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JULGADOS SOBRE ADOÇÃO

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100000077778 - EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRA VO REGIMENTAL NO AGRA VO DE INSTRUMENTO - CIVIL - FAMÍLIA - ADOÇÃO - AÇÃO RESCISÓRIA - PRINCÍPIOS DA AMPLA DEFESA E DO CONTRADITÓRIO - MATÉRIA COM REPERCUSSÃO GERAL REJEITADA PELO PLENÁRIO DO STF NO ARE Nº 748.371 - CONTROVÉRSIA DE ÍNDOLE INFRACONSTITUCIONAL - AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO - SÚMULAS 282 E 356 DO STF - OMISSÃO - INEXISTÊNCIA - EFEITOS INFRINGENTES - IMPOSSIBILIDADE - DESPROVIMENTO - 1- A omissão, contradição ou obscuridade, quando inocorrentes, tornam inviável a revisão em sede de embargos de declaração, em face dos estreitos limites do art. 535 do CPC . 2- O magistrado não está obrigado a rebater, um a um, os argumentos trazidos pela parte, desde que os fundamentos utilizados tenham sido suficientes para embasar a decisão. 3- A revisão do julgado, com manifesto caráter infringente, revela-se inadmissível, em sede de embargos (Precedentes: AI nº 799.509-AgR-ED, Relator o Ministro Marco Aurélio, 1ª Turma, DJe de 8/9/2011; e RE nº 591.260-AgR-ED, Relator o Ministro Celso de Mello, 2ª Turma, DJe de 9/9/2011). 4- In casu, o acórdão originariamente recorrido assentou: "AÇÃO RESCISÓRIA. SENTENÇA DE ADOÇÃO- AUSÊNCIA DE COMPROV AÇÃO DO ALEGADO DOLO PROCESSUAL DE OFENSA À LITERAL DISPOISIÇÃO DE LEIE FALSIDADE DA PROV A QUE AFASTAM A RESCISÃO DA SENTENÇA, PREV ALECENDO A ADOÇÃO EFETIV ADA - PRELIMINARES REJEITADAS E AÇÃO JULGADA IMPROCEDENTE. - 5- Embargos de declaração DESPROVIDOS. (STF - EDcl-AgRg-AI 803.468 - Rio Grande do Sul - 1ª T. - Rel. Min. Luiz Fux - J. 10.06.2014 )
 
 
159000336852 - AÇÃO RESCISÓRIA - AÇÃO DE ADOÇÃO - Adotantes que, transcorridos poucos meses do trânsito em julgado da adoção, manifestaram o intento de devolução da criança ao abrigo, sob a justificativa de mau comportamento e de convivência tumultuada. Reacolhimento determinado pelo juízo a quo. Interposição do pleito rescisório baseado em erro de fato e na existência de prova nova. Art. 966 , incisos VII e viii do CPC/2015. Entretanto, sonegação de informações relevantes que não se verifica. Mãe da menor que é portadora do vírus hiv. Dado que consta dos documentos juntados na ação de adoção. Consentimento do casal adotante em prosseguir com o feito. Outrossim, prazo exíguo do estágio de convivência. Mácula que igualmente não se verifica. Procedimento do art. 46 do eca devidamente respeitado. Acompanhamento e avaliações pela equipe interdisciplinar desde a aproximação da criança com o casal, da guarda provisória até a concessão da adoção. Laudos e relatórios que revelam a boa construção de vínculos afetivos entre adotantes e adotanda nesse período de 8 (OITO) meses. Rescisão do comando sentencial inviável sob estes fundamentos. Improcedência. (TJSC - AR 4002175-60.2017.8.24.0000 - Relª Desª Maria do Rocio Luz Santa Ritta - J. 13.06.2017 )
 
