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contabilidade gerencial orcamentaria 3

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01
Ebook
Contabilidade Gerencial Orçamentária
UNIDADE 3 - Fontes de financiamento de longo prazo e arrendamento mercantil (leasing)
Financiamento em longo prazo ...............................................................................................................07
Mercado de capitais ...............................................................................................................................11
Mercado de crédito ................................................................................................................................12
Síntese ...................................................................................................................................................28
Referências Bibliográficas ........................................................................................................................29
Sumário
05
Você conhece as formas de financiamento de longo prazo? Esse é o assunto desta 
unidade. Você estudará o lançamento de ações ao público, o capital de terceiros em 
longo prazo (empréstimos) e as opções e finanças de empresas. 
Além disso, conversaremos sobre operação de arrendamento mercantil, também 
conhecida como “leasing”. Para tanto, usaremos como base o livro elaborado pelo 
Centro de Pesquisas em Finanças (Cepefin) da equipe de professores do Instituto de 
Ensino e Pesquisa em Administração (Inepad) da Universidade de São Paulo (USP), 
editado pela Atlas em 2007. 
Está preparado? Vamos lá!
Unidade 3Apresentação
07
Capítulo 1Fontes de financiamento de longo prazo 
e arrendamento mercantil (leasing)
Financiamento em longo prazo
Fonte: UNIFACS
Para selecionar a forma de financiamento em longo prazo, o gestor financeiro necessita 
conhecer quais as fontes ideais para a atividade e, assim, selecionar o tipo de capital de 
terceiros mais apropriado, inclusive entre as mais simples obrigações.
Segundo o Cepefin (2007), as empresas podem utilizar três formas para financiar seus ativos, 
sejam os circulantes ou não, conforme o quadro a seguir:
Financiamento de 
Curto Prazo
Vencimento inferior 
a 360 dias
Classificado no exigível de curto Prazo ou 
no passivo Circulante
Financiamento de 
Longo Prazo
Vencimento superior 
a 360 dias
Classificado dentro do exigível de longo 
prazo ou no passivo não circulante
Capital Próprio Sem prazo
Classificado como passivo não exigível – 
patrimônio líquido
Fonte: Cepefin (2007, p. 47).
O mercado de crédito é constituído por todas as entidades financeiras bancárias ou monetárias 
que têm o objetivo de suprir a demanda de crédito, seja de curto prazo ou longo prazo.
Operações no mercado de capitais são de longo prazo e envolvem a negociação de títulos que 
representam o capital das empresas (ações) ou de empréstimos feitos por empresas (debêntures 
conversíveis, bônus de subscrição), sem participação de intermediários bancários (CEPEFIN, 
2007).
Mas o que é o mercado financeiro? Para Pinheiro (2007, p. 73-76), é “[...] o mecanismo ou 
ambiente através do qual se produz um intercâmbio de ativos financeiros e se determinam seus 
preços.”
08 Laureate- International Universities
Ebook - Contabilidade Gerencial Orçamentária
O sistema financeiro é constituído por um subsistema normativo e por outro operativo. O 
normativo regula, controla o subsistema operativo através de normas legais, expedidas 
pela autoridade monetária, ou por oferta seletiva de crédito levada a efeitos pelos agentes 
financeiros do governo. Nos quadros a seguir, conceituamos cada um desses subsistemas. 
Instituições do subsistema normativo
Instituição Principais funções
Conselho Monetário 
Nacional (CMN)
•	 estabelecer as diretrizes gerais das políticas monetárias, cambial 
e creditícia; 
•	 regular as condições de constituições, funcionamento e 
fiscalização das instituições financeiras; 
•	 disciplinar os instrumentos de política monetária e cambial.
Banco Central do 
Brasil (Bacen)
•	 emitir dinheiro; 
•	 executar os serviços de circulação do dinheiro; 
•	 executar o recolhimento compulsório, encaixes obrigatórios e 
depósitos voluntários das instituições financeiras; 
•	 realizar operações de redesconto e empréstimos a instituições 
financeiras; 
•	 controlar e fiscalizar o crédito e o capital estrangeiro; 
•	 ser depositário de reservas oficiais de ouro e moedas 
estrangeiras no país; 
•	 fiscalizar as instituições financeiras e aplicar as penalidades 
previstas;
•	 administrar dívida interna.
Banco do Brasil (BB)
•	 exercer funções de agente financeiro do Governo Federal; 
•	 executar políticas de crédito rural e industrial; 
•	 desempenhar atividades de banco comercial.
09
Comissão de Valores 
Mobiliários (CVM)
•	 estimular a formação de poupança e sua aplicação em valores 
mobiliários; 
•	 promover a expansão e o funcionamento eficiente e regular 
do mercado de ações e estimular a aplicação permanente em 
ações de capital social de companhias abertas sob controle de 
capitais privados nacionais; 
•	 assegurar o funcionamento eficiente e regular do mercado de 
bolsa e balcão; 
•	 proteger os titulares de valores mobiliários e os investidores do 
mercado contra emissões irregulares de valores mobiliários e 
atos ilegais de administradores e acionistas das companhias 
abertas, ou de administradores de carteiras de valores 
mobiliários, entre outras ações que digam respeito ao mercado 
de capitais brasileiro; 
•	 poder normativo que regula a atuação dos diversos agentes do 
mercado; 
•	 poder punitivo que assegura o direito de ampla defesa, permite 
a penalização de quem descumpre as normas baixadas pelo 
órgão ou de quem pratica atos fraudulentos no mercado.
Banco Nacional de 
Desenvolvimento 
Econômico e Social 
(BNDES)
•	 apoiar os investimentos estratégicos necessários ao 
desenvolvimento do país; 
•	 fortalecimento da empresa privada nacional.
Fonte: Cavalcante Filho e Misumi (2001 apud CEPEFIN, 2007, p. 48-49).
