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1 BIOQUIMICA E METABOLISMO DOS MINERAIS DE INTERESSE CLÍNICO Prof. Dr. Emerson Silva Lima Bioquímica metabólica 2 142 5 5 2 105 24 16 6 2 1 0 20 40 60 80 100 120 140 160 Sódio Potássio Cálcio Magnésio Cloreto BicarbonatoProteínas Ácidos orgânicos Fosfatos Sulfatos Cátions 154 mEq/L Ânions 154 mEq/L m E q /L Distribuição dos eletrólitos no fluido extracelular 3 160 35 10 140 55 8 2 0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 Potássio Magnésio Sódio Fosfatos Proteínas Bicarbonato Cloreto m E q /L Cátions 205 mEq/L Ânions 205 mEq/L Distribuição dos eletrólitos no fluido intratracelular 4 MINERAIS 5 CALCIO 6 COMPOSIÇÃO ÓSSEA • Sais minerais inorgânicos: (75% do peso seco) - Fosfato e carbonato de cálcio - Cristais de hidroxiapatita [Ca10(PO4)6(OH)3] - Outros Minerais (Mg, Na, K, F, Zn, Cl, SO4) • Matriz Orgânica (25% do peso seco) - Fibras de colágeno - Substância básica ( Líquido extracelular, Albumina, mucoproteína, ácido hialurônico, lipidios, etc...) - Células 7 CÉLULAS ÓSSEAS Osteócitos Osteoclástos Osteoblástos Estado de repouso. Estimulados por fatores hormonais Produtores de colágeno, Reabsorção óssea - lise, desmineralização. Sensíveis ao Paratormonio (estímulo), Sensíveis à calcitonina (inibição) Formaçao do osso Aumentam a Fosfatase alcalina, Reparação de fraturas. Vitamina D, vit. C, Estrogênio, GH. Responsáveis pela mineralizaçao óssea 8 CONTROLE DO METABOLISMO ÓSSEO Principais Fatores:, Formação e destruição óssea, Ingestão, absorção e excreção de cálcio. - Principais hormônios envolvidos: Paratormônio e Calcitonina. - Outros hormônios envolvidos: Vitamina D, hormônios tireoidianos, esteróides adrenais, prostaglandinas, fator ativador de osteoclastos, proteína PTH- relacionada. 9 PARATORMÔNIO - Secretado pela glândula paratireóide em resposta a hipocalcemia ou hipomagnesemia - Ações : 1. Vitamina D: estimula absorção intestinal de cálcio, ativa a conversão da forma ativa da vitamina D nos rins. 2. Rins: Aumenta a reabsorção tubular de Ca e excreção de Fosfato, Diminui a excreção de Calcio. 3. Ossos: Aumenta a reabsorção óssea pelos osteoclástos. 4. Induz o aumento da fosfatase alcalina, hipercalcemia, hipofosfatemia. 10 CALCITONINA - Secretada principalmente pelas células parafoliculares da tireóide em resposta aos níveis de cálcio plasmático. Tem efeito oposto ao PTH. - Ações : 1. Ossos: Inibe a reaborçao óssea osteoclástica. 2. Rins: Inibe a reabsorção de cálcio e fósforo pelos túbulos renais. 3. Resposta: Hipocalcemia 11 VITAMINA D Síntese: 7-desidro-colesterol Colecalciferol UV Colecalciferol + OH 25-Hidroxicolecalciferol + OH 25-Hidroxicolecalciferol 1,25-Dihidroxicolecalciferol Pele Fígado Rim Funções: - Estimula a absorção intestinal de cálcio e fosfato - Eleva a reabsorção renal de Cálcio e fósforo - Regula a liberação de PTH - Aumenta a mobilização de Ca no osso 12 CÁLCIO Balanço ósseo 13 CÁLCIO • Formação de ossos e dentes. • Função cardíaca. • Vasodilatação. • Metabolismo do ferro. • Transmissão de impulsos nervosos. • Estabilizador da membrana celular • Cofator necessário para formação de trombina e fibrina Funções 14 INTERFERENTE AÇÃO Fósforo Excesso prejudica a absorção. Vitamina D Deficiência prejudica a absorção. Cafeína Aumenta a excreção urinária. Fibras Excesso dificulta absorção. Sal (Nacl) Excesso aumenta a excreção. Magnésio Compete pela absorção e fixação no osso. Administrar sempre na proporção 2 Ca: 1 Mg (proporção máxima). Tetraciclinas e Penicilinas Funcionam como quelantes de cálcio. Seu uso excessivo na gravidez pode ocasionar má-formação óssea e problemas com a dentição do bebê. CÁLCIO Interferentes na Absorção e Excreção do Cálcio 15 CÁLCIO Interferentes na Absorção e Excreção do Cálcio Estrogênio Baixos níveis provocam deslocação do cálcio ósseo. Hipocloridria Diminui a absorção. Acido oxálico Excesso prejudica absorção (tomates, espinafre, derivados do cacau). Proteínas Excesso prejudica absorção. Gorduras Excesso prejudica absorção. Sedentarismo Aumenta excreção. Lactose Aumenta a absorção. Lisina Aumenta a absorção. Glicina Aumenta a absorção. 