Buscar

ANALISE CUSTO, VOLUME E LUCRO CVL NO TRANSPORTE FLUVIAL

Prévia do material em texto

�PAGE \* MERGEFORMAT�14�
ANALISE CUSTO/VOLUME/LUCRO – CVL NO TRANSPORTE FLUVIAL, E VANTAGENS E DESVANTAGENS DA UTILIZAÇÃO DESTE MODAL NA REGIÃO NORTE.
Carlos Frederico Araújo Pereira1
Eduardo Genaro Escate Lay2
RESUMO
Este artigo tem como objetivo geral analisar de forma criteriosa os custos da empresa com transportes de cargas no modal fluvial, para fins de tomada de decisões de forma gerencial com a ferramenta contábil Custo/Valor/Lucro - CVL, observando especificamente, o transporte na Hidrovia Solimões-Amazonas no trajeto Manaus - Parintins (AM), buscando obter um ponto de equilíbrio e auxiliando na tomada de decisões visando uma melhor gestão para ampliar seus lucros e diminuir seus custos. Utilizando relatórios financeiros fornecidos pela empresa Navi Transportes da Amazônia – Ltda. através de pesquisas no sistema de informações e tabulação dos dados através de planilhas eletrônicas, compõem as informações da base de estudo. Durante a pesquisa, buscou-se demonstrar conceitos básicos de Contabilidade de Custos e da Análise de Custo/Valor/Lucro – CVL para facilitar o entendimento da aplicação desta ferramenta contábil, visando a taxa de lucratividade da empresa sobre o aspecto do transporte. Este artigo tem como composição da metodologia: identificar os objetivos gerais e específicos, por meio de pesquisas documentais e bibliográficas, buscando garantir uma forma de alcançar respostas do problema de pesquisa. Por fim, observar-se-á falta de uma gestão de custos e aplicação de uma boa ferramenta contábil pode ser prejudicial para rentabilidade da empresa, pois pode mascarar a visualização dos resultados, positivos e/ou negativos, e consequentemente, apontar deficiências e oportunidades para melhorar o desempenho da empresa.
PALAVRA-CHAVE: Custos; Transporte; CVL.
ANALYSIS COST / VOLUME / PROFIT - CVL IN FLUVIAL TRANSPORT AND ADVANTAGES AND DISADVANTAGES OF USING THIS MODAL IN THE NORTH REGION.
ABSTRACT
The objective of this article is to carefully analyze the costs of the company with cargo transportation in the fluvial modal, for the purpose of decision making in a managerial way with the accounting tool Cost / Value / Profit - CVL, observing specifically, the transport in the Waterway Solimões-Amazonas in the Manaus-Parintins (AM) route, seeking to obtain a balance point and assisting in the decision making aiming at a better management to increase its profits and decrease its costs. Using financial reports provided by Navi Transportes da Amazônia - Ltda. through research in the information system, and tabulation of the data through spreadsheets, make up the information of the study base. During the research, it was tried to demonstrate basic concepts of Cost Accounting and Cost / Value / Profit Analysis - CVL to facilitate the understanding of the application of this accounting tool, aiming the rate of profitability of the company on the aspect of transportation. This article has the composition of the methodology: identify general and specific objectives, through documentary and bibliographic research, seeking to guarantee a way to reach answers to the research problem. Finally, it will be noted that lack of cost management and application of a good accounting tool can be detrimental to the company's profitability, since it can mask the visualization of the positive and / or negative results and consequently point out deficiencies and opportunities to improve the company's performance.
KEY-WORDS: Cost; Transports; CVL.
� Graduando do Curso de Ciências Contábeis da Universidade Federal do Amazonas. Artigo apresentado ao Curso de Contabilidade da UFAM como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel Contábil sob orientação do professor Dr. Eduardo Genaro Escate Lay, Manaus, Brasil. Email: caarlos_fred@hotmail.com.
