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RESERVATÓRIOS DE ÁGUA

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RESERVATÓRIOS DE ÁGUA
PONTES 2
Prof. MSc. Igor Lima
RESERVATÓRIOS
Por reservatórios, do ponto de vista estrutural, denominar-se-ão todas as
estruturas que tenham a função de armazenar líquidos.
Em face de sua predominância, e sem nenhuma perda de generalidade,
tratar-se-ão aqui apenas dos “Reservatórios para Armazenagem de Água”
ou, simplificadamente, dos “Reservatórios de Água”.
Subdividem-se em dois grandes grupos: o dos Reservatórios Térreos, que
descarregam as cargas da água armazenada diretamente para o solo ou
para as fundações, e o grupo dos Reservatórios Elevados, que já se utilizam
de um elemento ou até mesmo de toda uma estrutura para descarregar o
peso da água para as fundações.
• Sistema indireto com bombeamento:
SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO INDIRETO 
• Sistema indireto com bombeamento:
Esse sistema, normalmente, é utilizado quando a pressão da rede pública não é
suficiente para alimentar diretamente o reservatório superior – como, por exemplo, em
edificações com mais de três pavimentos (acima de 9 m de altura).
Nesse caso, adota-se um reservatório inferior, de onde a água é bombeada até o
reservatório elevado, por meio de um sistema de recalque. A alimentação da rede de
distribuição predial é feita por gravidade, a partir do reservatório superior.
SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO INDIRETO 
Muitos projetos omitem informações importantes sobre os reservatórios, como:
localização, altura, tipo, capacidade etc. Outros sequer preveem o reservatório.
O engenheiro deve inteirar-se das características
técnicas dos reservatórios para garantir a
harmonização entre os aspectos estéticos e técnicos na
concepção do projeto.
OS RESERVATÓRIOS NO PROJETO
OS RESERVATÓRIOS NO PROJETO
Reservatórios de maior capacidade devem ser
divididos em dois ou mais compartimentos
(interligados por meio de um barrilete), para
permitir operações de manutenção sem interrupção
na distribuição de água. O engenheiro deve
também verificar a necessidade ou não da reserva
de incêndio, que deverá ser acrescida à
capacidade destinada ao consumo quando
colocada no reservatório superior ou em um
reservatório independente.
OS RESERVATÓRIOS SUPERIORES
O reservatório superior pode ser alimentado pelo
sistema de recalque ou diretamente, pelo
alimentador predial.
O reservatório elevado, quando abastecido
diretamente pela rede pública, em prédios
residenciais, localiza-se habitualmente na
cobertura, em uma posição o mais próxima possível
dos pontos de consumo, devido a dois fatores:
perda de carga e economia.
OS RESERVATÓRIOS SUPERIORES
Nos prédios com mais de três pavimentos, o
reservatório superior é locado, geralmente, sobre a
caixa de escada, em função da proximidade de
seus pilares.
OS RESERVATÓRIOS INFERIORES
O reservatório inferior se faz necessário em prédios
com mais de três pavimentos (acima de 9 m de
altura), pois, geralmente, até esse limite, a pressão
na rede pública é suficiente para abastecimento do
reservatório elevado. Nesses casos, há necessidade
de dois reservatórios: um na parte inferior e outro
na superior da edificação, o que também evitará a
sobrecarga nas estruturas.
OS RESERVATÓRIOS INFERIORES
O reservatório inferior deve ser instalado em locais
de fácil acesso, de forma isolada, e afastado de
tubulações de esgoto, para evitar eventuais
vazamentos ou contaminações pelas paredes.
Quando localizados no subsolo, as tampas deverão
ser elevadas pelo menos 10 cm em relação ao piso
acabado, e nunca rentes a ele, para evitar a
contaminação pela infiltração de água.*
TIPOS DE RESERVATÓRIOS
Reservatórios moldados in loco:
São considerados moldados in loco os reservatórios executados na própria obra. Podem
ser de concreto armado, alvenaria etc. São utilizados, geralmente, para grandes
reservas e são construídos conjuntamente com a estrutura da edificação, seguindo o
projeto específico. São encontrados em dois formatos: o cilíndrico e o de paralelepípedo.