16 Proteína s Ca++ Ca++ Ca++ Ca++ Ca++Ânions Ca ligado à proteínas Ca Livre Ca Complexado Cálcio total Cálcio livre Cálcio complexado Cálcio - Estados físico-químicos e métodos de dosagem. 17 CÁLCIO HIPERCALCEMIA - Níveis séricos acima de 10,5mg/dL - Hiperparatireoidismo primário: Aumento da produção de PTH -Hipervitaminose D: aumento da absorção intestinal de Ca++ -Desordens endócrinas: hipertireoidismo, Insuficiência supra-renal - Imobilizações prolongadas - Diuréticos tiazídicos: aumento da secreção de PTH - Lítio - Hiperproteinemia 18 CÁLCIO HIPOCALCEMIA - níveis abaixo de 8,8 mg/dL - Hipoalbuminemia - Acidose metabólica - Hipoparatireoidismo - Pseudo-hipoparatireoidismo: resistência das células alvo ao PTH - Insuficiência renal - Deficiência de vitamina D: Nutricional, raquitismo vitamina-D dependente, ma-absorçào, doença hepatocelular, doença pancreática, síndrome nefrótica. - Hipomagnesemia 19 CÁLCIO CÁLCIO URINÁRIO - Urina de 24 horas - reflete a absorção intestinal, reabsorção óssea, filtração e a reabsorção tubular. - Hipercalciúria: Cálculo renal, hiperuricosúria hiperparatireoidismo, baixo volume urinário, hipocitratúria. -Hipocalciúria: Deficiência de vitamina D, hipoparatireoidismo, osteomalácia, diuréticos tiazídicos. 20 Cálcio - Métodos de dosagem - Métodos fotométricos: -ligação do cálcio formando complexos coloridos Ex: o-cresolftaleína, arzenato III Obs:Para o Ca total, a amostra é diluída com ácido para liberar o Ca ligado a proteínas e o complexado com ânions. - Espectrometria de absorção atômica: - vantagem: menor interferência de proteínas -Calcio Livre: Métodos de íons seletivos 21 MAGNÉSIO · Importante cofator enzimático Participa da fosfoliração oxidativa, glicólise, respiração celular e biossíntese protêica Pode agir como antioxidante Comumente conhecido como metal anti-estresse Pode está relacionado a liberação do PTH pelas paratireóides Funções 22 MAGNÉSIO Interferentes na Absorção e Excreção do Magnésio INTERFERENTE AÇÃO Fósforo Compete pela absorção. Cafeína Aumenta a excreção urinária. Álcool Excesso prejudica a absorção. Grandes cirurgias, queimaduras Depletam magnésio. Diabéticos Absorvem menos magnésio. Açúcar Excesso aumenta a excreção urinária. Anticoncepcionais orais Depletam magnésio. 23 MAGNÉSIO Relação do Magnésio (Mg) com Patologias 1) DOENÇAS CARDÍACAS Mg relaxa a musculatura. Mg baixo (vasoconstrição, arritmias). 2) CÂNCER: O baixo nível de Mg Aumenta a incidência de Câncer. Mg regula a replicação do DNA. Mg estimula as enzimas necessárias à divisão celular. 3) PRESSÃO SANGUÍNEA BAIXA Mg aumenta a adesão celular. 4) ENERGIA: aumento de Mg Capacidade de resistência aumentada. 5) TENSÃO PRÉ-MENSTRUAL: Mg baixo 24 DOSAGEM DO MAGNÉSIO •Métodos fotométricos: - Varios corantes mudam de cor ao se ligar seletivamente ao Mg Ex: Calmagite, formazana, Azul de metiltimol e o magon Obs:; pode-se usar EGTA para inibir a interferência do Ca++ •Espectrometria de absorção atômica - Diminui a interferencia de proteínas e ânions• Eletrodos ions seletivos Dosagem do magnésio livre. 