154000090529 - APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO CIVIL PÚBLICA - ADOÇÃO - DESISTÊNCIA NO CURSO DO ESTÁGIO DE CONVIVÊNCIA - PERÍODO PREVISTO NO ART. 46 DO ECA QUE TEM COMO FINALIDADE AVALIAR A ADEQUAÇÃO DA CRIANÇA À FAMÍLIA SUBSTITUTA PARA FINS DE ADOÇÃO - DEVOLUÇÃO IMOTIVADA QUE GERA, INQUESTIONAVELMENTE, TRANSTORNOS QUE ULTRAPASSAM O MERO DISSABOR, JÁ QUE FRUSTRAM O SONHO DA CRIANÇA EM FAZER PARTE DE UM LAR - O estágio de convivência não pode servir de justificativa legítima para a causação, voluntária ou negligente, de prejuízo emocional ou psicológico a criança ou adolescente entregue para fins de adoção. Após alimentar as esperanças de uma criança com um verdadeiro lar, fazer com que o menor volte ao acolhimento institucional refletindo o motivo pelo qual foi rejeitado novamente, configura inquestionável dano moral, e sem dúvida acarreta o dever de indenizar daqueles que deram causa de forma imotivada a tal situação. Sentença mantida. Recurso desprovido. (TJRJ - Ap 0001435-17.2013.8.19.0206 - 11ª C.Cív. - Rel. Cláudio de Mello Tavares - DJe 04.04.2016 )
 
154000213382 - AGRAVO DE INSTRUMENTO - AÇÃO CIVIL PÚBLICA - INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS CAUSADOS A MENORES - DESISTÊNCIA DO PROCESSO DE ADOÇÃO - DEVOLUÇÃO DAS CRIANÇAS AO ABRIGO APÓS TRÊS ANOS DE GUARDA PROVISÓRIA - DEFERIMENTO DE TUTELA ANTECIPADA - FIXAÇÃO DE ALIMENTOS PROVISÓRIOS E PAGAMENTO DE TRATAMENTO PSICOLÓGICO - MANUTENÇÃO - 1- Na origem, trata-se de Ação Civil Pública proposta pelo Ministério Público em face de casal que desistiu do processo de adoção já em trâmite, com a devolução dos menores ao abrigo. 2- A decisão recorrida deferiu a antecipação de tutela para determinar que os réus arquem com o pagamento do tratamento psicológico/psiquiátrico dos menores até o patamar de 10% dos proventos do requerido Jorge, em clínica a ser indicada pela Coordenadora do abrigo, bem como o desconto nos seus proventos em 20%, sendo 10% para cada criança, a título de alimentos provisórios. 3- A tese recursal é no sentido de que a desistência da adoção ocorreu com base em justo motivo, bem como que não restou comprovado que os menores teriam sofrido dano moral ou material em consequência de tal ato. Relatam que possuem sessenta e setenta e três anos, respectivamente, e sofrem com problemas de saúde e que conheceram as crianças e ficaram sensibilizados com a situação e resolveram pedir a guarda e, após, propuseram ação de adoção. Explicam que não vêm conseguindo desempenhar o papel de guardião, sem prejuízo da sua incolumidade física, não possuindo condições de zelar pelos direitos das crianças, sendo que se tornou missão impossível diante das idades avançadas e saúdes debilitadas. Acrescentam que as crianças vêm apresentando comportamento rebelde, não possuindo condições físicas de lidar com uma adolescente. 4- Em sede de cognição sumária, encontram-se presentes os requisitos autorizadores da antecipação de tutela deferida pelo juízo "a quo." 5- Impende destacar que quando da época da guarda provisória das crianças, o casal já possuía idade avançada, aproximadamente 69 e 57 anos, e já contavam com problemas de saúde conforme relatado pela própria recorrente em 2014 na primeira tentativa de desistência da adoção, entretanto logo depois, reafirmou o interesse de ficar com os menores. 6- A outra justificativa dos recorrentes para a desistência da adoção é igualmente pífia, uma vez que a rebeldia da menor iniciou-se em 2014, conforme alega a primeira agravante, ou seja, um ano antes à propositura do processo de adoção, além de ser forçoso a previsibilidade no comportamento de qualquer criança em fase de pré-adolescência, notadamente por já possuírem experiência com seu filho biológico. 7- De certo que o período longo da guarda provisória seguido do início do processo de adoção criaram um ambiente familiar para os menores, gerando uma expectativa de formação contínua de família, sendo de maior gravidade a ruptura de laços fraternos e o surgimento de eventual sentimento de rejeição, ambos suportados pelas crianças pela segunda vez. 8- No que concerne às condições financeiras dos recorrentes em arcar com as despesas estabelecidas pela decisão atacada, deve-se ressaltar que certamente são inferiores aos custos totais provenientes do sustento das duas crianças, razão pela qual não afetarão a subsistência do casal que até outrora mantinha a guarda das crianças. 9- Outrossim, há perigo de dano inverso, uma vez que a suspensão do pagamento dos alimentos provisórios e do tratamento psicológico poderia colocar em risco a subsistência e a saúde psíquica dos menores. 10- Recurso desprovido. (TJRJ - AI 0056590-36.2016.8.19.0000 - 8ª C.Cív. - Relª Mônica Maria Costa Di Piero - DJe 16.03.2017 )
 
