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13/03/2017 1 Recursos Terapêuticos Mecânicos I Fisioterapia – ESC Prof. Dra. Liliana A. P. Azevedo Transferência de Energia Térmica • O calor não é uma forma de energia verdadeira, é um termo utilizado para descrever certas formas de transferência de energia (energia cinética). • A transferência de energia ocorre por: - condução; - convecção; - radiação. 13/03/2017 2 Condução e Convecção • Condução: transferência de calor de lugar para o outro pelo movimento cinético entre os átomos e moléculas. Dentro do corpo humano, ocorre de uma camada de tecido para outra. - compressas úmida/seca quentes ou frias. • Convecção: consiste no transporte de calor pela movimentação de um meio para o outro. - turbilhões e piscinas. Radiação • É a transferência de energia sem o uso de um meio, é a energia emitida de uma superfície de um corpo que cuja a temperatura esteja acima do zero absoluto. Uma radiação térmica incidente na superfície pode ser: - refletida - absorvidas - transmitidas Ex: Infravermelho e laser. 13/03/2017 3 Efeitos do Calor • Os feitos do calor sobre a taxa metabólica, a inflamação e a dinâmica do sangue e dos fluidos são, em geral, opostas aos do frio. •As aplicações de calor e de frio diminuem a dor e o espasmo muscular, alterando o limiar das terminações nervosas. • O uso de calor é indicado nos estágios inflamatórios subagudo (ATENÇÃO) e crônicos de uma lesão. Efeitos do Calor • Temperatura limite de 42º a 45ºC. •O momento certo de iniciar o uso das modalidades de calor é muito mais crítico. •O principal efeito do calor é um aumento do metabolismo celular e da taxa inflamação. Se o calor for aplicado no início da lesão, pode causar um aumento do número de células lesadas ou destruídas devido a hipóxia secundária. 13/03/2017 4 Efeitos do Calor • Os diferentes efeitos do aquecimento são consequências de fatores como: - volume do tecido absorvendo a energia; - composição do tecido; - capacidade do tecido em dissipar calor; - velocidade de aumento da temperatura; - a temperatura para qual o tecido é aquecido. Efeitos Locais do Calor • Vasodilatação; • ⇑ da taxa de metabolismo celular; • ⇑ da permeabilidade capilar; • ⇑ da drenagem venosa e linfática; • Formação de edema; • Remoção dos resíduos metabólicos; • ⇑ da elasticidade dos ligamentos, cápsulas e músculos; • Analgesia e sedação dos nervos; • ⇓ do tônus e do espasmo muscular; • ⇑da velocidade de condução nervosa. 13/03/2017 5 Efeitos Sistêmicos do Calor • ⇑ da temperatura corporal; • ⇑ da pulsação; • ⇑ da frequência respiratória; • ⇓ da pressão arterial. Indicações •Quadros inflamatórios subagudos ou crônicos; • Redução da dor crônica e subaguda; • Espasmo muscular crônico e subagudos; • Aumento da amplitude de movimento; • Resolução de hematomas; • Redução de contraturas articulares. 13/03/2017 6 Contraindicações • Traumatismos agudos; • Circulação insuficiente; • Regulação térmica deficiente; • Áreas anestésicas; • Neoplasias. Modalidades de Calor Calor Superficial Calor Profundo Lâmpadas Infravermelhas Diatermia de Microondas Compressas quentes Diatermia de Ondas Curtas Banhos de Parafina Ultrassom Turbilhão ou imersão quentes 13/03/2017 7 Forno de Bier Calor Superficial • Os agentes de aquecimento superficial devem ser capazes de aumentar a temperatura da pele dentro de limite de 40 a 45°C, para que produzam efeitos terapêuticos. •Entretanto, esses agentes de aquecimento superficiais limitam- se a profundidade de inferiores a 2 cm. 13/03/2017 8 Dissipação do Calor • O calor terapêutico aplicado, produz uma rápida elevação na temperatura de pele. Isso ocorre porque a energia está sendo absorvida com maior velocidade do que o sangue resfriado pode removê-la. •Após 10’ a 15’ o gradiente de temperatura começa a se igualar, nesse momento, o corpo está capacitado a contrabalançar a energia fornecendo uma quantidade de energia adequada para resfriar a área. Lesão por Aquecimento • Se a intensidade do tratamento for excessiva (de 45°C ⇑) ou se a duração da exposição ao calor for muito prolongada (20’) poderão ocorrer queimaduras. • O mosqueamento, no qual a pele do paciente fica marcada com manchas brancas e vermelho-beterraba, é um sinal de advertência. • Até queimaduras com formação de bolhas. 13/03/2017 9 Frio X Calor Efeito Frio Calor Profundidade de penetração até 5 cm 1-2 cm superficial 2-5 cm profundo Duração do efeito horas dissipação após remoção Fluxo sanguíneo vasoconstrição vasodilatação Taxa metabólica celular diminuída aumentada Consumo de O2 diminuída aumentada Resíduos celulares diminuída aumentada Viscosidade dos fluidos aumentada diminuída Permeabilidade capilar diminuída aumentada Inflamação diminuída aumentada Dor diminuída diminuída Espasmo muscular diminuída diminuída Velocidade de condução nervosa diminuída aumentada Compressas Quentes • Podem ser úmidas ou secas. •É uma modalidade de aquecimento superficial que transfere energia ao paciente através da condução. Assim, cada camada de tecida subjacente subsequente é aquecida a partir do tecido sobreposto a ele. • Bolsas de materiais variados, algumas devem ser aquecidas a até 70°C e serão aplicadas ao paciente com o próprio isolante da bolsa agindo entre 40 a 43°C no paciente. 