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Fonte: Araujo, Luis César G. de. TGA - Teoria Geral da Administração; aplicação e resultados nas empresas brasileiras. São Paulo: Atlas, 2004. Escola de Relações Humanas – Abordagem Comportamental ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO Para muitos autores marca o início da abordagem comportamental propriamente dita; Série de estudos sobre o significado do trabalho, motivação e relações organizacionais e interpessoais realizados na fábrica de Hawthorne da Companhia Western Electric, Chicago, desde 1924 até 1932; Elton Mayo (1880-1949) Cientista social australiano e pesquisador e professor da Universidade de Harvard. Coordenou as pesquisas de Hawthorne. Experimentos de Hawthorne A Experiência de Hawthorne tinha por objetivo inicial estudar a fadiga, os acidentes, a rotação do pessoal - turnover -, e o efeito das condições físicas de trabalho sobre a produtividade dos empregados. Essa experiência foi também motivada por um fenômeno apresentado de forma severa à época na fábrica: conflitos entre empregados e empregadores, apatia, tédio, a alienação, o alcoolismo, dentre outros fatores que tornavam difícil a convivência no meio industrial. A EXPERIÊNCIA DE HAWTHORNE Objetivo inicial: relação entre a intensidade da iluminação e a eficiência dos operários (produção); Estendeu-se ao estudo da fadiga, dos acidentes de trabalho, da rotatividade de pessoal e condições físicas do trabalho sobre a produtividade; Descoberta: variáveis de natureza psicológica Fonte: Araujo, Luis César G. de. TGA - Teoria Geral da Administração; aplicação e resultados nas empresas brasileiras. São Paulo: Atlas, 2004. Fábrica da Western Electric Fonte: Araujo, Luis César G. de. TGA - Teoria Geral da Administração; aplicação e resultados nas empresas brasileiras. São Paulo: Atlas, 2004. 1a FASE DA EXPERIÊNCIA Escolhidos dois grupos de operários realizando o mesmo trabalho nas mesmas condições; Grupo de controle: intensidade de luz constante Grupo de observação: intensidade variável Objetivo: medir o rendimento dos operários Maior intensidade de luz - maior rendimento; Menor intensidade de luz - maior rendimento; Resultados: nenhuma relação e surgimento do fator psicológico; Comprovou-se a preponderância do fator psicológico sobre o fisiológico; Isolado o fator psicológico (inoportuno) estenderam a pesquisa à fadiga no trabalho, mudança de horários, intervalos de descanso etc. (Aspectos fisiológicos) 2a fase Fonte: Araujo, Luis César G. de. TGA - Teoria Geral da Administração; aplicação e resultados nas empresas brasileiras. São Paulo: Atlas, 2004. 2a FASE DA EXPERIÊNCIA Grupo de observação: seis moças. Cinco na montagem uma fornecendo peças (sala separada); um supervisor e um observador; Objetivo: determinar o efeito das mudanças nas condições de trabalho (períodos de descanso, lanches, redução no horário de trabalho, etc.) Condições conhecidas e acordadas, aumento de produtividade geral da ordem de 30%. Resultados: as variações não afetaram o desempenho, este foi aumentando progressivamente com a mudança de abordagem Mudança de foco: das condições físicas do trabalho para as relações humanas; Os resultados não aumentaram a partir de um determinado ponto Inicia-se em 1928 o programa de entrevistas (ouvir atitudes, sentimentos, sugestões etc.). Em 1929 cria-se a divisão das pesquisas industriais (pesquisas anuais com os 40 mil funcionários) Fonte: Araujo, Luis César G. de. TGA - Teoria Geral da Administração; aplicação e resultados nas empresas brasileiras. São Paulo: Atlas, 2004. 2a FASE - CONTINUAÇÃO O programa de entrevistas revelou a existência de uma organização informal dos operários para se protegerem da organização; Evidências: 1) produção controlada por padrões dos operários; 2) punição do próprio grupo para os colegas “sabotadores”; 3) insatisfação quanto ao sistema de pagamento de incentivos por produção; 4) constatação da existência de liderança informal (assegurava respeito às regras do grupo); Fonte: Araujo, Luis César G. de. TGA - Teoria Geral da Administração; aplicação e resultados nas empresas brasileiras. São Paulo: Atlas, 2004. CONCLUSÕES DA EXPERIÊNCIA DE HAWTHORNE 1) Nível de produção é resultante da integração social não da capacidade física; 2) O comportamento do indivíduo se apoia totalmente no grupo (age ou reage como membro de grupo); Fonte: Araujo, Luis César G. de. TGA - Teoria Geral da Administração; aplicação e resultados nas empresas brasileiras. São Paulo: Atlas, 2004. CONCLUSÕES DA EXPERIÊNCIA DE