146000144104 - AÇÃO CIVIL PÚBLICA - I- ADOÇÃO - GUARDA PROVISÓRIA - DESISTÊNCIA DA ADOÇÃO DE FORMA IMPRUDENTE - DESCUMPRIMENTO DAS DISPOSIÇÕES DO ART. 33 DO ECA - REVITIMIZAÇÃO DA CRIANÇA - ABUSO SEXUAL - DANOS MORAIS CONSTATADOS - ART. 186 C/C ART. 927 DO CÓDIGO CIVIL - REPARAÇÃO DEVIDA - AÇÃO PROCEDENTE - II- DANOS MATERIAIS - SUSTENTO REALIZADO PELO ESTADO - AUSÊNCIA DE OBRIGAÇÃO DOS REQUERIDOS - CONDENAÇÃO INDEVIDA -III- DANOS MORAIS - O QUANTUM INDENIZATÓRIO - RECURSOS PARCOS DOS REQUERIDOS - CONDENAÇÃO INEXEQUÍVEL - MINORAÇÃO - SENTENÇA PARCIALMENTE REFORMADA - A condenação por danos morais daqueles que desistiram do processo de adoção, que estava em fase de guarda, de forma abrupta e causando sérios prejuízos à criança, encontra guarida em nosso direito pátrio, precisamente nos art. 186 c/c arts. 187 e 927 do Código Civil . A previsão de revogação da guarda a qualquer tempo, art. 35 do ECA , é medida que visa precipuamente proteger e resguardar os interesses da criança, para livrá-la de eventuais maus tratos ou falta de adaptação com a família, por exemplo, mas não para proteger aqueles maiores e capazes que se propuserem à guarda e depois se arrependeram - O ressarcimento civil é devido face à clara afronta aos direitos fundamentais da criança e ao que está disposto no art. 33 do Estatuto da Criança e do Adolescente . A situação foi agravada, visto que a criança foi obrigada a presenciar cenas de conjunção carnal e atos libidinosos entre aqueles que teriam o dever de protegê-la e as provas constantes nos autos indicam que o requerido praticava inclusive atos libidinosos com a própria menor. Deve ser ressaltado que também foi constatada a omissão do Estado, que deveria ter acompanhado melhor o convívio, realizando estudos psicossociais com frequencia, e não apenas uma vez nos quase 02 (dois) anos. Ainda assim, a omissão não neutraliza a conduta dos requeridos que tinham o papel de cuidar da infante e a submeteram a lamentáveis situações. (TJMG - AC 1.0024.11.049157-8/002 - 1ª C.Cív. - Relª Vanessa Verdolim Hudson Andrade - DJe 23.04.2014 )
 
250300007033 - ADOÇÃO - GUARDA PROVISÓRIA - DESISTÊNCIA IMPRUDENTE - DANOSMORAIS - CABIMENTO - "Ação civil pública. I - Adoção. Guarda provisória. Desistência da adoção de forma imprudente. Descumprimento das disposições do art. 33 do ECA . Revitimização da criança. Abuso sexual. Danos morais constatados. Art. 186 c/c art. 927 do Código Civil . Reparação devida. Ação procedente. II - Danos materiais. Sustento realizado pelo Estado. Ausência de obrigação dos requeridos. Condenação indevida. III - Danos morais. O quantum indenizatório. Recursos parcos dos requeridos. Condenação inexequível. Minoração. Sentença parcialmente reformada. A condenação por danosmorais daqueles que desistiram do processo de adoção, que estava em fase de guarda, de forma abrupta e causando sérios prejuízos à criança, encontra guarida em nosso direito pátrio, precisamente nos art. 186 c/c arts. 187 e 927 do Código Civil . A previsão de revogação da guarda a qualquer tempo, art. 35 do ECA , é medida que visa precipuamente proteger e resguardar os interesses da criança, para livrá-la de eventuais maus tratos ou falta de adaptação com a família, por exemplo, mas não para proteger aqueles maiores e capazes que se propuserem à guarda e depois se arrependeram. O ressarcimento civil é devido face à clara afronta aos direitos fundamentais da criança e ao que está disposto no art. 33 do Estatuto da Criança e do Adolescente . A situação foi agravada, visto que a criança foi obrigada a presenciar cenas de conjunção carnal e atos libidinosos entre aqueles que teriam o dever de protegê-la e as provas constantes nos autos indicam que o requerido praticava inclusive atos libidinosos com a própria menor. Deve ser ressaltado que também foi constatada a omissão do Estado, que deveria ter acompanhado melhor o convívio, realizando estudos psicossociais com frequência, e não apenas uma vez nos quase 2 (dois) anos. Ainda assim, a omissão não neutraliza a conduta dos requeridos que tinham o papel de cuidar da infante e a submeteram a lamentáveis situações." (TJMG - AC 1.0024.11.049157-8/002 - 1ª C.Cív. - Relª Vanessa Verdolim Hudson Andrade - DJe 23.04.2014 )
 