Instituições do Subsistema Operativo
Instituição Principais funções
Bancos múltiplos
•	 operar simultaneamente carteiras de banco comercial, de 
investimento, de crédito imobiliário, de crédito de financiamento e 
investimento, de arrendamento mercantil e de desenvolvimento.
Bancos comerciais
•	 receber depósitos à vista em contas de movimento;
•	 efetuar empréstimos de curto prazo, principalmente para capital de 
giro das empresas.
Caixas 
econômicas
•	 receber depósitos à vista do público e depósitos em cadernetas de 
poupança;
•	 atuar no financiamento habitacional;
•	 fornecer empréstimos em geral a particulares.
Bancos de 
investimentos
•	 dar apoio financeiro às empresas;
•	 oferecer serviços como assessoria na realização de negócios em 
geral, projetos e outros;
•	 operar leasing financeiro;
•	 administrar fundos de investimentos de renda fixa e de ações e 
clubes de investimentos;
•	 realizar operações de lançamento de títulos no mercado local e no 
exterior.
10 Laureate- International Universities
Ebook - Contabilidade Gerencial Orçamentária
Bancos e 
companhias de 
desenvolvimento
•	 proporcionar o desenvolvimento econômico e social em nível 
regional através de um sistema de integração com o BNDES, do 
qual são agentes financeiros.
Companhias de 
crédito financeiro 
e investimento 
(Financeiras)
•	 financiar o consumo através do crédito direto ao consumidor e 
financiamento de vendas.
Sociedades de 
crédito imobiliário
•	 financiar o mercado imobiliário utilizando caderneta de poupança 
como investimentos de captação.
Bolsas de valores
•	 manter o local adequado ao encontro de seus membros e a 
realização de transações de compra e venda de títulos de valores 
mobiliários em mercado livre e aberto;
•	 proporcionarliquidez às aplicações, fornecendo um preço de 
referência para os ativos negociados.
Sociedades 
corretoras
•	 promover a aproximação entre compradores e vendedores de 
títulos de valores mobiliários.
Sociedades 
distribuidoras
•	 subscrever emissões de títulos ou valores imobiliários para revenda;
•	 intermediar a colocação de emissões no mercado; 
•	 contratar com a emissora a formação de preços dos títulos no 
mercado;
•	 encarregar-se da venda à vista, a prazo ou prestação de títulos e 
valores mobiliários por conta de terceiros; 
•	 operar no open market; 
•	 instituir organizar e administrar fundos de investimentos.
Agentes 
autônomos de 
investimento
•	 colocar ou vender títulos e valores mobiliários registrados na CVM 
ou de emissão ou coobrigação de instituição financeira; 
•	 colocar quotas de fundos de investimento. São pessoas físicas 
credenciadas por bancos de investimento, sociedades de crédito, 
financiamento e investimentos, sociedades de crédito imobiliário, 
sociedades corretoras e sociedades distribuidoras.
Leasing, factoring 
e consórcios
•	 as companhias de leasing operam no arrendamento mercantil, 
forma específica de locação;
•	 as companhias de factoring são empresas comerciais que operam 
na aquisição de faturamento das empresas;
•	 as empresas de consórcio administram fundos providos pelos 
futuros adquirentes de bens móveis mediante sistema de liberação 
parcial de recursos.
Companhias de 
seguro
•	 administrar riscos com obrigação de pagar indenizações se 
ocorrerem perdas e danos aos bens segurados.
Fonte: Cavalcante Filho e Misumi (2001 apud CEPEFIN, 2007, p. 49-50).
Para o Cepefin (2007), a forma de classificar o mercado financeiro deverá estar de acordo com 
as necessidades de seus participantes, que podem ser bem diferentes entre si. Diante disso, 
apresentamos a classificação a seguir:
11
Mercados Características e Tipos de Operações
De crédito Supre as necessidades de crédito de curto, médio e longo prazo.
De capitais
Supre as necessidades de financiamentos de longo prazo, por exemplo, 
investimentos para as empresas através da negociação de títulos.
Monetário
Supre as necessidades do governo de fazer política monetária e dos agentes 
e intermediários de caixa.
Cambial
Supre as necessidades quanto à realização das operações de compra e 
venda de moeda estrangeira.
Fonte: Pinheiros (2001 apud CEPEFIN, 2007, p. 50).
Portanto, o mercado de crédito tem como objetivo suprir a demanda por recursos de curto, 
médio e longo prazo da economia (CEPEFIN, 2007).
Ouvimos muito sobre a questão da queda ou alta no preço de ações. Esses fatos ocorrem em 
operações que há no mercado que denominamos mercado de capitais, que será abordado a 
seguir.
Mercado de capitais
Fonte: http://commons.wikimedia.org/w/index.php?title=Special:Search&limit=500&offset=0&redirs=1&profile
=default&search=BOVESPA
Para emitir ações e vender ao público, a empresa deve seguir procedimentos estipulados em 
várias leis e normas federais, que são supervisionadas pela Comissão de Valores Mobiliários 
(CVM). 
As ações não poderão ser negociadas sem que os títulos sejam vendidos ao público. A oferta 
pública poderá acontecer através de intermediários, que é chamada de oferta geral em 
dinheiro. Outra forma de vendas ocorre para acionistas da empresa própria, a que chamamos 
de oferta de direitos.
Segundo Pinheiro (2001, p. 87), mercado de capitais é um “conjunto de instituições que 
negociam títulos e valores mobiliários, objetivando a canalização dos recursos dos agentes 
compradores para os agentes vendedores.”
Para a Comissão de Valores Mobiliários (apud CEPEFIN, 2007, p. 51), “o mercado de capitais 
é aquele em que são negociados títulos emitidos pelas empresas para captar, junto ao público, 
recursos destinados ao financiamento de suas atividades.”