HAWTHORNE 3) Recompensas e sanções sociais: as pessoas são motivadas pela necessidade de reconhecimento, de aprovação social e de participação nos grupos sociais onde convivem; 4) Grupos informais - organização vista não pelos seus aspectos formais (autoridade, especialização, tempos e movimentos etc.), mas como uma reunião de grupos sociais informais (muitas vezes em contraposição à organização formal) CONCLUSÕES DA EXPERIÊNCIA DE HAWTHORNE 5) As relações humanas: os indivíduos em uma organização participam de grupos sociais em constante interação; 6) A importância do conteúdo do cargo (reflete sobre o moral dos trabalhadores, ou seja, especialização repetitivo monótono); 7) Ênfase nos aspectos emocionais e até mesmo irracionais Fonte: Araujo, Luis César G. de. TGA - Teoria Geral da Administração; aplicação e resultados nas empresas brasileiras. São Paulo: Atlas, 2004. Vídeo – Experimento de Hawthorne Fonte: Araujo, Luis César G. de. TGA - Teoria Geral da Administração; aplicação e resultados nas empresas brasileiras. São Paulo: Atlas, 2004. Escola de Relações Humanas – Abordagem Comportamental ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO Mudança de foco Foco: desempenho e produtividade. Novo foco: pessoas da organização. Fonte: Araujo, Luis César G. de. TGA - Teoria Geral da Administração; aplicação e resultados nas empresas brasileiras. São Paulo: Atlas, 2004. Escola de Relações Humanas – Abordagem Comportamental Reconhece a importância da organização informal, à medida que ajustava o funcionamento da organização formal; “acreditava que a coordenação, em lugar da intimidação, seria a essência da boa administração.” ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO Fonte: Araujo, Luis César G. de. TGA - Teoria Geral da Administração; aplicação e resultados nas empresas brasileiras. São Paulo: Atlas, 2004. Escola de Relações Humanas – Abordagem Comportamental Resumo ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO Fonte: Araujo, Luis César G. de. TGA - Teoria Geral da Administração; aplicação e resultados nas empresas brasileiras. São Paulo: Atlas, 2004. Escola de Relações Humanas – Abraham Maslow (1954) Hierarquia de Necessidades Segunda metade séc. XX Teoria da motivação centrada no conceito de auto- realização, que é construída com base em outros elementos ordenados hierarquicamente. A motivação é o resultado dos estímulos que agem com força sobre os indivíduos, levando-os a ação ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO Escola de Relações Humanas Maslow Hierarquia de Necessidades ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO A ideia fundamental é que o indivíduo procura satisfazer suas necessidades dentro de uma sequência lógica, uma espécie de hierarquia, em que as necessidades de nível mais baixo dominam o comportamento do indivíduo até estarem suficiente satisfeitas, quando então entra em ação outra necessidade de nível mais elevado. Abraham Maslow Hierarquia de Necessidades Escola de Relações Humanas – CASO Maslow Hierarquia de Necessidades ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO A incapacidade do indivíduo de satisfazer uma dessas necessidades aumenta sua motivação para satisfazê-la, ou seja,a pessoa aumentará seu esforço para satisfazer uma necessidade insatisfeita. Quando a necessidade é satisfeita, “cessa ou reduz” seu efeito sobre o organismo e aumenta a motivação por outra necessidade de nível superior. Abraham Maslow Hierarquia de Necessidades No Trabalho: Escola de Relações Humanas – CASO Maslow Hierarquia de Necessidades ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO Seu “Levi” é um dos ícones do Mercado Municipal de São Paulo, com seus quase quarenta anos de dedicação. Em sua banca, fundada há cerca de dez anos, é notável a boa vontade, a prontidão e a cortesia dos funcionários. Desde a primeira compra, fui atendido por Aloísio, um vendedor extremamente simpático, falante, que conhece todo mundo e que, como me contou, atende apenas entre quarenta a cinquenta clientes por dia. Tudo para servi-los bem. Sou testemunha de que ele cumpre com o que diz. Com o passar do tempo, descobri que aquele vendedor tão atencioso era também um dos mais famosos do Mercado. Aloísio já havia dado entrevistas a jornais, revistas e até aparecido em programas de televisão Escola de Relações Humanas – CASO Maslow Hierarquia de Necessidades ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO Um dia, perguntei o que o motivava a ser como era e a trabalhar com tamanha disposição. A resposta dele: “Liberdade