Os reservatórios de concreto devem ser executados de acordo com a NBR 6118 -
Projeto de Estruturas de Concreto - Procedimento. Alguns cuidados com a
impermeabilização também são importantes. Para tanto, deve ser consultada a NBR
9575 - Impermeabilização - Seleção e Projeto.
TIPOS DE RESERVATÓRIOS
Reservatórios moldados in loco:
O estado limite de utilização representa situações de 
comprometimento da durabilidade da construção ou o 
não respeito da condição de uso desejada, devido a:
Estados Limites
a) Danos estruturais localizados que comprometem a
estética ou a durabilidade da estrutura − fissuração;
b) Deformações excessivas que afetem a utilização
normal da construção ou o seu aspecto estético −
flechas;
c) Vibrações excessivas que causem desconforto a
pessoas ou danos a equipamentos sensíveis
As ações são classificadas pela norma como as causas que produzem esforços e 
deformações nas estruturas, de acordo com a seguinte definição:
• Permanentes: pequenas variações
• Variáveis: variação significativa
• Excepcionais: duração extremamente curta e baixa probabilidade de ocorrência;
Ações
MÉTODO DOS ESTADOS LIMITES
Fórmula 01
Q1 – ação variável básica;
Qj – demais ações variáveis;
ɣqj – coeficiente de majoração de cargas variáveis;
ψ0 - fator de combinação;
G – ações permanentes;
ɣg – coeficiente de majoração de cargas permanentes;
E – ações excepcionais.
De acordo com a NBR 8800/08 [3], as combinações de cargas normais e aquelas
referentes a situações provisórias de construção podem ser dadas por:
As ações excepcionais (E), tais como explosões, choques de veículos, efeitos sísmicos
etc., são combinadas com outras ações de acordo com a equação:
Fórmula 02
Ações
Ações
MÉTODO DOS ESTADOS LIMITES
MÉTODO DOS ESTADOS LIMITES
MÉTODO DOS ESTADOS LIMITES
ESTADOS LIMITES EM RESERVATÓRIOS
Uma estrutura ou qualquer parte dela não deve atingir os ESTADOS LIMITES de RUÍNA ou de
SERVIÇO, ou seja, tem que apresentar ao longo de toda a sua vida útil as seguintes
qualidades:
Relativas ao estado limite de ruína:
• Não romper
• Não perder estabilidade
Relativas ao estado limite de serviço:
• Não ter deslocamentos prejudiciais à utilização da obra
• Não ter fissuras prejudiciais ao uso da obra ou à durabilidade da estrutura
ETAPAS DO PROJETO ESTRUTURAL
Para as estruturas de reservatórios estas etapas são:
1a Etapa - Escolha do material de que deve ser feito o reservatório, definição da
sua forma ideal bem como dos seus elementos estruturais principais;
2a Etapa - Prever todas as ações que atuam no reservatório e definir os
carregamentos;
3a Etapa - Para cada carregamento, definir os diferentes trechos estruturais do 
reservatório com os respectivos esquemas estáticos, calculando para cada um deles 
os seus principais esforços. Verificar as fundações.
Verificar também a estabilidade, quando necessário.
4a Etapa - Dimensionar todos os elementos estruturais dos reservatórios, detalhar as
respectivas armaduras e verificar a fissuração nos pontos mais críticos.
CLASSIFICAÇÃO
RESERVATÓRIOS DE ÁGUA
Classificação de acordo com a localização no terreno:
•enterrado (quando completamente embutido no 
terreno); 
•semi-enterrado ou semi-apoiado(altura líquida com uma 
parte abaixo do nível do terreno; 
•apoiado (laje de fundo apoiada no terreno); 
•elevado (reservatório apoiado em estruturas de 
elevação) 
ARRANJO DOS RESERVATÓRIOS ELEVADOS 
DIMENSÕES USUAIS
AÇÕES QUE PODEM ATUAR NOS RESERVATÓRIOS
São de dois tipos: AÇÕES INDIRETAS e DIRETAS.
As AÇÕES INDIRETAS são aquelas que impõem deformações nas 
estruturas e, consequentemente, esforços. Ou sejam:
Fluência;
Retração;
Variação de temperatura;Deslocamentos de apoio e
Imperfeições geométricas
AÇÕES QUE PODEM ATUAR NOS RESERVATÓRIOS
• As AÇÕES DIRETAS são esforços externos que atuam nas estruturas
gerando deslocamentos e esforços internos em seus elementos estruturais.