2 Doutor pela Universidade de León-UNILEON-Espanha. Professor da Universidade Federal do Amazonas, Brasil. Email: genaroescateleon@gmail.com
1 INTRODUÇÃO
	
Observa-se que, o sistema de transporte hidroviário é um dos maiores da região Norte do Brasil, ocupando um percentual de 80,15% das vias navegáveis economicamente do pais, representadas pela Hidrovia Solimões-Amazonas composta de 16.797 quilômetros de extensão, seguida pela Região Sul-Sudeste representada pela Hidrovia Tietê – Paraná com a extensão de 1.495 quilômetros representando 7,13% (ANTAQ, 2016). Sendo grande parte na região Norte, composta por vários rios que compõem a bacia hidrográfica amazônica, que são utilizados para o transporte de produtos e de pessoas e ainda, sendo a maior responsável pela economia de exportação e importação da região. 
Apesar da grande quantidade de vias navegáveis, existem dificuldades enfrentadas pelas empresas que utilizam este modal, problemas estes ligados a sazonalidade da região, que consiste não só na distância entre as cidades entre si, como também no aspecto natural e típico desta área, com as vazantes e cheias dos rios, que afetam diretamente nos custos em sua totalidade.
A falta de investimentos em logística e infraestruturas fundamentou uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Transporte – CNT (2003), um dos maiores entraves para eficiência na navegação hidroviária é baixa disponibilidade de recursos do Programa de Aceleração do Crescimento – PAC, bem como inexistência de projetos definidos para hidrovias com recursos da Centro de Incubação e Desenvolvimento Empresarial – CIDE e as legislações complexas dos órgãos reguladores como O Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA. 
Em relação ao PAC, cabe ao Ministério do Planejamento repassar os recursos necessários, conforme a LOA, para os órgãos competentes que são destinados ao provimento da manutenção e da navegabilidade das hidrovias, tornando acessível e célere a logística neste modal. 
Em face deste cenário, observa-se que a navegabilidade “no” e “para” o Interior é deveras deficiente, sendo essencial a aplicação de uma ferramenta contábil que viabilize o gerenciamento para otimizar as perspectivas em relação ao lucro associado a logística. 
Portanto, a busca da aplicação da ferramenta contábil Analise de Custo/Valor/Lucro – CVL tornar-se-á necessária na administração da empresa Navi Transportes da Amazônia – Ltda. E até que ponto sua implementação na empresa pode ser relevante visando uma taxa de lucratividade maior e diminuição dos custos na utilização de seus serviços?
Este projeto de pesquisa tem como objetivo geral analisar de forma criteriosa os custos da empresa com transportes de cargas no modal fluvial, para fins de tomada de decisões de forma gerencial com a ferramenta contábil CVL, observando especificamente, o transporte na Hidrovia Solimões-Amazonas no trajeto Manaus - Parintins (AM) e analisando variáveis envolvidas transporte fluvial de carga geral. E de modos específicos, demonstrar as vagantes de desvantagens dos diferentes modais de transporte.
Entretanto, este projeto de pesquisa se delimita no estudo de aplicação da análise CVL de forma quantitativa por meio de dados e registros contábeis fornecidos pela empresa. E apenas um dos trechos logísticos da empresa foi utilizado, o escolhido foi Manaus - Parintins (AM), por se tratar de uma hidrovia com volume de cargas elevado. 
Através dos objetivos gerais e específicos a pesquisa busca demonstrar os impactos referentes aos custos no transporte de cargas gerais no modal fluvial, aplicando a analise CVL de modo que se transforme em uma importante ferramenta de gestão para as empresas que buscam uma competitividade neste segmento, que apresentam grandes deficiências especificas na Região.
Este projeto de pesquisa recebe a seguinte estrutura:
Quanto a estrutura da pesquisa, buscou-se, primeiramente, demonstra o tema como proposta para o projeto de pesquisa. Em seguida, sendo apresentado problema a ser estudado, tal qual os objetivos gerais e específicos, através de sua delimitação temática e suas justificativas para a realização da pesquisa.
