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GAMETOGÊNESE • O que é gametogênese? R: É o processo que compreende a formação dos gametas femininos e masculinos. O evento fundamental da gametogênese é a meiose, que reduz à metade a quantidade de cromossomos das células, originando células haploides, preparando as células sexuais para a fecundação, com a fusão de dois gametas haploides reconstitui o número diploide característico de cada espécie. As células que dão origem aos gametas, chamadas células germinativas primordiais (CGPs), são encontradas até a quarta semana na parede do saco vitelínico e a partir de então iniciam a migração, por movimento ameboide, e fixam-se na parede dorsal do corpo, local em que irão formar as gônadas. • Quando a gametogênese é completada? R: O desenvolvimento de gametas, chamado de gametogênese, normalmente não é completado até que o organismo tenha se tornado fisicamente maduro. Na maturidade, os gametas podem ser liberados e participar de uma fertilização dando início a um novo embrião. • O que são as células precursoras de gametas? R: Em muitas espécies, uma parte especializada do citoplasma do ovo dá origem às células que são precursoras dos gametas. Essas células são chamadas de células germinativas, sendo destinadas à função reprodutiva. É frequentemente uma das primeiras diferenciações que ocorrem durante o desenvolvimento animal. As células germinativas finalmente migram para as gônadas, onde se diferenciam em gametas. • Como se dá a determinação sexual? R: A maioria dos casos apresenta determinação sexual cromossômica, geralmente está associada a uma combinação dos diferentes cromossomos sexuais, compensação de alelos determinantes e até mesmo com a haploidia. Também é bastante comum a determinação de acordo com aspectos do ambiente em que o organismo está se desenvolvendo, como temperatura, ou mesmo após o desenvolvimento, variando o sexo de acordo com a proporção de machos e fêmeas na população, por exemplo. • Como é a gametogênese na maioria dos animais? R: Em muitos animais, como insetos, nematelmintos e vertebrados existe uma clara e precoce separação das células germinativas de tipos celulares somáticos. Em vários filos animais essa divisão não está tão bem estabelecida. Nessas espécies (que incluem cnidários, platelmintos e tunicados), as células somáticas podem facilmente se tornarem células germinativas mesmo em organismos adultos. Os zooides, brotos e pólipos de muitos filos de invertebrados atestam a capacidade das células somáticas dar origem a novos indivíduos. Mas a maioria depende da influência do ambiente para a reprodução, só assim serão produzidos os gametas. Ex: Os anfíbios na estivagem, são diferentes no verão e no inverno. ESPERMATOGÊNESE • O que é a espermatogênese? R: É o processo da formação dos gametas masculinos que ocorre no testículo. Lá os gametas são formados nos túbulos seminíferos (humanos) ou lóculos seminíferos (maioria dos animais) e daí são acrescidos de líquidos provenientes dos mesmos túbulos, das vesículas seminais, da próstata e das glândulas bulbouretrais, que servem como veículos para transportá-los ao exterior. • Qual a importância dos túbulos seminíferos? R: O túbulo seminífero representa a unidade fundamental da formação dos espermatozoides. Ele é constituído por um epitélio sui generis composto por células de sustentação (células de Sertoli) e as células da linhagem gamética. O estroma entre os túbulos seminíferos apresenta glândulas endócrinas difusas (células de Leydig). • Qual a importância do epidídimo? R: Após saírem dos túbulos seminíferos eles só conseguem se movimentar em círculos, e isso impossibilitaria a fertilização. É no epidídimo que ocorrerá a maturação dos espermatozoides para que eles sejam capazes de se movimentar em linha reta. • Qual a diferença das células de Sertoli e das células de Leydig? R: As células de Leydig produzem a testosterona, ficam entre os túbulos seminíferos (interstício). As células de Sertoli criam o espermatozoide e secretam o hormônio anti-duto Mülleriano. • Qual a importância da célula de Sertoli? Quais suas características? R: Além de criar o espermatozoide, elas o alimentam e protegem durante seu desenvolvimento. Elas também fagocitam os restos citoplasmáticos das espermátides durante a espermiogênese, quando estas se transformam em espermatozoides. As células de Sertoli são colunares altas e apresentam suas bases apoiadas na lâmina basal e seus ápices livres para o lúmen, ocupando, assim, toda a altura do túbulo seminífero. (Lembra uma coxinha e não estão sempre “bem grudadas” na base, estão um pouco pra cima). • Quando que começa a ser produzido espermatozoides em grande quantidade? R: Somente na puberdade, quando grandes quantidades de testosterona são liberadas e inicia-se a vida sexual do indivíduo. • Quais são os hormônios reguladores da espermatogênese? R: O hormônio folículo-estimulante (FSH), o hormônio luteinizante (LH) e a testosterona. • Esquema da espermatogênese: • A espermatogênese compreende 4 períodos, quais são eles? R: Multiplicação, crescimento, maturação e diferenciação. • Explique as espermatogônias: R: Elas se encontram-se nas camadas mais basais do epitélio do túbulo seminífero, são arredondadas. Existem dois tipos de espermatogônias: a célula-tronco (é a menos diferenciada, é uma célula de reserva que continua a dividir-se por mitose para formar futuras espermatogônias) e a célula em diferenciação (célula comprometida em tornar-se espermatócito primário e, finalmente, espermatozoide). São células diploides (2n=46). Essas células são os precursores dos espermatócitos e são as últimas células a sofrerem mitose. As espermatogônias aumentam de volume, devido à síntese e acumulação de reservas necessárias para a meiose gerando os espermatócitos primários - as células que entram em meiose. FASE DE MULTIPLICAÇÃO. • Explique os espermatócitos primários: R: É a maior célula da linhagem, ainda são diploides (2n=46), atingem um degrau mais acima das espermatogônias, entrando irreversivelmente na 1ª divisão meiótica dita “reducional” por reduzir à metade o número de cromossomos. Aqui ocorre inclusão aleatória dos cromossomas parentais, e o crossing-over, que aumentam a variabilidade genética do gameta. Dará origem a 2 espermatócitos secundários haploides (n=23). FASE DE CRESCIMENTO. • Explique os espermatócitos secundários: R: Células haploides (n=23). Estão em direção mais central e poderão ser vistas em alguns túbulos seminíferos apenas. Fazem rapidamente a segunda divisão meiótica, dita “equacional”, resultam quatro células haploides, as espermátides. FASE DE MATURAÇÃO. • Explique a espermátide: R: Ao final da sequência de divisão são 4 células haploides. Ficam próximo à luz tubular. Elas se encontram na maioria dos túbulos seminíferos e são as mais numerosas. Elas entrarão cito diferenciação, uma série de alterações morfológicas, denominado de Espermiogênese para se transformarem em espermatozoides. FASE DE DIFERENCIAÇÃO. • Explique a espermiogênese: R: É o processo de transformação da espermátide em espermatozoide, implica em um rearranjo dos componentes celulares, assim como a criação de estruturas necessárias para a fecundação. Serão retiradas algumas organelas que não serão mais necessárias por meio de vesículas. ➢ Vão ficar: Complexo de golgi, núcleo, mitocôndrias e micro-túbulos. ➢ Estrutura: O acrossoma ficará bem na “cabeça” seguido pelo núcleo. As mitocôndrias ficam na parte mediana entre a cabeçae a cauda. Os micro-túbulos se organizam para criar a cauda. Obs: Os micro-túbulos e as mitocôndrias não irão entrar no ovócito, por isso as mitocôndrias sempre são de origem materna. ➢ As células de Sertoli irão fagocitar e digerir as vesículas e criará um líquido para empurrar os espermatozoides para o epidídimo por meio de “contrações”, lá ocorrerá o amadurecimento deles e permitirá que se movimentem em linha reta, já que por enquanto só andam em círculos. • Explique a estrutura do espermatozoide: R: A cabeça é a maior parte e contém o núcleo haploide e o acrossoma, organela em forma de capuz que contém várias enzimas importantes para a fertilização, pois facilita sua penetração ovular. O colo é a região que une essas duas estruturas. A cauda é constituída por três segmentos: a peça intermediária, peça principal e peça terminal. Essa estrutura, formada a partir dos centríolos, favorece a motilidade durante a fecundação. A peça intermediária contém mitocôndrias que fornecem ATP para a atividade desse flagelo. • Como ocorre o transporte do gameta masculino? R: Os túbulos seminíferos se enchem de fluido empurrando para o epidídimo, ali ocorrerá a maturação dos espermatozoides por ½ semanas, o ducto deferente impulsiona os espermatozoides passando por várias glândulas que irão dar proteínas para ele sobreviver no útero feminino, dentro do útero as protoglandinas irão estimular o mesmo para empurrar os espermatozoides. OVOGÊNESE • O que é a ovogênese? R: É o processo de formação do gameta feminino, chamado ovogônia. A atividade meiótica das ovogônia prossegue por toda a vida nos invertebrados, mas se limita ao início do desenvolvimento nos vertebrados superiores. A ovogênese nos mamíferos inicia e estaciona na vida embrionária, a partir da puberdade e daí por toda vida fértil da fêmea. Sua terminalização depende da fecundação. • O que diferencia a formação do espermatozoide e dos ovócitos? R: Enquanto os espermatozoides têm a opção de aumentar seu número de células precursoras dos gametas e na reprodução serem lançados milhões de uma vez, o ovócito apresenta um estacionamento da meiose ainda na vida embrionária e só será retomado, um por um, em sua puberdade e daí por toda a vida fértil da fêmea e sua terminalização das sequencias de divisões depende da fecundação. • Quais são os hormônios que atuam na ovogênese? R: O hormônio liberador da gonadotofrina (hipotálamo), o hormônio folículo- estimulante ou FSH (hipófise) libera o folículo para o crescimento produzindo estrógeno. O hormônio luteinizante ou LH só é produzido a partir do estrógeno e libera a ovulação e produz progesterona. • Folículos primordiais: R: Célula germinativa pequena, tem poucas células epiteliais foliculares. Estão localizados na parte periférica do córtex ovariano. A partir da ação de FSH é modificada criando as células foliculares tornando-se o folículo primário. Ainda é OVÓCITO I. • Folículo primário: R: É quando a célula germinativa estiver envolta por uma camada mais numerosa de células foliculares cúbicas de núcleo arredondado. Este folículo começa a surgir após a puberdade, por ação dos hormônios, quando se inicia o ciclo sexual. Pela ação do FSH cria-se mais células foliculares. Ainda é OVÓCITO I. Seu desenvolvimento encerra-se ainda dentro da vida embrionária e fica estacionada até a puberdade. • Folículo primário multilaminar: R: Pela ação do FSH é criado várias lâminas de células foliculares e seu próximo estágio será o folículo secundário. Ainda é OVÓCITO I. • Folículo secundário: R: O conjunto de várias camadas forma a camada granulosa do folículo. Entre a granulosa e o ovócito surge a zona pelúcida, uma camada de glicoproteínas secretadas pelas células foliculares. Esta camada se apresenta com uma coloração avermelhada e quanto maior o folículo, mais espessa ela fica. Tem a formação da teca folicular. Ação de FSH. Ainda é OVÓCITO I. • Folículo maduro: R: Este folículo é bastante grande e se caracteriza pelo aparecimento de um espaço intercelular denominado de ANTRO, que está preenchido por líquido folicular. A camada de células foliculares que circunda o ovócito é a corona radiata. As tecas interna e externa estão bem desenvolvidas, a primeira apresentando numerosas células e capilares, enquanto que a outra é menos celularizada e mais fibrosa. Nesta fase da meiose ocorre a liberação do 1º. corpúsculo polar. Este folículo é um folículo pronto para a ovulação. Ação de LH. • Esquema da ovogênese: • Ovulação: R: Liberação do folículo e encerra a 1ª divisão meiótica. Após a ovulação do ovócito secundário com a zona pelúcida e a corona radiata, o restante do folículo, ou seja, a granulosa juntamente com a teca interna, se transforma em células luteínicas, formando no conjunto, o corpo Lúteo. O ovócito torna- se secundário momentos antes da ovulação. Caso haja a fecundação, ele produz progesterona e estrógeno, que atuam estimulando a secreção de suas glândulas. A progesterona ainda impede novas ovulações. Caso não ocorra a fecundação será degenerado por falta do LH na 2ª metade do ciclo menstrual. • Sequência da divisão após o folículo primário: R: A partir da puberdade um folículo amadurece a cada mês, completa a primeira divisão meiótica e para na metáfase da segunda divisão. Forma-se 2 células, o ovócito secundário que recebe quase todo o citoplasma e o primeiro