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ANTICONVULSIVANTES Rebecca Miranda Cariry Juliana Emiliana C. Ramos André Igor R. Soares Maria Luiza de C. Vilar ANATOMIA E FISIOLOGIA Anatomia do Sistema Nervoso Central Encéfalo Medula espinhal Núcleos Gânglios Nervos Neurônio; Terminal sináptico; Pós-sináptico; Pré-sináptico; Sinapses; Neurotransmissores: Inibitórios; Excitatórios; Receptores: Ionotrópicos Metabotrópicos; Fisiologia 4 Potencial limiar Despolarização Repolarização Bomba de Na+ e K+ POTENCIAL DE AÇÃO GABA Endorfina Dopamina (D2) Serotonina (5HT1) Inibitórios Excitatótios Glutamato Adrenalina Acetilcolina Dopamina (D1) Serotonina (5HT4) GLUTAMATO Excitatório; Glutamina Glutaminase Glutamato; Síntese VGLUT Vesículas Potencial de Ação Cálcio entra Vesículas fundem-se Glutamato liberado; Não-NMDA Transporte de Na Despolariza a membrana; NMDA Ca e Na entram K sai; Dependente do anterior; Mg sair; + + + + + + + GABA (Ác. Gama-Aminobutírico) Inibitório; Glutamato Glutamato descarboxilase (GAD) GABA; GABAa e GABAc Ativam canais de cloreto Hiperpolarização; GABAb Ativa canais de Potássio; Bloqueia o Cálcio; CURIOSIDADE!! No inicio do desenvolvimento o GABA atua como Excitatório, já que nessa fase há mais cloreto no meio Intracelular; O GAD sintetiza o GABA com o auxilio de um derivado da Vitamina B O QUE É CONVULSÃO? Convulsão é um período clínico anormal causado por descarga elétrica excessiva, repentina e anormal no cérebro (SPINOSA, 2011). O QUE É CONVULSÃO? O QUE É EPILEPSIA? Epilepsia indica recorrência de crises convulsivas. CLASSIFICAÇÃO DAS CRISES CONVULSIVAS Classificação das crises convulsivas Classificação feita por Chrisman em 1992: Convulsões generalizadas brandas; Convulsões generalizadas graves; Convulsões parciais; Convulsões parciais com generalização secundária. Convulsões generalizadas brandas Pode apresentar percepção prévia da crise; Alterações motoras em todos os membros, na musculatura do pescoço e da cabeça; O animal em geral mantém-se em decúbito lateral, ansioso e confuso, e com frequência tenta rastejar até o proprietário; Pode ocorrer sialorreia e algumas vezes vômito; O animal permanece consciente. Convulsões generalizadas graves Tônico-clônicas ou “Grande mal”; Caracteriza-se pela perda de consciência; Sialorreia abundante e contrações mandibulares seguidas de contrações das musculaturas dos membros, pescoço e face; Alguns vocalizam (laringe contraída); Olhos mantêm-se abertos com dilatação pupilar bilateral. Micção ou defecação espontânea; Cianóse; As vias respiratórias de cães e gatos raramente se tornam obstruídas pela língua. Convulsões generalizadas graves Duração: Fase ictal: 30 a 90 segundos; Pós ictal: Minutos até uma hora. Fase pós ictal: Exaustão com sonolência acentuada; Hiperatividade Andar compulsivo; Amaurose devido a dilatação pupilar; Desorientação; Alguns apresentam-se famintos ou sedentos. Convulsões parciais Decorrem de uma descarga focal e envolvem apenas uma região do cérebro; Ocorre presença paroxística de espículas (ondas pontiagudas 1/12 de segundo) ou complexos ponta-onda lentros nas regiões próximas ao foco e com sintomatologia clínica, na dependência da área envolvida. Comumente associadas a lesão focal no cérebro causada por uma infecção, a lesão metabólica ou traumática ou, ainda, a neoplasia. Convulsões parciais Divisão: Convulsão parcial do lobo frontal ou motora; Convulsão parcial do lobo temporal psicomotora; Convulsão psíquica ou de lobo temporal ou occipital; Convulsão do lobo parietal ou automutilação; Convulsão do sistema límbico ou hipotalâmica. Convulsão parcial com generalização secundária Pacientes com crises focais ou parciais podem apresentar generalização da descarga neuronal a partir do foco para outras regiões do cérebro, resultando em crise generalizada grave. OBS: A fase focal pode ser tão rápida que os proprietários relatam ao médico veterinário