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DIREITO EMPRESARIAL Profa. MSc. Samara Castro Notas 1ªARE (peso 1,0) Pontuação Avaliação Parcial 4,0 Prova Bimestral 6,0 Avaliação Parcial: a critério do professor 4,0 Prova Bimestral: 6 questões objetivas (0,5 pontos cada) e 2 questões dissertativas. (1,5 ponto cada) 6,0 2ªARE (peso 2,0) Pontuação Prova Bimestral (1º e 2º): 10 itens objetivos 5,0 Itens dissertativos 2,0 Atividade a critério do professor 1,0 Atividades práticas nos laboratórios, visita técnica e práticas de ensino 2,0 • O estudante que não atingir a média final 7,0 (sete), poderá realizar o exame final, cuja nota substituirá a nota obtida no semestre, caso seja maior. • Após o Exame Final, para aprovação, a Nota deverá ser igual ou superior a 5 ,0 (cinco), além da necessária frequência mínima a 75% das aulas A Nota Final é formada pela média ponderada das duas notas, 1ªARE e 2ª ARE: (1ª ARE x 1.0) + (2ª ARE x 2.0): 3.0 ≥ 7.0 ▪ Avaliação contínua ▪ Múltiplos instrumentos N1 40% N2 60% Média final ▪ Prova final na semana de provas ▪ Aprovação com nota mínima 5,0 Antes de iniciar... Algumas Diferenças Direito Comercial: é um conjunto sistematizado que disciplinam o exercício de atividades mercantis. Direito Empresarial: é um ramo do direito privado, que regula a atividade econômica do empresário e da sociedade empresária. Direito Administrativo: é um ramo autônomo do direito público interno que se concentra no estudo da Administração Pública e da atividade de seus integrantes. Introdução EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO EMPRESARIAL a) 1ª fase - Na idade media, criaram-se as corporações. Antes da idade média, havia comércio e moeda, mas somente nesse momento é que teremos uma organização do Direito Empresarial. Antes, cada burro/feudo tinha sua própria regra e sua própria moeda. A corporação vai regulamentar determinada atividade. Tínhamos a corporação dos artesãos, dos ferreiros, etc. OBS.: No Brasil, essa fase não tem correlação. b) 2ª fase - Num segundo momento, em 1807/1808, na França, tivemos o surgimento do Código Comercial. Este Código Comercial Francês adota a Teoria dos Atos de Comercio, em que havia uma lista de atividades que eram consideradas comerciais (rol taxativo). No Brasil, em 1850, tivemos nosso Código Comercial Brasileiro, o qual adotou a teoria dos atos de comércio. Este ordenamento esteve em vigor até 2002. c) 3ª fase - Num terceiro momento, em 1942, na Itália, surgiu o Código Civil Italiano, com dois objetivos: a unificação do Direito Privado e a adoção da Teoria da Empresa. Em 2002, tivemos, no Brasil, a edição do novo Código Civil, que tentou a unificação do Direito Privado. Apenas tentou, por conta das diversas leis esparsas, ainda vigentes. A partir desse momento, adotamos a Teoria da Empresa. http://docplayer.com.br/8285550-Direito-empresarial-professora-elisabete-vido.html Introdução ▪ Idade média: renascimento mercantil e ressurgimento das cidades ▪ Monopólio da jurisdição mercantil a cargo das Corporações de Ofício ▪ Aplicação de usos e costumes mercantis nos tribunais consulares ▪ “Codificação privada” do direito comercial; normas pseudosistemaizadas ▪ Carácter subjetivista: mercantilidade da relação jurídica definida pelos seus sujeitos ▪ O direito comercial como direito dos comerciantes. ▪ O código abrangia só a classe de comerciantes– mercancia ▪ Só eram comerciantes, para fins legais, os que estivessem matriculados em um Tribunal de Comércio. Introdução ▪ A Teoria Atos do Comércio não abrangia as atividades industriais e prestação de serviços. ▪ Atos de Comércio: São todos os atos praticados habitualmente com o objetivo de lucro, para mediação, circulação e intermediação de bens e serviços. ▪ As atividades deveriam ter habitualidade no exercício da atividade comercial (mercancia) ▪ Jurisprudência Introdução ▪ Evoluiu passando da Teoria dos Atos do Comércio para Teoria da Empresa ▪ Usos e Costumes da Idade média ▪ Teoria dos Atos do Comércio – Previsão no Código Comercial de 1850 ▪ Teoria da Empresa – Instituída pelo CC/02 em seus arts. 966 até 1.195. Teoria Atos do Comércio x Teoria da empresa O Segundo Livro do Código Civil Brasileiro, artigos 966 ao 1.195, é dedicado ao Direito de Empresa, onde se encontram as disposições relativas aos empresários, as sociedades simples e empresárias, ao estabelecimento empresarial e institutos complementares. O Código Civil promulgado em 2002 adotou a chamada teoria da empresa em substituição a ultrapassada teoria dos atos de comércio de origem francesa, que adotava como forma de distinção entre as sociedades civis e comerciais unicamente a natureza da atividade desenvolvida pelo empreendedor. Na antiga teoria dos atos do comércio, base do