corpo polar (célula pequena, não funcional, que logo degenera) recebe muito pouco. Antes da ovulação, o núcleo do ovócito secundário inicia a segunda divisão meiótica, mas progride até a metáfase, quando a divisão é interrompida. Se um espermatozoide penetra nesse ovócito, a segunda divisão é completada e novamente maior parte do citoplasma é mantida em uma célula, o ovócito fecundado. A outra célula, o segundo corpo polar, é uma célula também pequena, não funcional, que logo degenera. • Explique o ciclo estral: R: É a ovogênese na maioria animais placentários (em humanos corresponde ciclo menstrual) e tem 5 fases, eles podem ser monoestrais (apenas um ciclo no ano) ou poliestrais (2 ou mais): ➢ Pró-estro: início do ciclo reprodutivo, crescimento folicular a partir dos níveis de FSH (estrógeno) ➢ Estro: decai o FSH, sobe o LH e ocorre a ovulação, apresentam comportamento sexual receptivo. ➢ Meta-estro: após a fecundação, atividade do corpo lúteo com os hormônios. ➢ Diestro: quando não há a fecundação e o corpo lúteo se degenera. ➢ Anaestro: período estacionário antes do próximo pró-estro. • Explique a vitelogênese: R: É a formação do vitelo, sua fonte é o fígado, é levado pela corrente sanguínea através de vesículas para o ovócito. O crescimento nos mamíferos é mínimo. A composição do vitelo é basicamente de lipídeos, proteínas ou os dois. É dividida em 3 fases: ➢ Pré-vitelogênese: produção do vitelo no fígado ➢ Vitelogênese: transporte até o ovócito por microvesículas ➢ Pós-vitelogênese: organização do vitelo dentro do ovo Obs: somente as fêmeas tem a vitelogenina, o gene precursor que sintetiza vitelo. • Quais são os tipos de ovos? R: Se classificam de acordo com a quantidade de vitelo ➢ Alécitos: nenhum vitelo → mamíferos placentários. ➢ Oligolécitos: pouquíssimo vitelo → ouriço do mar, anfioxo. ➢ Heterolécitos: vitelo moderado → anfíbios. ➢ Telolécitos: muito vitelo → aves, répteis, peixes. ➢ Centrolécitos: vitelo bem no centro do ovo →artrópodes. • Quais são as membranas envoltórias do ovo? R: O ovo apresenta membranas primárias, que se desenvolvem aindano ovário, e membranas que se desenvolvem durante sua passagem pelo oviduto, denominadas secundárias. A membrana plasmática no ovo é chamada de oolema. Membranas primárias (produzidas no ovário): é depositada entre o ovócito e as células foliculares. Nos insetos, moluscos, anfíbios e aves são conhecidas como membranas vitelinas, nos tunicados e peixes são conhecidas por córion e nos mamíferos como zona pelúcida. Membranas secundárias (produzidas no oviduto): quando o ovo passa pelo oviduto vai recebendo mais uma camada até seu exterior como nos anfíbios. Nas aves distinguem-se 5 membranas: uma primária, a membrana vitelina, e 4 secundárias: a clara do ovo, as da casca (interna e externa), ricas em queratina, e a casca, composta de carbonato de cálcio. • Como ocorre o transporte do gameta feminino? R: o ovócito é liberado pelo ovário e capturado pelas fímbrias, ele é transportado para a tuba uterina que produz movimentos para que ele se mova, a fecundação será na ampola, o embrião irá até a cavidade do útero e se adentará na parede do mesmo para ocorrer o desenvolvimento. FERTILIZAÇÃO • Características da fertilização: R: é uma sequência complexa de eventos, ocorre dentro da ampola da tuba uterina e tem uma duração de aproximadamente 24h. • Sequência da fertilização: R: Os espermatozoides se atraem pela diferença de temperatura (termotaxia) em animais que tenham fecundação interna. Os espermatozoides se atraem pela presença de substâncias químicas (quimiotaxia) em animais que tenham fecundação externa. Então ocorre a perfuração da corona radiata por enzimas do acrossomo e movimento flagelar. Logo após ocorre a penetração da zona pelúcida por ação de enzimas, principalmente acrosina, que causam a lise da zona pelúcida. Depois que o espermatozoide penetra nessa região ocorre a reação zonal. • Descreva o bloqueio rápido da poliespermia: R: Quando o 1º espermatozoide passar a membrana vitelínica e vai em direção a membrana plasmática ocorre um influxo de sódio despolarizando a membrana, fica – no lado de fora e + no lado de dentro, os demais espermatozoides irão criar uma repulsão desse ovo, ou seja, há uma mudança temporária do potencial elétrico da membrana do ovócito. Ocorre geralmente na fecundação externa. • Descreva o bloqueio lento da poliespermia: R: Quando o espermatozoide toca a membrana plasmática, ele se une a ZP3 (proteína que faz o reconhecimento espécie-específica) que permite a união ao óvulo, a ZP2 fica ao lado amparando a cabeça e fazendo ela estabilizar e a ZP1 se liga à ZP3 e ZP2 fazendo a união. É liberado o sinalizador IP3 no citoplasma e ele procura o REL, o cálcio é liberado, as membranas dos lisossomos e a MP se unem e liberam enzimas que degradam qualquer outro ZP que esteja conectado no ovo. Reação cortical → liberação dos lisossomos. Reação de zona → degradação dos complexos. • O que ocorre após os bloqueios de poliespermia? R: Ocorre a fusão das MP do ovócito e do espermatozoide, termina a 2ª divisão meiótica, é formado o pronúcleo feminino e masculino (chama-se óvulo), com a união dos pronúcleos (chama-se zigoto) os cromossomos se unem. Resultado: término da meiose, restauração no nº de cromossomos, determinação do sexo cromossômico, ativação da clivagem do zigoto (que é geneticamente único). CLIVAGEM • O que é a clivagem? R: uma série de divisões mitóticas pelo qual o enorme volume do citoplasma do ovo é dividido em numerosas pequenas células nucleadas. Essas células em estado de clivagem são chamadas de blastômeros. A clivagem leva em conta a quantidade de vitelo. • O que determina o padrão de clivagem? R: O padrão da clivagem embrionária de uma dada espécie é determinado por dois parâmetros principais: (1) a quantidade e a distribuição de proteína do vitelo dentro do citoplasma e (2) aqueles fatores no citoplasma do ovo que influenciam no ângulo do fuso mitótico e na determinação do tempo de sua formação. • Diferencia polo animal de polo vegetal: R: Quando um pólo do ovo é relativamente livre de vitelo, a divisão celular ocorre nesse pólo de uma forma mais rápida do que a do pólo oposto. O pólo rico em vitelo é chamado de pólo vegetal; a concentração de vitelo no pólo animal é relativamente baixa. O núcleo do zigoto é frequentemente deslocado em direção ao pólo animal. No geral, o vitelo inibe a clivagem. • Explique