apenas a generalização. Convulsão parcial com generalização secundária Pode ser diagnoticado por meio de: Anamnese acurada; Pela presença de espículas ou pontas-ondas nos traçados eletroencefalográficos; Alteração do exame físico do animal, compatível com uma lesão orgânica em um dos hemisférios cerebrais. Outras Crises Ausências; Convulsões mioclônicas; Convulsões clônicas; Convulsões tônicas. INDICAÇÕES CLÍNICAS Os anticonvulsivantes são utilizados em pacientes que apresentam convulsões ou alterações cerebrais. São utilizados em cães que apresentam epilepsia idiopática ou associados com outros medicamentos em casos de convulsão por alterações metabólicas ou orgânicas em processo. Quando utilizar a terapia anticonvulsivante? É indicada quando o padrão das crises convulsivas ou a sua frequência estiverem interferindo na vida do animal. Os proprietários devem ser informados sobre a necessidade de manter o tratamento ininterruptamente, a posologia recomendada e a variação individual quanto aos medicamentos e suas dosagens entre os diferentes pacientes. Período de adaptação. A maioria das crises convulsivas é controlada e não curada O sucesso depende primariamente do proprietário. Quando utilizar a terapia anticonvulsivante? Geralmente inicia-se o tratamento com fenobarbital ou primidona, por serem os medicamentos que apresentam melhores níveis séricos em pouco tempo, com controle das crises, e ainda por apresentarem poucos efeitos colaterais quando usados por período longo. Cerca de 60 – 80% dos animais são controlados com o uso do fenobarbital como medicamento único. Barbitúricos são controlados a cada 6 ou 9 meses, enquanto os demais devem ser monitorados a cada 1 ou 3 meses. Controlado por mais de 5 mais, pode-se retirar de forma gradativa o medicamento e só retornar à dose inicial se houver retorno das crises. MECANISMOS DE AÇÃO Mecanismo de ação Podem atuar bloqueando os canais de sódio; Supressor rápido do excesso de sinapses; Podem também, intensificar a função do ácido gama-aminobutírico; Ou podem ter ação antagonista em receptores excitatórios (glutamato): Vários anticonvulsivos possuem mecanismos de ação múltiplos ou desconhecidos. Etossuximida Princípios ativos mais utilizados na Veterinária Denomina-se fármaco o princípio ativo; É a substância que deverá exercer efeito farmacológico. Um medicamento, alimento ou planta pode ter diversas substâncias; Os anticonvulsivantes são medicamentos usados em pacientes que apresentam convulsões ou alterações cerebrais (agressividade, síndrome cerebral); Princípios ativos mais utilizados na Veterinária Age de maneira a impedir os diversos mecanismos que dão início às crises convulsivas: Queda no nível de neurotransmissores inibitórios; Aumento dos neurotransmissores excitatórios; Desequilíbrio da concentração de sódio e potássio fora da célula. Alteração da função da membrana neuronal, que pode levar a uma demasiada despolarização; Via de administração Via oral (completamente absorvido de maneira lenta) ; Via intravenosa (efeito anticonvulsivo demora cerca de 30 minutos); Dosagem A dose recomendada para cães é de 2 a 6 mg/kg a cada 12 horas; Para gatos é de 1 a 5 mg/kg a cada 12 horas; Mecanismo de ação Limita a disseminação da atividade da crise e eleva o limiar para a mesma, através do aumento da concentração de GABA Indicações Convulsões generalizadas e focais (medicamento de baixo custo) Efeitos Colaterais Sedação, hiperatividade paradoxal, poliúria,polidipsiaepolifagia; raramente pode causar anemia; alterações hepáticas em certas situações. Outros Quando é administradodiazepamao animal por via intravenosa, faz-se também o uso do fenobarbital por via intramuscular para evitar a depressão respiratória e cardiovascular. Fenobarbital Via de administração Via oral (meia-vida plasmática, em média, de 5 a 15 horas, concentração máxima ocorre dentro de 3 horas após a ingestão, rápida