 
146000144105 - AÇÃO CIVIL PÚBLICA - I- ADOÇÃO - GUARDA PROVISÓRIA - DESISTÊNCIA DA ADOÇÃO DE FORMA IMPRUDENTE - DESCUMPRIMENTO DAS DISPOSIÇÕES DO ART. 33 DO ECA - REVITIMIZAÇÃO DA CRIANÇA - REJEIÇÃO - SEGREGAÇÃO - DANOS MORAIS CONSTATADOS - ART. 186 C/C ART. 927 DO CÓDIGO CIVIL - REPARAÇÃO DEVIDA - AÇÃO PROCEDENTE - II- QUANTUM INDENIZATÓRIO - RECURSOS PARCOS DOS REQUERIDOS - CONDENAÇÃO INEXEQUÍVEL - MINORAÇÃO - SENTENÇA PARCIALMENTE REFORMADA - A inovadora pretensão do Ministério Público, de buscar o ressarcimento civil com a condenação por danos morais daqueles que desistiram do processo de adoção, que estava em fase de guarda, de forma abrupta e causando sérios prejuízos à criança, encontra guarida em nosso direito pátrio, precisamente nos art. 186 c/c arts. 187 e 927 do Código Civil - O ilícito que gerou a reparação não foi o ato em si de desistir da adoção da criança, mas o modus operandi, a forma irresponsável que os requeridos realizaram o ato, em clara afronta aos direitos fundamentais da criança, bem como ao que está disposto no art. 33 do Estatuto da Criança e do Adolescente . Assim, pode haver outra situação em que a desistência da adoção não gere danos morais à criança, no entanto, não é este o caso dos autos. (TJMG - AC 1.0702.09.567849-7/002 - 1ª C.Cív. - Relª Vanessa Verdolim Hudson Andrade - DJe 23.04.2014 )
 
146000144104 - AÇÃO CIVIL PÚBLICA - I- ADOÇÃO - GUARDA PROVISÓRIA - DESISTÊNCIA DA ADOÇÃO DE FORMA IMPRUDENTE - DESCUMPRIMENTO DAS DISPOSIÇÕES DO ART. 33 DO ECA - REVITIMIZAÇÃO DA CRIANÇA - ABUSO SEXUAL - DANOS MORAIS CONSTATADOS - ART. 186 C/C ART. 927 DO CÓDIGO CIVIL - REPARAÇÃO DEVIDA - AÇÃO PROCEDENTE - II- DANOS MATERIAIS - SUSTENTO REALIZADO PELO ESTADO - AUSÊNCIA DE OBRIGAÇÃO DOS REQUERIDOS - CONDENAÇÃO INDEVIDA - III- DANOS MORAIS - O QUANTUM INDENIZATÓRIO - RECURSOS PARCOS DOS REQUERIDOS - CONDENAÇÃO INEXEQUÍVEL - MINORAÇÃO - SENTENÇA PARCIALMENTE REFORMADA - A condenação por danos morais daqueles que desistiram do processo de adoção, que estava em fase de guarda, de forma abrupta e causando sérios prejuízos à criança, encontra guarida em nosso direito pátrio, precisamente nos art. 186 c/c arts. 187 e 927 do Código Civil . A previsão de revogação da guarda a qualquer tempo, art. 35 do ECA , é medida que visa precipuamente proteger e resguardar os interesses da criança, para livrá-la de eventuais maus tratos ou falta de adaptação com a família, por exemplo, mas não para proteger aqueles maiores e capazes que se propuserem à guarda e depois se arrependeram - O ressarcimento civil é devido face à clara afronta aos direitos fundamentais da criança e ao que está disposto no art. 33 do Estatuto da Criança e do Adolescente . A situação foi agravada, visto que a criança foi obrigada a presenciar cenas de conjunção carnal e atos libidinosos entre aqueles que teriam o dever de protegê-la e as provas constantes nos autos indicam que o requerido praticava inclusive atos libidinosos com a própria menor. Deve ser ressaltado que também foi constatada a omissão do Estado, que deveria ter acompanhado melhor o convívio, realizando estudos psicossociais com frequencia, e não apenas uma vez nos quase 02 (dois) anos. Ainda assim, a omissão não neutraliza a conduta dos requeridos que tinham o papel de cuidar da infante e a submeteram a lamentáveis situações. (TJMG - AC 1.0024.11.049157-8/002 - 1ª C.Cív. - Relª Vanessa Verdolim Hudson Andrade - DJe 23.04.2014 )
 