a clivagem holoblástica: R: Acontece quando há pouco vitelo, toda a célula se divide. Sua 1ª divisão será sempre meridional, a 2ª perpendicular a meridional e a 3ª horizontal. Existem 4 tipos: ➢ Holoblástica radial: Planos de clivagem alteram-se entre meridionais e latitudinais. Ovos oligolécitos: blastômeros com tamanhos quase iguais. Ovos heterolécitos: macrômeros e micrômeros. Terceira clivagem: horizontal supraequatorial. ➢ Holoblástica espiral: Planos de clivagem orientados obliquamente em relação ao eixo principal do ovo. Os blastômeros do polo animal localizam-se sobre a junção entre cada dois blastômeros do polo vegetal. Ocorrem em anelídeos, moluscos (exceto cefalópodes). ➢ Holoblástica bilateral: Primeiro plano de clivagem estabelece o único plano de simetria do embrião. Segunda clivagem: meridional → não passa através do centro do ovo: duas células grandes anteriores e duas células pequenas posteriores. ➢ Holoblástica rotacional: Primeiro plano de clivagem meridional. Segunda clivagem um dos dois blastômeros se divide meridionalmente e o outro se divide equatorialmente. Clivagem de mamíferos: diferenças → velocidade, plano de divisão e sincronia. • Explique a clivagem meroblástica: R: Quando tem muito vitelo, somente as partes com organelas irão se dividir, o vitelo não. Podem se limitar a um pequeno disco (discoidal) ou apenas a parte periférica do ovo (superficial). Existem 2 tipos: ➢ Meroblástica discoidal: Peixes, aves e répteis → ovos telolécitos. O sulco de clivagem não consegue atravessar o vitelo. ➢ Meroblástica superficial: Artrópodes: vitelo com localização central. Divisão de núcleos que migram para a periferia. • O que é a mórula? R: No início da clivagem, em mamíferos, quando os blastômeros são grandes e em pequeno número, eles aderem entre si como se formassem uma bola sólida chamada mórula, devido ao seu aspecto sólido e rugoso. • O que é a blástula? R: A blástula é o estágio de desenvolvimento embrionário em que, após sucessivas clivagens, as células da mórula não têm mais espaço para se movimentar, então pela liberação de sódio dos pequenos espaços intercelulares, atrai água e cia a cavidade blastocística, nos ovos a agua corresponde a clara, em meio aquático é a água mesmo. Essas células formam uma camada celular chamada blastoderme. O blastocisto irá ajudar na movimentação celular na gastrulação. GASTRULAÇÃO • O que é a gastrulação? R: Caracteriza-se por uma série de movimentos e rearranjos das células embrionárias, originando uma larva ou estabelecendo o plano corporal adulto. É o início da morfogênese. Irá formar a partir do blastoderma três camadas germinativas: ➢ Ectoderma: irá originar a epiderme, sistema nervoso e retina. ➢ Endoderma: irá originar o tubo digestório e as glândulas anexas. ➢ Mesoderma: irá formar os músculos, os ossos e o tecido conectivo da maioria dos órgãos, revestimento do músculo liso, tecidos conjuntivos e vasos associados a tecidos e órgãos. Forma maior parte do sistema cardiovascular e dá origem às células sanguíneas e à medula óssea e a órgãos do sistema reprodutor.• Quais são os movimentos de gastrulação? Explique. R: São 6 movimentos: ➢ Ingressão: é migração de células da camada celular na superfície do embrião para sua superfície interna. As células mudam de forma e geralmente assumem aspecto de garrafa. Ex: ouriço do mar. ➢ Epibolia: movimento de camadas epiteliais que se espalham como uma unidade e não individualmente. As células sofrem um achatamento mediante o encurtamento de seu eixo apicobasal. Isso aumenta a superfície de contato, aumentando o tamanho das células sem se dividir, por isso ficam bem achatadas. Ex: peixes. ➢ Extensão: camada estratificada torna-se mais delgada e estende-se ao longo de um eixo → células se intercalam. As células perdem contato com suas vizinhas e estabelecem contato com novas células. Intercalação radial (várias camadas) e médio lateral (ex: fileiras de carteiras). Ex: anfioxos. ➢ Invaginação: dobramento para dentro de um conjunto de células. Comparar com uma bola murcha sendo pressionada. Ex: ouriço-do-mar. ➢ Involução: esse movimento ocorre quando uma camada em expansão dobra sobre si mesma e forma uma segunda camada, que continua se estendendo em sentido contrário à primeira. Ex: anfíbios. ➢ Delaminação: quando separam os dois folhetos, ectoderma e endoderma se separam e formam o mesoderma. É a separação de uma camada celular em duas ou mais camadas mais ou menos paralelas Ex: mamíferos. DESENVOLVIMENTO DE ANFIOXO • Quais são as principais características do anfioxo? R: Pertence aos vertebrados, filo Chordata. Seu tubo nervoso dorsal é oco. (A notocorda ajuda na formação do tubo nervoso) e pode existir ou não. O aparelho braquial (sis respiratório no humano) pode existir ou não. Translúcidos com aspecto pisciforme. Ausência de aletas bem desenvolvidas: limita eficácia natatória. Hábito de enterrar-se na areia. Não possui vértebras, costelas e crânio: notocorda muito desenvolvida. Tubo neural alargado cefalicamente: não possuem cérebro. • Quais as características do ovo do anfioxo? R: O tipo de ovo é oligolécito (pouco vitelo). Tem o polo vegetal e animal. A clivagem será total →meridional, meridional, supra equatorial (não permite contato com o vitelo). Micrômero em cima e macrômero em baixo. • Explique a gastrulação do anfioxo. R: Será por Invaginação. O início da gastrulação é observado por um achatamento das células do polo vegetal da blástula, e células do endoderma presuntivo se invaginam para o interior da blastocele. Essa Invaginação dá início à formação de uma ampla cavidade – a gastrocele –, cujas bordas externas formam o blastóporo. • Os folhetos germinativos darão origem a quais estruturas? R: O ectoderma formará a placa neural. O mesoderma o tubo digestório. O endoderma a região dorsal. DESENVOLVIMENTO DE ANFIBIOS • Qual a característica dos ovos dos anfíbios? R: O ovo dos anfíbios é do tipo heterolécito (quantidade de vitelo moderada). O polo vegetal apresenta-se claro devido a maior concentração de vitelo. E o polo animal tem uma pigmentação escura. • Como é a clivagem? R: A clivagem é total, porém como se nota maior concentração de vitelo no polo vegetal as clivagens são desiguais, resultando em blastômeros menores e em maior quantidade no polo animal e blastômeros maiores e em menos quantidade no polo vegetal. • Como é a gastrulação? R: As células do polo animal dividem-se