Sua principal função é suprir as necessidades de financiamento de médio e longo prazo 
12 Laureate- International Universities
Ebook - Contabilidade Gerencial Orçamentária
por parte das empresas. Então, esta operação é realizada como fonte capaz de financiar 
projetos de expansão ou de aperfeiçoamento tecnológico das empresas, na medida em que 
reúne condições para oferecer às companhias um volume adequado de recursos a custos 
satisfatórios, através de instrumentos atraentes para o público quanto a retorno, prazo, liquidez 
e garantia. (CEPEFIN, 2007, p. 51).
As operações no mercado de capitais habitualmente são de longo prazo e podem abranger a 
compra de participação acionária na empresa.
No tópico seguinte, abordaremos o funcionamento do mercado em que as empresas captam 
os recursos financeiros para suprir suas necessidades. Ou seja, as fontes nacionais de recursos 
para empréstimos de longo prazo.
Mercado de crédito
Fonte: http://www.sxc.hu/browse.phtml?f=download&id=784488´
Os bancos possuem diversas linhas de crédito. Para tanto, o gestor financeiro deverá pesquisar 
as alternativas existentes no mercado. Porém, nesta unidade, apresentaremos apenas os bancos 
de desenvolvimento.
As instituições financeiras fazem o repasse dos recursos captados dos agentes econômicos 
superavitários, ou seja, de quem tem sobra de recursos disponíveis para agentes econômicos 
deficitários ou aqueles que necessitam (FORTUNA, 2002 apud CEPEFIN, 2007).
A partir desse ponto, citaremos as principais instituições financeiras do mercado brasileiro.
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)
13
Fonte: http://www.brandsoftheworld.com/logo/bndes
Empresa pública federal com personalidade jurídica de direito privado e patrimônio próprio é o 
órgão vinculado ao Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior que tem como 
objetivo apoiar empreendimentos que contribuam para o desenvolvimento do país.
O BNDES visa, por meio de suas linhas crédito de apoio, a contemplar financiamentos de 
longo prazo e custos competitivos para o desenvolvimento de projetos de investimentos e para 
a comercialização de máquinas e equipamentos novos, além do incremento das exportações 
das empresas e dos produtores rurais de qualquer porte e setor estabelecidos no Brasil.
Para tanto, a seguir apresentaremos os principais programas e as linhas de apoio oferecidos 
pelo BNDES.
•	 Linhas BNDES de apoio financeiro
Priorizam os projetos que promovam o desenvolvimento com inclusão social, estimulando 
os empreendimentos que criem empregos e renda, contribuindo também para a geração de 
divisas, em consonância com as orientações do Governo Federal (CEPEFIN, 2007).
•	 Cartão BNDES
Tem a finalidade de financiar os investimentos das micro, pequenas e médias empresas. 
Oferece crédito rotativo pré-aprovado para aquisição de bens de produção, financiamento 
automático em 12 meses e com prestações fixas e taxas de juros atrativas.
•	 Operações de financiamento realizadas por meio de instituições financeiras 
credenciadas
São financiamentos para a realização de projetos de implantação, expansão, modernização 
ou relocalização de empresas, incluídas a aquisição de máquinas e equipamentos novos, de 
fabricação nacional, credenciados pelo BNDES, e capital de giro associado por instituições 
financeiras credenciadas.
Podemos citar aqui as seguintes operações que compõem esta modalidade: Finame Máquinas e 
Equipamentos, Finame Agrícola, Finame Leasing e Finame Concorrência Internacional.
•	 Apoio à exportação
Os financiamentos aqui são classificados em:
1. BNDES Exim Pré-Embarque: é um financiamento ao exportador na fase pré-embarque da 
produção dos bens passíveis de apoio pelo BNDES, com índice de nacionalização em valor 
igual ou superior a 60%.
2. BNDES Exim Pré-Embarque Especial: é um financiamento ao exportador na fase pré-
embarque da produção de bens passíveis de apoio pelo BNDES, com índice de nacionalização, 
emvalor igual ou superior a 60% e condições compatíveis com o mercado internacional, 
visando ao incremento das exportações brasileiras.
3. BNDES Exim Pré-Embarque Curto Prazo: é um financiamento ao exportador com prazo de 
pagamento de até 180 dias na fase pré-embarque, visando à produção e exportação de bens 
passíveis de apoio do BNDES, com índice de nacionalização em valor igual ou superior a 60%.
14 Laureate- International Universities
Ebook - Contabilidade Gerencial Orçamentária
4. BNDES Exim Pós-Embarque: é o refinanciamento aos clientes no exterior quando da 
aquisição de bens passíveis de apoio pelo BNDES e/ou de serviços, mediante desconto de 
títulos de crédito ou a cessão dos direitos creditórios relativos à exportação.
Há várias modalidades de apoio à exportação, que poderão ser solicitadas através do próprio 
BNDES ou de instituições financeiras credenciadas, que abordaremos mais adiante nesta 
unidade.
•	 Operações de financiamento realizadas diretamente com o BNDES e/ou por 
meio de instituições financeiras credenciadas
Nesta situação temos o Financiamento a Empreendimentos (Finem), operação com valor 
superior a R$ 10 milhões para a realização de projetos de implantação, expansão, 
modernização ou relocalização de empresas, incluída a aquisição de máquinas e equipamentos 
novos, de fabricação nacional, credenciados pelo BNDES.
•	 Operações de financiamento realizadas diretamente com o BNDES
Divide-se em duas modalidades:
1. Financiamento à Marinha mercante e à Construção naval: financiamentos a estaleiros 
brasileiros para a construção e reparo de navios; a empresas nacionais de navegação para 
a encomenda de embarcações e equipamentos, reparos e jumborização junto a construtores 
navais brasileiros.
2. Fundo Social: destina-se ao apoio financeiro não reembolsável de projetos de caráter 
social, direcionados prioritariamente à população carente, nos segmentos de geração de 
emprego e renda, educação, saúde, desporto, alimentação, meio ambiente e etc.
