Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
SISTEMATIZAÇÃO DE ENFERMAGEM E DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM Prof. Sérgio de Morais Processo de Enfermagem Dra. Wanda de Aguiar Horta Doutora em Enfermagem pela Escola de Enfermagem Ana Néri da Universidade Federal do Rio de Janeiro com a tese intitulada "A observação sistematizada na identificação dos problemas de enfermagem em seus aspectos físicos", apresentada à cadeira de Fundamentos de Enfermagem, Rio de Janeiro, em 31 de outubro de 1968. Processo de Enfermagem É um método sistematizado para avaliar o estado de saúde do cliente, diagnosticar suas necessidades de cuidados,formular um plano de cuidados,implementá-lo e avaliá-lo quanto à sua efetividade.” (NANDA, 2001) Fornece estrutura para a tomada de decisão durante a assistência de enfermagem, tornando-a mais científica e menos intuitiva.” (Jesus, 2002) Processo de Enfermagem História • O termo Processo foi mencionado pela primeira vez por Lydia E. Hall em 1955. • Em 1961 Ida Jean orlando publicou o processo de enfermagem como uma proposta para se melhorar a qualidade do cuidado por meio de relacionamento dinâmico entre enfermeira e paciente. Processo de Enfermagem História • Dorothy Jonhson, Ida Jean Orlando e Ernestine Windemback desenvolveram métodos distintos para o estudo e identificação do processo de Enfermagem que compreendia tres fases e em 1967 houve a descrição por helen yura e mary B. Walsh do processo em quatro fases. Processo de Enfermagem História • Na segunda metade dos anos 60 Wanda de Aguiar Horta foi a primeira Brasileira a falar da teoria no campo de atuação profissional, apresentou o modelo de processo de Enfermagem com as cinco fases (histórico, diagnósticos, planejamento assistencial, plano de cuidados, evolução e prognóstico de enfermagem). • Em 1980 as literaturas tentam expandir e implantar a SAE e os diagnósticos de Enfermagem NANDA nos hospitais.. Wanda de Aguiar Horta embasada na teoria da Motivação Humana de Abraham Maslow desenvolve a Teoria das Necessidades Humanas Básicas. Horta introduz uma nova visão da enfermagem brasileira através de um conceito de sistematização. Seu principal objetivo ora alcançado foi o de tornar a profissão do Enfermeiro autônoma e caracterizá- la como ciência. Processo de Enfermagem História • Para que a profissão seja respeitada e alcance a tão estimada autonomia, precisamos que todos os Enfermeiros conheçam e apliquem esta maravilhosa ferramenta de trabalho.. RESOLUÇÃO COFEN-358/2009 Dispõe sobre a Sistematização da Assistência de Enfermagem e a implementação do Processo de Enfermagem em ambientes públicos ou privados, em que ocorre o cuidado profissional de Enfermagem, e dá outras providências. Tendo após esta resolução a obrigatoriedade dos serviços de saúde disponibilizarem este método de trabalho quando dotados de equipe de Enfermagem. Sistematização Segundo Ferreira,1975, sistematizar é tornar coerente com determinada linha de pensamento. A teoria de enfermagem é o alicerce para a implantação da SAE e o processo de Enfermagem a ferramenta para sua construção. As teorias garantem um caráter cientifico à prática da enfermagem desvinculando-a do empirismo. SAE • Ao aplicar a SAE o Enfermeiro deve realizar o julgamento clínico (método utilizado com base no conhecimento, pensamento, tomada de decisões clínicas) com suporte das evidências científicas obtidas após a avaliação dos dados subjetivos e objetivos do indivíduo, família ou comunidade, melhorando assim a prática assistencial e trazendo mais segurança aos pacientes. O processo de enfermagem representa um instrumento no planejamento e execução dos cuidados de enfermagem; É um método usado por enfermeiros para coletar dados, planejar, implementar e avaliar o cuidado; PROCESSO DE ENFERMAGEM Requer habilidades especiais de coleta