mais rapidamente e escorregam por cima do polo vegetal por um movimento de epibolia. Dentro do ovo ocorrerá a involução da camada externa do blastocisto. • Como é a neurulação? R: No processo de neurulação, a notocorda induz o ectoderma supra adjacente a formar a placa neural. A placa neural desenvolve o tubo neural, que formará o cérebro e a medula, que se interiorizarão e ficarão recobertos por ectoderma de revestimento. • O que é a cavidade amniótica? R: A cavidade amniótica é uma estrutura que aparece no final da primeira semana de desenvolvimento e forma uma bolsa acima do disco embrionário, cujo assoalho é o próprio ectoderma embrionário. Ela é formada por um epitélio pavimentoso simples, sendo revestida externamente pelo mesoderma extraembrionário. Esse mesmo mesoderma forma um pedúnculo embrionário entre a bolsa amniótica e o córion, que futuramente constituirá parte do cordão umbilical. Com os movimentos de flexões e dobras do disco embrionário para produzir o embrião tubular, a bolsa amniótica é puxada, envolvendo todo o embrião, e o pedúnculo embrionário se localiza na posição umbilical. Com o desenvolvimento embrionário gradativo, o âmnio ocupará toda a cavidade celômica extraembrionária (cavidade coriônica), fundindo-se com o córion. • O que é o líquido amniótico? Qual sua função? R: A cavidade amniótica é preenchida pelo líquido amniótica, que possivelmente tem origem materna. São várias as funções do líquido, ressaltando-se principalmente a lubrificação do embrião, que impede a aderência de tecidos fetais entre si e com as paredes do saco coriônico. A lubrificação facilita os movimentos fetais. No final da gestação, a quantidade de líquido amniótico pode chegar a 1 ou 2 litros, o suficiente para funcionar também como uma amortecedor de choques. • Qual a relação do feto com o líquido amniótico? R: O feto, durante todo seu desenvolvimento no interior do útero, deglute o líquido amniótico, que é absorvido pelo seu trato digestório, passando para a circulação, excretado pelos rins, sendo eliminado outra vez para o saco amniótico pela urina. • Qual a consequência da quantidade errada de líquido amniótico? R: A ausência de líquido amniótico ou a sua quantidade excessiva pode revelar malformações congênitas. Por exemplo, na agenesia renal, haverá ausência de líquido amniótico, ao passo que, em uma atresia congênita do esôfago ou duodeno, a quantidade de líquido será excessiva. A análise do líquido amniótico também permite o diagnóstico de alterações cromossômicas. A dosagem de enzimas e os compostos químicos diversos auxiliam no diagnóstico de possíveis doenças fetais. • O que é o “rompimento da bolsa”? R: No trabalho de parto, as contrações rítmicas uterinas induzem a formação de um cone de âmnio junto com o córion liso, que agirá como uma cunha para dentro do canal cervical, auxiliando na sua dilatação. Quando a membrana amniótica com o córion liso envolvente é rompida, há uma perda de líquido pela vagina, correspondendo ao que comumente se conhece como “rompimento da bolsa”, anunciando um parto próximo. • O saco vitelínico dará origem ao que? R: O endoderma do teto do saco vitelino, devido aos dobramentos do disco germinativo, formará o revestimento epitelial do tubo digestório primitivo. Os dobramentos delimitam o intestino anterior e posterior, ficando o intestino médio aberto para a cavidade vitelina. O intestino médio gradativamente vai se fechando. Durante o processo de dobramento do embrião, o saco amniótico empurra o saco vitelino, ficando preso ao corpo do embrião por um fino pedúnculo vitelino. O saco vitelino, nos mamíferos, persiste apenas como uma estrutura rudimentar. O pedúnculo do saco vitelino, bem como o pedúnculo alantoico, mais caudal que o primeiro, ficará incorporados pelo cordão umbilical. • Qual a função do saco vitelínico nos mamíferos? R: Nos mamíferos, o saco vitelino terá pouco significado, pois a função trófica é desenvolvida pela placenta. O mesmo não acontece nos peixes, nos répteis e nas aves, em que a nutrição dependerá das reservas do saco vitelino. Deve-se ressaltar, contudo, que,nos mamíferos, também as primeiras formações de vasos sanguíneos – as ilhotas de Wolff – têm origem no mesoderma extraembrionário que reveste o endoderma do saco vitelino. • Como será formado o alantóide? R: O alantoide forma-se a partir de uma invaginação do teto do saco vitelino. Com o dobramento caudal do embrião, o alantoide passa a situar-se ventralmente, ficando logo atrás do pedículo do saco vitelino. O alantoide, como o saco vitelino e o âmnio, é revestido pelo mesoderma extraembrionário. Acredita-se que o alantoide oriente a formação dos vasos umbilicais (ou alantoidianos). Como já foi mencionado, com o dobramento do embrião e a expansão do âmnio, o pedúnculo embrionário é deslocado ventromedialmente para junto do pedúnculo do saco vitelino, ficando tais estruturas fusionadas. Forma-se, assim, o cordão umbilical que, devido à expansão do saco amniótico, ficará revestido pelo epitélio amniótico. Os vasos umbilicais originam-se a partir do mesoderma local. • Qual a diferença do alantóide nos animais? R: Nos répteis e nas aves, esse anexo é muito desenvolvido, assumindo função respiratória e de armazenamentos de materiais excretados. Nos mamíferos, nos quais se desenvolve a placenta, essas funções são também assumidas por ela. Contudo, em alguns mamíferos, é o alantoide que contribui para a formação placentária, sendo, portanto, desenvolvido e considerado como um primeiro degrau na evolução da placenta. • O que é a placenta? R: A placenta é um órgão de tecidos, tanto fetais quanto maternos, que serve de transporte de nutrientes e oxigênio, da circulação materna para o feto, e de resíduos metabólicos e CO2 da circulação fetal para a materna. A placenta é um órgão-elo entre mãe e filho. Ela permite que os mamíferos se desenvolvam de simples ovos oligolécitos, diferindo de seus parentes mais próximos, répteis e aves, que se desenvolvem de ovos telolécitos, pois proporciona ao indivíduo em desenvolvimento a garantia de suas necessidades básicas; respiração, nutrição e eliminação de seus catabólicos. O desenvolvimento dentro do corpo da mãe garante proteção ao embrião, permitindo que se desenvolva um ou poucos indivíduos, diferindo daqueles oligolécitos de postura externa, em que são necessários milhares de ovos para que alguns possam sobreviver à ação dos predadores. Sem dúvida, a