Código Comercial Brasileiro de 1850, era necessário verificar se a atividade explorada pelo comerciante era um ato comercial ou um ato civil para, assim, defini-lo. Como exemplo, uma sociedade agrícola, mesmo possuindo organização dos fatores de produção, não era considerada sociedade comercial por ser, a agricultura, uma atividade civil. Eram considerados atos de comércio as operações de câmbio, banco, corretagem, os seguros, fretamentos, espetáculos públicos, entre outras. Teoria Atos do Comércio x Teoria da empresa Anterior ao Novo Código Civil, as normas do Direito Comercial eram regulamentadas sobre o "ato de comércio", que eram definidos como os atos praticados pelos comerciantes, relativo ao exercício de sua atividade. O Código Comercial de 1850 adotou a teoria dos atos de comércio, sob influência do Código Napoleônico de 1808. Em 2002, o novo Código Civil passou a adotar a teoria de empresa, mais abrangente e moderna. Com a entrada em vigor do Novo Código Civil brasileiro em 11 de janeiro de 2003, deixa de existir a clássica divisão existente entre ATIVIDADES MERCANTIS (indústria ou comércio) e ATIVIDADES CIVIS (as chamadas prestadoras de serviços). Pessoa Física (Natural) Pessoa natural: sinônimo de pessoa física, ser humano. É o sujeito de direitos e obrigações. Art. 1º CC Segundo Maria Helena Diniz, pessoa física ou natural "é o ser humano considerado como sujeito de direitos e obrigações" . Todo ser humano é dotado de personalidade jurídica e, portanto, é um sujeito de direito. Conforme Sílvio de Salvo Venosa, "a personalidade jurídica é projeção da personalidade íntima, psíquica de cada um; é projeção social da personalidade psíquica, com consequências jurídicas"[3]. Porém, e em acréscimo, o Direito também confere personalidade a outros entes, formados por conjuntos de pessoas ou patrimônio. A estas, dá-se o nome de pessoas jurídicas. Ressalte-se, ademais, que as pessoas físicas também são chamadas de pessoas naturais. Como visto acima, porém, embora todo ser humano seja dotado da qualidade de sujeito de direito a partir do nascimento e até a morte, nem todos podem exercer pessoalmente seus direitos. Como leciona Dimitri Dimoulis, "o ordenamento jurídico leva em consideração características da pessoa: idade, situação mental, condição física e nacionalidade, sendo que, em séculos passados, eram também analisados os critérios do sexo, da cor da pele e da situação econômica"[4]. São as modulações da capacidade de exercício dos direitos, as quais são reguladas pelo Código Civil (as principais disposições pertinentes ao tema estão abaixo elencadas). Pessoa Jurídica • O termo pessoa é usado para designar também as jurídicas • Pessoas jurídicas: compõem-se de um conjunto de pessoas, ou destinação patrimonial, com aptidão para adquirir e exercer direitos e contrair obrigações. Ou seja, tem personalidade jurídica. • Pessoa jurídica é a reunião de pessoas e bens, que empreendem esforços em busca de fins comuns, podendo ser sujeito de direitos e deveres na ordemcivil. Capacidade da pessoa jurídica: é limitada à finalidade de sua atividade própria Conceitos de capacidade, personalidade e pessoa jurídica. Capacidade: Pode-se falar que a capacidade é a medida da personalidade, pois para uns ela é plena e, para outros, limitada. A que todos têm, e adquirem ao nascer com vida, é a capacidade de direito ou gozo, também denominada capacidade de aquisição de direitos. Esta é reconhecida a todo ser humano. Contudo, nem todas as pessoas possuem a capacidade de fato, também denominada capacidade de exercício ou de ação, que é a aptidão para exercer por si só os atos da vida civil. A pessoa que possui a capacidade de gozo e a capacidade de ação, terá capacidade plena. E aquela que tiver apenas a capacidade de gozo, possuirá a capacidade limitada ou incapacidade. Conceitos de capacidade, personalidade e pessoa jurídica. Personalidade jurídica: O conceito de personalidade está umbilicalmente ligado a pessoa. Todo aquele que nasce com vida torna-se uma pessoa, ou seja, adquire personalidade. Esta é, portanto, qualidade ou atributo do ser humano. Pode ser definida como aptidão genérica para adquirir direitos e contrair obrigações ou deveres na ordem civil. A personalidade jurídica é reconhecida a todo ser humano, e também, a certas entidades morais, denominadas pessoas jurídicas. Art.41 Art.42 Art.44 Empresa Art. 40 Questões • 1. Após estudar atentamente a evolução histórica do Direito Empresarial, discorra sobre as fases de transição dele e aborde suas peculiaridades. • 2. Diferencie personalidade de capacidade. Em seguida, responda ao questionamento: É possível falarmos em capacidade jurídica independentemente de personalidade? Por quê? Justifique sua resposta 