25 VALORES DE REFERENCIA SORO: 1,9 a 2,5 mg/dL LIQUOR: 2,5 a 3,5 mg/dL URINA: 48 a 152 mg/24h OBS1: As dosagens séricas u urinárias nao sao bons indicadores de deficiência: Obs2 : Para esta avaliaçao sao utilizados os testes da dosagem em Leucócitos ou o TESTE DE SOBRECARGA DE MAGNÉSIO. 26 Atua no equilíbrio acido-base do organismo • Importante na produção de energia (ATP) • O fósforo compete na absorção e na fixação óssea com o cálcio • Está presente em abundância na alimentação moderna (alimentos industrializados) Importante na constituição do material genético Ajuda no crescimento e na recuperação do organismo. Proporciona energia e vigor, colaborando na metabolização de gorduras e amido. Atenua as dores da artrite. Estimula dentes e gengiva saudáveis • O uso de fertilizantes fosfatados podem contaminar alimentos vegetais in natura A dose diária recomendada é de 800 a 1200 mg, sendo a mais alta para, mulheres grávidas e em período de amamentação FÓSFORO/FOSFATOS 27 DOSAGEM DO FÓSFATO - Método fotométrico Os ions fosfatos reagem com o milibdato de amônio formando o complexo molibdato de amônio. Por ser incolor este é medido diretamente na região do UV a 340 nm, ou indiretamente após redução formando o azul de molibdênio a 600-700 nm. 28 ENFERMIDADE METABÓLICA ÓSSEA • OSTEOPOROSE - Redução concomitante do mineral e da matriz óssea com deteriorização da microarquitetura do tecido ósseo que no entando é histologica e quimicamente normal. -CLASSIFICAÇÃO -Primária: TIPO I -Perda ovariana pós-menopausa TIPO II - (Senil) - Secundária: Doenças endócrinas, gastroentestinais, medicamentos, etc... Obs: A maior parte dos marcadores ósseos encontram-se normais na osteoporose, exceto o NTx urinário (telopeptídeo do colágeno ósseo) - marcador de reabsorção óssea 29 OSTEOPOROSE DROGAS Esteróides Anticonvulsivantes antiácidos ESTILO DE VIDA Álcool Fumo Cafeína Sedentarismo DOENÇAS/ÓRGÃO Rim (Calciúria) Lesão Hepática VITAMINA D deficiência MÁ ABSORÇÃO DO CÁLCIO FATORES ALIMENTARES Déficit de nutrientes Excesso de P Excesso de Proteínas Excesso de sal Excesso de Açúcar Excesso de Gordura FATORES ENDÓCRINOS Aumento de Corticóides Diminuição de estradiol Calcitocina androgênios 30 ENFERMIDADE METABÓLICA ÓSSEA • OSTEOMALÁCIA E RAQUITISMO Mineralização imcompleta do tecido ósseo resultante de vários distúrbios no metabolismo do cálcio e fósforo. Ocorre Principalmente devido a deficiência de vitamina D. Que pode ocorrer por menor ingestão, exposição inadequada a luz solar, má- absorção, distúrbio no metabolismo, doença hepática ou renal, medicamentos. ACHADOS LABORATORIAIS - Aumento de fosfase alcalina, Hipocalcemia, Hipofosfatemia. 31 ENFERMIDADE METABÓLICA ÓSSEA • DOENÇA DE PAGET Osteíte deformante: distúbio crônico de causa desconhecida que causa rápido comprometimento do remodelamento ósseo. Crânio, Fêmur, pelve e vértebras são os ossos mais comumente afetados. ACHADOS LABORATORIAIS - Aumento de fosfase alcalina, osteocalcina,e hidroxiprolina urinária. 32 Metabolismo do ferro 33 FERRO O ferro constitui uma das maiores carências dietéticas da população brasileira. Apenas cerca de 8% do ferro ingerido são absorvidos e realmente entram na corrente sanguínea. A hemoglobina, para qual se destina a maior parte do ferro, é reciclada e reutilizada à medida que as células sanguíneas vão sendo substituídas, a cada 120 dias. A dose diária recomendada para adultos e lactente, é de 10 a 15 mg, e para grávidas de 30 mg. No período de um mês as mulheres perdem quase duas vezes mais ferro do que os homens. • Essencial à vida, o ferro é necessário para a produção de hemoglobina, mioglobina e outras enzimas. 