Essas duas modalidades citadas somente podem ser realizadas diretamente no BNDES. Vejamos 
a seguir as instituições financeiras credenciadas.
•	 Instituições financeiras credenciadas
Para disponibilizar as linhas de crédito à sociedade, o BNDES conta com instituições financeiras 
credenciadas que são autorizadas a oferecer produtos BNDES às empresas.
•	 Programas do BNDES
Os programas complementam as linhas de apoio financeiro. Normalmente, possuem dotação 
orçamentária ou prazo de vigência limitado.
Os programas são apresentados no quadro a seguir:
15
Classificação Programas
Agropecuários
Programa especial de financiamento agrícola
Programa nacional de fortalecimentos da agricultura familiar (Pronaf)
Programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas e 
Implementos
Associados e Colheitadeiras (Moderfrota)
Programa de incentivo à irrigação e à armazenagem (Moderinfra)
Programa de modernização da agricultura e conservação de recursos 
naturais (Moderagro)
Programa de incentivo à mecanização, ao resfriamento e ao transporte 
granelizado da produção de leite (Prodeagro)
Programa de plantio comercial e recuperação de florestas (Propflora)
Programa de desenvolvimento cooperativo para agregação de valor à 
produção agropecuária (Prodecoop)
Programa de desenvolvimento do agronegócio (Prodeagro)
Programa de desenvolvimento da fruticultura (Prodefruta)
Industriais
Programa de financiamento a supridores nacionais de equipamentos, 
materiais e serviços vinculados
Infraestrutura
Programa emergencial e excepcional de apoio às concessionárias de 
serviços públicos de energia elétrica (CVA)
Programas de apoio à capitalização de empresas distribuidoras de 
energia elétrica
Fundo para o desenvolvimento tecnológico das telecomunicações 
(Funttel)
Programa de apoio financeiro a investimentos em fontes alternativas de 
energia elétrica no âmbito do Proinfa
Sociais, 
governamentais 
e públicos
Programa de modernização da administração tributária e de gestão dos 
setores sociais básicos (PMAT)
Programa de ampliação dos meios físicos das instituições de ensino 
superior
Programa de fortalecimento e modernização das entidades filantrópicas 
de saúde e hospitais estratégicos integrantes do Sistema Único de 
Saúde (SUS)
Programa de apoio à consolidação e universalização da atenção básica 
em saúde
Programa de apoio a investimentos sociais de empresa (PAIS)
Programa de Microcrédito
Regionais Programas Regionais
16 Laureate- International Universities
Ebook - Contabilidade Gerencial Orçamentária
Outros 
programas
Programa para desenvolvimento da indústria nacional de software e 
serviços correlatos (Prosoft)
Programa de modernização da frota de caminhões (Modercarga)
Fundo tecnológico (Funtec)
Fonte: Cepefin (2007, p. 58-59).
Portanto, a finalidade desses programas é complementar as linhas de apoio.
•	 Clientes BNDES
Podemos entender que os clientes BNDES podem ser as pessoas físicas (brasileiros) e jurídicas, 
bem como os entes públicos, que apresentamos no tópico seguinte.
•	 Administração Pública
Para realizarem operações com o BNDES, os órgãos e as empresas da administração pública 
–federal, estadual e municipal – devem atender à legislação que define o crédito ao setor 
público.
Além do BNDES, há diversas outras instituições que foram criadas em nível estadual e da União 
para o fomento de financiamentos nos estados, tais como: Banco de Desenvolvimento de Minas 
Gerais, Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul, Banco do Nordeste do Brasil, 
Banco da Amazônia, Banco Cooperativo do Brasil, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal 
etc.
No próximo tópico, falaremos sobre as formas de captar recursos que têm o objetivo de 
incentivo às empresas voltadas à pesquisa e inovação, ou seja, o desenvolvimento de novos 
produtos.
Saiba mais sobre o BNDES: http://www.bndes.gov.br/ 
NÃO DEIXE DE SABER!
Agências de fomento
Fonte: http://www.brandsoftheworld.com/logo/cnpq-60-anos http://www.brandsoftheworld.com/logo/capes
17
Elas surgiram por um processo de reestruturação do sistema financeiro do Brasil com a 
Resolução do Conselho Monetário Nacional de n. 2.828, tendo como objeto social o 
financiamento de capital fixo e de giro (CEPEFIN, 2007, p. 65).
Segundo o Cepefin, as agências de fomento têm algumas operações básicas:
•	 concessão de financiamentos de médio e longo prazo para capital fixo e de giro;
•	 captação de recursos para repasse;
•	 administração de fundos constitucionais;
•	 prestação de serviços de consultoria.
Entre as várias agências de fomento no Brasil, citaremos como exemplo a Financiadora 
de Estudos e Projetos (Finep), que promove e financia a inovação e a pesquisa científica e 
tecnológica, proporcionando impactos positivos no desenvolvimento socioeconômico brasileiro.
Fonte: http://www.brandsoftheworld.com/logo/finep
Outra forma de captação de recursos de longo prazo pelas empresas é a emissão de títulos 
que denominamos de debêntures e que abordaremos a seguir.
Debêntures
Debêntures “são títulos de crédito de médio e longo prazo, emitidos por sociedades anônimas, 
para captar volumes expressivos de recursos, junto aos investidores individuais e institucionais.” 
(CEPEFIN, 2007, p. 70).
De acordo com Cavalcante e Misumi (2009, p. 240), debênture é “[...] um título de dívida. 
Quando uma empresa lança debêntures, está contraindo uma dívida de longo prazo sobre a 
qual incidem juros e correção de algum tipo de indexador.”
Temos dois tipos de debêntures, conforme o quadro a seguir.
Simples
Nasce e permanece para sempre como um título de dívida, 
ou seja, pagam-se os juros e amortiza-se o principal até o 
encerramento da dívida.
Conversível em ações
Nasce como um título de dívida e, a partir de determinado 
momento, o debenturista(credor) tem direito de converter o 
título em ações, mediante fórmula de cálculo preestabelecida 
para conversão.
