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Fisiologia Vegetal

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“O que guia a vida é… 
um pequeno fluxo, mantido pela luz do Sol” 
(Albert Szent-Gyorgyi) 
Açúcares 
Oxigênio 
Organografia (gr. organon + graphein) 
BOTÂNICA 
(gr. botane = planta) 
Organografia Anatomia Fisiologia Sistemática 
RAÍZ 
 É o órgão geralmente subterrâneo 
que fixa a planta ao solo, retira e 
distribui nutrientes e funciona 
como órgão de reserva. 
 Usualmente a raiz é o primeiro 
órgão que emerge da semente. 
Funções 
 Fixação da planta ao substrato. 
 Absorção de água e solutos e o transporte de 
substâncias para as partes aéreas. 
 Armazenamento (amido, água, ar...). 
 Em algumas plantas como Isoëtes (pteridófita) e 
Littorella (Plantaginaceae) as raízes transportam 
dióxido de carbono (CO2) para a fotosíntese 
(folhas usualmente sem estômatos). 
Origem 
Normais 
desenvolvem-se a 
partir da radícula. São 
elas: a raiz principal e 
as raízes secundárias. 
cotilédones 
plúmula 
hipocótilo 
radícula 
Meristema 
apical radicular 
coifa 
Origem 
Adventícias 
Raízes adventícias são 
todas aquelas que, 
secundariamente, 
independentes da raiz 
primária do embrião, 
nascem nos caules ou nas 
folhas. 
Existem dois tipos principais de sistema 
radicular: o pivotante (axial) e o fasciculado. 
RAIZ PIVOTANTE 
 Raíz principal: 
 pivotante ou axial; 
 
 Raiz lateral ou 
secundária 
 podem apresentar 
ramificações. 
 
 gimnospermas e 
dicotiledôneas. 
RAIZ FASCICULADA: 
 Ocorre nas 
monocotiledôneas. 
ZONA SUBEROSA 
ZONA PILÍFERA 
(zona dos pêlos absorventes) 
ZONA DE ALONGAMENTO 
COIFA 
COIFA 
MUCILAGEM 
COIFA 
MUCILAGEM 
COIFA 
GEOTROPISMO 
-ESTATÓLITOS- 
Estatólitos 
GEOTROPISMO 
-ESTATÓLITOS- 
Piper betel (Piperaceae) 
Raízes adventícias são 
produzidas em cada 
entrenó para que a 
planta possa se fixar em 
um suporte ou substrato. 
Philodendron 
(Araceae) 
Na base do tronco de algumas palmeiras 
(Arecaceae) podem ser encontrados anéis 
contínuos de raízes adventícias do tipo escoras. 
Archontophoenix alexandrae 
Raiz 
aquática 
Plantas aquáticas desenvolvem uma densa 
rede de raízes adventícias submersas. 
A planta hospedeira, ao 
crescer em espessura, 
fica fortemente 
comprimida. 
A condução é 
interrompida e a planta 
morre. 
Ex.: Ficus e Clusia. 
RAIZ AÉREA 
-Estrangulantes– 
(cinturas) 
Rhizophora mangal 
(Rhizophoraceae) 
Solos pobres em 
oxigênio (manguezais); 
Funcionam como um 
órgão de aeração; 
Apresentam orifícios 
(lenticelas) chamados 
de pneumatódios; 
RAIZ AÉREA 
-Pneumatóforos – 
(respiratórias) 
RAIZ AÉREA 
-Pneumatóforos – 
Geotropismo 
negativo 
São adventícias, com órgãos de contato, os 
APRESSÓRIOS, cujo interior surgem raízes finas, 
os HAUSTÓRIOS, que 
penetram na planta 
hospedeira atingindo 
o floema ou xilema. 
RAIZ AÉREA 
- Haustórios (sugadoras) – 
 - Erva-de-passarinho: hemiparasita: fixa-se ao 
xilema; 
 
 - cipó-chumbo: holoparasita: fixa-se ao 
floema; 
haustório 
xilema 
Pandanus (Pandanaceae) 
São adventícias 
Auxiliam a sustentação 
RAIZ AÉREA 
-Suportes – 
(fúlcreas) 
RAIZ AÉREA 
-Tabulares – 
Grande desenvolvimento 
Aumento da base da planta (maior estabilidade). 
Parte aérea e parte subterrânea 
São adventícias com 
a forma de grampos, 
que fixam a planta 
trepadora a um 
suporte. (Ex.: hera) 
RAIZ AÉREA 
-Grampiformes (aderentes)– 
Ficus pumila 
Raízes 
grampiformes 
Função: Armazenagem de água, açúcares. 
RAÍZES SUBTERRÂNEAS 
- Tuberosas – 
Ipomoea batatas 
(Batata-doce) 
Daucus carota 
EPÍFITAS 
Vivem sobre hospedeiras, 
mas não retiram seu 
alimento destas. 
ORCHIDACEAE 
Estas raízes realizam 
fotossíntese 
Phylodendron Monstera 
ARACEAE 
VELAME: várias camadas de 
células mortas da 
epiderme 
Tempo úmido: células absorvem 
água; Tempo seco: ficam 
repletas de ar (manto protetor 
contra a evaporação). 
ADAPTAÇÕES 
-Associações com bactérias– 
Rhizobium: Bactérias fixadoras de 
nitrogênio 
• Comum em leguminosas. 
ADAPTAÇÕES 
-Associações com fungos (MICORRIZAS)– 
Vantagens para a planta: 
– Conversão de matéria orgânica em forma 
assimilável pela planta. 
– Melhoria na capacidade de absorção de 
água/nutrientes 
– Aumento da resistência a certas doenças 
Vantagens p/ fungo: 
– planta fornece proteção e nutrientes 
Com o 
fungo 
Sem o 
fungo 
Concentração externa 
A
b
so
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ã
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o
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to
 
CAULE 
IMPORTÂNCIA / FUNÇÃO: 
Produção e suporte de ramos, flores e frutos; 
Condução de seiva; 
Crescimento e propagação vegetativa; 
Às vezes fotossíntese; 
Reserva de alimento. 
 