total! Aqui eu sou vendedor, comprador, sou eu que arrumo a banca, posso dar descontos, fazer promoções... Eu posso fazer o que quiser. Estou com ‘seu’ Levi faz nove anos. Ele confia em mim, e eu trabalho como se a banca fosse minha. Ah, o salário também é muito bom.” Para quem tiver a oportunidade de visitar o Mercadão, vale a pena conhecer essa banca, porque, como diz “seu” Levi, “nem só de pão vive o homem”. Escola de Relações Humanas – CASO Maslow Hierarquia de Necessidades ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO Obs: A barraca e as instalações permitem intuir a satisfação das necessidades fisiológicas Escola de Relações Humanas – CASO Maslow Hierarquia de Necessidades ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO Escola de Relações Humanas – Frederick Herzberg (final da déc. 1950) Teoria dos Dois Fatores Sua pesquisa foi feita através de perguntas do tipo: “Você pode descrever, detalhadamente, o que sente quando está excepcionalmente mal no trabalho?” x “Você pode descrever, detalhadamente, o que sente quando está excepcionalmente bem no trabalho?” ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO Escola de Relações Humanas – Frederick Herzberg Teoria dos Dois Fatores Fatores Higiênicos x Fatores Motivacionais ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO Fonte: Araujo, Luis César G. de. TGA - Teoria Geral da Administração; aplicação e resultados nas empresas brasileiras. São Paulo: Atlas, 2004. Escola de Relações Humanas – Frederick Herzberg Teoria dos Dois Fatores Fatores Higiênicos São todos os fatores que se referem às condições de trabalho e ao ambiente profissional, incluindo salário, benefícios, gerenciamento do grupo, condições físicas e ambientais para o desempenho da atividade e todo o conjunto de normas e diretrizes da empresa. Uma vez que os fatores listados são de responsabilidade da organização, os indivíduos não têm controle sobre eles. Tradicionalmente, apenas os fatores higiênicos eram levados em consideração pela empresa como instrumentos de motivação. Acreditava‐se que salários e benefícios maiores ou, ao contrário, a perspectiva de perda do salário e dos benefícios estimulavam, por motivação positiva ou negativa, respectivamente, as pessoas a contribuírem mais ou menos com a empresa em questão. ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO Escola de Relações Humanas – Frederick Herzberg Teoria dos Dois Fatores Fatores Higiênicos Entretanto, a grande característica dos fatores higiênicos é que, quando eles se situam em níveis bons ou ótimos, apenas evitam a insatisfação. Ou seja, não são capazes de criar a satisfação. O contrário de insatisfação é não insatisfação, que é diferente de satisfação. ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO Escola de Relações Humanas – Caso ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO Escola de Relações Humanas – Frederick Herzberg Teoria dos Dois Fatores Fatores Motivacionais Diferentemente dos higiênicos, os fatores motivacionais têm relação com o conteúdo, a natureza do trabalho executado. Estão, portanto, sob o controle de quem o executa, ligados a confiança, reconhecimento, auto-realização e possibilidade de crescimento. Estas, se estivessem na “Hierarquia das Necessidades“, estariam bem próximos ao topo da pirâmide. ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO Escola de Relações Humanas – Frederick Herzberg Teoria dos Dois Fatores ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO Escola de Relações Humanas – Frederick Herzberg Teoria dos Dois Fatores ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO Frederick Herzberg Teoria dos Dois Fatores Analogia ao modelo de Importância x Desempenho ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO 42 Escola de Relações Humanas ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO Escola de Relações Humanas ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO Vídeo – Motivacional Chiavenato Escola de Relações Humanas ‐ Referências ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO Escola de Relações Humanas – Atividade: Formar grupos: Podendo ser conforme seminários Leitura dos Textos e Apresentação para a Sala 5 a 10 min por grupo na próxima aula 1) A equipe faz a diferença (Alex) 2) Procura‐se um líder (Ana) 3) Comunicar é preciso (Lucas) 4) E agora, José? + Ser humano não é fácil (Jadson) 5) De coisa a gente (Cynthia) 6) Como manter pessoas (Rodrigo) ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO
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