Prosseguindo atravésda fundamentação teórica, busca-se examinar através de opiniões expostas por livros específicos, artigos científicos e pesquisas de órgãos reguladores. Um embasamento teórico para a finalidade de esclarecer quaisquer dúvidas em relação ao tema citado.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Este capitulo tem como objetivo demonstrar através de fundamentações teóricas e pesquisas bibliográficas os conceitos e aspectos relevantes necessários para a utilização da ferramenta contábil na empresa Navi Transportes da Amazônia - Ltda., entre os conceitos citados estão o transporte hidroviário, comparativos nos modais de transporte, vantagens e desvantagens dos modais de transporte, analise de CVL e planejamento de gestão no ramo de serviços de transporte fluvial.
2.1 Transporte Hidroviário
	O transporte hidroviário é o tipo de transporte aquaviário realizado nas hidrovias (são percursos pré-determinados para o tráfego sobre águas) para transporte de pessoas e mercadorias. As hidrovias de interior podem ser rios, lagos e lagoas navegáveis que receberam algum tipo de melhoria/sinalização/balizamento para que um determinado tipo de embarcação possa trafegar com segurança por esta via. (BRASIL, 2014). 
Características do transporte hidroviário de carga no Brasil:
Grande capacidade de carga;
Baixo custo de transporte;
Baixo custo de manutenção;
Baixa flexibilidade;
Transporte lento;
Influenciado pelas condições climáticas.
	Entre as vantagens da implantação de hidrovias em um território, estão a alta capacidade de transporte e o baixo custo de manutenção e implementação. As desvantagens são a lentidão, a falta de flexibilidade no transporte, as limitações quanto ao tipo de carga transportada e a excessiva dependência das condições climáticas. (PENA, 2016)
2.2 Custos com Transporte Hidroviário
 Segundo Ballou (2016, p. 166):
O maior investimento que qualquer transportador hidroviário precisa fazer é em equipamento de transporte e até certo ponto, em instalações de terminais. As hidrovias e os portos são de propriedade e operações públicas, muito pouco desses custos, especialmente no caso de operações nacionais é cobrado dos transportadores. Com os altos custos nos terminais e baixos custos de percurso, os preços da tonelada têm significativa redução quanto maior for à distância percorrida e o tamanho da carga transportada. 
2.3 Comparativo dos Modais de Transportes.
2.3.1 Rodoviário
Para Hallmann (2012, p. 2):
	O transporte rodoviário é um dos mais importantes meios de condução de cargas no Brasil. São utilizados veículos como caminhões e carretas nas estradas de rodagem. Esse modal vem sendo utilizado desde a década de 50, quando foi implantada a indústria automobilística e as rodovias sofreram processo de pavimentação a fim de promover a indústria.
Quadro 1 - Vantagens e Desvantagens – Modal Rodoviário.
	Vantagens 
	Desvantagens
	Capacidade de tráfego por qualquer Limite do tamanho da carga/veículo rodovia. (Flexibilidade).
	Limite do tamanho da carga/veículo.
	Usado em qualquer tipo de carga.
	Alto custo de operação
	Agilidade no transporte.
	Alto risco de roubo/acidentes.
	Não necessita de entrepostos especializados.
	Vias com gargalos gerando gastos extras e maior tempo para entrega.
	Amplamente disponível
	O modal mais poluidor que há
	Elimina manuseio entre origem e destino.
	Alto valor de transporte.
	Tem se adaptado a outros modais.
	-
Fonte: Logística para Todos. 2017.
	Deve-se utilizar o Modal Rodoviário em mercadorias perecíveis, mercadorias de alto valor agregado, pequenas distancias, trajetos exclusivos onde não há vias para outros modais, quando o tempo de transito for valor agregado. As tarifas de frete são estabelecidas individualmente por cada empresa de transporte e o frete pode ser calculado por peso, volume ou por lotação do veículo. (Logística para todos, 2017).
2.3.2 Hidroviário 
	As principais vantagens desse modal consistem na exigência de menores investimentos em manutenção. E nas fases de implantação, ocasiona baixo impacto ambiental. Em termos econômicos é considerado viável e eficiente. (HALLMANN, 2012)
Quadro 2 - Vantagens e Desvantagens – Modal Hidroviário.
