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CAPÍTULO II - CONCEITO DE CONSTITUIÇÃO

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CAPÍTULO II
CONCEITO DE CONSTITUIÇÃO
Introdução
A palavra Constituição vem do verbo latino constituere, significando: estabelecer definitivamente. Embora não apresente na sua origem a idéia de lei fundamental, a expressão latina rem publicam constituere denota idéia semelhante à divulgada nos Estados Unidos e na Europa do séc. XVIII, qual seja, ato de instituir um Estado, que se apóia num estatuto jurídico fundamental. (5)
	DECLARAÇÃO UNIVERSAl DOS DIREITOS DO HOMEM E DO CIDADÃO
	Art. 16. Toda sociedade em que a garantia dos direitos não esteja assegurada, nem a separação dos poderes determinada, não tem Constituição.
Constituição, em uso atécnico, significa a maneira de ser de qualquer coisa: é a constituição no sentido material que a situa no universo do ser e não do dever-ser, do que o Direito faz parte. Em termos gramaticais, constituição corresponde a efeito do ato de constituir, isto é, de organizar, formar, estabelecer, em fidelidade ao étimo latino (constituere). (1)
Constituição em Sentidos Material e Formal
Do ponto de vista material, a Constituição é o conjunto de normas pertinentes à organização do poder, à distribuição da competência, ao exercício da autoridade, à forma de governo, aos direitos da pessoa humana, tanto individuais quanto sociais. Tudo o quanto for, enfim, conteúdo básico referente à composição e ao funcionamento da ordem política exprime o aspecto material da Constituição. (3)
É conteúdo próprio da Constituição aquilo que diga respeito à forma de Estado, à de governo, aos órgãos do poder e à declaração dos direitos individuais. Tudo o mais, embora possa ser escrito na Constituição, é lei constitucional. (2)
A propriedade, por exemplo, se envolve, no sistema capitalista, diretamente com o Direito Civil. Enquanto garantida pela Constituição, em disposições específicas, é examinada segundo os princípios científicos que orientam o Direito Constitucional. (1)
Constituição e Leis Ordinárias
Atualmente a distinção que se estabelece entre as leis constitucionais e as leis ordinárias é usualmente feita. As normas jurídicas constitucionais, ou normas contidas na Constituição, têm assim uma característica dupla: são normas dotadas de uma superlegalidade e de uma imutabilidade relativa. (4)
As leis constitucionais têm uma validade superior às leis ordinárias, que somente valem pelo seu acordo com as normas estabelecidas na Constituição. A inconstitucionalidade da lei ordinária provoca conseqüentemente a sua nulidade, decretada, via de regra, pelo Poder Judiciário. Existe, assim, um controle permanente da justiça contra os abusos do poder praticados pelo Executivo ou pelo Legislativo, em benefício do próprio cidadão. (4)
As leis constitucionais recebem singulares garantias de duração e estabilidade, porquanto suas reformas estão ligadas a formas de maior dificuldade e a sua permanência assegurada por singulares condições de responsabilidade. Essa mutabilidade relativa das normas constitucionais é justamente uma proteção contra as bruscas mudanças de situação nas maiorias parlamentares, que, se podem modificar as leis ordinárias, são obrigadas ao respeito e garantia do conteúdo inviolável da Constituição. (4)
	CONSTITUIÇÃO FEDERAL
	Art. 60. § 2º. A proposta (de Emenda Constitucional) será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros.
Art. 47. Salvo disposição constitucional em contrário, as deliberações de cada Casa e de suas Comissões serão tomadas por maioria dos votos, presente a maioria absoluta de seus membros.
Constituição e Poder Absoluto
Há Constituição mesmo em Estados que não limitam o Poder Público ou onde imposta sem limitação. A antiga Constituição do Estado Soviético, a do Terceiro Reich e a do Brasil, em 1969, são faltas de juridicidade, quando vistas como instrumentos impostos pelo fato da força. (1)
	REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
	Walter Ceneviva
Michel Temer
Paulo Bonavides
Pinto Ferreira
Kildare Gonçalves Carvalho

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