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FARMACOLOGIA: EICOSANOIDES

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• São ácidos graxos poli-instaurados de regulação celular sintetizados principalmente a 
partir do ácido araquidônico (AA) e liberados pela ação da fosfolipase A2 a partir de 
lipídeos nas membranas celulares de células como leucócitos, plaquetas e células 
endoteliais. 
• Estão presentes em baixas concentrações na maioria das células, mas são sintetizados 
e liberados sob demanda em resposta a estímulos, como reações mediadas por IgE, 
mediadores inflamatórios, traumas, calor e toxinas. 
• Interagem com receptores específicos, que são proteínas G acopladas a sistemas de 
efetores de segundo mensageiro. Os lipídeos da membrana também fornecem 
substrato para a síntese do fator de ativação planetária (PAF). 
• Contribuem juntamente com o PAF para inflamação, tônus da musculatura lisa, 
hemostasia, trombose, trabalho de parto e secreção GI. 
OBS: várias classes de fármacos (AAS, AINEts, AINEs) produzem seus efeitos 
terapêuticos por bloqueio da síntese de eicosanoides. 
Gabriela Reis Viol
Eicosanoides
LEUCOTRIENOS 
• São mediadores inflamatórios formados pela ação da enzima LOX (lipoxigenase) sobre 
o ácido araquidônico. 
• LTB4: potente fator quimiotáxico, produção e ativação de macrófagos e linfócitos em 
resposta a estímulos que desencadeiam as reações inflamatórias e imunes. 
• LTC4, LTD4, LTE4: estão relacionados a anafilaxia e broncoconstrição, vasodilatação, 
vasoconstrição coronária e consequente redução do volume intravascular associada a 
redução da contratilidade cardíaca: hipotensão, e aumento da permeabilidade vascular. 
PROSTAGLANDINAS 
• São formadas pela ação da enzima COX (cicloxigenase) sobre o ácido araquidônico. 
• A COX 1 é encontrada na maioria dos tecidos, incluindo plaqueta e estômago. Sua 
principal função está relacionada à agregação plaquetária (onde sintetiza TXA2), 
proteção gastrointestinal (PGs citoprotetoras), dor. 
• A COX 2 é induzida em muitos tecidos por estímulos, é um enzima inflamatória. Sua 
principal função está relacionada à febre, dor, parto, função renal. 
• As protaglandinas influenciam a excreção renal de sódio e água porque causam 
alteração do fluxo sanguíneo renal. Elas inibem a reabsorção de água induzida pela 
vasopressina e também inibem a reabsorção de cloreto. 
• PROSTACICLINA (PGI2): está relacionada a vasodilatação (redução da PA), inibição 
da agregação plaquetária, hiperalgesia, cardioproteção, broncodilatação, produção do 
muco gástrico e estimulação da secreção de renina. 
• PGD2: está relacionada a vasodilatação (inflamação e redução da PA), inibição da 
agregação plaquetária, relaxamento do músculo liso gastrointestinal, relaxamento 
uterino, broncoconstrição e estimulação da secreção de renina. 
• PGE2: está relacionada a vasodilatação (redução da PA), hiperalgesia, contração do 
músculo liso do trato gastrointestinal, broncodilatação, diminuição da secreção do ácido 
gástrico e aumento da secreção do muco protetor, contração do útero gravídico, 
cardioproteção, indução de febre e estimulação da secreção de renina. 
• PGF2α: está relacionado a bronconstrição e contração do miométrio. 
Gabriela Reis Viol
TROMBOXANOS 
• O TXA2 é um agregante plaquetário, ele atua como sinal amplificador para outros 
agonistas plaquetários mais potentes (como a trombina e o ADP). 
• As ações do TXA2 nas plaquetas são limitadas principalmente pela PGI2, que inibe a 
agregação plaquetária. 
• O TXA2 é um potente vasoconstritor e também diminuo o fluxo sanguíneo renal e a 
taxa de filtração glomerular. 
• Além disso, causa bronconstrição e contração do miométrio. 
INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS 
• Os AINEts não seletivos e os inibidores seletivos da COX-2 são amplamente 
utilizados como anti-inflamatórios, ao passo que o AAS em doses baixas é usado por 
seus efeitos cardioprotetores. 
• Os antagonistas dos LTs (leucotrienos) são clinicamente úteis ao tratamento da asma. 
• Até hoje, não existem antagonistas seletivos potentes dos receptores prostanoides em 
uso clínico. 
• O uso de eicosanoides ou de seus próprios derivados como agentes terapêuticos é 
limitado pelo fato de que a administração sistêmica dos prostanoides está associado a 
efeitos adversos significativos. 
• Em caso de aborto terapêutico utiliza-se prostanoides. A capacidade das PGEs, PGFs 
e seus análogos é de interromper a gravidez em qualquer estágio por estimulação das 
contrações uterinas. A DINOPROSTONA foi aprovada para produzir o aborto no 
segundo trimestre de gravidez e para finalizar o aborto inevitável. O MISOPROSTOL 
(análogo à PGE1) em combinação foi altamente eficaz para interromper gestação em 
estágios iniciais. 
• Análogos as PGs possuem capacidade de suprimir a ulceração gástrica. O 
MISOPROSTOL, foi aprovado para profilaxia das úlceras gástricas induzidas pelos 
AINEs e é praticamente tão eficaz quanto o omeprazol. 
• A PGE1 administração por injeção intracavernosa ou supositório uretral é um 
tratamento de segunda linha para disfunção erétil. 
Gabriela Reis Viol
• A manutenção do canal arterial patente nos recém-nascidos pode ser feita com o uso 
de PGE1 (mas não como tratamento definitivo), devido a sensibilidade do canal arterial 
à vasodilatação. 
• A hipertensão pulmonar causa insuficiência cardíaca direita e fatal. O tratamento 
prolongando com PGI2 (prostaciclina) por infusão intravenosa contínua melhora os 
sintomas e pode evitar a necessidade de realizar transplante em alguns pacientes. 
• Um derivado estável da PGF2α (LATANOPROSTA), foi o primeiro prostanoide utilizado 
para tratar glaucoma, pela ação de hipotensor ocular. 
• Como ocorre nos eicosanoides, o PAF também não é armazenado nas células, mas é 
sintetizado em resposta à estimulação. É sintetizado pelas plaquetas, neutrófilos, 
monócitos, mastócitos, eosinófilos, no rim e células do endotélio vascular. 
• Em geral, é considerado um mediador das reações patológicas. Suas principais ações 
estão relacionadas a vasodilatação (hipotensão), aumento da permeabilidade vascular 
periférica, bronconstrição e quimiotaxia. 
• As concentrações plasmáticas do PAF aumenta no choque anafilático e sua 
administração reproduz muitos efeitos dessa síndrome. 
• O PAF geralmente contrai os músculos lisos do TGI, útero e pulmões. 
• É o mais potente entre todos os agentes ulcerogênicos. 
• Reduz o fluxo sanguíneo real, a taxa de filtração glomerular, o volume urinário e a 
excreção de sódio. 
Gabriela Reis Viol
Fator Ativador Plaquetário

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