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trabalho EAD JESSICA ABRANCHES SCALZER 8 PERIODO DE DIREITO NOTURNO

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JÉSSICA ABRANCHES SCALZER
8º PERÍODO DE DIREITO NOTURNO
AGROTÓXICOS PERMITIDOS NO BRASIL
Na década de 1950, durante a Revolução Verde, o processo de produção agrícola sofreu algumas mudanças, sendo elas: a inserção de novas tecnologias, a qual visavam a produção extensiva de commodities agrícolas. Estas tecnologias envolviam, em sua maioria, o uso extensivo de agrotóxicos, tendo como finalidade, o controle de doenças e aumentar a produtividade.
De acordo com a legislação vigente, os agrotóxicos são produtos/agentes de processos físicos, químicos ou biológicos, utilizados nos setores de produção, armazenamento e beneficiamento de produtos agrícolas (pastagens, proteção de florestas, nativas ou plantadas e de outros ecossistemas e de ambientes urbanos, hídricos e industriais).
O agrotóxico visa alterar a composição da flora ou da fauna, com o fito de preservá-las da ação danosa dos seres vivos considerados nocivos. Também, são considerados agrotóxicos as substâncias e produtos empregados como desfolhantes, dessecantes, estimuladores e inibidores de crescimento. Os agrotóxicos são divididos em duas categorias, são elas: 
Agrícolas, destinados ao uso nos setores de produção, no armazenamento e beneficiamento de produtos agrícolas, nas pastagens e nas florestas plantadas - cujos registros são concedidos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, atendidas as diretrizes e exigências dos Ministérios da Saúde e do Meio Ambiente.
Não-agrícolas
destinados ao uso na proteção de florestas nativas, outros ecossistemas ou de ambientes hídricos – cujos registros são concedidos pelo Ministério do Meio Ambiente/Ibama, atendidas as diretrizes e exigências dos Ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e da Saúde.
destinados ao uso em ambientes urbanos e industriais, domiciliares, públicos ou coletivos, ao tratamento de água e ao uso em campanhas de saúde pública - cujos registros são concedidos pelo Ministério da Saúde/Anvisa, atendidas as diretrizes e exigências dos Ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente.
O comportamento do agrotóxico no ambiente é bastante complexo. Quando se utiliza um agrotóxico no ambiente, cada agrotóxico tem um tipo de reação, o qual independente de seu modo de aplicação, possui um grande potencial de atingir o solo e as águas, principalmente devido aos ventos e à água das chuvas, que promovem a deriva, a lavagem das folhas tratadas, a lixiviação e a erosão. Além disso, qualquer que seja o caminho do agrotóxico no meio ambiente, invariavelmente o homem é seu potencial receptor. 
No Brasil, os agrotóxicos são considerados extremamente relevantes no modelo de desenvolvimento da agricultura. O Brasil é considerado o maior consumidor de produtos agrotóxicos no mundo. Em decorrência da significativa importância, tanto em relação à sua toxicidade quando à escala de uso no Brasil, os agrotóxicos possuem uma ampla cobertura legal no Brasil, com um grande número de normas legais. O referencial legal mais importante é a Lei nº 7802/89, que rege o processo de registro de um produto agrotóxico, regulamentada pelo Decreto nº 4074/02. 
Para serem produzidos, exportados, importados, comercializados e utilizados, os agrotóxicos, devem ser previamente registrados em órgão federal, de acordo com as diretrizes e exigências dos órgãos federais responsáveis pelos setores da saúde, do meio ambiente e da agricultura.
Fica a cargo do Ibama a realização da avaliação do potencial de periculosidade ambiental de todos os agrotóxicos registrados no Brasil. Segundo a Lei 7.802/89, artigo 3º, parágrafo 6º, no Brasil, é proibido o registro de agrotóxicos:
para os quais o Brasil não disponha de métodos para desativação de seus componentes, de modo a impedir que os seus resíduos remanescentes provoquem riscos ao meio ambiente e à saúde pública;
para os quais não haja antídoto ou tratamento eficaz no Brasil;
que revelem características teratogênicas, carcinogênicas ou mutagênicas, de acordo com os resultados atualizados de experiências da comunidade científica;
que provoquem distúrbios hormonais, danos ao aparelho reprodutor, de acordo com procedimentos e experiências atualizadas na comunidade científica;
e) que se revelem mais perigosos para o homem do que os testes de laboratório, com animais, tenham podido demonstrar, segundo critérios técnicos e científicos atualizados;
f) cujas características causem danos ao meio ambiente.
Atualmente no Brasil, são permitidos nas lavouras brasileiras, o uso de 434 ingredientes ativos de agrotóxicos. Entre os 50 mais utilizados, 22 são proibidos em países europeus. Entraves políticos e jurídicos são os principais fatores para que substâncias perigosas continuem a ser empregadas nas plantações do Brasil. 
Em 2008, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) passou a reavaliar o uso de 14 substâncias, utilizadas na fabricação de mais de 200 agrotóxicos. Segundo avaliações internacionais, elas podem causar câncer, má formação fetal, problemas pulmonares e distúrbios hormonais. Dessas 14 substâncias, até agora apenas cinco foram banidas (cihexatina, endossulfam, forato, metamidofós e triclorfom), e duas foram mantidas no mercado, mas com restrições de uso (acefato e fosmete). 
PROIBIÇÃO NO EXTERIOR
No Exterior são proibidos, entre outros, os agrotóxicos: Tricolfon, Cihexatina, Abamectina, Acefato, Carbofuran, Forato, Fosmete, Lactofen, Parationa Metílica e Thiram, sem mencionar as substâncias que são proibidas por Lei, tais substâncias mesmo sendo proibidas no Exterior, em razão das consequências que eles geram ao seres humanos e ao meio ambiente, elas são permitidas no Brasil e utilizadas.
Na União Europeia (UE), cada país-membro possui regulamentações próprias, mas o que prevalece são as regras determinadas pelo bloco. A Alemanha, por exemplo, baniu o uso da substância endosulfan em 1991. Pouco tempo depois, a UE também adotou a proibição, fazendo-a valer em todos os seus países – no Brasil, o ingrediente só foi banido em 2013. 
Nos Estados Unidos, quem controla a regulamentação dos agrotóxicos é a Agência de Proteção Ambiental. Recentemente, o órgão reavaliou quase todos os ingredientes ativos usados na fabricação de pesticidas. No país, mais de 60 tipos de pesticidas são proibidos. Por outro lado, o período da licença de um agrotóxico é de 15 anos e, na UE, de apenas 10 anos. Ambas as legislações exigem que seja provado que não há nenhum dano ao meio ambiente e à saúde humana. 
BIBLIOGRAFIA
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7802.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2002/d4074.htm
http://epoca.globo.com/ideias/noticia/2016/03/devemos-usar-agrotoxicos-banidos-no-exterior.html
http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2014-02-24/brasil-consome-14-agrotoxicos-proibidos-no-mundo.html
http://www.mma.gov.br/seguranca-quimica/agrotoxicos

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