No Brasil, as principais ações diretas que podem atuar nos reservatórios, 
conforme sejam térreos ou elevados, são apresentadas a seguir, 
juntamente com suas notações simplificadas.
• Para reservatórios elevados: 
- peso próprio + sobrecarga : G 
- água (peso e empuxo) : A
- vento : V 
• Para reservatórios térreos: 
- peso próprio + sobrecarga: G
- água (peso e empuxo) : A
- terra (empuxo nas paredes) : T
- lençol freático (sub-pressão) : L
RESERVATÓRIOS ELEVADOS CHEIOS: 
EMPUXO D’ÁGUA
TAMPA
apoiado
apoiado
engaste
engaste
FUNDO
engaste
engaste
PAREDES
apoiado
RESERVATÓRIOS APOIADOS CHEIOS:
EMPUXO D’ÁGUA E REAÇÃO DO TERRENO
Nota-se que para o
reservatório cheio há
concomitância da ação devido
à massa de água e à reação
do terreno, devendo ser
considerada, no cálculo, a
diferença entre estas duas
ações. Como, nos casos mais
comuns, a reação do terreno
(no fundo) é sempre maior que
a ação devido à massa de
água, as situações das ações
ficam com o aspecto indicado.
NOS RESERVATÓRIOS ENTERRADOS VAZIOS: 
EMPUXO D’ÁGUA, EMPUXO DE TERRA, SUBPRESSÃO DE ÁGUA, QUANDO HOUVER 
LENÇOL FREÁTICO, E REAÇÃO DO TERRENO.
NOS RESERVATÓRIOS ENTERRADOS CHEIOS: 
EMPUXO D’ÁGUA, EMPUXO DE TERRA, SUBPRESSÃO DE ÁGUA, QUANDO HOUVER 
LENÇOL FREÁTICO, E REAÇÃO DO TERRENO.
Nota-se, que para o reservatório cheio há concomitância da ação devido ao
empuxo d’água, com a ação devido ao empuxo de terra, devendo ser
considerada, no cálculo, a diferença entre estas duas ações. Como, nos casos
mais comuns, o empuxo d’água nas paredes é maior que o de terra e, no
fundo, a reação do terreno é sempre maior que a massa de água, as situações
das ações ficam com os aspectos indicados para o reservatório vazio e para o
reservatório cheio.
NOS RESERVATÓRIOS ENTERRADOS CHEIOS: 
EMPUXO D’ÁGUA, EMPUXO DE TERRA, SUBPRESSÃO DE ÁGUA, QUANDO HOUVER 
LENÇOL FREÁTICO, E REAÇÃO DO TERRENO.
DEFORMAÇÕES DOS ELEMENTOS DO RESERVATÓRIO
a) Corte vertical b) Corte horizontal
ARESTAS DOS RESERVATÓRIOS COM MÍSULAS E SEM MÍSULAS
a) ligação sem mísula b) ligação com mísula
DIMENSÕES DAS MÍSULAS
Costuma-se adotar mísulas, com ângulo de 45o e com dimensões, iguais 
a menor espessura (e) dos elementos estruturais da ligação
LIGAÇÕES ENTRE OS ELEMENTOS DO RESERVATÓRIO
PARALELEPIPÉDICO
a) Ligações entre a 
tampa e as 
paredes - Apoio
b) Ligações entre 
paredes -
Engastamento
c)Ligações entre 
o fundo e as 
paredes -
Engastamento
Arranjos para as armaduras
De um modo geral, com o que foi exposto, as ligações da laje de tampa 
com as paredes podem ser consideradas articuladas e as demais 
ligações devem ser consideradas
engastadas.
PROCESSOS PARA A DETERMINAÇÃO DOS ESFORÇOS SOLICITANTES NOS
RESERVATÓRIOS
Em um reservatório paralelepipédico sobre apoios discretos (pilares, estacas, 
tubulões), dimensiona-se a laje de tampa e a laje de fundo considerando-as 
como placas.
