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Direito Processual Penal

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APLICAÇÃO DA LEI PROCESSUAL PENAL NO ESPAÇO
Art. 1 CPP - se aplica no território brasileiro.
E quando houver carta rogatória? O processo vai ser lá no país que expediu a CR. A oitiva (ouvir a parte) vai ser realizada no país da CR. Nesse caso, nos EUA. 
Princípio da territorialidade.
EXCEÇÕES:
art.1, I Se existir tratado ou convenção que trate do assunto efetivo.
art.1, II Quando o crime for de responsabilidade, devendo ser julgado no poder Legislativo.
APLICAÇÃO DA LEI PROCESSUAL PENAL NO TEMPO E NO ESPAÇO
Art. 1 CPP - A teoria adotada é a da territorialidade: seus dispositivos aplicam​-se a todas as ações penais que tramitem pelo território brasileiro, RESSALVADOS os casos dos incisos:
I - tratados, convenções e regras de direito internacional: mediante aprovação por decreto legislativo e promulgação por decreto presidencial, afastam a jurisdição brasileira, ainda que o fato tenha ocorrido no território nacional, de modo que o infrator será julgado em seu país de origem. É o que acontece quando o delito é praticado por agentes diplomáticos e, em certos casos, por agentes consulares. 
II — às prerrogativas constitucionais do Presidente da República, dos ministros de Estado, nos crimes conexos com os do Presidente da República, e dos ministros do Supremo Tribunal Federal, nos crimes de responsabilidade: esse dispositivo refere-se aos crimes de natureza político-administrativa e não aos delitos comuns. O julgamento dessas infrações não é feito pelo Poder Judiciário, e sim pelo Legislativo, e as consequências são a perda do cargo, a cassação do mandato, a suspensão dos direitos políticos etc.
As leis processuais penais limitam-se pela aplicação do espaço (nacional) e pelo decorrer do tempo.
III — aos processos da competência da Justiça Militar: Os processos de competência da Justiça Militar, isto é, os crimes militares, seguem os ditames do Código de Processo Penal Militar (Decreto​-lei n. 1.002/69), e não da legislação processual comum.
IV — aos processos da competência do tribunal especial (Constituição, art. 122, n. 17): (Refere-se à CF de 1937.) 
V — aos processos por crimes de imprensa: os antigos crimes da Lei de Imprensa (Lei n. 5.250/67) deverão ser enquadrados, quando possível, na legislação comum, e a apuração dar-se-á nos termos do Código de Processo Penal. Em suma, o que era exceção deixou de ser. 
Art. 2 CPP - se a LPP modificar no curso de um processo em andamento, e a lei entrar em vigor, a LPP já entra vigor! Nos próximos atos já se adere a nova LPP.
O que se leva em conta, portanto, é a data da realização do ato (tempus regit actum) e não o fato delituoso.
Sistema do tempus regit actum: é o adotado pelo CPP. a lei nova tem aplicação imediata. 
Não há retroatividade na LPP, mesmo que se beneficie o réu.
EXCEÇÕES:
Transcurso de prazo já iniciado: se a contagem do prazo já foi iniciado, e a lei entrou em vigor no meio do prazo, permanece o prazo da lei anterior. 
Normas mistas: é a norma que tem direito material e processual concomitantemente. A sua aplicação vai ser aplicada de forma a beneficiar o réu. 
OBS: Se houver o caso de citação por edital, TODOS os prazos ficam suspensos (o processo e o curso do prazo prescricional) Art. 366, CPP
PRINCÍPIOS PROCESSUAIS PENAIS
Princípio da Dignidade da Pessoa Humana: art. 1, III, CF - trata-se de um fundamento do Estado Democrático Brasileiro a fim de limitar a atuação do Estado frente ao indivíduo.
Princípio basilar, diga-se de passagem que é o mais importante e mais completo de todos.
NOTA: Súmula vinculante 11 - algemas | Súmula vinculante 14 - inquérito policial
Princípio da Presunção de Inocência: art. 5, LVII, CF inocente até que se prove o contrário.
*presumidamente inocente”. Enquanto não tiver um processo com trânsito em julgado provando o contrário. 
NOTA: Decisão do STF, no HC: a primeira decisão que tiver sido dada pela 2ª instância não se aplica mais o princípio da presunção de inocência. (mesmo cabendo recurso) LER: Acórdão do STF 126292.
Princípio da Ampla Defesa: art.5, LV, CF - uma defesa ampla, extensa, grande. Autodefesa: defesa que o próprio réu irá fazer para ele. Exercido no momento do interrogatório (ato processual obrigatório), pois neste momento o réu vai contar a versão dos fatos de acordo com o entendimento dele. 	Autodefesa é renunciável, portanto, o réu poderá ficar em silêncio durante o interrogatório. Direito do Silêncio. Direito de Presença: o réu terá que está presente em todas as audiências, atos processuais. Direito de Postular: ele mesmo fazer os pedidos nos processos penais. Ex.: HC, poderá ser feito pelo próprio réu; Progressão de regime, etc.
Defesa Técnica: defesa realizada pelo advogado/defensor público. IRRENUNCIÁVEL!
Contraditório: art. 5, LVII, CF - para toda a alegação ou apresentação de provas, caberá manifestação da parte contrária. contra-ataque. direito que a defesa tem de contraditar o que lhes fora acusado.
NOTA: No inquérito policial não há contraditório e ampla defesa.
Princípios Regentes do Tribunal do Júri: art. 5, XXXVIII, (todas as alíneas) CF - 
1. plenitude de defesa: nesse caso, poderão ser usados todos os meios de defesa possíveis para convencer os jurados, inclusive argumentos não jurídicos, tais como: sociológicos, políticos, religiosos, morais etc. Também será possível saber mais sobre a vida dos jurados, sua profissão, grau de escolaridade etc.; inquirir testemunhas em plenário, dentre outros.
2. sigilo das votações: ninguém vai saber no que cada jurado votou.
3. soberania dos veredictos: veredicto: decisão dos jurados. uma vez julgado, ninguém pode mudar. (nem mesmo os tribunais podem modificar os veredictos) há exceções.
4. competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida: somente julgará crimes dolosos contra a vida. Quais são eles? MACETE: HISA - Homicídio, Infanticídio, Induzimento, Instigação ou auxílio a suicídio e Aborto. 121 ao 124, CP e seus conexos.
Princípio do Devido Processo Legal: art. 5, LIV, CF - toda a acusação de conduta criminosa será vinculada a um procedimento legal, resguardado por equilíbrio e imparcialidade: se manter equidistante.
Princípio da autoincriminação: 
Princípio da legalidade: é a síntese do princípio do devido processo legal e do juiz natural. Se refere ao processo Legislativo (criação de lei) e Executivo (na sua execução). 
Princípio recursal: desde que em seus prazos e cabimentos, toda decisão é passiva de recursos.

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