de dados, entrevista, de comunicação, bem como a capacidade de agrupar informações, identificar objetivos e os meios para alcançá-los; Etapas ou fases. Jesus, C. A.C. PROCESSO DE ENFERMAGEM FASES INICIAIS • Processos rudimentares que contribuíram para o processo atual –Processo composto de três fases –Processo composto de quatro fases –Processo de cinco fases • Este processo foi legitimado como marco teórico da prática de enfermagem PROCESSO DE ENFERMAGEM Cinco Fases ANA (American Nurse Association) (1979) Incorporou o processo à estrutura teórica dos currículos de enfermagem Implantou o processo de enfermagem como obrigatório nas provas de obtenção de registro de enfermagem. PROCESSO DE ENFERMAGEM O processo de enfermagem organiza a forma de prestação dos cuidados e seguem uma ordem definida: O Processo de Enfermagem organiza-se em cinco etapas inter-relacionadas, interdependentes e recorrentes: I .Coleta de dados de Enfermagem (Histórico de enfermagem) II. Diagnóstico de Enfermagem III. Planejamento de Enfermagem IV. Implementação V. Avaliação de Enfermagem Etapas do processo de enfermagem Primeira etapa Segunda Etapa Terceira Etapa Quarta Etapa Quinta Etapa Investigação Diagnóstico de enfermagem Planejamento Implementação da assistência avaliação Histórico de Enfermagem Diagnostico de Enfermagem Planejamento de Enfermagem Implementação Avaliação de Enfermagem COFEN “É a dinâmica das ações sistematizadas e inter- relacionadas, visando a assistência ao ser humano” Wanda de Aguiar Horta Melhorar a qualidade da assistência ao paciente alcançando as necessidades específicas deste. Formado por 5 Fases: Processo de Enfermagem PROPRIEDADES DO PROCESSO DE ENFERMAGEM Intencional Voltado para uma meta Sistemático Abordagem organizada para alcançar o seu propósito Dinâmico Envolve mudanças contínuas PROPRIEDADES DO PROCESSO DE ENFERMAGEM Interativo Relação recíproca entre enfermeiro, cliente, família e outros Flexível Por se adaptar às necessidades e poder usar suas fases de modo seqüencial ou concomitante. Baseado em Teorias Elaborado a partir de bases teóricas e de amplo conhecimento Onde deve ser realizado? • Art. 1º O Processo de Enfermagem deve ser realizado, de modo deliberado e sistemático, em todos os ambientes, públicos ou privados, em que ocorre o cuidado profissional de Enfermagem. • § 1º - os ambientes de que trata o caput deste artigo referem-se a instituições prestadoras de serviços de internação hospitalar, instituições prestadoras de serviços ambulatoriais de saúde, domicílios, escolas, associações comunitárias, fábricas, entre outros. • § 2º - quando realizado em instituições prestadoras de serviços ambulatoriais de saúde, domicílios, escolas, associações comunitárias, entre outros, o Processo de Saúde de Enfermagem corresponde ao usualmente denominado nesses ambientes como Consulta de Enfermagem. Na investigação você realiza a coleta de dados e examina informações sobre a situação de saúde; Buscando evidências de funcionamento anormal ou fatores de risco que possam estar contribuindo para os problemas de saúde. Rosalinda Alfaro-Lefevre 23 “ É o roteiro sistematizado para o levantamento de dados do ser humano (significativos para o enfermeiro) que tornam possível a identificação de seus problemas.” Horta, 1979 24 ABORDAGEM INICIAL COLETA DE DADOS Os dados devem ser: • Descritivos; • Completos e não devem incluir declarações interpretativas; • Dados objetivos e subjetivos. Coleta de dados – COFEN I - Coleta de dados de Enfermagem ou Histórico de Enfermagem: Processo deliberado,sistemático e contínuo, realizado com o auxílio de métodos e técnicas variadas, que tem por finalidade a obtenção de informações sobre a pessoa, família ou coletividade humana e sobre suas respostas em um dado momento do processo saúde e doença. Coleta de dados: Podem ser obtidos de maneira direta