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Nutrição de Silvestres:Animais Silvestres e de Experimentação Simulação da dieta no habitat natural (o animal em seu ambiente natural gasta grande parte do tempo e energia em busca de comida e fugindo de predadores). *Interação social – aprendizado, competição; *Personalidade do indivíduo – hábitos adquiridos, fadiga dietética (o animal que se alimenta da mesma coisa a sua vida toda); Tempo de apresentação – variável, vida livre X cativeiro. Critérios para formulação da dieta: · Anatomia do trato gastrointestinal; · Conteúdo nutricional dos alimentos; · Requisitos nutricionais; · Ingredientes disponíveis; · Fatores econômicos. Problemas na elaboração da dieta: · Não conhecer exatamente as necessidades de cada espécie; · Dietas baseadas no que se conhece para espécies domésticas próximas; · Ocorrerão deficiências de alguns nutrientes; · Necessidade de energia regula com o consumo de alimentos – no cativeiro o gasto de energia é menor. Aspectos práticos no manejo alimentar: · Répteis – alimentação variada; · Carnívoros; · Herbívoros; · Onívoros – animais oportunistas (se alimentam do que tem disponível na natureza). Aves: · Granívoros – sementes; · Frugívoros – frutas; · Nectívoros – néctar; · Onívoros – vegetais e carnes; · Insetívoros – insetos; · Filtradores – pequenos organismos aquáticos; · Carnívoros – carne; · Piscívoras – peixes e crustáceos. · Comem as mais variadas coisas oferecidas em cativeiro – nem sempre são os alimentos mais apropriados; · Precisam de uma quantidade de energia muito maior que cães e gatos; · Deve-se considerar espécie, nível de estresse, saúde, época do ano, disponibilidade, população local, se esta cativa ou em vida livre. Répteis Onívoros: · Equilíbrio relação Ca; · Suplementação de vitamina D3 – administração especifica de suplementos ou adicionar à dieta; · Alimentação variada – pode ocorrer risco de preferencias. · Utilização de rações específicas. Répteis: · Serpentes – carnívoras; · Alimentação variada: · Roedores; · Aves; · Peixes; · Répteis; · Manter água à vontade; · Evitar alface e muito mamão – levam a diarreia/desidratação; · Não devem comer restos de comida humana. Roedores/Lagomorfos: · Já existe no mercado uma variedade de misturas próprias para roedores; · É recomendado oferecer vegetais e frutas secas; · Materiais para desgaste de dentes – alimentos, madeiras... Granívoros: · Passeriformes, psitacídeos, columbiformes; · Dieta pobre em nutrientes; · Risco de contaminação fecal – deixar a alimentação a cima; · Pequenos granívoros: mistura de alpiste, painço, trigo, arroz com casca, milheto, linhaça, gergelim e aveia; · Grandes granívoros: mistura de ervilha, lentilha, aveia, amendoim, canjica, trigo, arroz com casca, feijão, grão de bico, abóbora, milho, girassol; · Em cativeiro, é recomendável oferecer ração comercial específica, grãos, sementes, frutas e vegetais; · Uma ração de qualidade possui o aspecto de salgadinho e cores neutras; · As sementes devem administradas mais ou menos uma vez na semana. Carnívoros: · Se alimentam de miúdos, restos e animais inteiros; · Na carne deve-se adicionar cálcio; · Peixes frescos, congelados suplementar. Herbívoros: · Galiformes e anseriformes (aves aquáticas); · Alimentos na água; · Condicionamento; · Muitas pessoas usam ração de frango comercial. Nectatívoros: · Beija-flor; · Suplementar proteína. Onívoros: · Tucanos e araçaris – os tucanos não conseguem se alimentar quando os alimentos são apresentados muito juntos; · Suplementar proteína: · Ração cão; · Ovos; · Carnes. Rações peletizadas – Possibilitam um equilíbrio da dieta; Rações de sementes – Deficientes em muitos nutrientes; Muitas sementes são excessivamente ricas em gorduras; Quando não balanceada pode causar obesidade, desnutrição e morte dos filhotes por carência ou excesso. Manejo alimentar e enriquecimento Ambiental: · No manejo alimentar pode-se adotar diferentes estratégias, usando o alimento como ferramenta antiestresse no cativeiro; · Estas estratégias de fornecimento de alimento constituem o enriquecimento ambiental; · Estimulam os animais a utilizarem seu potencial para busca de alimento. Tipos de enriquecimento: · Físico; · Sensorial; · Cognitivo; · Social; · Alimentar; · Ambiental. Doenças nutricionais: · Causado por tipo de alimento inadequado; · Quantidade inadequada (obesidade X anorexia); · Ambiente e manejo inadequados; · Hipovitaminoses A, C, D. Hipovitaminose A: · Deficiência proteica; · Dieta incorreta; · Temperatura ambiental baixa – afeta o sistema respiratório; · Comum em quelônios. Doença