Fonte: Cepefin (2007, p. 70).
18 Laureate- International Universities
Ebook - Contabilidade Gerencial Orçamentária
A emissão de debêntures é decidida em assembleia geral de acionistas ou em reunião do 
conselho de administração da emissora, ambos com poderes para estabelecer todas as 
condições de emissão.
O resgate de debêntures será definido na escritura de emissão do título.
Podemos afirmar que as empresas utilizam esta forma de captação de recursos devido à 
sua flexibilidade. O título tem sido utilizado por diversas empresas de diferentes setores da 
economia, seja para financiamento de novos projetos, securitização de ativos, reestruturação 
de passivos financeiros ou obtenção de capital de giro, entre outros objetivos.
Aprofunde os seus conhecimentos sobre debêntures: http://www.bmfbovespa.com.br/
pt-br/renda-fixa/o-que-sao-debentures.aspx?Idioma=pt-br >.
NÃO DEIXE DE SABER!
Com tantas opções de financiamento, será que as empresas têm utilizado essas 
modalidades para o desenvolvimento econômico?
NÓS QUEREMOS SABER!
Arrendamento mercantil (leasing)
Agora, conversaremos sobre operação de arrendamento mercantil, também conhecida como 
leasing. Ela assume relevância na etapa de aprovação do orçamento de investimento, pois 
nesse momento, deve-se considerar a alternativa de arrendar o ativo em lugar de se adquiri-lo.
Fonte: Criação sobre imagem http://www.sxc.hu/photo/1049893
As atividades empresariais necessitam de recursos financeiros e procuram obter resultados 
positivos ao fim de cada período. Por consequência, a empresa passa a ter a função 
de multiplicar os recursos financeiros nela investidos, de modo a gerar retorno a seus 
proprietários. 
Basicamente, essas atividades compreendem a obtenção de recursos e sua alocação eficiente. 
Entre essas alocações estão as necessidades de bens para realizar suas atividades e justificar 
sua finalidade, presentes no ativo não circulante dentro do balanço patrimonial.
Entre as formas de captação está o arrendamento, que se diferencia por apresentar 
propriedades como aplicabilidade exclusiva aos bens de consumo duráveis. O ativo permanece 
com o arrendador e o arrendatário adquire o direito de usufruir dele por um prazo determinado 
e sob condições contratuais. Pode ser caracterizado como uma combinação entre locação ou 
19
financiamento, pois ao final do contrato é possível optar pela aquisição do bem pelo valor 
residual, pela devolução ou ainda pela renovação do contrato.
O arrendamento é amplamente utilizado em compra de equipamentos quando há uma rápida 
evolução em seus sistemas, ou seja, no ramo da informática, em que o crescimento e as 
mudanças são rápidos demais e inferiores ao prazo estipulado pelo Imposto de Renda, pois 
existe o benefício fiscal pela depreciação do bem. 
Exemplo: a compra de um determinado sistema de informática tem sua dedução no Imposto 
de Renda (IR). Todavia, o prazo para abater do IR é bem mais longo do que a evolução do 
equipamento. O sistema torna-se obsoleto e há a necessidade de trocá-lo.
Fonte: Unifacs.
A palavra “leasing” é o gerúndio do verbo inglês “to lease”, que significa “arrendar”. A lei 
brasileira usou a expressão “arrendamento mercantil”, pois a Constituição, em seu artigo 13, 
proíbe a citação de palavras estrangeiras em contratos e atos oficiais.
De acordo com Hoji (2010, p. 213), “arrendamento mercantil é uma forma de financiamento 
de bens do Ativo Não Circulante Imobilizado”. Sua utilização pelas empresas se baseia no fato 
de “que o lucro é gerado pela utilização do bem e não por suas propriedades.”
De uma forma concisa, pode-se afirmar que o arrendamento é um contrato firmado entre duas 
ou mais pessoas, determinando a utilização de certo bem por um tempo predeterminado e sua 
forma de pagamento.
Também se pode conceituar o arrendamento como um contrato pelo qual uma empresa, 
desejando determinado equipamento ou imóvel, consegue que uma instituição financeira 
adquira o referido bem, alugando-o ao interessado por prazo certo e admitindo-se que, 
terminado o prazo, o locatário possa optar entre a devolução do bem, a renovação da locação 
ou a compra pelo preço residual fixado no momento inicial do contrato.
A operação de leasing consiste em uma empresa arrendadora adquirir um bem do fabricante 
(ou comerciante) escolhido pela arrendatária e arrendá-lo mediante o recebimento de 
prestações periódicas (que pode ser mensal, trimestrais etc.). 
O bem adquirido fica contabilizado como Ativo Não Circulante da arrendadora até sua 
eventual venda para a arrendatária. O objeto do arrendamento pode ser bens móveis ou 
imóveis, novos ou usados, de fabricação nacional ou estrangeira, contratando em moeda 
nacional ou em moeda estrangeira, com as arrendadoras nacionais ou estrangeiras (HOJI, 
2010).
Pode-se também afirmar que o arrendamento é um tipo de aluguel ou financiamento oferecido 
pelo mercado e está fundamentado na ideia de que a utilização de um bem de produção 
é suficiente para a geração de rentabilidade, independente de ser propriedade ou não da 
empresa. 
O arrendamento envolve uso de máquinas, ferramentas, imóveis etc, sem que se tenha a 
propriedade deles.
Pelo uso dos ativos, o arrendatário paga periodicamente à arrendadora um valor monetário 
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durante um período definido em contrato. Esse pagamento é contabilizado como despesa, 
sendo deduzido do imposto de renda.
Para Ross et al. (2010), essa modalidade é utilizada:
 “[...] tanto a curto prazo quanto a longo prazo. O arrendamento a longo prazo é uma 
alternativa de financiamento de imóveis, instalações e equipamentos. Hoje, financiam-se 
mais equipamentos por meio de arrendamento a longo prazo do que qualquer outro método. 