ou indireta. Dados diretos: coletados a partir de informações do próprio cliente/paciente Dados indiretos:obtidos a partir de outras fontes como por exemplo familiares e / ou acompanhantes. Os dados ainda podem ser de natureza subjetiva e subjetiva. FONTE DE DADOS • Paciente; • Família ou outras pessoas importantes; • Membros da equipe de saúde; • Registros médicos. Métodos de coleta de dados: • Observação; • Entrevista; • Exame físico. ENTREVISTA • Diálogo entre o Enfermeiro(a) e o paciente ou qualquer outro informante deste. Entrevista Introdução Corpo Fechamento Fatores que Afetam a Entrevista Ambientais Técnica de Entrevista Comunicação Verbal e Não- Verbal Métodos de Coleta de Dados FINALIDADES DA ENTREVISTA • Identificar problemas, percepções e expectativas que demandem ações de enfermagem; • Estabelecer uma relação interpessoal; • Conhecer hábitos individuais que facilitem a sua adaptação à unidade e ao tratamento; • Tentar abranger a totalidade do paciente nos seus aspectos biopsicossocioespirituais; • Individualizar a assistência de enfermagem; • Avaliar a evolução das condições do paciente para detectar alterações ou tendências na sua situação saúde-doença; • Reduzir o nível de ansiedade do paciente; • Aumentar o grau de satisfação profissional do Enfermeiro(a) através desse contato direto. Objetiva, sem preconceito, valor, julgamento ou opinião pessoal; Descrição ou interpretação de dados objetivos deve ter apoio de observações específicas; Devem ser evitadas generalizações (bom, regular, normal e etc.) Descrição da Entrevista Os achados devem ser descritos de modo mais completo possível o que inclui a definição de características como tamanho e forma; Documentar os dados de modo claro e conciso; Escrever de modo legível com tinta indelével; Registro deve estar gramatical e foneticamente corretos. Descrição da Entrevista DIRETRIZES BÁSICAS • Iniciar a abordagem apresentando-se e situando a sua função dentro da instituição; • Solicitar a colaboração do paciente (familiar), esclarecendo o seu propósito; • Utilizar vocabulário adequado à compreensão do paciente (familiar) resp. limites. • Utilizar um ambiente privativo, ou biombos; • Evitar interrupções e/ou interferências; • Dar explicações sobre os procedimentos realizados partindo sempre do que o paciente (familiar) já sabe e deseja saber; • Registrar os achados de maneira clara, objetiva e precisa e utilizar essas informações como parâmetros de comparação para avaliações subseqüentes. 36 EXAME FÍSICO É a verificação dos Sinais Vitais e o exame minucioso de todos os segmentos utilizando técnicas de: Inspeção; Palpação; Percussão; Ausculta. Achados importantes 37 PROBLEMAS DE ENFERMAGEM “É uma condição do paciente ou sua família, a qual pode ser auxiliada pelo Enfermeiro(a) através de sua função profissional. É toda situação que requer atendimento a necessidades” Daniel, 1981 “Situação ou condição decorrentes dos desequilíbrio das necessidades básicas do indivíduo, família e comunidade, e que exigem do(a) Enfermeiro(a) sua assistência profissional” Horta, 1979 Validação dos dados Nesta sub-etapa do processo de enfermagem a enfermeira realiza um paralelo entre os dados coletados e os parâmetros de normalidade. Evita-se assim, erros na identificação dos problemas, esquecimento de dados ou presunções inadequadas. Agrupamento dos dados A enfermeira utiliza-se de seu pensamento crítico e realiza julgamento baseado em evidências. O agrupamento de dados deve ser orientado sob uma visão holística, considerando: o Os aspectos sociais o Os aspectos culturais o Os aspectos psicológicos Identificação dos padrões Nesta etapa a enfermeira (o)decidem sobre o que é relevante para identificação dos padrões. Exemplo: paciente queixando dor torácica. A enfermeira (o) deverá inferir, a partir da coleta de dados quais fatores estão relacionados com a dor torácica queixada. 