34 - A absorção é o principal mecanismo regulador do pool de ferro endógeno. - A maior parte do ferro presente nos alimentos encontra-se na sua forma oxidada (3+). - O ferro necessita está na sua forma reduzida (2+) para absorção pelas células intestinais. - O cobre, o cobalto, o manganês e a vitamina C são necessários para a absorção e assimilação do ferro no organismo. -O ferro é transportado na circulação pela transferrina e armazenado nos tecidos ligado à ferritina ou hemossiderina. - Por causa de sua atividade ferro-oxidase, a ceruloplasmina, é importante na incorporação do ferro a transferrina. FERRO 35 Ferro nos alimentos (Fe3+) Células intestinais (Fe2+) Ligação do Fe3+ a transferrina O excesso é estocado como ferritina Pequenas perdas Transporte plasmático Incorporação do Fe à hemoglobina Hemoglobina no sangue Fe3+ - Ferritina ou hemossiderina (excesso) Metabolismo esplênico e hepático Pequenas perdas no sangue Ferritina (excesso) Turnover do Fe no organismo 36 FERRO Níveis séricos diminuídos: - Deficiência nutricional, anemias microcíticas, menstruação, hemorragias intestinais, parasitoses. Níveis séricos aumentados: - Transfusões repetidas, hemocromatose idiopática, hemossiderose, cirrose, talassemia, anemia sideroblástica. 37 FERRO DRISTIBUIÇÃO DO FERRO NO ORGANISMO mg/ 75 k mg/kg Compostos funcionais Hemoglobina mioglobina enzimas (heme) enzimas (nao heme) 2300 320 80 100 31 4 1 1 Complexos de armazenamentos Ferritina homosiderina 700 300 9 4 Total 3800 50 (60%) (18%) ( 8%) 38 FERRO INTERFERENTES NA ABSORÇÃO DO FERRO Interferente Ação Hipocloridria Prejudica a absorção Antiácidos Prejudica a absorção Fosfatos Prejudica a absorção Cálcio Excesso na dieta prejudica a absorção Café Prejudica a absorção Hiperperistaltismo Prejudica a absorção Vitamina C Aumenta a absorção Proteínas Aumenta a absorção Frutas Cítricas Aumenta a absorção Cobre, Cobalto (Vit. B12) Aumenta a absorção Manganês Aumenta a absorção 39 FERRO DISPONÍVEL Fe3+ Transferrina Ferritina Livre Fe3+ Fe3+ Fe3+ Fe3+ Ferritina e hemosiderina teciduais CLLF Fe sérico Ferritina sérica ELISA, RIA Reserva de FerroCTLF = Fe sérico + CLLF IST = Fe Sérico/CTLF x 100 Transferrina (mg/dL) = CTLF x 0,7 Fe3+ Fe3+ HCO3 - 40 COBRE Comentários Encontrado em todos os tecidos, porem as mais altas concentrações estão no cérebro (bainha de mielina) e no fígado. • Participa na constituição da superoxido dismutase, Citocromo oxidase, Tirosinase, Dopamina b-hidroxilase. Torna possível o uso do aminoácido tirosina, fazendo-o agir com o fator de pigmentação do cabelo e da pele. Presente no cigarro, pílulas anticoncepcionais e no monóxido de carbono expelido pelos automóveis. É essencial para o aproveitamento da vitamina C. A dose diária recomendada não foi estabelecida, mas a dosagem comum para adultos está em torno de 1,5 a 3 mg. É necessário para incorporação do ferro do organismo na hemoglobina. • Participa na síntese da elastina e do colágeno e dos hormônios tireodianos. • Pode participar de reações de oxi-redução e geração de espécies reativas do oxigênio. • Pode está relacionado à esquizofrenia e distúrbios psiquiátricos. 