o rei estava perdendo controle sobre as capitanias e percebeu que os privados não eram suficientes para proteger o território (1549). Nesse ponto, cria-se o Governo Geral, sendo o braço do rei no Brasil.
O Governo Geral muda a jurisdição e nomeia os juízes:
Aspecto do Governo Geral:
Rei Casa de Suplicação/Desembargo do Paço Ouvidor-geral que tinha relações na Bahia – 1609, no RJ – 1751, em São Luís – 1812, e no Recife – 1812 Juízes de fora e ouvidores (até 1628) dos ouvidores, tinham os juízes municipais.
1807 – 1822 (Independência)
- Vice-Reino
- 1808 – Corte no BR
Desembargo do Paço e Casa de Suplicação no RJ
- Liberalismo somente econômico
- 1815 – Alforria econômica
12/06
BRASIL IMPERIAL (Independência): CONSTITUIÇÕES E CODIFICAÇÕES. CURSOS JURÍDICOS. TERCEIRA DE FREITAS.
Cursos jurídicos: em SP e em Olinda em 1827. Em Recife em 1854.
1822 – Independência Política X jurídica gradual (continua com um direito português)
1824 – Constituição Imperial – Brasil Império Unitário (promulgado/outorgado pelas câmaras municipais do império). 
Direitos fundamentais: ao ensino fundamental (ou seja, à educação), e direito a vida X pena de morte.
Estrutura do poder: Executivo (o Imperador); Legislativo (Câmara e Senado); Judiciário (STJ em 1828 que suprimiu o Desembargo do Paço e a Casa de Suplicação -> Relações -> Juízes de Direito/Municipais/Jurados -> Juízes de Paz que eram leigos); Moderador como “poder neutro” (Imperador, com poder de Veto, que hoje se encontra no executivo; poder de anistia; poder de nomeação de juízes e senadores; poder de dissolução da Câmara de deputados).
Religião De Estado: havia liberdade de religião, mas não havia a liberdade de culto.
ART. 179 – Códigos
1830 – Código Criminal
1832 – Código de Processo Criminal, que traz também sobre a organização da jurisdição
1850 – Código Comercial. Reg. 737 – Processo Comercial.
1858 – Consolidação das Leis Civis
1865 – “Esboço” que: 1- Unifica ser humano à pessoa; mas como era época de escravidão e isso não era bom ser aplicado ao contexto, cria-se o Código Negro. Um Código Civil Brasileiro só é criado em 1899/1916 com Clóvis Beviláqua. 2- É Patriarcal.
	O esboço levanta as questões de unificação do direito privado e sobre o código geral.
Anotações de aula:
- Para ter Constituição precisa de uma separação dos poderes (mínimo uma tripartição) e direito fundamentais. NO BRASIL, os direitos fundamentais tinham liberdade negativa que contrastava com positiva: a negativa era a pena de morte, e a positiva era o direito à educação. O Brasil foi o único governo responsável por isso.
- BR não é Estado, é Império
- as províncias não tinham poder político, eram divisões administrativas. Os municípios eram politicamente organizados.
- A nossa divisão do poder se dá com uma junção de Montesquieu + poder morador (de Benjamin Constant – um poder majoritariamente negativo).
- A regulação do Direito Privado começa com o comércio
- A doutrina é usada no processo civil.
19/06/15
Questões brasileiras:
a)Escravidão:
- Ventre Livre e Sexagenários: a libertação foi uma questão jurídica Liberdade Direito Natural X Propriedade (indenização)
b) Índios:
L. 27/10/1831 – Índios sob responsabilidade do juiz de órfãos
c) Terras:
Sesmarias – 1822 – Posse – Lei de Terras (1850)
Capitães tinham direito de distribuir as sesmarias. Depois, esse direito foi revogado e se estabeleceu um sistema de posses. A partir de 1850, o que for identificado como propriedade privada e for comprovado, fica com o privado. Senão, é de posse pública.
Codificação Civil: 
1858 – Consolidação – aprovado pelo Império
1865 – Esboço (A. Teixeira de Freitas): influenciado pela escola alemã, portanto, com predominação de direito doutrinário. O esboço não é tornado direito brasileiro vigente.
1872 – 3 projetos fracassados
1899/1916 – 1º Código Civil (Clóvis Beviláqua – formado pela escola de Recife)
1972 – 2002 – Código Civil. Comissão Reale. Código Central (é somente um centro, um guia, onde estão concentrados princípios jurídicos). 
Direito Brasileiro X Grandes Famílias do Direito
Direito Romano:
1 – Common Law
2 – Família Romano Germânica 
Fontes: lei + estruturas + jurisprudência + doutrina + PGD
Lei: Separação do Direito Público (constitucional) X Direito Privado (Codificação) Direito X Política X Religião
 Forte influência do Direito Romano
Da FRG, vem o Direito Brasileiro, que se separa em Direito Público: (HC, M5) Controle difuso de constitucionalidade, júri, Súmulavinculante; e em Direito Privado, o qual tem difícil identificação de suas peculiaridades.