41 É a determinação do problema real ou potencial do estado de saúde do paciente. O propósito geral do diagnóstico de enfermagem é interpretar dados de avaliação e então identificar os problemas de saúde que envolvem o paciente, família e a comunidade. 2ª Etapa do processo: Diagnósticos de enfermagem “Os diagnósticos de enfermagem são julgamentos clínicos sobre as respostas do individuo, da família ou da comunidade a problemas de saúde reais ou potenciais e proporcionam as bases para as seleções de intervenções de enfermagem para alcançar resultados pelos quais a enfermeira é responsável” Diagnósticos de Enfermagem –COFEN 358-2009 II - Diagnóstico de Enfermagem - processo de interpretação e agrupamento dos dados coletados na primeira etapa, que culmina com a tomada de decisão sobre os conceitos diagnósticos de enfermagem que representam, com mais exatidão, as respostas da pessoa, família ou coletividade humana em um dado momento do processo saúde e doença; e que constituem a base para a seleção das ações ou intervenções com as quais se objetiva alcançar os resultados esperados. Diagnósticos de Enfermagem “ O uso dos diagnósticos de enfermagem proporciona ao enfermeiro uma linguagem comum para a identificação dos problemas do cliente e os auxilia na escolha das prescrições de enfermagem, bem como a avaliação de tal prescrição” Doenges Moorhouse Tipos de Diagnóstico • Na NANDA identifica-se três categorias de diagnósticos, tais como: • Com foco no problema: DE Real e de Síndrome • DE de promoção da saúde • DE de Risco Tipos de Diagnóstico • DE com foco no problema Julgamento clínico de uma ou mais respostas humanas indesejadas à condições de saúde/processos de vida exixtentes em um indivíduo, família, grupo ou comunidade. Nestes incluem DE Real e de Síndrome Estes tem características definidoras e fatores relacionados. Tipos de Diagnóstico • DE de Promoção da Saúde Inclui motivação e desejo do indivíduo em aumentar seu bem estar, e concretizar o potencial de saúde humana. Estas respostas estão expressas por uma disposição para aumentar comportamentos específicos de saúde para serem utilizados em qualquer condição de saúde. Respostas de promoção podem ser individuais, da familia ou comunidade. Estes incluem Características definidoras e Fatpres relacionados, e no título trazem as palavras Disposição para Tipos de Diagnóstico • DE de Risco Julgamento clínico sobre a vulnerabilidade de indivíduo, família, grupo ou comunidade para desenvolvimento de uma resposta humana indesejada a condições de saúde/processos de vida. Componentes estruturais dos Diagnósticos de Enfermagem Titulo : Nome do diagnóstico Ex: integridade tissular prejudicada Fatores relacionados : é a origem dos problemas, de ordem fisiológica, psicológica, sociocultural, ambiental, espiritual. Ex: Integridade tissular prejudicada relacionada a imobilização física e circulação alterada. Componentes estruturais dos Diagnósticos de Enfermagem Características definidoras: são as provas de que existe um problemas . São sinais e sintomas e, ainda as manifestações indicativas de um distúrbio. Ex: Integridade tissular prejudicada relacionada a imobilizaçãofísica e circulação alterada evidenciada por ferida com área de solapamento, 8 cm, na região trocantérica. Componentes estruturais dos Diagnósticos de Enfermagem Fatores de risco: Fatores de natureza fisiológica, psicológica, genética, química que tornam uma família, comunidade ou individuo suscetíveis a um evento insalubre. Ex: Risco de infecção relacionado a inserção de uma sonda vesical de demora. Definição: é a descrição do problema de forma a não deixam dúvidas quanto ao real diagnóstico. Visa a não ocorrência de ambigüidades Exemplo de Diagnóstico de Enfermagem (NANDA) Titulo: eliminação urinária prejudicada Definição: distúrbios