As paredes trabalham como placa (laje) e como chapa ( viga-parede quando 
h ≥ 0,5 l ). Dimensionam-se as paredes como placa e como chapa 
separadamente e superpõem-se as armaduras.
Este tipo de reservatório paralelepipédico, sobre apoios discretos e paredes 
com comportamento estrutural de vigas-parede, é o mais comum
CONSIDERAÇÃO DO ELEMENTO 
ESTRUTURAL COMO PLACA (LAJE)
Consideram as lajes isoladas, o cálculo é feito tendo sempre por base
o comportamento elástico.
Calculam-se as ações atuantes em cada laje, separam-se as lajes,
definidas as condições de apoio.
O modelo estrutural do reservatório é considerado como constituído
por lajes isoladas, posteriormente, deve-se levar em conta a
continuidade da estrutura, compatibilizando os momentos fletores que
ocorrem nas arestas.
Deve-se proceder à compatibilização dos momentos fletores. Alguns autores
recomendam adotar, para esse momento fletor negativo, o maior valor entre
a média dos dois momentos fletores e 80% do maior.
Após a compatibilização dos momentos fletores negativos, deve-se corrigir
os momentos fletores positivos relativos à mesma direção.A correção dos
momentos fletores positivos é feita integralmente, ou seja, os momentos
fletores no centro da laje devem ser aumentados ou diminuídos
adequadamente, de acordo com a variação do respectivo momento
negativo, após a compatibilização.
CONSIDERAÇÃO DO ELEMENTO 
ESTRUTURAL
LAJES
PONTES 2
Prof. MSc. Igor Lima
VÃO LIVRE, VÃO TEÓRICO E 
CLASSIFICAÇÃO DAS LAJES
Vão livre é a distância livre entre as faces dos apoios. No caso de balanços, é a distância da
extremidade livre até a face do apoio.
Conforme o item 14.7.2.2 da NBR6118:2014, quando os apoios puderem ser considerados
suficientemente rígidos quanto à translação vertical, o vão efetivo deve ser calculado pela seguinte
expressão:
 Lef = L0 + a1 + a2
com a1 igual ao menor valor entre (t1/2 e 0,3h) e a2
igual ao menor valor entre (t2/2 e 0,3h), conforme a
figura ao lado.
VÃO LIVRE, VÃO TEÓRICO E 
CLASSIFICAÇÃO DAS LAJES
Conhecidos os vãos teóricos considera-se l x o menor vão, l y o maior e
λ = l y / l x (Figura 2). De acordo com o valor de λ, é usual a seguinte classificação:
• λ ≤ 2 → laje armada em duas direções;
• λ > 2 → laje armada em uma direção.
VÃO LIVRE, VÃO TEÓRICO E 
CLASSIFICAÇÃO DAS LAJES
Em função da vinculação das bordas da laje, a classificação acima apresenta
exceções. Se a laje for suportada continuamente somente ao longo de duas bordas
paralelas (as outras duas forem livres) ou quando tiver três bordas livres (laje em
balanço), ela será também armada em uma só direção, independentemente da
relação entre os lados.
CLASSIFICAÇÃO DAS LAJES
Nas lajes armadas em duas direções, as duas armaduras são calculadas para resistir os
momentos fletores nessas direções.
As denominadas lajes armadas em uma direção, na realidade, também têm armaduras nas
duas direções. A armadura principal, na direção do menor vão, é calculada para resistir o
momento fletor nessa direção, obtido ignorando-se a existência da outra direção. Portanto, a
laje é calculada como se fosse um conjunto de vigas-faixa na direção do menor vão.
Na direção do maior vão, coloca-se armadura de distribuição, com seção transversal mínima
dada pela NBR 6118 (2014). Como a armadura principal é calculada para resistir à
totalidade dos esforços, a armadura de distribuição tem o objetivo de solidarizar as faixas
de laje da direção principal, prevendo-se, por exemplo, uma eventual concentração de
esforços.
