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Aula da semana 07 Relaxamento de prisão em flagante

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO D A _ __ VARA DA COMARCA DA CAPITAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MATHIAS, já qualificado nos autos do procedimento em epígrafe, vem, na 
presença de V. E X ª, através de seu advogado abaixo assinado na forma do artigo 5º LX V da Constituição Federal, oferecer pedido de 
 
 
 
RELAXAMENTO DA PRISÃO EM FLAGRANTE,
 
 
I – DOS FATOS 
 
 No dia 15 /11 /2 016, por volta das 22 horas, Matias conduzia veículo automotor, marca Volkswagen, modelo Gol, placa XYX0 611, pela Av. Brasil, na Comarca da Capital, na altura do nº YY, quando foi abordado por uma guarnição da Policia Militar, sendo certo que os policiais constataram que o Matias dirigia veículo produto de crime. Desta maneira, Matias f oi preso em flagrante delito pelos Pumas como incurso nas penas do art. 180, do CP. 
 
 Já em sede policial, a Sra. Miranda, proprietária do veículo, 
reconheceu, em conformidade com o art. 226 do CPP, Matias como autor do crime de roubo ocorrido 2 dias antes, ou seja, em 13 /11 /201 6. 
 
 
II – DO DIREIT O 
 
 Todavia, a prisão deve ser imediatamente relaxada, tendo em vista que o 
CPP, em seu artigo 302, expressamente define quem se encontra em flagrante delito: 
 
Art. 302. Considera -se em flagrante delito quem: 
I - Está cometendo a infração penal 
II - Acaba de comete -lá; 
 
III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por 
qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da 
infração; 
 
IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos 
o u papéis que façam presumir ser ele autor da infração. 
 
 
 
 Também dispõe art.5 º, L XV, da Constituição Federal: 
“A prisão será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária”. 
 
 
 No caso em tela se faz mister o relaxamento da prisão em flagrante, pois 
nenhuma das quatro hipóteses legais do artigo 302, do Código de Pro cesso Penal se encontram presentes nesse caso, quais sejam : estar cometendo infração penal, acabá-la de cometê-la, ser perseguido , logo após , pela autoridade , pelo ofendido ou por qualquer do povo , em situação que faça presumir ser autor dia infração , ou ser encontrado , logo após, com instrumentos , armas , objetos ou papéis que façam presumir ser ele o autor da infração penal. 
A carta magna, em seu artigo 5 º, inciso LVII, afirma que: “ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal
condenatória.” 
 Somado a isso há o fato de que não foram cumpridas as formalidades essenciais elencadas no artigo 30 6, §1º do Código de Processo Penal, ou seja, não foi remetida a lavratura e remessa do auto de prisão em flagrante ao juiz competente no prazo de 24 horas. 
 Diante de todo o exposto, pede -s e, o imediato relaxamento, pois é 
de notadamente ilegal a prisão, nos termos do art. 310, I, do Código de Processo Penal, um a vez que não se caracterizou a situação de flagrância nos termos do artigo 302, incisos I, II, I II e IV, do Código de Processo Penal. 
III – DO PE DIDO 
 
Ante o exposto, requer à Vossa Excelência, uma vez provada a 
ilegalidade da prisão em flagrante, determinar: 
 
 
 a) relaxamento da prisão expedindo -se o competente alvará de soltura 
em favor do requerente, por ser medida da mais salutar justiça; 
 
 b) Subsidiariamente, caso não seja este o entendimento deste Douto 
Juízo, o que só se admite para argumentar, requer que seja concedida 
liberdade provisória nos termos do artigo 350, caput, do CPP, por se tratar de pessoa pobre nos termos da lei. 
 
 
 Por último, o Requerente se compromete a comparecer a todos os atos de 
persecução penal, ocasião que provará sua inocência. 
 
 
Nesses termos, pede deferimento. 
Local e Data. 
Nome do Advogado. 
Número da OAB

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