na eliminação da urina CARACTERISTICAS DEFINIDORAS FATORES RELACIONADOS Incontinência Urgência Nictúria Hesitação Freqüência Retenção Disúria Infecção no trata urinário Obstrução anatômica Múltiplas causas Dano sensomotor Eixos para a elaboração dos diagnósticos de enfermagem (NANDA 2012-14) Eixo 1: O foco do diagnóstico Eixo 2: O sujeito do diagnóstico Eixo 3: Julgamento Eixo 4: Localização Eixo 5: Idade do indivíduo Eixo 6: Tempo (agudo, crônico, curta ou longa duração) Eixo 7: Situação do Diagnóstico Domínios dos Diagnósticos de Enfermagem (NANDA 2012-14) 1) Promoção da saúde 2) Nutrição 3) Eliminação/ Troca 4) Atividade/repouso 5) Percepção/Cognição 6) Autopercepção 7) Papéis e Relacionamentos 8) Sexualidade 9) Enfrentamento/ Tolerância ao estresse 10) Princípios de vida 11) Segurança/proteção 12) Conforto 13) Crescimento/Desenvolvimento Classes dos Diagnósticos de Enfermagem (NANDA 2012-14) 1) Percepção da Saúde 2) Controle da Saúde 3) Ingestão 4) Digestão 5) Absorção (S/D) 6) Metabolismo 7) Hidratação 8) Função Urinária 9) Função Gastrointestinal 10) Função Integumentar (S/D) 11) Função Respiratória 12)Sono e Repouso 13) Atividade/Exercício 14) Equilíbrio de Energia 15) Respostas cardiovasculares/pulmonares 16) Autocuidado 17) Atenção 18) Orientação Classes dos Diagnósticos de Enfermagem (NANDA 2012-14) 19) Sensação/Percepção (S/D) 20) Cognição 21) Comunicação 22) Autoconceito 23) Autoestima 24) Imagem Corporal 25) Papéis do Cuidador 26) Relações Familiares 27) Desempenho do papel 28) Identidade Sexual (S/D) 29) Função sexual 30) Reprodução 31) Respostas Pós trauma 32) Respostas de Enfrentamento 33) Estresse Neurocomportamental Classes dos Diagnósticos de Enfermagem (NANDA 2012-14) 34) Valores 35) Crenças 36) Coerência entre valores/crenças e atos 37) Infecção 38) Lesão Física 39) Violência 40) Riscos Ambientais 41) Processos Defensivos 42) Termorregulação 43) Conforto Físico 44) Conforto Ambiental 45) Conforto Social 46)Crescimentro 47) Desenvolvimento 58 “É a determinação global da assistência de enfermagem em que o ser humano deve receber diante do diagnóstico estabelecido.” Horta, 1979 Os planos assistenciais envolvem 4 áreas: 1. Problema; 3. Objetivos; 2. Ações; 4. Avaliação. 3ª Etapa: Planejamento ou Plano Assistencial COFEN 358-2009 III - Planejamento de Enfermagem - determinação dos resultados que se espera alcançar; e das ações ou intervenções de enfermagem que serão realizadas face às respostas da pessoa, família ou coletividade humana em um dado momento do processo saúde e doença, identificadas na etapa de Diagnóstico de Enfermagem. 60 Dentro do Plano Assistencial de Enfermagem, ou seja, Planejamento de Enfermagem temos, que estabelecer 2 tópicos importantes: • META OBJETIVO Caminho a ser percorrido........ Foco, onde eu quero chegar..... É nesta etapa que a enfermeira (o) definem metas e traçam objetivos a serem alcançados. Para realizar o planejamento observe os itens abaixo: I. Ser claro e conciso II. Ser centrado no paciente III. Estar relacionado ao titulo do diagnóstico IV. Ser alcançável V. Conter limite de tempo VI. Ser mensurável Planejamento Vantagens: Promove a comunicação entre os cuidadores Direciona o cuidado e a documentação Cria um registro que pode ser usado mais tarde em avaliações, em pesquisas e situações legais. Fornece a documentação das necessidades de atendimento de saúde com a finalidade de reembolso do seguro. 