aquisição placentária dos mamíferos Eutheria é uma conquista que lhes permite investir diretamente no desenvolvimento de poucos indivíduos, otimizando suas chances de sucesso. • Do que ela é formada? R: A placenta humana é formada por uma parte fetal (originada do córion – córion viloso) – e uma parte materna (decídua – decídua basal). • O que é decídua? R: Corresponde à camada funcional do endométrio gravídico, que será eliminado no parto. Constituída por: decídua basal, decídua parietal e decídua capsular. • Identifique as três regiões deciduais em relação à área de implantação do blastocisto: R: (a) à Decídua basal: Corresponde à parte da placenta. É a porção subjacente ao embrião. O sinciciotrofoblasto não digere completamente o endométrio da decídua basal, permanecendo septos que servirão para sustentar a parte fetal da placenta. (b) à Decídua capsular: O blastocisto ficou completamente incluído no endométrio, que refez seu epitélio no local de penetração do embrião. A zona oposta à decídua basal, isto é, a decídua externa ao embrião, corresponde à decídua capsular. (c) à Decídua parietal: É a área do endométrio que reveste o restante do útero. Nessa área, não ocorreu implantação. • Como ocorre a comunicação placentária? R:As artérias umbilicais, em número de duas, deixam o feto, levando sangue venoso. Correndo pelo cordão umbilical, atingem a placa coriônica, onde se dividem e penetram nas vilosidades coriônicas. Nos ramos mais finos dessas vilosidades são efetuadas as trocas entre mãe e filho. O sangue materno banha livremente as vilosidades, mas o fetal permanece sempre dentro de seus capilares íntegros. Em condições normais, não há mistura entre o sangue materno e o fetal. Nas vilosidades, ocorre um extenso sistema arteriovenoso. O sangue fetal oxigenado e nutrido retorna, sendo conduzido pelos capilares venosos, vênulas, até atingir veia umbilical, que volta para o feto. O sangue materno, que extravasa de sua rede capilar (os capilares endometriais abrem- se para os espaços intervilosos), banha as vilosidades coriônicas e estabelece trocas com os capilares fetais. O sangue materno é propulsionado em jatos para os espaços intervilosos pela corrente sanguínea materna. Depois flui vagarosamente para as veias endometriais. • Como ocorre a transferência de O2? R: A resposta para a transferência de O2 do sangue materno para o fetal está centrada em uma pequena diferença da hemoglobina fetal (F) em relação à hemoglobina materna (A). Moléculas de três carbonos BPG (2,3- bifosfoglicerato) ligam-se à hemoglobina de mamíferos adultos (A), mas não à hemoglobina fetal (F). A ligação de moléculas BPG à hemoglobina diminui a afinidade ao O2 permitindo, dessa maneira, que a hemoglobina desprenda mais O2 em tecidos do que a hemoglobina sem BPG. A afinidade do sangue fetal (sem BPG) pelo oxigênio é, assim muito maior que a do sangue materno (com BPG). A grande afinidade pelo oxigênio significa que a hemoglobina fetal pode adquirir oxigênio do sangue materno e transferi-lo eficientemente aos tecidos fetais em desenvolvimento. • Qual a função da placenta? R: Garantir nutrientes, oxigenação sanguínea e eliminação de catabólicos fetais. A placenta apresenta grande complexidade bioquímica, pois exerce funções múltiplas relacionadas com atividades efetuadas pelos pulmões, rins, hipófise, ovários, fígado e intestino do adulto. • Como se agrupam as atividades da placenta? R: Metabolismo, transferência e secreção endócrina. (a) Metabolismo: a placenta é uma fonte de nutrientes e de energia para o embrião, pela sua capacidade de síntese de vários compostos (glicogênio, glicerol e ácidos graxos, principalmente nos estágios iniciais da gravidez). Ela é a reserva fetal de glicogênio até o terceiro mês, pois só então é que o fígado começa a funcionar. O trofoblasto funcionalmente pode ser comparado ao parênquima hepático pelas suas atividades anabólicas e catabólicas. Pode-se citar o exemplo de sua capacidade de sintetizar ácidos graxos e esteroides a partir do acetato ou do ácido pirúvico. (b) Transferência: A atividade placentária é altamente complexa no que se refere a transportes, pois é através dela que deve passar uma quantidade numerosa de materiais, que será utilizada na síntese dos tecidos fetais, bem como dos produtos resultantes do metabolismo fetal e que devem ser eliminados. As trocas materno-fetais compreendem a passagem da mãe para o feto de nutrientes, de oxigênio, de água, de hormônios e de anticorpos, bem como a passagem do feto para a mãe de catabólicos, de água, de gás carbônico e de hormônios. A placenta não funciona como um filtro. Pelo fato de a passagem de materiais depende mais de sua estrutura química, certas substâncias maléficas ao feto pode atravessá-la. (c) Secreção Endócrina Placentária: O sinciciotrofoblasto atua como uma glândula endócrina, pois, utilizando precursores derivados do próprio feto, da mãe ou de ambos, tem a capacidade de sintetizar vários hormônios. • Quais sao os tipos de trocas placentarias? R: Difusão (simples e facilitada), transporte ativo e pinocitose: Difusão Simples: Muitas substâncias, principalmente de baixo peso molecular, atravessam facilmente a placenta em ambasas direções, pois ela se comporta como uma membrana semipermeável. Os exemplos desse tipo de transporte são água e eletrólitos, minerais, oxigênio e gás carbônico, compostos lipossolúveis e anestésicos. Grandes moléculas de hormônios, por exemplo, produzidos pela mãe difundem-se de forma muito mais lenta. A maioria dos fármacos atravessa a placenta por difusão simples. As exceções são aqueles com estrutura similar aos aminoácidos, como, por exemplo, a metildopa. Difusão Facilitada: A glicose atravessa a placenta por difusão facilitada. O transporte ocorre a favor do gradiente de concentração (do meio mais concentrado para o meio menos concentrado). O soluto atravessa a membrana com a assistência de um carreador proteico específico localizado na superfície da membrana - a permease. Este tipo de difusão diferencia-se dos demais uma vez que a sua velocidade de difusão tende a atingir uma velocidade máxima constante à medida que se aumenta a concentração da substância a ser difundida. Transporte Ativo: Muitas moléculas relacionadas à nutrição fetal são transportadas assim. Os aminoácidos normalmente estão mais concentrados no sangue fetal do que no materno, demonstrando, por parte da placenta, um efetivo