41 COBRE Doenças causadas por carência de cobre: Anemia, edema, defeitos na estrutura óssea e possivelmente artrite reumatóide. Principais fontes naturais: Feijão, ervilha, farinha de trigo, ameixa, carne bovina (língua, rabo, coração, fígado e rim), camarões e a maioriados frutos do mar. Apresentação e dosagem: Costuma ser apresentado em suplementos multivitamínicos e minerais em dose de 2 mg. Recomendações: Apesar de ser essencial, raramente sugere-se suplementação especial de cobre. A ingestão excessiva abaixa o nível de zinco e produz insônia, perda de cabelo, menstruação irregular e depressão. Se a pessoa ingere produtos integrais suficientes e verduras frescas, ou miúdos de boi, não precisa tomar suplementos de cobre. Principais funções : SOD, Cit. Oxidase, Ascobinase, Tirosina Melanina 42 INTERFERENTES NA ABSORÇÃO DO COBRE Interferente Ação Zinco Excesso prejudica absorção Molibdênio Excesso prejudica absorção Sindrome de Wilson Diminuição de ceruloplsmina Manganês Excesso prejudica absorção penicilamina Quelante de cobre Mercúrio Excesso prejudica absorção Chumbo Excesso prejudica absorção Cadmio Excesso prejudica absorção COBRE 43 ZINCO Importante cofator enzimático (metaloenzimas) Controla a capacidade de contração dos músculos. • Importante para estabilidade sanguínea e para manter o equilíbrio ácido- alcalino do organismo (anidrase carbônica). Exerce efeito regulador sobre a próstata e é importante no desenvolvimento de todos os órgãos reprodutores. Estudos recentes mostraram a importância do zinco na função cerebral e no tratamento de esquizofrenia. Há fortes evidências de sua necessidade na síntese de ADN. A dose diária recomendada é de 12 a 15 mg para adultos e ligeiramente mais elevadas para lactentes. Transpiração em excesso pode causar a perda de cerca de 3 mg por dia de zinco. A maior parte do zinco presente nos alimentos perde-se durante seu preparo ou nem mesmo existe em quantidade suficiente, se foram cultivados em solo pobres em nutrientes. • É essencial para a síntese de proteínas. Ajuda na formação de insulina • É necessário para manutenção dos níveis de vitamina A • Participação nas ações de hormônios (Zinc fingers) Comentários 44 ZINCO Doenças causadas por carência de zinco: Possivelmente hipertrofia prostática (alargamento das glândulas prostáticas, não canceroso), aterosclerose e hipogonadismo. Principais fontes naturais: Carne, fígado, frutos do mar, germe de trigo, levedo de cerveja, semente de abóbora, ovos, leite desnatado, mostarda em pó. Apresentação e dosagem: É encontrado em todos os bons preparados multivitamínicos e minerais. À venda em comprimidos de sulfato de zinco, gluconato e zinco ou picolinato de zinco em doses que vão de 15 a 60 mg de zinco básico. Também na forma de zinco-histidina. Tanto o sulfato quanto o gluconato de zinco são eficazes, mas o gluconato de zinco parece ser mais facilmente tolerado. As melhores formas de suplementos são o zinco quelado e o picolinatos de zinco. O zinco também se apresenta em combinação com a Vitamina C, o magnésio, e as vitaminas do complexo B. 45 ZINCO Toxidade: Quase completamente não-tóxico, exceto se houver ingestão excessiva e o alimento foi armazenado em recipientes galvanizados. Doses de 2 g ou mais podem produzir efeitos tóxicos. Recomendações: •Se a pessoa estiver tomando grandes quantidades de vitamina B6 irá precisar de doses maiores de zinco. O mesmo acontecerá com um alcoólatra ou diabético. Os homens – em particular os que tem problemas na próstata – devem manter altas as taxas de zinco. Auxilia no tratamento de impotência. O suplemento de zinco e manganês pode beneficiar pessoas idosas preocupadas com a senilidade. Auxilia na menstruação irregular. Se a pessoa estiver adicionando zinco na sua dieta, terá que aumentar a sua necessidade de vitaminas. 