	Vantagens 
	Desvantagens
	Transporte em grandes distancias. 
	Depende de vias apropriadas.
	Transporte de grandes volumes.
	É de gerenciamento complexo, exigindo muitos documentos.
	Mercadoria de baixo valor agregado.
	Depende de terminais especializados 
	Transporte oceânico.
	Tempo de trânsito longo.
	Frete de custos relativamente baixo.
	-
Fonte: Logística para Todos. 2017.
	Deve-se utilizar o Modal Hidroviário em grandes volumes de carga, grandes distâncias a transportar, trajetos exclusivos (não há vias para outros modais), tempo de transito não é importante, encontra-se uma redução de custo de frete. (Logística para todos, 2017)
2.3.3 Ferroviário
Para Hallmann (2012, p. 1):
O modal ferroviário tem uma importância considerável para o mercado brasileiro, pois através dele é possível transportar um volume expressivo de cargas por longas distâncias. Apesar de o transporte ferroviário ser mais barato, ele não é tão ágil quanto os outros modais. Suas principais vantagens consistem no fato de ser um transporte apropriado para longas distâncias, sobretudo para grandes quantidades de peso ficando isento de taxas ou manuseio. 
Quadro 3 - Vantagens e Desvantagens – Modal Ferroviário.
	Vantagens 
	Desvantagens
	Alta eficiência energética. 
	Trafego limitado aos trilhos.
	Grandes quantidades transportadas.
	Sistemas de bitolas inconsistentes.
	Inexistência de pedágios.
	Malha ferroviária insuficiente.
	Baixíssimo nível de acidentes.
	Malha rodoviária sucateada.
	Melhores condições de segurança da carga.
	Necessita de entrepostos especializados. 
	Menos poluição do meio ambiente.
	Nem sempre chega ao destino final, dependendo de outros modais.
	-
	Pouca flexibilidade de equipamentos.
Fonte: Logística para Todos. 2017.
	Deve-se utilizar o Modal Ferroviário em grandes volumes de cargas, grandes distâncias a transportar, trajetos exclusivos (não há vias para outros modais). O frete ferroviário se baseia em dois fatores: a quilometragem percorrida, distância entre as estações de embarque e desembarque e o peso da mercadoria. (Logística para todos, 2017).
2.3.4. Aéreo
	O transporte aéreo é um modal que tem por característica a agilidade, segurança e praticidade. É a melhor opção para produtos que exijam um transporte rápido, como por exemplo, produtos eletrônicos. (HALLMANN, 2012).
Quadro 4 - Vantagens e Desvantagens – Modal Aéreo.
	Vantagens 
	Desvantagens
	Transporte de grandes distancias. 
	Limite de volume e peso.
	Tempo de transito muito curto.
	Frete elevado.
	Seguro de transporte é muito baixo.
	Depende de terminais de acesso.
	Está próximo aos centros urbanos.
	-
Fonte: Logística para Todos. 2017.
	Deve-se utilizar o Modal Aéreo em Pequenos volumes de cargas, mercadorias com curto prazo de validade ou frágeis, grandes distancias a transportar, trajetos exclusivos (não há via para outros modais) e tempo de transito é muito importante. Logística para todos, (2017).
2.3.5 Comparativo dos Custos nos Modais de Transportes
Segundo Fabiano, Carlos e Jean (2014, p.23):	
Para um empreendedor privado que deseja transportar suas mercadorias de um ponto a outro, importa o valor do frete na escolha do meio de transporte. Na elaboração de políticas públicas, tomando a ótica da sociedade, é interessante comparar os custos dos diferentes modos de transporte. É de se esperar que os fretes rodoviários estejam razoavelmente aderentes aos seus custos, pela alta concorrência entre os transportadores. Já para ferrovias e hidrovias é mais adequado inferir os custos a partir dos valores dos principais itens de custos envolvidos: veículos, combustível, transbordo, pessoal e os relacionados à infraestrutura.