transporte ativo, pois o sistema transportador deve operar contra um gradiente de concentração. O sinciciotrofoblasto é o componente da barreira placentária mais envolvido no mecanismo de regulação desse transporte. No que se refere aos lipídios, ocorre um parcial desdobramento na superfície materna, para depois serem transferidos ativamente para o feto. Pinocitose: Moléculas muito grandes para atravessarem a membrana placentária podem utilizar esse processo. Vesículas que demonstram atividade pinocítica têm sido observadas no sinciciotrofoblasto. Certos anticorpos podem ser transferidos ao feto desse modo. Utilizando-se o mesmo processo, também pode ocorrer a passagem de agentes infecciosos, vírus e bactérias. • Diferencie o córion viloso do córion liso. R: Córion viloso: parte fetal da placenta onde apresenta as vilosidades coriônicas Córion liso: parte fetal da placenta onde não há presença das vilosidades coriônicas • Explique sobre a função da Gonadotrofina coriônica humana (hCG) R: Esse hormônio é produzido pelo sinciciotrofoblasto e estimula a produção inicial de estrogênio e progesterona pelo corpo lúteo. Mantém o corpo lúteo até que a placenta seja capaz de produzir progesterona e estrogênio por si só. • Descreva a 1ª semana do desenvolvimento: R: 1) Fecundação: União de um espermatozóide com um ovócito secundário, que ocorre normalmente na ampola da tuba uterina formando o zigoto. Fases da fecundação: - Passagem do espermatozóide através da corona radiata do ovócito (reação acrossômica): Auxiliado pela ação da enzima hialuronidase, liberada do acrossoma do espermatozóide, e também, pelo movimento da cauda do espermatozoide. - Penetração na zona pelúcida: Formação de um caminho na zona pelúcida através da ação de enzimas. Logo que o espermatozóide penetra a zona pelúcida desencadeia o fim da segunda meiose e uma reação zonal, mudanças das propriedades físicas da zona pelúcida que a torna impermeável a outros espermatozóides. -Fusão das membranas plasmáticas do ovócito e do espermatozóide: A cabeça e a cauda do espermatozóide entram no citoplasma do ovócito na área de fusão. -Término da segunda divisão meiótica do ovócito: Formação do ovócito maduro (pronúcleo feminino) e o segundo corpo polar. -Formação do pronúcleo masculino: Dentro do citoplasma do ovócito, o núcleo do espermatozóide aumenta para formar o pronúcleo masculino, enquanto que a cauda do espermatozóide se degenera. Durante o crescimento, os pronúcleos replicam seu DNA. -Lise da membrana do pronúcleo: Ocorre a agregação dos cromossomos (23 cromossomos de cada núcleo resultam em um zigoto) para a divisão celular mitótica e primeira clivagem do zigoto. 2) Clivagem do Zigoto: Consiste em divisões mitóticas repetidas do zigoto, resultando em um rápido aumento no número de células. Estas células embrionárias – os blastômeros- tornam-se menores a cada divisão. Quando já existem de 12 a 32 blastômeros o concepto é chamado de mórula. 3) Formação e Implantação do Blastocisto: A mórula alcança o útero cerca de quatro dias após a fecundação e o fluido da cavidade uterina passa através da zona pelúcida para formar – a cavidade blastocística. À medida que o fluido aumenta na cavidade, os blastômeros são separados em duas partes: - Trofoblasto: Camada celular externa que formará a parte embrionária da placenta. - Embrioblasto: Grupo de blastômeros localizados centralmente que dará origem ao embrião. Durante esse estágio o concepto é chamado de blastocisto. Cerca de 6 dias após a fecundação, o blastocisto adere ao epitélio endometrial por ação de enzimas proteolíticas (metaloproteinases) e a implantação sempre ocorre do lado onde o embrioblasto está localizado. Logo, o trofoblasto começa a se diferenciar em duas camadas: - Citotrofoblasto: Camada interna de células. - Sincicitrofoblasto: Camada externa de células. No final da primeira semana o blastocisto está superficialmente implantado na camada endometrial na parte póstero-superior do útero. O sinciciotrofoblasto é altamente invasivo e se adere a partir do pólo embrionário, liberando enzimas que possibilita a implantação do blastocisto no endométrio do útero. Esse é responsável pela produção do hormônio hCG que mantém a atividade hormonal no corpo lúteo durante a gravidez e forma a base para os testes de gravidez. • Descreva a 2ª semana de desenvolvimento: R: Caracteriza-se pelo término da implantação do blastocisto (10° dia); formação do disco embrionário bilaminar - epiblasto e hipoblasto; formação de estruturas extra-embrionárias: a cavidade amniótica, o âmnio, o saco vitelino, o pedúnculo de conexão e o saco coriônico. 1) Formação da cavidade amniótica, do disco embrionário e do saco vitelino: Com a progressão da implantação do blastocisto, ocorrem mudanças no embrioblasto que resultam na formação de uma placa bilaminar – o disco embrionário- formado por duas camadas. - Epiblasto: Camada celular espessa e colunar, que desenvolve rapidamente à cavidade amniótica. - Hipoblasto: Camada celular delgada e cuboide, que forma o saco vitelino. Concomitante a esses processos, aparece um pequeno espaço no embrioblasto, a cavidade amniótica. O epiblasto forma o assoalho da cavidade amniótica e o hipoblasto o teto da cavidade exocelômica. Células do hipoblasto migram para formar a membrana exocelômica que reveste a superfície interna do citotrofoblasto. Logo se modifica para formar o saco vitelino primitivo. As células do endoderma do saco vitelino formam o mesoderma extra-embrionário, que circunda o âmnio e o saco vitelino. Assim, há formação do âmnio, disco bilaminar e saco vitelino. Com o desenvolvimento, surgem espaços celômicos isolados no interior do mesoderma extra-embrionário. Posteriormente, fundem-se para formar o celoma extra-embrionário, que envolve o âmnio e o saco vitelino. 2) Desenvolvimento do saco coriônico: O celoma extra-embrionário divide o mesoderma extra-embrionário em duas camadas: - Mesoderma somático extra-embrionário, que reveste o trofoblasto e o âmnio. - Mesoderma esplâncnico extra-embrionário, que envolve o saco vitelino. Córion: Formado pelo mesoderma somático extra-embrionário e as duas camadas de trofoblasto. • Descreva a 3ª semana do desenvolvimento: R: Caracteriza-se pelo aparecimento da linha primitiva;formação da notocorda; formação do disco trilaminar. 