VINCULAÇÃO
A etapa seguinte do projeto das lajes consiste em identificar os
tipos de vínculo de suas bordas. Existem, basicamente, três tipos:
borda livre, borda simplesmente apoiada e borda engastada
VINCULAÇÃO
CLASSE DE AGRESSIVIDADE
NBR 6118 (2014)
CLASSE DE AGRESSIVIDADE
NBR 6118 (2014)
DIMENSIONAMENTO DAS ARMADURAS 
O dimensionamento das armaduras das lajes deve ser feito 
para uma seção retangular de largura 
b = 100 cm e altura útil d = h – c – 0,5cm 
DIMENSÕES MÍNIMAS
NBR 6118 (2014)
ARMADURA
EM LAJES
Conhecidos os momentos fletores característicos
compatibilizados (mk), passa-se à determinação das
armaduras. Esse dimensionamento é feito da mesma
forma que para vigas, admitindo-se a largura b =
1m = 100cm.
Obtém-se, dessa forma, uma armadura por metro
linear.
ARMADURA EM LAJES
As armaduras em lajes são divididas em 2 tipos:
a) Armaduraprincipal
Consideram-se principais as armaduras:
• negativas;
• positivas na direção do menor vão, para lajes λ > 2;
• positivas nas duas direções, para λ <= 2.
b) Armadura secundária
São admitidas secundárias aquelas consideradas como armaduras de distribuição. São elas:
• as positivas na direção do maior vão, para λ > 2.
• as negativas perpendiculares às principais, que, além de servirem como armadura de distribuição, ajudam a
manter o correto posicionamento dessas barras superiores, durante a execução da obra, até a hora da
concretagem da laje.
ARMADURA EM LAJES - DIMENSIONAMENTO
No item 19.2 a NBR 6118 especifica que “Na determinação dos esforços resistentes das seções de lajes
submetidas a forças normais e momentos fletores, devem ser usados os mesmos princípios estabelecidos nos
itens 17.2.1 a 17.2.3. Nas regiões de apoio das lajes, devem ser garantidas boas condições de dutilidade,
atendendo-se às disposições de 14.6.4.3.”
O item 17.2 refere-se aos “Elementos lineares sujeitos a solicitações normais – Estado-limite último”, de
modo que os esforços resistentes nas lajes podem ser determinados como no caso das vigas, assunto já
estudado. O item 14.6.4 trata da “Análise linear com ou sem redistribuição”, e o item 14.6.4.3
apresenta os “Limites para redistribuição de momentos e condições de ductilidade”, válidos para vigas e
lajes, onde a norma afirma que “a capacidade de rotação dos elementos estruturais é função da posição
da linha neutra no ELU. Quanto menor for x/d, tanto maior será essa capacidade”. E para “proporcionar
o adequado comportamento dútil em vigas e lajes, a posição da linha neutra no ELU deve obedecer aos
seguintes limites:
a) x/d ≤ 0,45, para concretos com fck ≤ 50 MPa;
b) x/d ≤ 0,35, para concretos com 50 < fck 90 MPa.
ARMADURAS - TABELAS
Podem ser utilizadas as tabelas de PINHEIRO (1993), sendo a Tabela 1 para o cálculo
das áreas necessárias das armaduras e a Tabela 2 para a escolha do diâmetro e do
espaçamento das barras.
Fonte: PINHEIRO (1993)
Tabela Armadura/01 Tabela Armadura/02
ARMADURAS - TABELAS
Fonte: PINHEIRO (1993)
Tabela Armadura/01
ARMADURAS - TABELAS
Fonte: PINHEIRO (1993)
Tabela Armadura/02
ARMADURAS - DETALHAMENTO
Armaduras Longitudinais Máximas e Mínimas
b) armadura mínima
“Para melhorar o desempenho e a ductilidade à flexão, assim como controlar a fissuração,
são necessários valores mínimos de armadura passiva [...]. Alternativamente, estes valores
mínimos podem ser calculados com base no momento mínimo, conforme 17.3.5.2.1. Essa
armadura deve ser constituída preferencialmente por barras com alta aderência ou por telas
soldadas.” (NBR 6118, 19.3.3.2). Os valores mínimos para as armaduras são
apresentados na Tabela 5. Os valores de rmín encontram-se na Tabela 6.
