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Universidade Federal do Rio Grande do Norte Departamento de Engenharia de Produção PRO 1102 -‐ GESTÃO ESTRATÉGICA E PLANEJAMENTO EMPRESARIAL Profa. Fabrícia G. de Carvalho Apresentação do Professor ì Formação Acadêmica ì Doutorado e Mestrado em Engenharia de Produção (Universidade Federal de Santa Catarina); ì Doutorado-‐sanduiche (University of Calgary/Haskayne School of Business – Calgary/Canadá). ì Vida Profissional (empresa e academia) ì Indústria têxQl (chão de fábrica, Laboratório, P&D e Gestão) -‐ João Pessoa/PB, São Paulo/SP e Blumenau/SC (incluindo todo o Vale do Itajaí). Ementa ì Entendendo as organizações: objeQvos, divisão funcional, hierarquia, autoridade e responsabilidade, departamentalização e organograma. ì Princípios da Gestão: planejamento, organização, direção e controle. Níveis de planejamento nas organizações: estratégico, táQco-‐funcional e operacional; ì Gestão Estratégica nas empresas. Conceitos e abordagens para a estratégia: mudança, poder e cultura organizacional; ì Planejamento Estratégico: Missão, Visão, Valores e Estratégias Funcionais. Principais modelos e técnicas de planejamento estratégico: modelo das Quatro Forças, Fatores CríQcos de Sucesso, Construção de Cenários, Ciclo PDCA, Balanced Scorecard e outros. Estrutura da Disciplina ì Tipos de organização ì Modelos de Gestão ì Níveis de planejamento ì Modelos de planejamento (BSC) Metodologia ì Aula exposiQva e dialógica ì Seminário ì Grupo de estudo ì ArQgo Avaliação ì 02 provas ì 01 seminário em grupo (com arQgo cienffico a ser entregue ao final da apresentação) Referencial bibliográfico ANSOFF, H. Igor; DECLERCK, Roger P.; HAYES, Robert L. Do planejamento estratégico à administração estratégica. In: ANSOFF et all (org). Do planejamento estratégico à administração estratégica. São Paulo: Ed. Atlas, 1990, p. 48-‐90 CARVALHO, M.M; LAURINDO, F.J.B; Estratégia Compe88va: Dos conceitos à implementação. São Paulo: Atlas, 2010. CERTO, Samuel C.; PETER, J. PAUL. Administração Estratégica: Planejamento e implantação da estratégia. São Paulo: Makron Books, 1993. FERREIRA, M.P et al. Estratégia em diferentes contextos empresariais: fundamentos, modelos e perspec8vas. São Paulo: Atlas, 2010. HALL, Richard H. Organizações: estrutura e processos. Rio de Janeiro: PrenQce-‐Hall do Brasil, 2004 KATZ, Daniel; KAHN, Robert L. Psicologia Social das Organizações. 2 ed. São Paulo: Atlas, 1973 KAPLAN, Robert S. e NORTON, David P. A Estratégia em Ação. Rio de Janeiro: Campus, 1997. Referencial bibliográfico OLIVEIRA, Djalma P. R. Planejamento estratégico: conceitos, metodologias e práQcas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 1991 PAIVA, Ely Laureano, CARVALHO JR., José Mário de, FENSTERSEIFER, Jaime Evaldo. Estratégia de produção e operações: conceitos, melhores prá8cas. Porto Alegre: Bookman, 2004. 192 p. MINTZBERG, H; AHLSTAND, B; LAMPEL, J. Safári de Estratégia. Porto Alegre: Bookman, 2000 MINTZBERG, H.; QUINN, J.B. O processo da Estratégia. Porto Alegre: Bookman,2001 MILAN, Gabriel Sperandio, PRETTO, Marcos Ricardo. Gestão estratégia da produção: teoria, cases e pesquisas. [S.l.]: EDUCS, 2006. 303 p. SAADE, A e GUIMARÃES, T. Dominado estratégia de negócios: idéias e tendências do novo universo corpora8vo. Financial Times – PrenQce Hall, 2006. p. 180. SLACK N.; LEWIS M. Opera8ons Strategy. New York: PrenQce-‐Hall, p 582. WITTINGTON, R. O que é estratégia.São Paulo: Ed. Thomson, 2002. ì Entendendo as organizações Organização à É uma unidade social construída para atingir objetivos específicos; à Nunca constitui uma unidade pronta e acabada, mas um organismo social vivo e sujeito a constantes mudanças e transformações em seu caminho de desenvolvimento; à Busca de excelência. Organização “É representada por conjuntos de orgãos, suas relações de interdependência e a via hierárquica, assim como as vinculações que devem ser configuradas pelo organograma”. Nogueira Faria Mudanças na cultura organizacional Organizações à abordagem clássica para a gestão estratégica. O mundo se tornou plano….. à Globalização; à Outsourcing; à Cadeias de Suprimento ì Abordagem Clássica da Administração Abordagem Clássica da Administração Teoria Clássica 1841-1925 Fayol Ênfase nas estruturas Administração Científica 1856-1915 Taylor Ênfase nas tarefas Evolução das Organizações Abordagem Clássica da Administração: à Conseqüência da revolução industrial. Nos EUA, entre 1880 e 1890 inicia-‐se a produção em massa e o crescimento do numero de assalariados. à Cenário é de crescimento