óssea metabólica: · Podem ocorrer por alterações na ingestão de cálcio, fósforo, vitamina D, proteína, cobre, zinco, manganês e vitamina A; · Apatia; · Deficiências estruturais nas penas associado ou não a arrancamento de penas em aves; · Alterações nas mudas e pelos; · Tetania hipocalcemia (grave); · Mais comum em répteis e pequenos mamíferos. · Osteoporose - em decorrência de desnutrição proteica ocorre baixa produção de tecido osteóide, com consequente diminuição generalizada do tecido ósseo e enfraquecimento do sistema esquelético. · Raquitismo – caracteriza-se por uma baixa mineralização do tecido osteóide como consequência da deficiência de vitamina D. Ela resulta em alterações especificas à cartilagem de crescimento, ocorre somente em filhotes; · Osteomalácia – é uma não mineralização do tecido osteóide decorrente da falta de fósforo ou da deficiência de vitamina D em adultos. Com isto o osso torna-se de pior qualidade, menos resistente, devido a menor deposição de hidroxiapatita; · Osteodistrofia fibrosa – é resultante de uma desmineralização provocada por uma retirada ativa de cálcio dos ossos mediada pelo paratormônio. Emprega-se o termo Osteodistrofia fibrosa, pois o tecido ósseo é substituído por tecido conjuntivo fibroso denso, deforma preserva-se a integridade do esqueleto. Tratamento: · Correção da dieta; · Correção ambiental; · Suplementação: · Cálcio; · Vitamina D3; · Sondagem; · Reparação de fraturas. Síndrome do Emagrecimento Progressivo: · Callithrix spp; · Não existem estudos definitos sobre sua etiologia; · Celíacos – reação do sistema imunológico; Má oclusão e abscessos dentários: · Etiologia´- alimentação, metabólica e mecânico; Estase Intestinal: · Dieta inadequada caba levando o animal a doença; · Comum em coelhos de pelo comprido; · Excesso de pelo no estomago; · Sinais clínicos – evidentes, diminuição da alimentação, aumento da ingestão de líquidos, pelos na defecação, sinal de dor e rangerão dos dentes; · Diagnóstico – exames clínicos e exames complementares (radiografia); · Tratamento – A cirurgia é a mais eficiente ou a ingestão de antimicrobianos; · Profilaxia – cortar o pelo do animal, pra evitar ingestão em excesso; · Prevenção – introduzir a dieta, pirâmide de alimentação, para que o trato gastrointestinal funcione de forma adequada e uma alimentação balanceada. Urulitíase: · Comum em roedores e lagomorfos; · Ocorre por dietas inadequadas – excesso de cálcio, fósforo e proteínas; · Sinais cínicos – dificuldade de urinar, dor abdominal intensa; · Diagnóstico – em base dos achados na consulta e raio-X; · Incontinência urinária – causado pelos cálculos; · Tratamento – cirúrgico para a retirada dos ovos e posteriormente uma readequação da dieta. Retenção de ovos: · Deficiência de cálcio; · Desnutrição; · Falha de manejo; · Excesso de postura; · Prolapso de coacla; · Alta mortalidade; · Complicações – ruptura de tecidos moles, ruptura do ovo; · Infecção secundária. · Tratamento – remoção do ovo, com uma agulha aspirar o conteúdo pela cloaca, com a pinça remover toda a casca. Hibernação: · Não é algo fisiológico; · Entram em estado de brumação – hipobiose (quando um animal está em um local não favorável em relação a temperatura), baixa suas taxas metabólicas para continuar vivos; · Comum em répteis e hamster; · Tratamento – aumentar a temperatura.Alimentação e nutrição: · A adequada alimentação e nutrição dos animais silvestres em cativeiro é um grande desafio; · Ao planejar o manejo dietético de um animal é preciso considerar: · Seus hábitos alimentares; · Suas necessidades nutricionais; · Quais alimentos o animal está habituado a consumir; · Quais nutrientes esses alimentos devem fornecer para suprir todas as suas necessidades: - Proteínas; - Carboidratos; - Vitaminas; - Minerais. Oferecimento da dieta: · Frutas inteiras ou picadas; · Tamanho dos pedaços; · Disposição do fornecimento (para animais diurnos ou noturnos); · Tempo que o alimento fica disponível; · Primatas e algumas aves – passam a maior parte do dia na busca e consumo de alimentos; · Respeitar quando se estabelece o manejo dietético da espécie: · Se o alimento ficar disponível por pouco tempo, é provável que os animais não recebem a quantidade adequada de nutrientes. Alimento de qualidade: · Qualidade dos itens fornecidos – produtos de baixa qualidade, deterioradas ou mal conservados também podem ser responsáveis por distúrbios alimentares ou doenças; · Sem contaminação: · Armazenamento; · Preparo; · Fornecimento da alimentação; · Medidas higiênicas rigorosas.
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