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COMPORTAMENTO ALIMENTAR E DIFERENÇAS FUNCIONAIS NO TGI DOS ANIMAIS UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA ESCOLA DE MEDICINA VETERINÁRIA MEV 104 – NUTRIÇÃO ANIMAL Professora: Stefanie Alvarenga Santos Departamento de Med. Vet. Preventiva e Prod. Animal INTRODUÇÃO Não Ruminantes Simples: cães e gatos Carnívoros digestão de proteínas basicamente enzimática Estrutura digestiva curta – cães e gatos Não Ruminantes-onívoros com fermentação limitada: suínos e ratos TGI vrsátil – diéta onívora Não Ruminantes Herbívoros: eqüinos e coelhos digestão microbiana pós-gástrica Ruminantes-fermentação pré-gástrica: bovinos, ovinos e caprinos digestão microbiana pré-gástrica INTRODUÇÃO TGI das espécies evoluíram com base na dieta ingerida Carnívoros e herbívoros INTRODUÇÃO Como a dieta contribuiu no desenvolvimento de casa TGI Carnívoros – podem consumir dietas ocasionais com alto teor energético-protéico, seguidos de longos períodos de ócio Herbívoros – material vegetal possui baixo teor energético – elevado período de tempo consumindo alimentos para satisfazer as exigências COMPORTAMENTO E DIFERENÇAS DIGESTIVAS DOS CÃES E GATOS DIFERENÇAS NO TGI DE CÃES E GATOS Cães têm comprimento corporal de 0,75 m têm ± comprimento intestinal de 4,5 m (ID = 3,9 m; IG = 0,6 m) Gatos com comprimento corporal de 0,5 m têm o comprimento intestinal ± 2,1 m (ID = 1,7 m; IG = 0,4 m) DIFERENÇAS NO TGI DE CÃES E GATOS Cães apresentam intestino um pouco maior devido a adaptação a dietas onívoras Gatos exclusivamente carnívoras Animal Estômago ID Ceco Cólon e reto Suíno 29 33 6 32 Cão 63 23 1 13 Gato 69 15 1 15 Homem 17 67 1 16 Fonte: Borges e Nunes (1998) DIFERENÇAS NO TGI DE CÃES E GATOS Comparado com ruminantes/herbívoros que mastigam excessivamente o alimento, cães e gatos deglutem “grandes bolus” de alimentos com pouca/nenhuma mastigação Apesar de cães e gatos terem mesmo número de dentes incisivos e caninos, a boca do cão tem mais pré-molares e molares do que a do gato •Esses dentes associam-se ao maior esmagamento do alimento, o que é indicativo de dieta com maior conteúdo de matéria vegetal DIFERENÇAS NO TGI DE CÃES E GATOS Evolução em função da dieta: DIFERENÇAS NO TGI DE CÃES E GATOS Espécie Alimentos sólidos Líquidos CÃO Dentes incisivos e caninos agarram e cortam os alimentos Membros anteriores podem segurar o alimento Pequena mastigação ou nenhuma (mastigação parcial) Dão forma de "colher" à porção anterior da língua GATO Dentes incisivos e caninos Usam os membros anteriores O alimento sofre mastigação (boa mastigação) O líquido é retido nas papilas da língua Preensão e mastigação dos alimentos Fonte: Adaptado de www.medvet.hpg.ig.com.br. DIFERENÇAS NO TGI DE CÃES E GATOS Comprimento do ID está associado ao tempo de trânsito da digesta e absorção de nutrientes Enquanto em ruminantes o maior intestino é capaz de digerir altos teores de fibra – tempo de passagem de até 100 horas Carnívoros o tempo passagem varia entre 2 a 8 horas! Digestão protéica é mais rápida DIFERENÇAS NO TGI DE CÃES E GATOS O papel principal do intestino grosso de cães e gatos é a absorção de eletrólitos e água Em ambas espécies, o intestino grosso é relativamente curto (0,6 m em cães e 0,4 m em gatos) O cólon compreende a maior parte do intestino grosso O intestino grosso não possui qualquer vilosidade e sua superfície é lisa. Glândulas 8% da digestão total nestes animais DIFERENÇAS NO TGI DE CÃES E GATOS Contribuição da dieta fermentada no intestino grosso para suprimento da exigência energética dos animais Espécies % de contribuição energética Equino 40 to 63 Ovino 8 to 15 Suíno 10 to 76 Homem < 10 cão 7 to 26 PREFERÊNCIAS ALIMENTARES Cães (Canis familiaris) – dieta mais versátil omnívora Gatos – carnívoros estritos – exigências nutricionais restritas Preferências alimentares distintas: Gatos mais sensíveis quanto à qualidade do alimento – preferência por alimentos ligeiramente ácidos; alimentos úmidos ricos em gordura e alimentos habituais Cães também preferem os úmidos, salgador e adocicados, alimentos cozidos, aquecidos e alimentos novos não