acelerado e desorganização das empresas, de maior porte. Inicia-‐se o processo de planejamento da produção e a redução da improvisação. Evolução das Organizações Abordagem Clássica da Administração: Principal percursor – Ford • A ideia de Henry Ford era popularizar um produto antes artesanal desQnado a milionários, ou seja, vender carros a preços populares, com assistência técnica garanQda, revolucionando a estratégia comercial da época. Evolução das Organizações Fordismo à O produto é padronizado, bem como o maquinário, o material, a mão-‐de-‐obra e o desenho do produto, o que proporciona um custo mínimo. à Para obter um esquema caracterizado pela aceleração da produção por meio de um trabalho ritmado, coordenada e econômico, Ford adotou três princípios: 1. Princípio da Intensificação 2. Princípio da economicidade 3. Princípio de produQvidade Evolução das Organizações Fordismo 1. Princípio da Intensificação -‐ Diminuir o tempo de duração com a uQlização imediata dos equipamentos e matéria-‐prima e a rápida colocação do produto no mercado. 2. Princípio da economicidade -‐ Reduzir ao mínimo o volume do estoque da matéria-‐prima em transformação, fazendo com que o automóvel fosse pago à empresa antes de vencido o prazo de pagamento dos salários e da matéria-‐prima adquirida. 3. Princípio de produQvidade -‐ Aumentar a capacidade de produção do homem no mesmo período (produQvidade) por meio da especialização e da linha de montagem. Evolução das Organizações Fordismo • O engenheiro americano notou que era muito mais barato e rápido produzir um modelo de automóvel padronizado. De acordo com o sistema fordiano de produção, o automóvel passava por uma esteira de montagem em movimento e os operários colocavam as peças. • Logo, cada operário deveria cumprir uma função específica. Desta forma, exisQam operários para determinadas funções (pintura, colocar pneus, direção, motor, etc). Neste sistema, um automóvel era montado em apenas 98 minutos . • O modelo de automóvel mais famoso produzido por Henry Ford foi o modelo “T”, também conhecido como “Ford Bigode”. Este veículo foi o mais vendido no final do século XIX. Evolução das Organizações Abordagem Clássica da Administração: 1) Expoente Principal – Taylor (1856 – 1915) – para ele as industrias da época padeciam de 3 males: -‐ vadiagem dos operários; -‐ desconhecimento pela gerencia das roQnas de trabalho e do tempo necessário para sua realização; falta de uniformidade das técnicas e dos métodos de trabalho. Obje8vo: eliminar desperdícios nas indústrias americanas, para alcançar mais produ:vidade, menores custos e melhores margens de lucro. Evolução das Organizações Administração como Ciência ì Seu mérito é encarar sistemaQcamente o estudo da organização. Foi o primeiro a fazer uma análise completa do trabalho, incluindo tempos e movimentos. Estabelece padrões de execução, treina operários, especializa o pessoal, inclusive o da direção. ì A tentaQva de subsQtuir métodos empíricos e rudimentares pelos métodos cienfficos recebeu o nome de Organização Racional do Trabalho (ORT). Evolução das Organizações A ORT se fundamentava nos seguintes aspectos: 1 -‐ Análise do trabalho e estudo dos tempos e movimentos ì Decompõe cada tarefa e cada operação da tarefa em uma série ordenada de movimentos simples. Os movimentos inúteis eram eliminados e os movimentos úteis eram simplificados. ì Desenho de ferramentas, disposi8vos e equipamento -‐ Reposicione ferramentas e materiais para reduzir os movimentos de busca. Evolução das Organizações 2-‐ Estudo da fadiga humana 0 estudo dos movimentos humanos têm a finalidade de evitar movimentos inúteis na execução de uma tarefa; 3-‐ Divisão do trabalho e especialização do operário Especialização à processo de estreitar cada vez mais a amplitude de um determinado trabalho. A racionalidade para a especialização está na crença de que, quanto mais concentrados os esforços do indivíduo, mais produ8vo ele será no seu trabalho. Evolução das Organizações 4-‐Incen8vos salariais e prêmios de produção ì A remuneração baseada no tempo (salário mensal, diário ou por hora) não esQmula ninguém a trabalhar e deve ser subsQtuída por remuneração baseada na produção de cada operário. ì O operário que produz pouco ganha pouco e o que produz mais, ganha na proporção de sua produção. 