46 Zinco nos alimentos Células intestinais Ligação do Zn a albumina e transferrina O excesso é estocado como metalotioneina Pequenas perdas nas fezes Transporte plasmático Fígado Transporte para outros órgãos Metalotioneina (excesso) Secreção pelo pâncreas no intestino Excreção ( urina, sêmen, pele) Ciclo enteropancreático Rotas do zinco no organismo 47 Interferentes na absorção do zinco Cobre Excesso prejudica a absorção Fosforo compete e prejudica a absorção Álcool Excesso prejudica a absorçao ( receptores) Cádmio compete e impede a absorção Fitatos prejudicam a absorçao Grandes Cirurgias depletam zinco Hemodiálise depletam zinco Diuréticos depletam zinco Queimaduras depletam zinco Jejum depletam zinco Psoriase depletam zinco Parasitoses Intestinais depletam zinco ZINCO 48 ZINCO A DEFICIÊNCIA DE ZINCO DIMINUI: -A atividade das células NK -O desenvolvimento do tecido linfóide -Resistência do hospedeiro -Resposta dos neutrófilos -Produção de anticorpos -Atividade bactericida -Atividade da célula t -Resposta de linfócitos -Sistema complemento -Fagocitose -quimiotaxia Zinco e o sistema imune 49 O zinco participa da formação de enzimas: • que participam na formação do DNA e RNA • pancreáticas que auxiliam na digestão; • que participam na formação do HEME; • envolvidas no metabolismo dos ácidos graxos essenciais; • que liberam a vitamina A dos estoques hepáticos; • que metabolizam carboidratos • que sintetizam aminoácidos e proteínas; • metaboliza o álcool no fígado; • que diminui o excesso de radicais livres do organismo. 50 Zinco 51 SELÊNIO A vitamina E e o selênio trabalham em sinergia, o que significa que juntos são mais fortes do que se agissem sozinhos. •Tanto a vitamina E quanto o selênio são antioxidante, prevenindo ou pelo menos retardando o envelhecimento, ou o enrijecimento dos tecidos pela oxidação. Os homens parecem ter uma necessidade maior de selênio. Quase metade do suplemento do seu organismo se concentra nos testículos em partes dos dutos seminais adjacentes às glândulas prostáticas. O selênio também é eliminado pelo sêmem. A dose diária recomendada para este mineral, é de 50 mcg para mulheres, 70 mcg para homens, 65 mcg para lactentes. • É um mineral escasso nos solos da América do Sul. • Parte integrante do sistema glutationa. • Está envolvido na proteção dos vasos sanguíneos contra obstrução. • Os idosos demonstram absorver menores quantidades deste elemento. 52 SELÊNIO O que ele faz: Ajuda a manter a elasticidade natural dos tecidos. Alivia as ondas de calor próprias da menopausa. Colabora no tratamento e prevenção da caspa Possivelmente neutraliza certos fatores cancerígenos e oferece proteção contra alguns tipos de câncer. Principais fontes naturais: •Frutos do mar, rim, fígado, germe de trigo, farelo, atum, cebola, tomate, brócolis, castanha do Brasil. Doenças relacionadas : •Hipertensão, neoplasias, infarto do miocárdio, doença renal, eczemas, psoríase, artrite reumatóide. 53 Apresentação e dosagem: Apresentada em doses medidas em microgramas, de 25, 50, 100 e 200 mcg. Também à venda combinado com vitamina E e outros antioxidantes. Os alimentos naturais, se ingeridos com regularidade, fornecem quantidades suficientes. Toxidade: Doses acima de 5 mg podem produzir efeitos tóxicos. Recomendações: O selênio foi descoberto à apenas vinte anos. É recente o reconhecimento de sua importância na nutrição humana, portanto, até que se saiba mais a seu respeito, é recomendado que se tomem apenas suplementos moderados. SELÊNIO 54 MANGANÊS Ajuda a ativar as enzimas necessárias para o uso adequado da biotina, da vitamina B1 e da vitamina C pelo organismo •Necessário para uma estrutura óssea normal. Importante na formação de tiroxina, o principal hormônio da glândula de tireóide. Necessário para a boa digestão e utilização dos alimentos (ativador de peptidases). Nãofoi estabelecida dose diária recomendada, mas uma média de 2 a 5 mg é suficiente para a tender as necessidades dos adultos. Importante para a reprodução e funcionamento normal do sistema nervoso central. • Necessário para a síntese de L-dopamina,colesterol, mucopolissacarídeos, colágeno, protombina. • Faz parte da SOD mitocondrial. • Atua na absorção e transporte do Cobre. 