habituais PREFERÊNCIAS ALIMENTARES Comportamento alimentar típico: Cão – ancestral selvagem é o lobo – obtém alimento caçando em grupo e atacando presas de grande porte. Se alimentam até se fartar e em seguida passam longos períodos sem se alimentar – alimentação voraz Gato – descendente do pequeno gato norte-americano (Não de grandes felinos) – presas pequenas, como os roedoresm- se alimentam várias vezes ao dia – caça solitária, permite que se alimente lentamente Padrão alimentar proporciona diferenças que serão relevantes no metabolismo da energia e da proteína PREFERÊNCIAS ALIMENTARES Cães – Domesticação há mais de 15.000 anos atrás Proximidade com o homem levou a uma mudança gradual de sua dieta com maior aporte de carboidratos A espécie apresentou excelente adaptação fisiológica e metabólica a sua nova alimentação – se tornando então, um omnívoro Por outro lado, este tipo de alimentação similar à de seus donos fez surgir nestes animais problemas de saúde similares aos dos humanos (doenças cardíacas e obesidade) Modificação nas exigências nutricionais em comparação aos gatos, principalmente em relação à proteína e energia PREFERÊNCIAS ALIMENTARES Os gatos são mais sensíveis que os cães à qualidade de seu alimento (odor, sabor, textura, etc.) Os nutrientes que aumentam a palatabilidade dos alimentos para cães não causam efeito em felinos (ex: cloreto de sódio) Já os odores ou sabores desagradáveis ao homem, como os emanados de alimentos ácidos e maturados, são muito apreciados por gatos, que apresentam preferência por alimentos ligeiramente ácidos (pH entre 5 e 7). Cães: com maior número de receptores sensíveis aos açucares (D-frutose e sacarina) e “aminoácidos doces” (L-cisteína, L-prolina, L-lisina e L-leucina). PREFERÊNCIAS ALIMENTARES Cães preferem: Em relação a: Alimentos úmidos e semi-úmidos Secos Alimentos secos extrusados Alimentos secos peletizados Carne bovina Carne de frango Gordura animal Gordura vegetal Carne cozida Carne crua Açúcares simples Açúcares compostos Alimentos adocicados e salgados Alimentos com sabor ácido Dietas com alto teor de gordura Dietas com baixos teores de gordura Alimentos aquecidos (mornos) Temperatura ótima - 30-40° C. Alimentos frios Alimentos novos Alimentos habituais PREFERÊNCIAS ALIMENTARES Os gatos preferem alimentos úmidos aos secos, igualmente aos cães Os felinos preferem os alimentos secos contendo grande quantidade de gordura (8 a 25 % em relação à matéria seca), evitam o sabor amargo e apreciam pouco o sabor doce. Cor do alimento parece não alterar o consumo. Os felinos preferem os alimentos habituais aos alimentos novos. PREFERÊNCIAS ALIMENTARES Número de gatos = oito 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 1 2 3 4 10 20 30 40 50 Duração do testeem dias C on su m o em % (A + B = 1 00 ) Alimento habitual - A Alimento novo - B Preferência alimentar por um novo produto (Mugford 1977, citado por Royal Canin, 2001). COMPORTAMENTO ALIMENTAR Os cães preferem horários estabelecidos para as refeições. A alimentação fora de horários de rotina pode provocar um sub ou superconsumo de alimentos. A presença de outros animais aumenta o consumo de alimentos (facilitação social - comportamento de matilha), Desenvolvimento de hierarquias sociais animal dominante diminuição do consumo voluntário como sinal de submissão. Gatos alimentados ad libitum fazem entre 10 e 20 refeições ao dia, espaçadas indiferentemente durante o dia e a noite CONSUMO VOLUNTÁRIO Raças e Individualidade Algumas raças apresentam um maior consumo voluntário por kg de peso vivo. Labrador e o Golden Retriver apresentam um apetite exacerbado e, se alimentados à vontade, podem desenvolver obesidade em um grau severo quando adultos. Dobermann e o Galgo apresentam um consumo voluntário bem menor, porem o suficiente para a manutenção de seu metabolismo energético. CONSUMO VOLUNTÁRIO Estado fisiológico Gestação: aumento de consumo voluntário no terço final. Durante o cio redução do apetite voluntário, Machos reprodutores na presença de fêmeas no cio e um a dois dias após a cobertura – redução no apetite Imediatamente após o parto ocorre uma