 ORIGEM: 
-caulículo do embrião 
 
CAULE 
CONSTITUIÇÃO: 
- nós 
- entrenós ou meritalos 
- gema terminal e lateral 
• Pode ser uma estrutura: 
– alongada com nós e entrenós evidentes, ou 
– compacta (sem entrenós identificáveis), com folhas aglomeradas em 
“rosetas” . 
 
• Quanto ao desenvolvimento (hábito) 
– Erva: pouco desenvolvida, pouco consistente (pouca ou nenhuma 
lenhificação) 
– Subarbusto: arbusto pequeno, até 1m de altura (base lenhosa e o 
restante herbáceo), ramos tenros. 
– Arbusto: tamanho médio inferior a 5m, resistente e lenhoso, e tenro, 
suculento superiormente, sem um tronco predominante, porque se 
ramifica da BASE. 
– Árvore: grande tamanho, superior a 5m, geralmente tronco nítido e 
despido de ramos, na parte inferioer; a parte ramificada constitui a copa. 
– Liana: cipó trepador sarmentoso, por vezes atingindo muitos metros de 
comprimento. 
TIPOS 
DE 
CAULE 
AÉREOS SUBTERRÂNEOS AQUÁTICOS 
HASTE – TRONCO 
ESTIPE - COLMO 
ESCAPO 
RASTEJANTE 
TREPADOR E 
VOLÚVEL 
RIZOMA 
TUBÉRCULO 
BULBO 
TRONCO ESTIPE 
CAULES AÉREOS 
COLMO (cheio ou oco) HASTE 
trepador 
volúvel 
“S” “Z” 
RASTEJANTE 
ESCAPO 
ESTOLÃO 
TUBÉRCULOS 
CAULES SUBTERRÂNEOS 
RIZOMA 
(bananeira) 
CAULE DA SAMAMBAIA 
RIZOMA 
BULBOS 
Catáfilos são folhas reduzidas que 
geralmente protegem as gemas 
dormentes. 
PSEUDOBULBOS 
CAULE AQUÁTICO 
 Adaptações ou metamorfoses caulinares 
Suculento - acumula água para 
sobreviver às secas 
Espinho - ramo modificado das 
plantas xerófitas para não perder 
água 
Cladódio - suculento achatado 
dos cactos. As folhas se 
transformam em espinhos 
Xilopódio - subterrâneo, 
característico da região dos 
cerrados 
Alado - fino e ramificado com 
expansão achatada lateral 
Gavinha - ramo modificado 
para fixação nas trepadeiras 
sarmentosas 
cladódio 
espinho 
gavinha 
alado 
O caule torna-se mais achatado e 
permanentemente verde (passando a ser o 
responsável pela fotossíntese). 
suculento 
Acúleos (roseiras) 
Simpodiais: não têm eixo 
principal e cada ramo para 
de crescer dando origem a 
outro ou outros ramos. 
Monopodial 
 
 
 
 
 
 
Simpodial 
 
 
 
 
 
 
 
Em dicásio 
 
 
 
 
As ramificações podem ser: 
 Monopodiais: quando há um 
eixo central que cresce durante 
a vida inteira 
Dicásio: duas gemas laterais 
crescem mais que a gema 
terminal... 
ALGUMAS DIFERENÇAS ENTRE CAULE E RAIZ 
CAULE 
Origem na gêmula do caulículoNão apresenta coifa 
Apresenta gemas terminais e laterais 
Corpo com divisão em nós e entrenós 
Ramificações de origem exógena 
 
Geotropismo negativo 
Fotossintetizantes ou não 
Fototropismo positivo 
Sustentação dos órgãos aéreos 
RAIZ 
Origem na radícula 
 
Apresenta coifa 
Sem gemas laterais 
Corpo sem divisão em nós e entrenós 
Ramificações com origem endógena 
 
Geotropismo positivo 
Raramente são fotossintetizantes 
Fototropismo negativo 
Fixação da planta ao solo 
DIFERENÇAS MORFOLÓGICAS 
DIFERENÇAS FISIOLÓGICAS 
ESTUDO DIRIGIDO I 
 
1. Quais são as partes constituintes de uma raiz? E suas características? 
2. Como podem ser classificadas as raízes aéreas? 
3. Como podem ser classificadas as raízes subterrâneas? 
4. Diferencie monocotiledônea de dicotiledôneas através da raiz. 
5. Diferencie gema lateral de gema terminal. 
6. Como podem ser classificados os caules aéreos? 
7. Diferencie a batata-doce da batata-inglesa. 
8. Diferencie estipe de tronco. 
 
Atividade Complementar 
Dê uma volta pelo seu quintal, parque ou bairro, retire do chão um 
capim”, um “pé-de-feijão” ou “margarida” e observe comparando os dois 
tipos de raiz. Colete também um caule aéreo do tipo: haste, colmo, 
escapo ou trepador, depois caules subterrâneos da “espada-de-são-jorge”, 
“batata”, “alho” e “cebola” e classifique-os.

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