55 Apresentação e dosagem: Mais comumente encontrado nas combinações multivitamínicas e minerais, em doses de 1 a 9 mg. Toxidade: Rara, exceto se provocada por fontes industriais. Inimigos: A ingestão de grande quantidade de cálcio inibe a absorção do manganês, o mesmo ocorrendo com as fibras e o ácido fítico contidos nos farelos e vagens. Recomendações: Se a pessoa tem sempre tontura, deve experimentar adicionar manganês à sua dieta. Recomenda-se às pessoas que tenham problemas de memória que verifiquem se estão de fato ingerindo quantidades suficientes deste mineral. Quem toma muito leite e ingere muita carne precisa de maior quantidade de manganês. MANGANÊS Doenças e sintomas relacionadas : Osteoporose, problemas auditivos, arritmias cardíacas, hipoinsulinemia, esquizofrenia. 56 INFERERENTES NA ABSORÇÃO DO MANGANÊS Interferente Ação Zinco Excesso prejudica absorção Ferro Excesso prejudica absorção Cálcio Aumentam a absorção Magnésio Aumentam a absroção MANGANÊS DEFICIÊNCIA DE IODO • A deficiência iodopriva acha-se sob controle • 1994/95 – diminuição da ocorrência de bócio palpável nas áreas de risco (AM, AC, PA, RO, MG) IODO Comentários · Parte dos hormônios tireodianos (T3 e T4), que regulam a temperatura corporal, taxa metabólica, sendo indispensável à vida. •Já que a glândula tireóide controla o metabolismo e o iodo exerce influência sobre a tireóide, um suprimento insuficiente deste mineral pode resultar em reações mentais lentas, ganho de peso e falta de energia. • Dois terço do iodo do organismo estão na glândula tireóide. ·A dose diária recomendada é de 150, mcg para adultos (1 mcg por quilo de peso de corpo) e 175 mcg para mulheres grávidas e de 200 mcg para lactentes. IODO Funções: Colabora nas dietas, queimando os excessos de gordura. Promove um crescimento adequado. Proporciona mais energia. Melhora a acuidade mental. Mantém saudáveis os cabelos, unhas, pele e dentes. Doenças causadas por carência de iodo: Bócio, hipotiroidismo. Principais fontes naturais: Encontrado em suplementos multiminerais e de vitaminas de alta concentração, em doses de 0,15 mg. Algas naturais são uma ótima fonte suplementar de iodo. IODO Toxidade: Não há dados sobre toxidade causada pelo iodo natural, embora não se recomende a ingestão de doses superiores a 2 mg, e o iodo tomado como medicamento pode ser perigoso se prescrito incorretamente. Inimigos: O processamento de alimentos, o solo pobre em nutrientes. Recomendações: Não é recomendado a ingestão suplementar de iodo além do fornecido pelas algas e preparações multiminerais e vitamínicas; devendo-o ser feito somente prescrito por um médico. Pessoas que vivam em local cujo solo é pobre em iodo devem usar sal iodado nas comidas salgadas. Se a pessoa costuma comer grandes porções de repolho cru, talvez não esteja recebendo toda porção de iodo de que precisa, pois há nessa verdura elementos que impedem a perfeita similação do iodo. BÓCIO 62 Burtis, C.A.; Ashwood, E.R. TIETZ - Fundamentos de química clínica. 6.ed.Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2008. Kaplan-Pesce. Química-Clínica. Técnicas de laboratório. Fisiopatologia, métodos e análises. Ed. Panamericana.1996. Motta, VT. Bioquímica Clínica para o laboratório- Princípios e aplicações. 4.ed.,Edusc, Caxias do Sul, 2003. Bibliografia Consultada
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