diminuição drástica do apetite causada por modificações hormonais e mobilização de gordura corporal. CONSUMO VOLUNTÁRIO CONSUMO VOLUNTÁRIO Lactação Normalmente leva a um maior consumo voluntário, pois há um aumento nos requerimentos nutricionais. Cadelas com uma ninhada numerosa (mais de oito filhotes) consumo não é suficiente para atender as necessidades energéticas e protéicas para a produção leiteira, com uma conseqüente mobilização corporal de gordura. Após a quarta semana o consumo começa a diminuir gradativamente até a sexta semana, quando ocorre o desmame progressivo dos filhotes. CONSUMO VOLUNTÁRIO Animais em crescimento: o consumo vai variar com a raça e o padrão de crescimento. Nos animais jovens, de crescimento rápido, como Rottweiller e Dog Alemão, há uma supressão nos mecanismos inibitórios do apetite, ligados às altas taxas de glicose e lipídeos no sangue. Em geral, ocorre um aumento do consumo com o aumento do peso vivo CONSUMO VOLUNTÁRIO Peso vivo Em animais da mesma raça, a quantidade de alimento ingerido por dia aumenta com o aumento do peso vivo. Acompanhada por um aumento da capacidade do estômago. Os cães de raças grandes apresentam um aparelho digestivo duas vezes menor que o de cães de raça pequena (com relação ao peso vivo), sendo assim um menor consumo de alimento em % do peso vivo é observado em raças grandes. CONSUMO VOLUNTÁRIO ROYAL CANIN. Princípios da Nutrição canina, Informativo Técnico e Científico da Royal Canin (CD-ROM) 2000. CONSUMO VOLUNTÁRIO Disponibilidade A disponibilidade do alimento afeta o consumo diretamente. Para um consumo máximo, o alimento deve ser fornecido à vontade, sem restrição. Restrição de horários sem restrição na quantidade de alimentos não restringe a capacidade de consumo diário em cães (aumento na velocidade de ingestão), A restrição de horários diminui o consumo de alimentos para gatos. Cães conseguem compensar aumentando sua velocidade de ingestão – voracidade Gatos – suavidade ao se alimentar CONSUMO VOLUNTÁRIO Odor , sabor , textura , temperatura A palatabilidade (sabor) é o ponto que mais influência na ingestão voluntária de cães e gatos. responsável pela rejeição ou pelo super consumo de determinados alimentos. A utilização de palatabilizantes ou flavorizantes é um fator obviamente relacionado com o consumo de alimento pelos animais. CONSUMO VOLUNTÁRIO Sabor doce muito apreciado por cães e pouco apreciado por gatos. Gorduras tem grande influência na palatabilidade e no consumo voluntário de ambos, com um efeito quadrático na ingestão de alimentos (25% de gordura) Para cães o cloreto de sódio é utilizado como palatabilizante, entretanto não é muito apreciado por gatos, que rejeitam teores maiores que 5 % de sal na matéria seca do alimento CONSUMO VOLUNTÁRIO Forma de apresentação dos alimentos A rações extrusadas são as mais utilizadas para cães e gatos. A extrusão aumenta a digestibilidade do produto, a palatabilidade e aspectos sensoriais. Gatos apresentam uma grande rejeição a alimentos farelados e secos. A umidificação das rações secas incrementa a aceitação dos alimentos. O formato e tamanho do grânulo extrusado também é importante, Gatos persas têm maior facilidade de apreensão quando os grânulos são achatados. COMPORTAMENTO E DIFERENÇAS DIGESTIVAS NOS HERBÍVOROS DIFERENÇAS NO TGI DE HERBÍVOROS DIFERENÇAS NO TGI DE HERBÍVOROS Desenvolvimento ruminal DIFERENÇAS NO TGI DE HERBÍVOROS Após finalização da goteira esofágica, o desenvolvimento ruminal se torna mais efetivo pelo estímulo dos AGV produzidos pela fermentação Desenvolvimento papilar DIFERENÇAS NO TGI DE HERBÍVOROS Evolução ocorreu conforme o tipo e grau de seleção que os animais conseguem atingir Equinos e caprinos são mais seletivos Glandulas salivares mais desenvolvidas e funcionais Alta taxa fermentativa e alta taxa de passagem da dieta Dieta com menores teores de fibra indigestível Fígado maior Intestino delgado menor Rúmen menos desenvolvido (caprinos) Estômago pouco expressivo (equinos) Mandíbula fina e móvel Intestino grosso funcional Retículo de tamanho expressivo Pilares ruminais finos DIFERENÇAS NO TGI DE HERBÍVOROS Por que os