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Microeconomia - Preferência Revelada. Análise sobre as preferências dos consumidores

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RAPHAEL LAURINDO DE LIMA 
FICHAMENTO: Preferência Revelada: (p. 113-130). 7º capítulo. 
VARIAN, Hal R. Microeconomia: uma abordagem moderna. Tradução da 9º edição, 2016. 
 
Até então sabíamos que com as informações da Restrição Orçamentária e das Preferências 
do consumidor é possível estabelecer a Demanda. Agora usaremos as informações da demanda para 
estabelecer a preferência do consumidor, já que a teoria nos apresentou o que as preferências 
poderiam nos informar acerca do comportamento dos consumidores. Entretanto a mundo real 
devem-se observar os comportamentos dos mais diversos consumidores para que assim se 
estabeleça a preferência de cada um. 
Sendo o comportamento do consumidor analisado para conhecer a preferência do mesmo, 
deveremos manter que as preferências não mudarão enquanto o comportamento for 
analisado/observado. O que não é viável para períodos muito longos de tempo. 
Analisando preferências básicas do consumidor, quaisquer que sejam, haverá apenas uma 
cesta de consumo demandada para cara orçamento em estudo. 
Usando um gráfico num Plano Cartesiano, onde há uma Reta Orçamentária e um ponto 
aleatório entre o ponto de origem do plano e a reta, podemos estabelecer que esse ponto pudesse ser 
consumido pelo agente econômico em questão. Mas não será o melhor consumo que ele fará, já que 
o consumo ótimo, situado sobre a reta orçamentária, é o melhor dentre todos os demais consumos 
que este poderá fazer a qualquer momento. Todo o espaço entre o ponto de origem do plano 
cartesiano e a reta orçamentária terão pontos aleatórios que descrevam cestas de consumo diferentes 
entre elas. Todas estas podem ser consumidas, mas continuarão a serem piores que a cesta ótima, 
por não se localizarem sobre a reta. O que ultrapassar a reta orçamentária não poderá ser consumido 
pelo agente econômica. Por esse motivo não serão levadas em consideração na análise. 
Tendo um conjunto de bens (que chamaremos de X) sendo comparadas aos preços (que 
chamaremos de P) em relação a uma determinada renda (que chamaremos de M). 
Se compararmos outra cesta de bens quaisquer (poderíamos usar Y, por exemplo) significa 
dizer que esta outra cesta de consumo satisfaz a Restrição Orçamentária do consumidor e poderá ser 
consumida com o agente econômico usando menos ou sua renda na totalidade. Como a cesta X é a 
cesta ótima, ela usa toda a renda do consumidor, logo a cesta X é igual à renda M do consumidor 
em questão. Já que outra cesta qualquer pode ser comprada com a renda disponível do consumidor, 
dizemos que a cesta X é maior ou igual a cesta Y para o consumidor. 
Caso exista de fato a desigualdade entre a cesta X e a cesta Y, dizemos que a cesta X é 
diretamente revelada como preferida a Y. Essa desigualdade se daria pelo fato de que a cesta X 
seria a realmente escolhida frente aos preços P. E a cesta Y seria a cesta que poderia ter sido 
escolhida, mas ao comparar com a mais preferível (cesta X) não foi. 
Em resumo, o modelo de comportamento do consumidor, de que os agentes econômicos 
escolhem as melhores coisas que podem adquirir, e que a preferência nas escolhas se deriva das 
escolhas feitas em relação às escolhas que poderiam ter sido feitas. Ou que se uma cesta de bens for 
diretamente revelada como preferida frente outra, esta cesta de fato será preferível à outra. Se uma 
cesta X se revela como preferível à Y, quer dizer que sempre X será preferível a Y? A resposta é 
não, pois a teoria de “preferência revelada” significa que a cesta X será escolhida frente à cesta Y 
somente quando a cesta Y estiver disponível para escolha. Quer dizer apenas que o consumidor 
considera a cesta X superior à cesta Y para ele escolher e consumir. 
À medida que se observa mais e mais a escolha do consumidor, mais precisa será a 
estimativa sobre as preferências do mesmo. E conforme mais pressupostos for criando sobre a 
preferência do consumidor, a estimativa sobre isso será cada vez mais precisa. Voltando ao plano 
cartesiano, a reta que será referente à cesta X deverá passar por algum ponto em que, o que estiver 
inferior a esta reta significará que é uma cesta inferior à cesta X, e o que estiver superior a esta reta 
significará que é uma cesta superior à cesta X, isso considerando a preferência revelada do 
consumidor e mais umas poucas hipóteses sobre estas preferências.

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