Buscar

Criação de rãs- Ranicultura

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Ranicultura
 A criação de rãs (ranicultura) é uma atividade econômica que vem sendo implantada no brasil de forma lucrativa, atualmente o Brasil ocupa papel de destaque no cenário ranícola mundial considerado o maior produtor de rãs em sistema intensivo do mundo, isto devido a ótima capacidade da rã-touro (única espécie comercializada em solo nacional).
 As instalações do ranário (local onde mantem-se a criação de rás) são divididas em setores, cada setor é destinado para uma fase de vida do animal com características que assemelhan-se ao seu habitat natural, as instalações do ranário deve ser mantidos em condições climáticas, químicas e físicas especificas para o sucesso da criação, um ránario ideal consiste em um local onde são criadas todas as fases do animal.
 Podemos separar as partes de um ranário em diversos setores como: 
Setores de reprodução:
- Baia de mantença: onde as rãs são mantidas durante todo o ano
- Baia de acasalamentos: local destinado à reprodução das rãns e à desova.
Setores de girinos
- Tanque de incubação dos ovos: São pequenos aquários que abrigam os anfíbios desde o desenvolvimento embrionário até a fase de larva.
- Tanque de crescimento e metamorfose: São grandes aquários nos quais os animais são mantidos desde a fase de girino até a metamorfose total.
Setores de recria
- Baia de recria inicial: recipiente que aloja as rãs nos primeiros 20 a 30 dias de vida;
- Baia para crescimento: local onde os animais são mantidos até a hora do abate.
 Para que o produto final seja melhor aproveitado são necessárias que boas práticas de manejo e fabricação sejam seguidas, os cuidados devem ser tomados desde a lida direta com os animais ate a etapa final onde o produto se transforma em alimento pronto para o consumo
 O procedimento de abate das rãs é divido em etapas criteriosas definidas pelo Ministério da Agricultura (BRASIL, 1952.)
 Seleção e Jejum dos Animais – Inicialmente os animais são colocados em jejum a fim de reduzir o conteúdo gastrointestinal para evitar contaminação dos produtos, após esta prática os animais são selecionados por padrões criteriosos de tamanho, peso, ausência de feridas e traumas, deformações ou malformações, após selecionar os melhores espécimes, eles são transportados em veículos fechados mas arejado que permitam pouca movimentação e pouca aglomeração
 Ao chegarem no depósito, os animais são pesados e examinados pelo técnico de inspeção, em seguida são acomodados em local apropriado ( com água fresca e sombra) onde o animal não tenha estresse para posteriormente ocorrer o abate, Para iniciar o abate propriamente dito inicialmente deve-se fazer a insensibilização do animal afim de evitar que haja dor ou sofrimento durante o abate, a insensibilização pode ser feita de várias formas como: termonarcose (abate por choque térmico) podemos também utilizar a eletronarcose (emprego do choque elétrico) ou a quimionarcose (emprego de gás carbônico em câmara fechada) sendo mais empregada a termonarcose, após a insensibilização ser feita os animais são pendurados em nórias (estruturas mecânicas utilizadas para o transporte dos animais e suas respectivas carcaças ao longo do abate), com as cabeças voltadas para baixo, e, com o auxílio de um bisturi, faz-se um corte ao redor da pele logo abaixo da cabeça que irá matar o animal e facilita o procedimento de esfola, posteriormente o animal irá passar por uma sangria onde a região gular das rãs sera cortada atingindo os vasos da base do coração, ocorrendo grande sangramento do animal determinando sua morte.
 Ao longo da nória, até o final da limpeza das carcaças, são borrifados jatos de água hiperclorada para a limpeza das carcaças e remoção do excesso de sangue e, assim, colaborar com a higiene dos procedimentos. Após a limpeza da carcaça o animal passa pela fase de esfola, onde sua pele é retirada cuidadosamente para a preservação da carne, posteriormente com auxilio de bisturi e pinça o animal tem suas vísceras e órgãos retirados cuidadosamente para não ocorrer contaminação da musculatura, o animal ainda passa por decapitação (retirada da cabeça) e retirada dos pés e mãos do animal e com o auxílio de uma escova própria, remove-se todo e qualquer coágulo de sangue presente na carcaça, após todo este procedimento uma nova inspeção é realizada pelo inspetor oficial que identifica sinais de possíveis contaminações e determina se o produto é inoculo não.
 Depois de limpas as carcaças são guardadas em bandejas plásticas ou metálicas e cobertas por gelo potável, até que sejam embaladas em filmes plásticos de PVC, após o revestimento em PVC, as carcaças são novamente embaladas e seguem para os túneis de congelamento com ventilação forçada, que promovem o congelamento rápido das mesmas, após este procedimento elas recebem uma embalagem secundária que apresenta a logomarca do produto, bem como todas as informações determinadas pela legislação, tais como o peso e a validade do produto, entre outras, já embalada o produto é estocado a, pelo menos, -18 ºC e em seguida são expedidos para seus locais de comercialização. Os subprodutos do abate, como as vísceras, cabeça, pés e mãos, pele, gordura, entre outros, podem ser utilizados como matéria prima para a fabricação de farinhas, produtos de beleza, rações animais e até mesmo na medicina humana.
 No que concerne à comercialização, existe um amplo conjunto de produtos e subprodutos da ranicultura com potencial econômico,   o principal produto da atividade é a carne de rã, que é comercializada fresca, congelada ou processada, cujo excelente sabor e qualidades nutricionais, têm propiciado crescimento considerável do seu consumo, ainda podemos destacar seus subprodutos como a pele e a gordura que são muito lucrativos.
 O preço da carne de rã pode varias de R$ 43,59 até R$ 55,00 um pacote com 500 gramas, seu preço considerado elevado não vem mostrado impedições já que o mercado vem se mostrando lucrativo e com demanda abundante principalmente na exportação porque o produto consumido internamente é de melhor qualidade, enquanto o outro geralmente é resultado de capturas predatórias de animais criados livremente sem qualquer controle zootécnico.

Continue navegando