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EXMO JUIZO DA MMª____ VARA DO TRABALHO DO RIO DE JANEIRO/RJ. Proc nº _____________________________ TICIO, brasileiro, solteiro, auxiliar Administrativo, com data de nascimento 22/02/1980, inscrito pelo RG nº 0000000000, e no CPF nº 00000000000, portador da CTPS nº 00000-00, inscrito no PIS sob nº 000000000-000, residente e domiciliado na Rua Voluntários da Pátria 666, Bairro Centro, São Gonçalo/RJ, CEP: 90000-000, com endereço eletrônico, fcp@gmail.com, vem por suas advogadas infra-assinados, procuração anexa , endereço eletrônico vivianaheerdt@gmail.com e fabianicardoso@gmail.com ambas com endereço profissional, Rua Praia de Belas nº 2333, Bairro Praia de Belas, Porto Alegre/RS, CEP 9000-000, onde recebe intimações, com fulcro no art. 840§ 1º, da CLT, c/c art. 319 do CPC, propor a presente: RECLAMAÇÃO TRABALHISTA PELO RITO SUMARÍSSIMO Em face de ALFA LTDA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº 000000000/00000, com endereço eletrônico, alfaltda@gmail.com com sede no município de Niterói/RJ, CEP 90000, pelos motivos de fato e de direito passa a expor. I- DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA Cumpre salientar que o Reclamante não possui condições financeiras para arcar com as custas processuais e honorários advocatícios, sendo que o autor encontra-se desempregado, contudo sob pena de comprometer o próprio sustento e de sua família, requerendo desde já os benefícios da Justiça Gratuita, nos termos do artigo 4º da Lei. Nº 1.060/50 e conforme o artigo 98 do CPC/2015, documentos anexados ao feito. II - DA COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA O reclamante não se submeteu à Comissão de Conciliação Prévia em razão das liminares conferidas nas ADINS 2139 e 2160-5, que fazem prevalecer o art 5º, inciso XXXV da constituição Federal da República Federativa do Brasil, garantindo assim, o acesso a justiça. III- DOS FATOS O Reclamante fora contratado como auxiliar administrativo, pela reclamada para trabalhar na filial localizada no Rio de Janeiro/RJ em 4 de janeiro de 2016. A contratação ocorreu no município de Niterói/RJ Alegre/RS, local onde está situada a matriz da empresa. Cumpria jornada de trabalho das 8 às 17h, com 1 hora de intervalo para repouso e alimentação. Recebia o salário mensal de R$ 2.000,00 (dois mil reais). Foi imotivadamente dispensado, sem prévio aviso, no dia 26 de janeiro de 2017, na ocasião em que nada lhe foi pago a título de verbas resili tórias. Informa que, encontra-se desempregado até o presente momento e que nunca usufruiu férias. IV- DOS FATOS E FUNDAMENTOS O reclamante no momento de sua dispensa injustificada, não recebeu as verbas resilitórias devidas, muito menos uma data prevista para seu recebimento no momento de seu desligamento havia completado 1 ano de empresa sendo desligado no dia 26 de janeiro de 2017, Igualmente, são devidas: Aviso Prévio 33 dias, 13º salário proporcional, férias proporcionais acrescidas de 1/3, FGTS + 40%, o que deve ser realizado perante este Juízo. DO FGTS E DA INDENIZAÇÃO DE 40% O Reclamante não teve seu FGTS recolhido e nem depositado no ato da sua demissão. Para tanto requer a juntada, já na primeira audiência, sob pena de confissão, do comprovante de recolhimento e depósito de FGTS mais 40% da multa prevista, juntamente com a liberação das guias para seu recebimento. Arroga-se a indenização do período não depositado com a devida liberação, acrescido da multa pelo atraso no recolhimento, juros e correção monetária, mais multa de 40%, inclusive para fins de cálculo e pagamento das diferenças de férias mais 1/3, 13º salário, parcelas resilitórias, e diferenças postuladas nesta ação. DO AVISO PRÉVIO INDENIZADO Considerando a inexistência de justa causa para a rescisão do contrato de trabalho, o reclamante adquire o direito ao Aviso Prévio indenizado, prorrogado o término do contrato para o mês de fevereiro de 2017, uma vez que o § 1º do art. 487, da CLT, estabelece que a não concessão de aviso prévio pelo empregador dá direito ao pagamento dos salários do respectivo período, integrando-se ao seu tempo de serviço para todos os fins legais. Dessa forma, o período do aviso prévio indenizado, corresponde a mais 33 dias de tempo de serviço para efeitos de cálculo do 13º salário, férias + 40%. Diante do exposto, o Reclamante faz jus ao recebimento do Aviso Prévio indenizado. DO SALDO DE SALÁRIO O Reclamante efetuou o labor na referida empresa antes