5-‐Conceito de Homo economicus (homem econômico) ì O homem é moQvado a trabalhar pela necessidade de ganhar dinheiro para viver. ì O homem é influenciado por recompensas salariais, econômicas e materiais. Evolução das Organizações Abordagem Clássica da Administração: 2) Fayol (1841-‐1925) -‐ ênfase na estrutura que a organização deveria possuir para ser eficiente. à Influenciada pelas concepções anQgas de organização (como organização militar e eclesiásQca) tradicional, rígida e hierarquizada. à A administração é um todo do qual a organização é uma das partes. Evolução das Organizações ì Tradicional Típica do design de Taylor e Fayol, possui caráter autoritário, hierárquico, verQcal, mecanicista, e burocráQco. Evolução das organizações Abordagem com maior ênfase nas relações humanas: ü Surge a Teoria das Relações Humanas (1932) v HOMO SOCIAL; v PREOCUPAÇÃO COM A SATISFAÇÃO DOS TRABALHADORES. Evolução das Organizações Abordagem Humanís8ca: • A transferência da ênfase antes colocada na tarefa (Adm. Cienffica) e na estrutura organizacional (Teoria Clássica) passa para a ênfase nas PESSOAS QUE TRABALHAM OU QUE PARTICIPAM DA ORGANIZAÇÃO. • A Abordagem HumanísQca ocorre com o aparecimento da Teoria das Relações Humanas, nos EUA, a parQr da década de 1930. • Ela surgiu graças ao desenvolvimento das ciências sociais, notadamente a Psicologia e, em parQcular, a Psicologia do Trabalho Evolução das Organizações Esta abordagem passou por duas etapas em seu desenvolvimento: 1) A análise do trabalho à O objeQvo da Psicologia do Trabalho / Industrial era a análise das caracterís8cas humanas que cada tarefa exige do seu executante e a seleção cienffica dos empregados baseada nessas caracterísQcas por meio de testes psicológicos. 2) A adaptação do trabalho ao trabalhador à A Psicologia Industrial está voltada a aspectos individuais e sociais do trabalho, que predominam sobre os aspectos produQvos. Concepções da Teoria Clássica e Humanística Teoria Clássica Teoria das Relações Humanas Trata a organização como máquina. Trata a organização como grupos de pessoas. Enfatiza as tarefas ou a tecnologia. Enfatiza as pessoas. Inspirada em sistemas de engenharia. Inspirada em sistemas de psicologia. Autoridade centralizada. Delegação de autoridade. Linhas claras de autoridade. Autonomia do empregado. Especialização e competência técnica. Confiança e abertura. Acentuada divisão do trabalho. Ênfase nas relações entre as pessoas. Confiança nas regras e nos regulamentos. Confiança nas pessoas. Clara separação entre linha e staff. Dinâmica grupal e interpessoal. Evolução das Organizações 3) Teoria Neoclássica: “Novo movimento das Relações Humanas” ü Principais representantes: Deming, Tom Peters, Peter Drucker e Willian Ouchi ü Propõe que a organização deve: Ø procurar sa8sfazer os seus funcionários; Ø possuir um processo de tomada de decisões par8cipa8vo; Ø ter uma organização flexível e buscar sempre se atualizar com novos conhecimentos Evolução das Organizações ì Moderna Originária da arquitetura behaviorista, influenciada pelas ciências do comportamento, caracteriza-‐se por uma construção orientada pela abordagem sistêmica, comportamental e orgânica. à Dinâmica: Flexibilidade, Inovação e Valorização dos Talentos Humanos. Evolução das Organizações ì Contemporânea Fruto do advento da “Globalização” tem nos fatores de mercado e na evolução tecnológica suas bases, de onde surgem soluções adhocráQcas, parQcipaQvas e horizontais. à Incorpora: Valores, Idéias e Tecnológias. Evolução das Organizações Tradicional Moderna Contemporânea Análise das aQvidades formais das Organizações. Análise estrutural-‐ funcional(comportamento humano). Clientes e não-‐ clientes (clientes potenciais). Autoritária (“imposição pelo cargo”). ConsulQva (“sistemas cooperados”). ParQcipaQva(“confiança nos colaboradores”). Princípios tradicionais (“fatores dia-‐a-‐dia”). Conceito de Cultura (“fatores moQvadores”). Processos, com uso intensivo da tecnologia da informação (“ampliação da visão do trabalho”). Sistema Fechado Sistema Aberto Holismo (“Globalização”). Individual e centralizada Processo Decisório Situacional Ênfase em Negociações e Processo Decisório comparQlhado com base em Sist. Informação. Qualquer organização é ao mesmo tempo: ì Uma agência de produção; ì Uma estrutura social concreta. ANSOFF, 1981. Evolução das Organizações Algumas frases de Henry Ford "O passado serve para mostrar as nossas falhas e nos dar indicações para o progresso do futuro ". "Não aponte defeitos, aponte soluções". "Estar decidido, acima de qualquer coisa, é o segredo do sucesso". "O fracasso é a oportunidade de recomeçar, com mais inteligência e redobrada vontade". Como as organizações convencionais podem evoluir para organizações que utilizam a gestão estratégica ?
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