	Para Maciel (2016), existem uma fórmulagenérica para o cálculo de custos de transportes. Que consiste em adicionar os custos fixos (c), custo das tarifas de frete (t) e distancia (d). Onde: C = c + t.d; 
Maciel (2016, p. 14) também afirma que: 
O custo de transporte está diretamente ligado ao custo logístico, pois o custo logístico além do custo restrito de deslocamento, podemos considerar o custo de oportunidade do tempo, os custos de armazenagem e os custos financeiros. Custos logísticos é igual a custo direto de transporte, mais custo financeiro do estoque em trânsito, mais custo financeiro do estoque médio no destino e do estoque de segurança. 
	Além dos custos com a logística, existem custos relacionados a combustíveis. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil (2017), para transportar uma tonelada de carga, utilizam-se quatro litros de combustível em hidrovias e seis litros em ferrovias. Além disso, o custo de implantação da infraestrutura também é menor: o quilômetro tem um custo estimado de US$ 34 mil, contra US$ 440 mil necessários à construção de um quilômetro de rodovia. 
	Para se obter uma noção foi elaborada pelo Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil. Uma comparação entre a capacidade de cargas (medida por toneladas) e a equivalência em unidades de meio de transporte. Representadas pela Figura 1. 
Comparativo de Capacidade de transporte de carga.
Figura 1: Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil (2017).
	
2.4 Análise Custo/Valor/Lucro - CVL 
	A análise do CVL é uma técnica que examina as alterações nos lucros, nos custos e nos preços de venda. Para realizar a análise, a empresa necessita identificar o custo variável, a quantidade de vendas, os preços das vendas, os custos fixos e o resultado líquido (DA SILVA et al., 2014). 	
	Em um estudo realizado por Wernke; Alves (2014, p.2) afirmam que a análise CVL costuma abranger três conceitos: “Margem de Contribuição, Ponto de Equilíbrio e Margem de Segurança”. Ainda, relatam que a análise da margem de contribuição é relativamente simples, pois visa identificar o que sobrou da receita de vendas depois de deduzidos os custos e as despesas variáveis. O valor resultante contribuirá para a cobertura dos custos fixos e para a formação do lucro.
	A Análise CVL é importante para a gestão dos negócios empresariais. Trata-se de uma ferramenta que engloba conceitos úteis à gestão, como Margem de Contribuição, Ponto de Equilíbrio, Margem de Segurança e Alavancagem Operacional, e que está à disposição dos administradores, sendo plenamente capaz de provê-los de informações úteis à tomada de decisão. FERREIRA (2016)
2.4.1 Margem de Contribuição 
	A margem de contribuição é a diferença entre as vendas e os custos variáveis. Aumentar a margem de contribuição de seus produtos significa que a sua empresa precisa aumentar o lucro gerado por cada produto. Para isso, é necessário diminuir os custos variáveis ​​associados a cada produto. Para se calcular a margem de contribuição é preciso dividir a receita gerada por um produto menos seus custos variáveis pela receita gerado por esse produto. (EQUIPE ARQUIVEI, 2017)
Para Viceconti (2013, p. 227) destaca que:	
A margem de contribuição unitária é a ferramenta que indica o valor, que a venda adicional de um produto auxilia para abater os custos e despesas fixas. Os produtos, portanto, que têm uma margem de contribuição maior, devem ser priorizados, desde que não haja limitador de produção, conferindo desta forma maior lucro para a organização.
Levando em consideração esses aspectos, os gestores das organizações, a partir do estudo da margem de contribuição, estão mais capacitados para tomar decisões relativas a políticas de incremento das receitas, segmentos produtivos que devem ser aperfeiçoados e abandonados, variações no mix de vendas e questões que impactam na lucratividade da empresa. (Padoveze 2012) 
	
Abaixo será demonstrada a fórmula matemática para calcular a margem de contribuição, segundo Silva e Lins (2010):
MC = RV - (CV+ DV)
Onde:
MC é a margem de contribuição 
RV é a receita de vendas; 
CV refere-se aos custos variáveis;
DV faz referência despesas variáveis.