1.1 Empresa “Empresa é a atividade econômica unitariamente estruturada ou organizada para a produção ou circulação de bens ou de serviços.” (conceito de Maria Helena Diniz) Titular da empresa: • Sociedade Simples • Sociedade Empresária 1.2 Conceito Legal de Empresário “Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços”. Código Civil, art. 966 2. Análise Econômica do conceito de Empresário • Pode ser individual, individual de responsabilidade limitada ou Sociedade Empresária; • Atividade: pressupõe habitualidade; • Econômica: Cria riqueza através de produção, circulação de bens ou serviços – Lucro (ou) Risco do negócio; • Organização: Empresário organiza atividades pelos fatores de produção: 1) Natureza (matéria-prima) 2) Capital 3) Trabalho 4) Tecnologia Registro de Empresa Art. 967 do Código Civil: É obrigatória a inscrição do empresário no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do início de sua atividade. Conceito de Sociedade Empresária CÓDIGO CIVIL DE 2002: Adotou o sistema italiano de “empresa” em substituição ao conceito de “atos de comércio” do direito francês (Código Napoleônico) que tinha sido adotado pelo Código Comercial de 1850. Código Comercial 1850 sociedades civis (atos de comércio) sociedades comerciais Código Civil 2002 sociedade simples (empresa) sociedade empresária Atividade Intelectual De acordo com artigo 966, § único do CC, não se considerada empresário quem exerce profissão intelectual de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa. • Atividades intelectuais necessitam de um esforço criador, que está na mente do profissional que realiza; • Possui natureza civil • São personalíssimos; • Regra: profissionais de atividades regulamentadas e profissionais liberais; • Atividade intelectual é diferente de prestação de serviços. • É possível que uma atividade intelectual torne-se empresária, se vier a constituir elemento de empresa. • A natureza empresarial da atividade precisa se sobrepor à intelectual. Sociedade Simples • A sociedade simples remete a parcerias entre profissionais prestadores de serviços, constituindo casos nos quais eles mesmos exercem a atividade para a qual a sociedade existe. Exemplos são sociedades entre médicos, advogados e outros profissionais cujas atividades, ou seja, profissões, correspondem à própria finalidade da união. • Dessa forma, esse tipo de sociedade explora prioritariamente atividades de prestação de serviços de natureza notadamente intelectual e/ou cooperativa. • De forma resumida, a sociedade simples é constituída por pessoas exercendo suas profissões, sendo de "caráter pessoal" a prestação de serviços feita por elas. Por isso, as cooperativas e associações, independente do número de participantes, serão sempre consideradas sociedades simples (pois os profissionais exercem a atividade fim da parceria). Elemento Confusões Correto O que diz o CC/2002 Empresário Sócios Sociedade Empresarial Art. 966 - “Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção e a circulação de bens e serviços.” Empresa Pessoa que toma uma iniciativa econômica Atividade Art. 982 - “Salvo as exceções expressas, considera-se empresária a sociedade que tem por objeto o exercício de atividade própria de empresário, sujeito a registro; e simples, as demais.” Pessoa Jurídica Empresa Sociedade Empresária Sociedade Empresária é a Pessoa Jurídica que explora uma empresa Sociedade Empresária Art. 981. Celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens ou serviços, para o exercício de atividade econômica e a partilha, entre si, dos resultados. Parágrafo único. A atividade pode restringir-se à realização de um ou mais negócios determinados. • Sócios podem ser pessoas físicas ou jurídicas; • Ao menos 2 sócios; • Há separação patrimonial e limitação da responsabilidade; • Responsabilidade limita-se ao percentual de cotas em regra. http://notasdeaula.org/dir4/direito_empresarial1_10-08-09.htmlv http://notasdeaula.org/dir4/direito_empresarial1_10-08-09.html Exercício 1. NATUREZA CIVIL é o mesmo que ATIVIDADE EMPRESÁRIA? Por quê? 2. Empresário é o mesmo que sociedade empresária? Justifique. 3. O Empresário e a Sociedade Empresária devem, obrigatoriamente ser brasileiros? Justifique 4. Diferencie Prestação de Serviços e Atividade Intelectual 5. As Cooperativas são de natureza Civil ou Empresária? 6. É possível uma atividade intelectual caracterizar-se atividade empresarial? Justifique. Questão Relate, sucintamente, a evolução dos critérios utilizados para a divisão das sociedades no direito brasileiro, desde o Código Comercial de 1850, passando pela unificação do direito privado em 2002 e pelo que deverá ser adotado no novo Código Comercial
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