Fonte: PINHEIRO (1993)
ARMADURAS - DETALHAMENTO
Armaduras Longitudinais Máximas e Mínimas
a) armadura máxima
Sobre a armadura máxima, a NBR 6118 (17.3.5.2.4) diz que “A soma das armaduras de
tração e de compressão (as + a’s) não pode ter valor maior que 4 % Ac , calculada na
região fora da zona de emendas, devendo ser garantidas as condições de ductilidade
requeridas em 14.6.4.3.”
as + a’s = 4 % Ac
Fonte: PINHEIRO (1993)
ARMADURAS - DETALHAMENTO
Tabela 3 - Valores mínimos para armaduras passivas aderentes.
Fonte: PINHEIRO (1993)
ARMADURAS - DETALHAMENTO
Tabela 4 - Taxas mínimas (rmín - %) de armadura de flexão para vigas e lajes.
Fonte: PINHEIRO (1993)“Nos apoios de lajes que não apresentem continuidade com planos de lajes adjacentes e que tenham ligação com os elementos
de apoio, deve-se dispor de armadura negativa de borda [...]. Essa armadura deve se estender até pelo menos 0,15 do vão
menor da laje a partir da face do apoio.” (NBR 6118, 19.3.3.2). A armadura a ser especificada está indicada na Tabela 5.
ARMADURAS - DETALHAMENTO
Diâmetro Máximo
“Qualquer barra da armadura de flexão deve ter diâmetro no máximo igual a h/8.” (NBR
6118,20.1)
Espaçamento Máximo e Mínimo
“As barras da armadura principal de flexão devem apresentar espaçamento no máximo igual
a 2h ou 20 cm, prevalecendo o menor desses dois valores na região dos maiores momentos
fletores.” (NBR 6118, 20.1).
Obs.: “As armaduras devem ser detalhadas no projeto de forma que, durante a execução, seja garantido o seu
posicionamento durante a concretagem.”
ARMADURAS - DETALHAMENTO
Espaçamento Máximo e Mínimo
A norma não especifica valores para o espaçamento mínimo. A rigor, pode-se adotar o 
valor recomendado para as barras de uma mesma camada horizontal das armaduras 
longitudinais das vigas:
Deve-se considerar também que o espaçamento mínimo deve ser aquele que não dificulte a disposição e amarração das barras da armadura, o
completo preenchimento da peça pelo concreto e o envolvimento das barras pelo concreto. De modo geral, na prática adotam-se espaçamentos entre
barras superiores a 7 ou 8 cm.
A norma também não especifica o diâmetro mínimo para a armadura negativa das lajes. No entanto, normalmente considera-se que o diâmetro deva
ser de no mínimo 6,3 mm, a fim de evitar que a barra possa se deformar durante as atividades de execução da laje. Barras de diâmetros maiores
ficam menos sujeitas a entortamentos, além de levarem a espaçamentos maiores sobre as vigas. Portanto, barras com diâmetros de 8 e 10mm são
mais indicadas para a armadura negativa.
ARMADURAS - ROTEIRO
• Inicialmente, determina-se o momento fletor de cálculo, em kN.cm/m:
md = γf ⋅mk , com γf = 1,4
• Em seguida, calcula-se o valor do coeficiente kc :
1
2
Fonte: PINHEIRO (1993)
bw=espessura de faixa da laje = 100cm
d=altura útil da laje
md=momento fletor de cálculo
ARMADURAS - ROTEIRO
• Calcula-se a taxa de armadura mínima
As min = ρmin ⋅bw . h 3
Fonte: BASTOS (2015)
Tabela Armadura/04
ARMADURAS - ROTEIRO
• Calcula-se o valor mínimo para armaduras passivas aderentes.
As min = ρs ⋅bw . h 4
Fonte: BASTOS (2015)
Tabela Armadura/03
ARMADURAS - ROTEIRO
• Conhecidos o concreto, o aço e o 
valor de kc , obtém-se, na Tabela 1, 
o valor de ks .
5
Fonte: PINHEIRO (1993)
Tabela Armadura/01
ARMADURAS - ROTEIRO
• Calcula-se, então, a área de armadura necessária:
6
Fonte: PINHEIRO (1993)
ARMADURAS - ROTEIRO
• Na tabela 1.4a, com o valor de as, escolhe-se o diâmetro das barras e
o seu espaçamento.
7
Fonte: PINHEIRO (1993)
ARMADURAS - ROTEIRO
- As armaduras devem respeitar os valores mínimos recomendados pela
NBR 6118 (2014), indicados nos itens 3 e 4, nas quais ρ = as (bw . d).