2.4.2 Ponto de Equilíbrio – PPE 
	O ponto de equilíbrio contábil é o ponto de atividade (volume de negócios) onde os ganhos são iguais aos custos — ou seja, é o ponto de atividade onde não é há lucro, mas também não há perda. Ele determina quanto dinheiro a sua empresa precisa ganhar antes de começar a gerar lucro. (EQUIPE ARQUIVEI, 2017)
O ponto de equilíbrio econômico determina qual o volume mínimo de mercadorias, e qual o valor monetário que a empresa necessita vender ou produzir para conseguir liquidar suas obrigações referentes aos custos e despesas variáveis, custos e despesas fixas necessárias na produção e comercialização dos produtos e ainda o valor para cobrir o retorno do investimento. Portanto, o ponto de equilíbrio pode ser expresso em unidades de vendas ou em valores monetários. (Padoveze,2012)
	Consoante demonstração do cálculo, que de acordo com Martins (2010, p. 258) é apresentado com a seguinte fórmula:
PPE= (CF + DF)
 MCU
PPE é a ponto de equilíbrio;
CF são os custos fixos; 
DF são as despesas fixas;
MCU é margem de contribuição unitária.
2.4.3 Margem de Segurança.
	Segundo Garrison e Noreen (2001, p. 171), a margem de segurança “é o excesso das vendas orçadas (ou vendas reais) sobre o volume de vendas no ponto de equilíbrio. Ela estabelece quanto as vendas podem cair antes de começarem a ocorrer prejuízos”
MS = VT – VPPE
MS é a margem de segurança
VT é a Vendas orçadas (ou reais) totais; 
VPP faz referência vendas do ponto de equilíbrio.
3 METODOLOGIA
 	Este projeto de pesquisa tem como composição utilizar a metodologia para identificar os objetivos gerais e específicos, por meio de pesquisas documentais e bibliográficas, buscando garantir uma forma de alcançar respostas do problema de pesquisa.
3.1. Quanto à natureza 
O projeto de pesquisa tem caráter quantitativo e bibliográfico, pois procura analisar por meios de planilhas eletrônicas e dados financeiros da empresa Navi Transportes da Amazônia – Ltda na aplicação da ferramenta contábil nos custos de transporte de cargas no trecho Manaus (AM) – Parintins (AM), em âmbito quantitativo. E no âmbito bibliográfico, procura demonstrar através de pesquisas em artigos científicos, citações de autores o maior entendimento sobre os conceitos explorados.
3.2. Quanto aos fins 
Tem como finalidade ser uma pesquisa de cunho exploratória e explicativa. Quanto ao âmbito exploratório, busca tornar o problema o mais explicito possível para compreensão. Quanto ao âmbito explicativo, ao ponto de analisar os propósitos e fatores que levam a determinado fenômeno.
3.3. Quanto aos meios
Os meios utilizados para elaboração da pesquisa são dois: bibliográficos e documentais. No aspecto bibliográfico existem embasamentos científicos contidos na fundamentação teórica, adquiridos por meio de informações levantadas em livros didáticos, artigos científicos, revistas e internet. Já no meio documental, observa-se a necessidade de levantamentos de documentos de natureza privada da empresa com intuito de utilização da ferramenta contábil. 
3.4 Universo e Amostra
Para Ribeiro (2013), o universo e o conjunto definido de elementos (população, entidades, serviços por exemplo) que possuem determinadas características comuns. No caso, desta pesquisa o universo está relacionado às 146, empresas autorizadas pela ANTAQ, de transporte de cargas longitudinais na bacia hidrográfica do Amazonas. ANTAQ (2017)
Ainda segundo Ribeiro (2013), a amostra caracteriza-se por um subconjunto do universo pelo qual se estabelece ou se estimam as características desse universo. A amostra será exemplificada pela empresa Navi Transportes da Amazônia – Ltda., que fornece serviços de transporte de cargas longitudinais na bacia hidrográficado Amazonas, especificamente no trecho Manaus (AM) – Parintins (AM).
