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DA CONFUSÃO Direito Civil III Profª. Danyelle Conceito e características: A obrigação pressupõe a existência de dois sujeitos: o ativo e o passivo. Credor e devedor devem ser pessoas diferentes. Se essas duas qualidades, por alguma circunstância, encontrarem-se em uma só pessoa, extingue-se a obrigação. Ninguém pode ser juridicamente obrigado para consigo mesmo ou propor demanda contra si próprio. CC, 381: Extingue-se a obrigação, desde que na mesma pessoa se confundam as qualidades de credor e devedor. Diferença entre confusão e compensação: - Na compensação há dualidade de sujeitos, com créditos e débitos opostos, que se extinguem reciprocamente. - Na confusão, reúnem-se em uma só pessoa as duas qualidades, de credor e devedor, ocasionando a extinção da obrigação. A confusão não exige manifestação de vontade, extinguindo o vínculo pela simples verificação dos seus pressupostos: reunião, na mesma pessoa, das qualidades de credor e devedor. Pode ocorrer por ato inter vivos ou causa mortis. A confusão é mais freqüente nas heranças, como no caso do filho que deve ao pai e é sucessor deste. Espécies: A confusão pode verificar-se a respeito de toda a dívida, ou só de parte dela (CC, art. 382). Pode ser, portanto, total ou parcial. CC, 383: A confusão operada na pessoa do credor ou devedor solidário só extingue a obrigação até a concorrência da respectiva parte no crédito, ou na dívida, subsistindo quanto ao mais a solidariedade. Em se tratando de obrigação solidária passiva, e na pessoa de um só dos devedores reunirem-se as qualidades de credor e devedor, a confusão operará somente até à concorrência da quota deste. Se ativa a solidariedade, a confusão será também parcial ou imprópria (em contraposição à confusão própria, abrangente da totalidade do crédito), permanecendo, quanto aos demais, a solidariedade. Efeitos: A confusão extingue não só a obrigação principal, mas também os acessórios, como a fiança e o penhor, por exemplo, pois cessa para o fiador e outros garantes o direito de regresso, incompatível com os efeitos da confusão. Mas a recíproca não é verdadeira. A obrigação principal, contraída pelo devedor, permanece se a confusão operar-se nas pessoas do credor e do fiador. Extingue-se a fiança, mas não a obrigação. Igualmente se houver confusão entre fiador e devedor: desaparece a garantia, mas subsiste a obrigação principal. Cessação da confusão CC, 384: Cessando a confusão, para logo se restabelece, com todos os seus acessórios, a obrigação anterior.