da dispensa injustificada durante 26 (vinte e seis) dias, nada recebendo a título de saldo de salário. De acordo com o art. 4º da CLT, considera-se como tempo de serviço o tempo efetivamente trabalhado pelo empregado, integrando-se os dias trabalhados antes da sua dispensa injusta a seu patrimônio jurídico, consubstanciando-se direito adquirido de acordo com o inciso IV do art. 7º e inciso XXXVI do art 5º, ambos da CF/88, de modo que faz jus ao saldo salário dos 26 (vinte e seis) dias relativo ao período trabalhado sem receber. Desse modo, requer que seja paga a diferença salarial na audiência inaugural sob pena de serem pagos em dobro, conforme prevê o art. 467 da CLT. 13º SALÁRIO PROPORCIONAL O Reclamante não recebeu o 13º salário proporcional (1/12 avos) referente ao ano da sua demissão que ocorreu em janeiro de 2017. Razão pela qual, requer o pagamento do 13º salário proporcional do ano de 2017. DAS FÉRIAS Durante o período trabalhado o reclamante nunca gozou suas férias, fazendo jus, portanto, ao recebimento das férias relativas aos períodos de 2016/2017, em dobro, além daquelas proporcionais, acrescidas do terço constitucional em conformidade com o art. 146, parágrafo único da CLT e art. 7º, XVII da CF/88 O parágrafo único do art. 146 da CLT, prevê o direito do empregado ao período de férias na proporção de 1/12 por mês trabalhado ou fração superior a 14 dias. Se faz necessário citar que não foram pagas, de forma proporcional as férias de 2017, já que foi trabalhado um mês do ano de 2017 (1/12) antes que fosse dispensado sem justa causa. DAS MULTAS DOS ARTIGOS 467 E 477, § 8º, DA CLT Em face do descumprimento dos prazos para pagamento das verbas resilitórias, como facilmente se pode verificar nos tópicos anteriores, requer que seja a reclamada condenada ao pagamento das multas contidas nos artigos 467 e 477, § 8º da CLT. No mesmo sentido, cumpre citar o art. 477, § 6º, b c/c § 8º, que dispõe: “As parcelas constantes do instrumento de rescisão devem ser efetuadas até o décimo dia útil a partir da notificação da demissão, quando da ausência do aviso-prévio, indenização do mesmo ou dispensa de seu cumprimento. ” Conforme art. 467 da CLT, transcrito a seguir: “Em caso de rescisão de contrato de trabalho, havendo controvérsia sobre o montante das verbas rescisórias, o empregador é obrigado a pagar ao trabalhador, à data do comparecimento a Justiça do Trabalho, a parte incontroversa dessas verbas, sob pena de pagá-las acrescidas de cinquenta por cento. ” DO SEGURO-DESEMPREGO Dispensado no dia 26 de janeiro de 2017, o reclamante jamais recebeu os valores rescisórios, como também nenhuma outra verba que lhe era de direito. Assim, requer-se a devida expedição das guias do seguro-desemprego por este Juízo. V - DO PEDIDO: Diante do exposto, vem respeitosamente a presença de V. Exa, requerer: 1 - Seja deferido o pedido de Gratuidade de Justiça pleiteada nesta exordial; 2 - Seja julgada totalmente procedente a presente demanda para condenar a reclamada ao pagamento das verbas abaixo especificadas, estes referentes ao contrato de trabalho havido entre as partes: 13º salário proporcional do ano base de 2017 (1/12) no valor de R$ 166,66; Aviso prévio indenizado no valor de R$ 2.200,00; Férias relativas aos períodos de 2016/2017, em dobro, além daquelas proporcionais, acrescidas do terço constitucional em conformidade com o art. 146, parágrafo único da CLTe art. 7º, XVII da CF/88 no valor de R$ 5.776,42; FGTS + 40%; Multa do art. 477 da CLT no valor de R$ 2.000,00 correspondente a um salário do reclamante; Multa do art. 467 da CLT; Saldo de salário (26/30) no valor de R$ 1.733,33; Expedição das guias do seguro-desemprego por este Juízo; 3 - Determinar a notificação da reclamada, para comparecer à audiência a ser designada por este r. Juízo, oportunidade em que deverá oferecer contestação à presente, sob pena de revelia e confissão da matéria de fato, esperando ao final ver julgados procedentes os pedidos formulados nesta ação VI - DAS PROVAS Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude dos artigos 369 e seguintes do CPC, em especial a prova documental, a prova pericial, a testemunhal e o depoimento pessoal do Réu. DO VALOR DA CAUSA: Dá-se à presente o valor de R$ 11.876,08 Nestes Termos, P. deferimento. Porto Alegre 20 de Fevereiro de 2018 _______________________ ____________________ Viviana Heerdt Fabiani Cardoso OAB nº 14507831. OAB nº 13515
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