(ROSS et al., 2010, p. 537). 
Os mesmos autores ainda conceituam arrendamento como:
 [...] um acordo entre um arrendatário e um arrendador. O acordo estipula que o 
arrendatário tem o direito de usar um ativo e, em troca, deve fazer pagamentos periódicos 
ao arrendador, ou seja, o proprietário do ativo. O arrendador pode ser o fabricante do ativo 
ou uma companhia de arrendamento independente. Se o arrendador for uma companhia 
arrendamento independente, deverá comprar o ativo de uma fabricante. Em seguida, entregará 
o ativo ao arrendatário e o acordo entrará em vigor. (ROSS et al., 2010, p. 537). 
Aqui, falaremos um pouco sobre os tipos de leasing. Separamos os principais em operacional 
e financeiro. Também apresentaremos a modalidade denominada “lease back”. Vamos ver as 
características de cada um deles.
MODALIDADES
DE LEASING
LEASING
OPERACIONAL
LEASING
FINANCEIRO
Fonte: Adaptado de ebah.com.br
Para Gitman (1997, p. 547), “um leasing operacional é normalmente um acordo contratual 
em que o arrendatário concorda em fazer pagamentos periódicos ao arrendador, durante cinco 
anos ou mais, pelos serviços de um ativo.”
No entender de Andrezo e Lima (2002, p. 110), “essa modalidade de arrendamento mercantil 
se aproxima da locação de ativos.” Suas características são:
1. as contraprestações a serem pagas pela arrendatária contemplam o custo de arrendamento 
do bem e os serviços para colocá-lo à disposição da arrendatária, não podendo o valor 
presente dos pagamentos ultrapassarem 90% do custo do bem;
2. o prazo contratual é inferior a 75% do prazo de vida útil econômica do bem;
3. o preço para o exercício da opção de compra é o valor de mercado do bem arrendado;
4. não há previsão de pagamento de valor residual garantido.
Então, podemos entender que nessa modalidade, a responsabilidade pela manutenção do bem 
21
é da empresa arrendatária, ou seja, aquela que locou o bem. 
De acordo com ocontrato, a organização poderá devolver o bem a qualquer tempo. Não há 
prazo mínimo, podendo ser de apenas alguns meses ou até de dias. Se ela pretende adquirir o 
bem, o preço será o de mercado.
Para um melhor entendimento, descrevemos, a seguir, algumas das principais características de 
um leasing operacional:
1. Os arrendamentos operacionais geralmente não são integralmente amortizados. Isso 
significa que os pagamentos exigidos de acordo com os termos do contrato não são suficientes 
para cobrir o custo total do ativo do ponto de vista do arrendador. Tal fato ocorre porque 
o prazo do arrendamento operacional geralmente é inferior à vida útil do ativo. Portanto, o 
arrendador deve esperar recuperar os custos do ativo renovando o arrendamento ou vendendo 
o ativo por seu valor residual.
2. Os arrendamentos operacionais geralmente exigem que o arrendador se responsabilize 
pela manutenção e pelo seguro dos ativos arrendados.
3. Talvez a característica mais interessante de um arrendamento operacional seja a opção de 
cancelamento, que permite finalizar o contrato antes da data de vencimento. Se a opção de 
cancelamento for exercida, o arrendatário deverá devolver o equipamento ao arrendador. O 
valor de uma cláusula de cancelamento depende da possibilidade de condições tecnológicas e/
ou econômica futuras, que façam com que o valor do ativo para o arrendatário seja menor do 
que o valor dos pagamentos futuros de aluguel exigidos pelo contrato (ROSS et al., 2010).
Então, o leasing operacional tem como uma das principais características a possibilidade do 
contrato ser cancelado por iniciativa do arrendatário, podendo pagar uma multa por isso. Vale 
lembrar que os ativos arrendados em geral têm vida útil superior ao prazo de arrendamento e, 
no final, a arrendadora pode arrendá-lo outra vez ou vendê-lo. 
Outro aspecto é que na maior parte das vezes, os pagamentos totais feitos para a arrendadora 
são inferiores ao preço inicial do ativo.
O leasing financeiro é o oposto ao leasing operacional. Vamos então procurar entendê-lo.
Fonte: http://www.sxc.hu/photo/1302510
O leasing financeiro, também chamado de arrendamento de capital, tem um prazo mais longo 
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que o operacional. Ele não pode ser cancelado, isto é, todos os pagamentos contratados 
devem ser efetuados queira-se ou não. Os pagamentos totais são maiores que o preço inicial 
do ativo, por isso o prazo de arrendamento é alinhado com a vida útil do ativo.
 O leasing financeiro equivale à operação de financiamento de médio ou longo prazo em 
que a arrendatária paga, geralmente, prestações mensais. Ao final do contrato, a arrendatária 
terá o direito de adquirir o bem por um valor previamente combinado denominado Valor 
Residual Garantido (VRG). (HOJI, 2010, p. 213). 
O prazo mínimo será de dois anos para os bens com vida útil de até cinco anos (veículos, 
equipamentos de informática etc.) e de três anos para os bens com vida útil superior a 
cinco anos (móveis e utensílios, maquinarias em geral etc.). Esses bens, sua manutenção e 
conservação serão sempre por conta da arrendatária.
O leasing financeiro poderá ser praticado no Brasil apenas pelas sociedades de arrendamento 
mercantil, por ser uma atividade regulamentada pelo Banco Central.
Confiram as principais características do leasing financeiro:
1. os arrendamentos financeiros não preveem manutenção ou assistência técnica pelo 
arrendador;
2. os arrendamentos financeiros são integralmente amortizados;
3. o arrendatário geralmente tem o direito de renovar o contrato na data do vencimento;
4. em geral, os arrendamentos financeiros não podem ser cancelados. Em outras palavras, o 
arrendatário deve fazer todos os pagamentos contratados ou correr o risco de ver sua falência 
decretada (ROSS et al., 2010, p. 538-539).