146000186792 - APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO CIVIL PÚBLICA - INDENIZAÇÃO - DANOMATERIAL E MORAL - ADOÇÃO - DESISTÊNCIA PELOS PAIS ADOTIVOS - PRESTAÇÃO DE OBRIGAÇÃO ALIMENTAR - INEXISTÊNCIA - DANO MORAL NÃO CONFIGURADO - RECURSO NÃO PROVIDO - Inexiste vedação legal para que os futuros pais desistam da adoção quando estiverem com a guarda da criança - O ato de adoção somente se realiza e produz efeitos a partir da sentença judicial, conforme previsão dos arts. 47 e 199-A, do Estatuto da Criança e do Adolescente . Antes da sentença, não há Lei que imponha obrigação alimentar aos apelados, que não concluíram o processo de adoção da criança - A própria Lei prevê a possibilidade de desistência, no decorrer do processo de adoção,ao criar a figura do estágio de convivência - Inexistindo prejuízo à integridade psicológica do indivíduo, que interfira intensamente no seu comportamento psicológico causando aflição e desequilíbrio em seu bem estar, indefere-se o pedido de indenização por danosmorais.V.V.P.EMENTA: AÇÃO CIVIL PÚBLICA . INDENIZAÇÃO - DANO MATERIAL E MORAL - ADOÇÃO - DESISTÊNCIA DE FORMA IMPRUDENTE PELOS PAIS ADOTIVOS - PRESTAÇÃO DE OBRIGAÇÃO ALIMENTAR DEFERIDA - DANO MORAL NÃO CONFIGURADO - RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO - A adoção tem de ser vista com mais seriedade pelas pessoas que se dispõe a tal ato, devendo estas ter consciência e atitude de verdadeiros "pais", que pressupõe a vontade de enfrentar as dificuldades e condições adversas que aparecerem em prol da criança adotada, assumindo-a de forma incondicional como filho, a fim de seja construído e fortalecido o vínculo filial. Inexiste vedação legal para que os futuros pais desistam da adoção quando estiverem com a guarda da criança. Contudo, cada caso deverá ser analisado com as suas particularidades, com vistas a não se promover a "coisificação" do processo de guarda - O ato ilícito, que gera o direito a reparação, decorre do fato de que os re queridos buscaram voluntariamente o processo de adoção do menor, deixando expressamente a vontade de adotá-lo, obtendo sua guarda durante um lapso de tempo razoável, e, simplesmente, resolveram devolver imotivadamente a criança, de forma imprudente, rompendo de forma brusca o vínculo familiar que expuseram o menor, o que implica no abandono de um ser humano. Assim, considerando o dano decorrente da assistência material ceifada do menor, defere-se o pedido de condenação dos requeridos ao pagamento de obrigação alimentar ao menor, enquanto viver, em razão da doença irreversível que o acomete - Inexistindo prejuízo à integridade psicológica do indivíduo, que interfira intensamente no seu comportamento psicológico causando aflição e desequilíbrio em seu bem estar, por não ter o menor capacidade cognitiva neurológica de perceber a situação na qual se encontra, indefere-se o pedido de indenização por danos morais(Desª Hilda Teixeira da Costa)Ação civil pública - Ministério Público - Legitimidade ativa - Processo de adoção - Desistência - Devolução da criança após significativo lapso temporal - Indenização por dano moral - Ato ilícito configurado - Cabimento - Obrigação alimentar - Indeferimento - Nova guarda provisória - Recurso ao qual se dá parcial provimento (Des. MR). (TJMG - AC 1.0481.12.000289-6/002 - 2ª C.Cív. - Relª Hilda Teixeira da Costa - DJe 25.08.2014 )

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