caprinos sobem nas árvores? DIFERENÇAS NO TGI DE HERBÍVOROS Bovinos e ovinos são menos seletivos quanto a fibra Glandulas salivares pequenas (pouca excreção de enzimas) Movimentos laterais de mandíbula Lenta taxa de passagem e de fermentação Intestino muito longo Rúmen com alto desenvimento de papila Abomaso grande Fígado reduzido Pilares ruminais robustos – alta motilidade DIFERENÇAS NO TGI DE HERBÍVOROS Bovinos pouco seletivos CONSUMO VOLUNTÁRIO Necessidade de consumo de forragem Seleção do alimento a ser consumido – tempo de seleção em função da disponibilidade de forragem Favorecer o animal na elevação de seu consumo potencial e seleção da melhor dieta. Escolha de folhas em detrimento ao colmo Partes menos lignificadas mais digestíveis CONSUMO VOLUNTÁRIO Carvalho et al.(2008) 6 cm 32 cm Ritmo de ingestão 2 x superior Incremento na massa do bocado Dobro do tempo para atingir o mesmo consumo PREFERÊNCIAS ALIMENTARES EQUINOS Grande capacidade de seleção de alimentos Preferem folhas, colmos e brotos 10 a 16 horas por dia para o pastejo, com duração de 2 a 3 horas para cada refeição Refeições separadas por intervalos curtos, caracterizados por períodos de descanso, pela locomoção e outrasatividades sociais O pastejo noturno é de 20 a 50% do tempo de ingestão diária, influenciado pelas condições ambientais Imposições de manejo, como o confinamento noturno, alteram os padrões de pastejo. PREFERÊNCIAS ALIMENTARES Potros confinados a noite, com concentrado e feno em quantidades não limitantes disponíveis na cocheira, pastam por mais tempo a tarde, quando comparado a outros que permanecem todo tempo no pasto (Sá Neto et al., 2008). A limitação do tempo destinado ao pastejo pela manutenção de cavalos em cocheira, mesmo que somente no período noturno, diminui o tempo diário de alimentação, aumenta o tempo ocioso (Pond, 1993) Confinamento desencadeia aumento na frequência de estereotipias (Johnson et al., 1998), o que prejudica a saúde geral dos animais PREFERÊNCIAS ALIMENTARES Maior preferência dos equinos às gramíneas em detrimento de leguminosas e outros tipos de vegetais Gramíneas temperadas, como o Azevém (Lolium multiflorum), Grama estrela e grama Bermuda (Cynodon spp.) são preferidas quando comparadas à gramíneas tropicais Sítios de pastejo diversificados – gramíneas e leguminosas no mesmo ambiente Preferem pastejo a uma menor altura, despendendo maior tempo com o pastejo e com maior massa de folhas PREFERÊNCIAS ALIMENTARES Volumosos conservados Os fenos são os principais alimentos volumosos conservados utilizados em confinamento para equinos Busca de alternativas como silagens ou pré-secados Elaboração e conservação de silagens é o ponto crítico Melo (2007) e verificou que o tempo destinado pelos animais ao consumo de três tipos de silagem “ad libitum” variou de 8,8 a 10 horas por dia, com maior tempo no período diurno em relação ao noturno. Os animais consumiram somente silagem por 27 dias sem alterações clínicas, hematológicas e dos perfis bioquímicos hepático e renal, demonstrando que este alimento conservado pode ser utilizado na alimentação de cavalos. PREFERÊNCIAS ALIMENTARES Rotina dos treinamentos dos cavalos para esporte, confinamento frequente fornecimento de concentrado Centros hípicos vem sendo motivo de estudo (volumoso: concentrado) Cavalos estabulados grandes quantidades de alimento concentrado, influência sobre o seu comportamento geral - estereotipias Cavalos atletas –> consumo exclusico de volumoso -- alta motivação à procura de alimentos – saciedade não é atingida PREFERÊNCIAS ALIMENTARES Altas proporções de alimentos concentrados na dieta de eqüinos confinados, aumentaram a incidência de distúrbios orais de comportamento (estereotipias), como morder grade/muro, lamber cocho/grade e comer a cama. A carência de alimentos volumosos na dieta, além dos problemas de desvios comportamentais, está também relacionada com problemas de saúde incluindo ulcerações gástricas, cólicas e laminites PREFERÊNCIAS ALIMENTARES A manutenção dos cavalos em cocheiras por longos períodos priva-os de adequada movimentação na busca de alimentos e das relações sociais