Para Ross et al. (2010), há dois tipos especiais de arrendamento financeiro, denominados:
1. venda e arrendamento;
2. arrendamento alavancado.
A operação de venda e arrendamento é quando uma empresa vende um ativo que possui à 
outra empresa e imediatamente o aluga de volta. Ocorrem duas situações nesta operação:
1. o arrendatário recebe dinheiro com a venda do ativo;
2. o arrendatário faz pagamentos periódicos de aluguel, mantendo com isso o direito ao uso 
do ativo (ROSS et al., 2010, p. 539).
Já a operação de arrendamento alavancado é um acordo envolvendo três partes: o 
arrendatário, o arrendador e os credores.
Nesse tipo, ocorrem as seguintes situações:
1. Como em outros arrendamentos, o arrendatário utiliza os ativos e faz pagamentos 
periódicos de aluguel.
2. Como em outros arrendamentos, o arrendador compra os ativos, entrega-os ao 
23
arrendatário e recebe os pagamentos de aluguel. Entretanto, o arrendador não aplica mais que 
40 ou 50% do preço de compra dos ativos.
3. Os credores fornecem o financiamento restante e recebem pagamentos de juros do 
arrendador (ROSS et al., 2010, p. 539).
O arrendamento alavancado permite que os credores usem um empréstimo sem recursos, 
o que quer dizer que o arrendador não tem compromissos com os credores em caso de 
inadimplência. Ross et al. (2010, p. 539) afirma que os credores estão protegidos de duas 
formas:
1. possuem direito de alienação fiduciária do ativo;
2. em caso de não pagamento do empréstimo, os pagamentos de aluguel passam a ser feitos 
diretamente aos credores.
Observe a figura a seguir e veja o esquema de funcionamento de um arrendamento mercantil:
Contrato
de Leasing Autoriza o
pagamento
EMPRESA
LEASING
(Arrendadora)
Fornecedor
do Bem
Cliente
(Arrendatário)
Pagamento
à vista
Contraprestação
opção de compra
Negocia o preço do
Entrega o Bem
Fonte: Adaptado de guilhotinasguarani.com.br 
Pode-se representar o arrendamento como uma combinação entre o aluguel e o financiamento, 
assemelhando-se a um ou a outro, conforme a opção tomada pelo arrendatário ao final do 
contrato. 
Optando pela devolução do bem, terá sido uma operação assemelhada ao aluguel, sendo que 
neste não teria a opção de adquirir o bem; caso decida obter a posse, terá sido uma operação 
assemelhada ao financiamento, porém sem ter arcado com as possíveis desvantagens da 
propriedade (imobilização e depreciação) durante o prazo contratual do arrendamento.
Pelo lado da arrendatária, há um custo financeiro de leasing e surge o questionamento: vale a 
pena optar por essa modalidade de operação? Para tanto, apresentamos um cálculo de custo 
elaborado por Hoji (2010) para auxiliar na tomada de decisão.
Uma operação de leasing conta com as seguintes características e condições:
Valor residual garantido: 10% do valor do bem. 
Fator de prestação mensal: 3,50% do valor do bem.
Tributo (ISS): 0,5% sobre prestação.
Prazo de arrendamento: 36 meses.
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O cálculo do custo financeiro “i” (taxa de juros implícita do fluxo de caixa) pode ser feito 
facilmente mediante as funções de calculadora financeira, como segue:
VP = 100
N = 36
PMT = 3,5176 (inclui o ISS calculado “por dentro”) 
VF: – 10
i = ?
i = 1,6762% ao mês “exato”.
•	 Diferenças entre arrendamento, aluguel e financiamento
Para melhor entendimento, se faz necessária a compreensão das características principais de 
arrendamento, aluguel e financiamento.
O arrendamento diferencia-se do aluguel e do financiamento. O bem é da empresa que fez 
o arrendamento, que concede o direito de uso do bem por determinado prazo e condições 
previamente acertados entre as partes envolvidas, ou seja, as empresas. O valor pago nas 
prestações é considerado como custo em face ao Imposto de Renda, podendo ser dedutível no 
próximo período. Ao término, a empresa poderá:
1. adquirir o bem por um valor residual previamentecontratado;
2. devolver o bem à empresa de arrendamento;
3. renovar o contrato por um novo prazo.
O aluguel pode ser definido como uma relação entre o locador (proprietário) e o locatário 
(usuário), que pagará pelo uso do bem. 
Nessa condição, o locatário possui o direito de uso do bem (posse direta) e o locador, a 
propriedade (posse indireta). Ao término do prazo contratual do aluguel, se não renovado, o 
bem é devolvido ao locador, devendo o locatário procurar alternativas no mercado.
O financiamento, também conhecido no mercado como Crédito Direto ao Consumidor (CDC), 
funciona da seguinte forma: o usuário (adquirente) adquire o bem com recursos provenientes 
de terceiros, passando a ter o direito de posse e uso. Nesse caso, o bem fica alienado, 
condição conhecida no mercado como alienação fiduciária. Só as despesas de juros são 
dedutíveis do Imposto de Renda.
Após esses pontos, chegaremos a algumas conclusões. Constata-se que ao alugar um bem, o 
locatário tem o direito de usá-lo, segundo especificações do contrato, mas sem ter sua posse. 
No financiamento, o bem é adquirido com recursos de terceiros (no valor total ou parcial do 
bem) e a empresa adquirente tem a posse e o direito de uso.
O arrendamento nada mais é do que a combinação entre o aluguel e o financiamento, 
assemelhando-se a um ou a outro, conforme a opção tomada pela arrendatária ao final do 
contrato. Se optar pela devolução do bem, terá sido uma operação semelhante ao aluguel. Se 
optar pela aquisição, terá sido uma operação semelhante ao financiamento.