63 “É o roteiro diário que coordena a ação da equipe de enfermagem nos cuidados adequados ao atendimento das necessidades humanas básicas e específicas do ser humano.” Horta, 1979 64 F – azer; A – judar; O – rientar; S – upervisionar; E – ncaminhar. O que – Onde – Como - Quando 4 ªEtapa: Implementação Resolução COFEN 358-2009 IV - Implementação - realização das ações ou intervenções determinadas na etapa de Planejamento de Enfermagem. A prescrição de enfermagem: Devem apresentar data de redação Devem conter a ação a ser realizada com verbo no infinitivo Deve determinar quem vai realizar a ação Deve conter frases descritivas Deve conter assinatura da enfermeira (o) responsável pela prescrição . Alfaro-Le Fevre, 2005 Itens necessários para uma prescrição de enfermagem O que fazer? Como fazer? Quando fazer? Onde fazer? Com que freqüência fazer? Por quanto tempo fazer? Quanto fazer? Resolução 358 COFEN - Art.4º . É de incumbência privativa do enfermeiro a liderança na execução e avaliação do Processo de Enfermagem, bem como o diagnóstico de enfermagem,a prescrição das ações e as intervenções de enfermagem. “A delegação da prescrição de cuidados a outros profissionais compromete a definição do papel do enfermeiro.”(TANNURE, 2010) Tipos de prescrição: • Prescrição Dependente: é aquela concluída segundo solicitação médica, mas que requer julgamento ou tomada de decisão da enfermagem • Prescrição independente: é aquela que pode resolver os problemas do cliente sem consulta ou colaboração médica. • Prescrição interdependente: é aquela realizada com a colaboração dos demais membros da equipe Exemplos: • Errado: aspirar vias aéreas 3/3 h • Certo: aspirar secreção do TOT, naso e orofaringe (nesta ordem) quando perceber roncos durante ausculta pulmonar. Hiperoxigenar o cliente aumentando FiO2 para 100 % antes da aspiração. Anotar aspecto e quantidade estimada em cada aspiração. Atentar para queda de saturação (se baixar de 92,5% , interromper a aspiração e retornar o cliente para ventilação mecânica). • Errado: Monitorar saturação de O2 • Certo: Monitorar a saturação de O2 com oxímetro de pulso, anotar valores reais, de 1/1 h e comunicar valores abaixo de 92% ao enfermeiro de plantão. • Errado: anotar diurese de 1/1h • Certo: anotar quantidade e aspecto da urina de 1/1 h e comunicar valores reais abaixo de 50 ml/l ou 200 ml/h ao enfermeiro de plantão • Obs: nesse caso o enfermeiro deverá realizar o cálculo de diurese mínima para cada cliente e lançar na prescrição o valor apropriado = ½ ml/kg/h. • Errado: trocar curativo de acesso central • Certo: tocar curativo do acesso central na subclávia direita a cada 24 horas ou sempre que estiver sujo, úmido, ou solto. Limpar área com clorexidina degermante e remover a solução com SF a 0,9% (10 ml). Realizar curativo com gaze e micropore. Anotar no curativo a data de punção e do curativo. Assinar. Caso detecte sinais flogísticos (dor, calor, rubor, edema e disfunção) solicite avaliação do enfermeiro.Observações importantes Metas e meios • Prescrever cuidados compatíveis com a realidade do paciente e instituição • Não prescrever cuidados para situações não diagnosticadas previamente Nic • Nursing Intervention Classification • Padronização da Classificação das Intervenções de Enfermagem • Definição de intervenção de enfermagem : “Qualquer tratamento que tenha por base o julgamento clínico e conhecimento que a enfermeira execute para melhorar os resultados do paciente.” Foco de informação da NIC Acompanhamento da equipe de enfermagem: O que fazem (tanto as ações individuais quanto colaborativas) Para que o cliente alcance o resultado esperado Benefícios da padronização dos cuidados de enfermagem: • Expansão do conhecimento de enfermagem sobre a ligação entre diagnóstico, tratamentos e resultados • O desenvolvimento de sistemas de informação de enfermagem e de assistência à saúde. • O ensino da tomada de decisões a estudantes de enfermagem • A determinação dos custos dos serviços oferecidos pelos enfermeiros • Planejamento dos recursos necessários nos locais da prática de enfermagem • A linguagem para comunicar a função peculiar da enfermagem • A articulação com os sistemas de classificação de outros provedores de cuidados de saúde TITLER, 1991 • Delinear o corpo de conhecimento