com outros animais Entre as estereotipias há comportamentos orais atípicos como a coprofagia, a geofagia e comer pedaços de cascas de árvore, cercas, cama da baia, etc PREFERÊNCIAS ALIMENTARES Volumoso para os equinos é importante para a saúde física e mental Expressão do comportamento social e interação são mais pronunciadas em equinos em pastejo que consumindo capim picado no cocho PREFERÊNCIAS ALIMENTARES RUMINANTES Preferências herbáceas semelhantes aos equinos entretanto não há acometimento de estereotipias em confinamento. Fatores que afetam a digestão ou fatores nutricionais: características nutricionais da forrageira: maturidade e consequente valor nutritivo. Consumo limita-se: Quase sempre pelo enchimento ruminal Mertens, 1992: Quando há regulação pelos mecanismos físicos Reis & Silva (2006) o animal em condições de pastejo desafio de se alimentar ambiente altamente heterogêneo, com grande variabilidade na oferta de nutrientes Fatores que afetam a ingestão ou não- nutricionais PREFERÊNCIAS ALIMENTARES seleção da dieta tempo de pastejo tamanho do bocado taxa de bocado fatores não-nutricionais PREFERÊNCIAS ALIMENTARES Ponto de máxima ingestao A partir daí aumenta o tempo entre os bocados Importância do manejo da pastagem PREFERÊNCIAS ALIMENTARES Estimativa de consumo baseada no comportamento ingestivo 3 a 5 períodos de pastejo no dia >>Ao amanhã e ao entardecer<< Maioria durante o dia Ruminação Maior parte durante a noite Com curtos períodos de alimentação Modificações: ordenha, mudança de piquetes em situações de pastejo rotacionado e, excepcionalmente, por condições extremas de clima Fonte: Hogson, 1990 Em curto prazo, a menor escala de decisão do animal é o bocado, que significa a ação ou o ato de apreender a forragem com os dentes (Gibb, 1996). estação alimentar hipotética Patch Sítio de pastejo PREFERÊNCIAS ALIMENTARES Procura por sítios de pastejo: Locais de massa de forragem e altura elevadas Maior concentração de nutrientes (de verde mais intenso e menor lignificação) Otimizar ingestão de nutrientes Mais massa Menos massa PREFERÊNCIAS ALIMENTARES Estimativa da forragem disponível Quadrado de tamanho conhecido Lançamento em áreas aleatórias Corte da forragem, pesagem, estrapolando-se esta medida para o hectare Estimativa da forragem disponível Quanto mais heterogênea a pastagem ++ amostragens Fazer cortes até atingir Fatores que afetam o consumo voluntário Ruminantes: Tipos de limitação: física ou energética (Fisiológica) Controle físico: Capacidade de distensão do rúmen Restrição de acordo com o consumo e volume ruminal “efeito de enchimento” ou “repleção ruminal” Tempo necessário para processar a forragem ingerida Redução no tamanho de partícula para passagem no orifício retículo- omasal Mecanorreceptores sinalizam para redução no consumo Fatores que afetam o consumo voluntário Controle fisiológico Balanço nutricional ou status energético Ingestão energética atende as exigências Consumo de dietas com alta energia disponível (concentrados) Não há limitação física de dietas fibrosas Sinalização hormonal desencadeia a saciedade Não ocorre a repleção ruminal Redução no tamanho de partículas é rápida Fatores que afetam o consumo voluntário Partículas maiores ao chegarem no rúmen se mantém na parte dorsal – fase gasosa A medida que ocorre a digestão as partículas sofrem redução – aumento na densidade – fase sólida Partículas muito pequenas após digestão se diluem na fase líquida Passagem pelo orifício retículo-omasal Fatores que afetam o consumo voluntário Quanto mais fibrosa for a dieta maior será o tempo de digestão e passagem da dieta – enchimento ruminal controlará o consumo Quanto mais concentrado na dieta mais rápida será a digestão e os mecanismos de saciedade serão mais efeitivos Herbívoros sempre selecionam dietas mais fáceis de consumir, digeirir (folhas e colmos finos) Fatores que afetam o consumo voluntário Sabor Amargo e Azedo são preferidos por ruminantes Necessidade de consumo de sódio Gramíneas são deficiêntes em sódio Animais com deficiência de sódio ficam ávidos por lamber sal
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