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANTAQ - Agência Nacional de Transportes Aquaviários. Cenário Atual da Navegação no Interior -2016. Disponível em:<http://portal.antaq.gov.br/wp-content/uploads/2017/02/O-cen%C3%A1rio-atual-da-navega%C3%A7%C3%A3o-interior-no-Brasil.pdf>. Acesso em: 25.nov.2017.
BRASIL, Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil. Transporte Aquaviario <Http://www.transportes.gov.br/transporte-aquaviario.html> Acesso em: 13.nov.2017.
PENA, Rodolfo F. Alves. Hidrovias. <Http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/hidrovias.htm> Acesso em: 13.nov.2017.
BALLOU, R. H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos/logística empresarial. São Paulo: Atlas, 2006. 
Logística Para Todos. Os cinco (05) modais de transporte. 2011. Disponível em: http://logisticaparatodos-com-b.webnode.com.br/>. Acesso em 23.nov,2017.
HALLMANN, Roberta Michele. Modais de Transporte e sua importância no processo logístico. 2012. <http://www.administradores.com.br/artigos/tecnologia/modais-de-transporte-e-sua-importancia-no-processo-logistico/67889/>. Acesso em: 23.nov.2017
CARVALHO, José Meixa Crespo de - Logística. 3.ed. Lisboa: Silabo, 2002.
POZO, Hamilton - Administração de Recursos Materiais e Patrimoniais: uma abordagem logística. 3.ed. São Paulo: Atlas, 2004.
RIBEIRO, Osni Moura - Contabilidade de Custos Fácil. 8.ed. São Paulo: Saraiva, 2013. 
POMPERMAYER; NETO; PAULA; Fabiano Mezadre, Carlos Álvares da Silva Campos, Jean Marlo Pepino de - Hidrovias no Brasil: Perspectiva histórica custos e institucionalidade. Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), 2014. 
MACIEL, Vladimir Fernandes; Custos de Transporte: Economia regional e Urbana. <Http://meusite.mackenzie.br/vladimir/eru/custos_transportes.pdf> Acesso: 25.nov.2017
BRASIL, Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil - Brasil tem 42 mil quilômetros de rios potencialmente navegáveis. <Http://www.brasil.gov.br/infraestrutura/2017/09/brasil-tem-42-mil-quilometros-de-rios-potencialmente-navegaveis> Acesso: 28, nov.2017
FERREIRA, Silvio Oliveira do Amaral - ANÁLISE CUSTO-VOLUME-LUCRO: um estudo em uma empresa do setor alimentício no estado do Rio Grande do Norte. Dissertação de Monografia – em ciências contábeis UFRN, p. 14. 2016
DA SILVA, P. Q.; SANTIAGO, J. S.; SOARES, Y. M. A.; REZENDE, I. C. C. Análise custo-volume-lucro e análise de regressão como instrumento de previsão do comportamento dos custos de uma farmácia. CONTABILOMETRIA - Brazilian Journal of Quantitative Methods Applied to Accounting, v. 1, n. 2, p. 69-86, 2014.
MORAES, Lívia Cândido; WERNKE Rodney. Análise custo/volume/lucro aplicada ao comércio de pescados. 2006. Acesso em: 25.nov.2017
VICECONTI, P.; NEVES, S. Contabilidade de custos: um enfoque direto e objetivo. 11. ed. São Paulo: Saraiva, 2013.
PADOVEZE, C. Controladoria estratégica e operacional: conceitos, estrutura, aplicação. 3. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2012.
EQUIPE ARQUIVEI, Qual a relação entre a margem de contribuição e o ponto de equilíbrio? – Acesso: 02.nov.2017
MARTINS, E. Contabilidade de custos. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
GARRISON, R.; H.; NOREEN, E. W. Contabilidade Gerencial. Rio de Janeiro: LTC, 2001.

Continue navegando