único para enfermagem • Determinar o conjunto de serviços de enfermagem • Desenvolver um sistema de informação • Refinar o sistema de classificação do paciente • Ser um elo entre os diagnósticos de enfermagem e os resultados esperados • Alocar recursos para os planos de enfermagem • Articular outros profissionais na função especifica da enfermagem Domínios da NIC • Domínio 1: fisiológico básico Cuidados que dão suporte ao funcionamento físico do organismo • Domínio 2: fisiológico complexo Cuidados que dão suporte à regulação homeostásica • Domínio 3:comportamental Cuidados que dão suporte ao funcionamento psicossocial e facilitam mudanças no estilo de vida • Domínio 4: Segurança Cuidados que dão suporte a proteção quanto a danos • Domínio 5 : Família Cuidados que dão suporte à unidade familiar • Domínio 6: Sistema de Saúde Cuidados que dão suporte ao uso eficaz do sistema de atendimento à saúde • Domínio 7: Comunidade Cuidados que dão suporte à saúde da comunidade • Posicionar decúbito a 90º, ou mais elevado possível • Manter inflado o cuff (balonete) traqueal • Manter aspirador disponível • Alimentar com pequenas porções • Verificar posicionamento da sonda gástrica e da gastrostomia antes de alimentar • Verificar se há resíduo na sonda gástrica e na gastrostomia antes de alimentar 83 “É o relato diário ou periódico das mudanças sucessivas que ocorrem no ser humano enquanto estiver sob assistência profissional. A evolução é, em síntese, uma avaliação global do plano de cuidados.” Horta, 1979 5ª Etapa : Avaliação de Enfermagem Resolução COFEN 358 – 2009 V - Avaliação de Enfermagem - processo deliberado, sistemático e contínuo de verificação de mudanças nas respostas da pessoa, família ou coletividade humana em um dado momento do processo saúde doença, para determinar se as ações ou intervenções de enfermagem alcançaram o resultado esperado; e de verificação da necessidade de mudanças ou adaptações nas etapas do Processo de Enfermagem. Avaliação: estrutura, processo e resultado • A avaliação de estrutura está relacionada com a adequação dos recursos físicos e materiais, bem como os modelos organizacionais • A avaliação do processo centraliza o foco nas atividades do enfermeiro que são observadas e julgadas • A evolução baseada em mudanças comportamentais é denominada de avaliação de resultados Ferramentas • Anotações nos prontuários • Anotações em formulários próprios • Observação direta da resposta do cliente a terapia proposta • Relato do cliente • Revisão do plano de cuidados Art. 5ºDa Resolução 358-2009 Cofen Regulamenta a participação do Técnico e o Auxiliar de enfermagem no processo de Enfermagem: Art. 5º O Técnico de Enfermagem e o Auxiliar de Enfermagem, em conformidade com o disposto na Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986, e do Decreto nº 94.406, de 08 de junho de 1987, que a regulamenta, participam da execução do Processo de Enfermagem, naquilo que lhes couber, sob a supervisão e orientação do Enfermeiro Art.6º Regulamenta os registros do Processo de Enfermagem Art. 6º A execução do Processo de Enfermagem deve ser registrada formalmente, envolvendo: a) um resumo dos dados coletados sobre a pessoa, família ou coletividade humana em um dado momento do processo saúde e doença; b) os diagnósticos de enfermagem acerca das respostas da pessoa, família ou coletividade humana em um dado momento do processo saúde e doença; c) as ações ou intervenções de enfermagem realizadas face aos diagnósticos de enfermagem identificados; d) os resultados alcançados como conseqüência das ações ou intervenções de enfermagem realizadas. Representação esquemática do processo de enfermagem Investigação Diagnóstico Planejamento Implementação Coletar pela anamnese e exame físico,todos os dados subjetivos e objetivos sobre o estado de saúde do cliente. Analisar os dados