8
Fonte: PINHEIRO (1993)
EXERCICIO 1
Reservatorio elevado:
Volume = 30m3 h água= 2,17m
Fck = 40 MPa Aço CA 50
Cobrimento = 3cm
eparedes =16cm
efundo =12cm
etampa =12cm
RESERVATÓRIO ELEVADO - DETALHES
RESERVATÓRIO ELEVADO - DETALHES
Inspeção Parede 03
Parede 04
P
a
re
d
e
 0
1
P
a
re
d
e
 0
2
B
A
B
A
2
9
1
6
0
1
01060
501
PLANTA – RESERVATÓRIO ELEVADO –
LAJE DA TAMPA
PLANTA – RESERVATÓRIO ELEVADO –
LAJE DA TAMPA
Corte horizontal - momentos fletores característicos, a serem
compatibilizados
Estrutura Md Direção Espessura Altura útil 
d
As Adotado
Tampa 4,28 x 12 9 1,8 asmin ø 8 c/ 20 cm = 2,50
Tampa 1,85 y 12 9 1,8 asmin φ 6,3 c/ 15 cm = 2,10
Parede 01/02 -5,6 16 13 2,4 x 1,4 3,36 φ 8 c/ 13 cm = 3,85
1,8 y 16 13 2,4 asmin φ 6,3 c/ 13 cm = 2,42
1,95 x 16 13 2,4 asmin ø 8 c/ 20 cm = 2,50
-12,21 16 13 2,4 x 1,4 3,36 2 X ( φ 8 c/ 20 cm ) = 5,00
Parede03/04 -5,6 16 13 2,4 x 1,4 3,36 φ 8 c/ 13 cm = 3,85
1,5 y 16 13 2,4 asmin φ 6,3 c/ 13 cm = 2,42
-17,56 16 13 3,25 x 1,4 4,55 φ 8 c/ 15 + φ 6,3 C/ 15 = 
5,43
4,2 x 16 13 2,4 asminφ 8 c/ 15 cm = 3,33
Fundo/par 01,02 -12,21 12 9 3,35 x 1,4 4,69 2 X ( φ 8 c/ 20 cm ) = 5,00
Fundo/par 01,02 6,7 y 12 9 1,8 x 1,4 2,50 φ 8 c/ 20 cm = 2,50
Fundo/par 03,04 -17,56, 12 9 4,98 x 1,4 6,97 φ 10 c/ 15 + φ 6,3 C/ 15 
=7,43
Fundo/par 03,04 15,16 x 12 9 4,23 x 1,4 5,92 φ 6,3 c/ 15 cm = 5,33
MOMENTOS FLETORES, DE CÁLCULO, COMPATIBILIZADOS
Detalhes das Armaduras da laje de fundo 
Laje de fundo e as paredes 01 e 02
Deslocamento dos diagramas de momentos fletores de
cálculo e arranjos das armaduras.
1
2
,
2
1
1
2
,
2
1
1
2
,2
1
Ø
8
c
2
0
 (
4
4
6
)
Ø
8
c
2
0
 (
2
8
6
)
COMPATIBILIZAÇÃO DOS MOMENTOS FLETORES
Laje de fundo
e as paredes
03 e 04
Diagramas de momentos fletores e arranjo das armaduras
Planta - laje do fundo
PLANTA LAJE DA TAMPA
Planta – Armadura de flexão das paredes
Planta –Armadura principal das paredes
BIBLIOGRAFIA
ABNT. NBR 6118 – Projeto de Estruturas de Concreto – Procedimento. Rio de Janeiro, 
2014. 
BASTOS, P.S. dos S. Lajes de Concreto: notas de aula. Bauru, SP: UNESP, 2015. 
FUSCO, P.B. Estruturas de Concreto: fundamentos do projeto estrutural. São Paulo, 
McGraw-Hill, EDUSP, 2006. 
FUSCO, P.B. Estruturas de concreto: solicitações normais. Rio de Janeiro: Guanabara 
Dosi, 1981. 
PINHEIRO, L.M. Fundamentos do Concreto e Projeto de Edifícios: notas de aula. São 
Carlos, SP, USP, 2007.

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