13/03/2017 10 Compressas Quentes Compressas Quentes • Qualquer uma delas deve ser substituída periodicamente após aproximadamente 5’ de aplicação. •Compressas caseiras podem ser utilizadas com a mesma eficácia, podendo o terapeuta orientar cuidadosamente o paciente. 13/03/2017 11 Termoterapia RTMec I Infravermelho Infravermelho • A radiação infravermelha é um agente térmico superficial podendo ser luminosa ou não-luminosa. •São três bandas biologicamente significativas que diferem no grau com que são absorvidas pelos tecidos biológicos e portanto, seu efeito esses tecidos. - IV A: 0,78 a 1,4 μm - IV B: 1,4 a 3,0 μm - IV C: 3,0 μm a 1,0 mm 13/03/2017 12 Espectro Eletromagnético Infravermelho 13/03/2017 13 Infravermelho • Os geradores luminosos consistem em um fio de tungstênio dentro de um tubo da vidro que contém um gás inerte a baixa pressão. • A temperatura do corpo emissor afeta o comprimento de onda da radiação emitida. Assim, quanto mais alta a temperatura da lâmpada, mais alta a frequência média de saída e consequentemente, mais curto o comprimento de onda. Infravermelho • As lâmpadas luminosas são geralmente encontradas com níveis da potência entre 250 a 1500W. •As radiações IV podem ser refletidas, absorvidas, transmitidas, e sofrer refração. Sendo a reflexão e a absorção os processos de maior significância biológica e clínica. 13/03/2017 14 Infravermelho •A absorção depende: - estrutura e tipo do tecido; - vascularidade; - pigmentação; - comprimento de onda. Infravermelho • A penetração depende tanto das propriedades da absorção dos constituintes da pele como do grau de difusão ocasionada pelas microestruturas da pele, depende: - intensidade da fonte de IV; - comprimento de onda; - ângulo de incidência da radiação na superfície; - coeficiente de absorção do tecido.13/03/2017 15 Infravermelho • A penetração máxima ocorre comprimento de onda de 1,2 μm. • Hardy (1956), comprovou que a radiação de 1,2 μm penetram a uma profundidade de 0,8 mm. •Selkins e Emery (1990), demostraram que quase toda energia é absorvida a uma profundidade de 2,5 mm. •O IV não produz efeitos fotoquímicos. Efeitos Terapêuticos •Diminuição da dor; •Atua sobre as camadas da pele; • Lesões de pele (fungos e psoríase). 13/03/2017 16 Aplicação Clínica • Aquecimento prévio da lâmpada (3’); • Paciente em posição confortável para permanecer parado durante todo o tratamento. Pele descoberta, limpa e seca. Podem ser cobertas áreas que não serão tratadas; • Posicionamento da lâmpada, ∢ reto e distância segura em torno de 50 cm. Dosagem • A quantidade de energia recebida pelo paciente está relacionada a duas lei da física dentre outros fatores: - Lei do Co-seno: a energia eletromagnética é transmitida com maior eficiência aos tecidos quando ela atinge o tecido com em ângulo reto (90°). Ee = Er x Co-seno ∢i 13/03/2017 17 Dosagem - Lei do Quadrado Inverso: a intensidade da energia radiante depende da distância entre a fonte e os tecidos, a intensidade é proporcional ao quadrado da distância entre a fonte de energia. Ee = Er/D² Dosagem • A quantidade de energia recebida pelo paciente será governada por: - potência da lâmpada; - distância entre a lâmpada e o paciente; - duração do tratamento (10 a 20’); - ∢ de incidência. 13/03/2017 18 Riscos •Lesões agudas de pele em aplicações a temperaturas acima de 46°C – queimadura; • Sistemas Respiratórios – bebê; • Pessoas susceptíveis – idosos; • Danos ópticos Indicações •Efeito placebo nas lesões ortopédicas, melhora dor por mascaramento • Estética e Dermatofuncional • Termômetro de Superfície 13/03/2017 19 Contraindicações • Áreas ou pessoas com alterações de sensibilidade térmica; •Doenças cardiovasculares avançadas; • Áreas com circulação periférica local comprometida; • Tecido cicatricial ou desvitalizados por radioterapia; • Tumores malignos na pele; • Enfermidade febril aguda; • Doenças agudas de pele como dermatite ou eczema; • Testículos. TERMOGRAFIA • É a representação visual da temperatura de áreas do corpo, reproduzidas “fotografando” e “lendo” a superfície do corpo com o uso de um sistema detector sensível ao infravermelho. • Essa técnica é usada na detecção de áreas subjacentes de inflamação local, infecções ou lesões neurais e circulatórios iniciais. 13/03/2017 20 TERMOGRAFIA TERMOGRAFIA 13/03/2017 21
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