obtidos e identificar os possíveis diagnósticos e listá- los por prioridade. Desenvolver um plano de ação estabelecendo os resultados esperados Prescrever cuidados de enfermagem que poderão levar ao alcance dos resultados esperados. Avaliação : A avaliação não se concluiu, pois deve levar à reavaliação , que resulta em reiniciar o processo. Investigação Diagnóstico Planejamento Implementação CIPE • 1980- OMS recomenda que haja uma classificação que represente a enfermagem em todo o mundo • Surge então uma preocupação em desenvolver uma classificação que represente a enfermagem em todo o mundo CIPE • A descrição das prática de enfermagem facilitam a comparação das opráticas realizadas, seja em cenários clínicos, em populações, em áreas geográficas ou em períodos diferentes CIE,2005 CIPE • 1989- Seul .Foi votada e aprovada uma proposta de desenvolvimento de um Sistema de Classificação Internacional da Prática de Enfermagem – CIPE e em 1990 foi formada a equipe de desenvolvimento da CIPE. Garcia e Nóbrega, 2004 CIE,2005 CIPE • A CIPE pode ser vista como um mapa que está sendo construído e que deve representar o território da enfermagem como área de conhecimento e também da prática profissional. CRUZ, 2000 CIPE • O foco central da CIPE é a prática da enfermagem, descrita como um processo dinâmico, sujeito a mudanças cujos principais componentes são os fenômenos , as ações e os resultados de enfermagem • Garcia e Nóbrega,2004 Objetivos da CIPE • Estabelecer uma linguagem comum para descrever a prática da Enfermagem, facilitando a comunicação entre enfermeiros e dos enfermeiros com outros profissionais de saúde . • Representar conceitos usados na prática , em diferentes línguas e áreas da especialidade. • Descrever mundialmente a prestação do cuidado de enfermagem (em indivíduos , família, comunidade) Objetivos da CIPE • Possibilitar comparação de dados de enfermagem entre diferentes populações de clientes, locais de atendimento, áreas geográficas e tempo • Estimular pesquisa de enfermagem através de ligações entre os dados disponíveis e os sistemas de informação em saúde • Fornecer dados sobre a prática de enfermagem para incluir no ensino de enfermagem e suas política de saúde Objetivos da CIPE • Projetartendências sobre as necessidades dos clientes, fornecimento de tratamento de enfermagem, recursos utilizados e resultados obtidos nos cuidados de enfermagem 99 “É a estimativa da capacidade do ser humano em atender a suas necessidades básicas alteradas após a implementação do plano assistencial e à luz dos dados fornecidos pela evolução de enfermagem. 100 . Componente final do processo de enfermagem para determinar a resposta do paciente frente as intervenções de enfermagem e extensão dos objetivos alcançados.” Horta, 1979 6. PROGNÓSTICO DE ENFERMAGEM Prof MS Creto Valdivino e Silva IMPLICAÇÕES Profissão Demonstra de modo concreto o alcance da atividade de enfermagem e, não apenas uma implementação de plano de cuidados, tal como prescrito pelo médico. IMPLICAÇÕES Cliente Beneficia o cliente e família. Estimula-os a participar ativamente no cuidado. Resulta num ambiente seguro e terapêutico. IMPLICAÇÕES Profissional Aumenta a satisfação profissional e estimula o aperfeiçoamento, a inovação e a criatividade na assistência de enfermagem. Referencias Bibliográficas • TANNURE, M. C. ; PINHEIRO, A.M. . Sistematização da Assistência de Enfermagem Guia Prático segunda edição. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010. v. 1. 298 p. • MASLOW. Abraham H. Motii- 2-d. New York. Harper & Row Publishers, 1970. • Horta WA. Processo de enfermagem. São Paulo: EPU; 1979. • Resolução 359.Cofen • http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.nurses.info/nigrafi x/theorists/grand/callistaroy.jpg&imgrefurl=http://www.nurses.info/nursi ng_theory_person_roy_callista.htm
Compartilhar