absorção ) Dosagem Nos cães, a dose recomendada é de 35 a 70 mg/kg/ dia, duas vezes ao dia. Mecanismo de ação Limita a disseminação da atividade da crise e eleva o limiar para a mesma, através do aumento da concentração de GABA Indicações Convulsões generalizadas e focais Efeitos Colaterais Sedação, hiperatividade,polidipsia, poliúria,polifagia, necrose hepática e, raramente anemia. Outros Não é recomendado em gatos, pois é muito tóxica para esta espécie; É biotransformadono fígado e transformada em dois metabólitos ativos: fenobarbital efeniletimalonamida Primidona Benzodiazepínicos Todas as substâncias do grupo atuam de modo a potencializar os efeitos inibitórios do GABA, tanto no cérebro quanto na medula, limitando a atividade convulsiva e elevando o limiar para convulsão; bloqueiam a excitação e deprimem os reflexos espinhais. Benzodiazepínicos Via de administração Via intravenosa(penetra imediatamente no Sistema Nervoso Central); Dosagem 0,5 a 1,0 mg/kg para cães e gatos Indicações StatusEpileticus, convulsão generalizadas e focais, convulsões; Efeitos Colaterais Sonolência, diarréia, náusea, vômito, tremores, e alterações do apetite; Outros Menos de 1% deste medicamento é eliminado pelos rins de forma inalterada; Ébiotransformadopelo fígado em diversos metabólitos predominantemente ativos; Diazepam Via de administração Dosagem A dose recomendada para cães é de 1,5 mg/kg, dividida em três doses, mas quando associada ao fenobarbital, recomenda-se uma dose de 0,06 a 0,2 mg/kg, TIDou QID. No caso de StatusEpileticusé recomendado a dose 0,05 a 0,2 mg/kg por via intravenosa. Indicações StatusEpileticus, convulsões generalizadas e focais, crises de ausência ou convulsõesmioclônicas Efeitos Colaterais O único efeito colateral é a sedação Outros Tem uma eficácia maior quando associado com fenobarbital; Não é usado em gatos! Clonazepam Via de administração Via intravenosa (penetra imediatamente no Sistema Nervoso Central); Dosagem 2 a 6 mg/kg, BID,TID; quando em associação com o fenobarbital, deve-se aumentar a dosagem Indicações StatusEpileticus, convulsão generalizadas e focais, convulsões; Efeitos Colaterais Seu principal efeito colateral é a sedação; alguns pacientes apresentam ataxia e sedação transitória; Outros É mais efetivo quando administrado em associação com o fenobarbital; Não é utilizado em gatos!! Clorazepato Via de administração Via Oral (Absorvida de forma lenta e irregularmente) Dosagem Para cães é de 4 a 10 mg/kg/dia, divididos em 2 a 3 vezes ao dia; Em gatos, é utilizada na dose de 25 mg duas vezes ao dia; Mecanismo de ação Temefeito estabilizador em membranas excitatórias; Diminui o influxo de sódio durante o repouso, bem como o influxo de sódio que acontece durante o potencial de ação ou de polarização por substâncias químicas; Outra provável ação, relaciona-se com descarga dos neurôniosnoradrenérgicos; Indicações Convulsões generalizadas e focais e controle de comportamento agressivo (em gatos) Efeitos Colaterais Sedação,nistagmo, vômitos e hepatopatia. Outros Tem uma meia-vida plasmática de 10 a 20 horas, quando não é associada a nenhum medicamento, já quando usada juntamente com o fenobarbital, sua meia-vida cai para 9 a 10 horas. Carbamazepina Via de administração Via oral (rapidamente e totalmente absorvido); Dosagem Para cães é de 15 a 200 mg/kg, dividido em 3 a 4 doses/dia; Mecanismo de ação Interações possíveis com os canais de sódio voltagem-dependente e em possível acúmulo deGABA; Indicações Convulsões generalizadas e focais, crise de ausência; Efeitos Colaterais Pode haver sedação e hepatopatia; Outros Não é recomendada para gatos!! Sua maior parte ébiotransformadapelo fígado e excretada pela urina; Concentração plasmática máxima se dá após 1 a 4 horas após sua administração; Aproximadamente 90% se ligam às proteínas plasmáticas Ácido Valpróico OBRIGADO!!
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