No contrato de arrendamento, deve-se ter o cuidado de especificar quem fará a manutenção 
do ativo. Em caso de arrendamento operacional, sugere-se que essa manutenção fique a cargo 
da arrendadora e no financeiro o ônus seja do arrendatário.
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Vocês devem estar perguntando como funciona o processo e a prática de um contrato de 
leasing, certo? Para ajudar, apresentamos a seguir algumas definições e um exemplo.
A prática do contrato de arrendamento é feita sob muita segurança, por parte da empresa 
que cede o capital para a aquisição do equipamento. Normalmente, são os bancos que 
providenciam toda a transação, pois, dessa forma, irão capitalizar os juros, que são maiores do 
que os de mercado, além de ter o bem como garantia. Para a regulamentação das transações, 
utilizando o contrato de leasing, existe uma agência que coordena e fiscaliza esta prática, a 
Associação Brasileira de Empresas de Leasing (Abel). Isso é importante para que seja evitado 
abuso por parte dos arrendatários. O seguro do equipamento é obrigatório, na maioria das 
transações.
Exemplo: o dentista necessita de algum equipamento de raio X e procura uma empresa 
especializada nesse tipo de produto. A nota fiscal deve ser emitida em nome do banco que irá 
efetuar a forma de pagamento – neste caso, o arrendamento. O profissional em odontologia, 
com seus documentos pessoais (CPF, RG, CRO, comprovante de renda ou declaração de 
Imposto de Renda para demonstrar o patrimônio e comprovante de residência) mais a 
nota fiscal, irá se dirigir ao banco, onde poderá ter conta corrente ou não, e concluirá o 
arrendamento.
Aqui, já encontramos um diferencial: o bem fica em nome do banco, não do dentista. 
Diferentemente do financiamento, onde o equipamento fica em nome do adquirente, porém 
alienado em nome da financeira.
Mas quais seriam as vantagens ou desvantagens de uma operação de arrendamento? Vamos 
ajudá-los nessa definição.
•	 Vantagens e desvantagens do arrendamento
O arrendamento pode ser considerado como um tipo de financiamento, apresentando 
vantagens e desvantagens.
Vantagens:
1. dedução dos pagamentos com o arrendamento para fins de Imposto de Renda;
2. poderá ser feito arrendamento de qualquer tipo de bem;
3. 100% de financiamento do bem;
4. além do bem, poderão ser incluídos outros serviços;
5. evita o dano de obsolescência do bem, permitindo a utilização de bens com tecnologia 
mais avançada;
6. agilidade na contratação, diferente do financiamento;
7. todos os atos burocráticos são determinados na assinatura do contrato, evitando surpresas 
futuras;
8. efeito sobre índices financeiros;
9. maior liquidez;
10. reivindicações limitadas em caso de falência;
11. ausência de muitas cláusulas restritivas;
12. flexibilidade;
13. liberação de recursos para capital de giro e outras aplicações.
Desvantagens:
1. como o bem não pertence ao profissional que está utilizando, não poderá ser dado como 
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garantia para outras operações;
2. perda da depreciação;
3. altos custos de juros;
4. valor residual é da arrendadora;
5. dificuldade de melhoria no ativo.
Portanto, uma empresa que necessita adquirir um bem tem duas opções: fazer leasing ou 
comprar por meio de um financiamento. Caso tenha a necessidade de fazer a compra, pagará 
por sua aquisição e o investimento será deduzido da base de cálculo do Imposto de Renda 
como depreciação da vida útil, prazo que poderá variar de cinco a dez anos.
Hoji (2012) descreve as vantagens e as desvantagens da seguinte maneira:
 As vantagens e desvantagens de operações de leasing dependem, fundamentalmente, 
da situação financeira e da lucratividade da empresa arrendatária. Além da vantagem de 
a empresa arrendatária não imobilizar seu capital, as operações de leasing, por serem 
feitas, geralmente, por prazos menores do que a vida útil do bem, aceleram o processo de 
depreciação para a arrendatária. Se ela for uma empresa lucrativa que consegue recuperar o 
Imposto de Renda sobre as prestações de leasing pagas, a aceleração da depreciação pode 
trazer-lhe vantagem financeira. (HOJI, 2012, p. 217). 
Geralmente, o custo financeiro de leasing é superior ao de um empréstimo adquirido no 
mercado financeiro e as empresas que operam com leasing costumam captar recursos para 
financiar suas operações e são repassadas ao mercado pelo custo financeiro à arrendatária. 
O que poderia diferenciar a operação é o benefício fiscal da operação do leasing, onde 
compensaria o custo financeiro maior.
A comparação de custos financeiros de leasing e de compra deve ser avaliada com cuidado, 
comparando seu fluxo de caixa com o da compra à vista, entendendo-se que para comprar 
alguma coisa, há necessidade de financiamento, ou seja, deverão ser utilizados recursos 
próprios ou de terceiros.
É muito importante que você saiba como elaborar peças orçamentárias. Para aprender 
o assunto, leia os capítulos 10 e 11 do livro “Orçamento empresarial: novos conceitos 
e técnicas”, de Clóvis Luis Padovese e Fernando César Taranto.
NÃO DEIXE DE SABER!
27
Nesta unidade, falamos sobre fontes de financiamento de longo prazo. Foram apresentados os 
tipos de financiamentos e as instituições financeiras que operam nessas modalidades, que são 
classificadas em mercado de capitais e de crédito. Vimos quais são as operações realizadas 
pelo BNDES e por agências de fomento. Por fim, descobrimos o que são os debêntures.
Também foram discutidos o conceito de arrendamento, suas características e as diferenças 
existentes em relação ao aluguel e ao financiamento. Estudamos o processo de contrato, a 
importância de identificar os custos financeiros das operações de leasing e as suas principais 
vantagens e desvantagens.
SínteseSíntese
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ReferênciasBibliográficas

Outros materiais