1) Gastrulação: Formação das camadas germinativas: Processo pelo qual o disco embrionário bilaminar é convertido em disco embrionário trilaminar (início da morfogênese). Durante a gastrulação ocorrem alguns eventos importantes como a formação da linha primitiva, camadas germinativas, placa precordal e notocordal. Cada uma das três camadas germinativas dará origem a tecidos e órgãos específicos: - Ectoderma: Origina a epiderme, sistema nervoso central e periférico e a várias outras estruturas; - Mesoderma: Origina as camadas musculares lisas, tecidos conjuntivos, e é fonte de células do sangue e da medula óssea, esqueleto, músculos estriados e dos órgãos reprodutores e excretor; - Endoderma: Origina os revestimentos epiteliais das passagens respiratórias e trato gastrointestinal, incluindo glândulas associadas. 2) Formação da Linha Primitiva: No início da terceira semana a linha primitiva surge na extremidade caudal do embrião como resultado da proliferação e migração de células do epiblasto para o plano mediando do disco embrionário, constituindo o primeiro sinal da gastrulação. Na sua extremidade cefálica surge o nó primitivo, com uma pequena depressão no centro chamado fosseta primitiva e ao longo da linha forma-se o sulco primitivo. O aparecimento da linha primitiva torna possível identificar o eixo embrionário. Após esse processo, ocorre a invaginação de células do epiblasto que dão origem as três camadas germinativas do embrião: o mesênquima ou mesoblasto, que origina os tecidos de sustentação e conjuntivos do corpo, um pouco forma o mesoderma intra-embrionário e outras deslocam o hipoblasto e formam endoderma intra-embrionário. As demais células que permanecem no epiblasto formam o ectoderma intra-embrionario. A linha primitiva regride e desaparece na quarta semana do desenvolvimento. 3) Formação do processo notocordal: Células mesenquimais migram cefalicamente do nó e da fosseta primitiva formando um cordão celular mediano o processo notocordal. Esse processo adquire uma luz - canal notocordal - e cresce até alcançar a placa precordal, área de células endodérmicas firmemente aderidas a ectoderma. Estas camadas fundidas formam a membrana bucofaríngea (boca). Caudalmente a linha primitiva há uma área circular também com disco bilaminar, a membrana cloacal (ânus). A notocorda surge pela transformação do bastão celular do processo notocordal. O assoalho do processo notocordal funde-se com o endoderma e degeneram. Ocorre então a proliferação de células notocordais a partir da extremidade cefálica, a placa notocordal se dobra e forma a notocorda. A notocorda: Define o eixo do embrião; base para formação do esqueleto axial; futuro local dos corpos vertebrais. 4) Formação do Alantóide: O alantóide é um anexo embrionário que surge por volta do 16° dia na parede caudal do saco vitelino. Durante a maior parte do desenvolvimento, o alantóide persiste como uma linha que se estende da bexiga urinária até a região umbilical, chamada de úraco, a qual nos adultos corresponderá ao ligamento umbilical mediano. 5) Neurulação: Formação do tubo neural: A formação da placa neural é induzida pela notocorda em desenvolvimento. Por volta do 18° dia, a placa neural se invagina ao longo do eixo central, formando o sulco neural mediano, com pregas neurais em cada lado. No fim da terceira semana, as pregas neurais começam a aproximar-se e a se fundir, formando o tubo neural, primórdio do SNC. Este logo se separa do ectoderma da superfície, se diferencia e forma a epiderme da pele. A fusão das pregas neurais avança em direção cefálica e caudal, permanecendo abertas na extremidade cranial - neuroporo rostral – até o 25º dia e na extremidade caudal – neuroporo caudal – até o 27º dia. Concomitante a esse processo, as células da crista neural migram e formam uma massa entre o ectoderma e o tubo neural, a crista neural. Logo, a crista se separa em duas partes, direita e esquerda, e origina os gânglios espinhais e os gânglios do sistema autônomo e as meninges. 6) Desenvolvimento dos somitos: Durante a formação da notocorda e do tubo neural, o mesoderma intra-embrionário se divide em: mesoderma paraxial, intermediário e lateral (contínuo com o mesoderma extra-embrionário. Próximo ao fim da 3° semana de gestação, o mesoderma paraxial diferencia-se e forma os somitos. No fim da 5° semana 42 a 44 pares de somitos estão presentes e avançam cefalocaudalmente dando origem à maior parte do esqueleto axial e músculos associados, assim como a derme da pele adjacente. 7) Desenvolvimento do celoma intra-embrionário: No interior do mesoderma lateral e cardiogênico surgem espaços celômicos que se unem e formam o celoma intra-embrionário, dividindo o mesoderma lateral em duas camadas: - Camada parietal/ somática que cobre o âmnio; - Camada visceral/ esplâncnica que cobre o saco vitelino: - Somatopleura = mesoderma somático + ectoderma sobrejacente - Esplancnopleura = mesoderma esplacnico + endoderma subjacente Durante o 2° mês, o celoma está dividido em 3 cavidades: - Cavidade pericárdica; - Cavidades pleurais; - Cavidade peritoneal. 8) Desenvolvimento do sistema cardiovascular: No início da 3°semana começa a angiogênese no mesoderma extra-embrionário do saco vitelino, do pedículo do embrião e do córion. A formação dos vasos sanguíneos inicia- se com a agregação dos angioblastos – ilhotas sanguíneas. Pequenas cavidades vão se formando dentro das ilhotas, os angioblatos se achatam e originam o endotélio primitivo. Essas cavidades se unem formando redes de canais endoteliais. O coração e os grandes vasos provêm de células mesenquimais da área cardiogênica. Durante a 3° semana os tubos endocárdicos se fundem, originando o tubo cardíaco primitivo. No fim da 3° semana o sangue já circula e desenvolve-se o primórdio de uma circulação uteroplacentária. • Descreva a organogênese: R: O período de organogênese ocorre da quarta à oitava semana do desenvolvimento embrionário. Ao final da oitava semana, o funcionamento da maioria dos principais sistemas de órgãos é mínimo, com exceção do sistema cardiovascular. No término desse período, o embrião terá aspecto humano. 1) Dobramentos do embrião: Os dobramentos levarão à transformação de um disco trilaminar plano em um embrião praticamente cilíndrico. O dobramento ocorre nos planos mediano e horizontal e é decorrente do rápido crescimento do embrião, particularmente do encéfalo e da medula espinhal. A velocidade de crescimento lateral do embrião não acompanha a velocidade de crescimento longitudinal, ocasionando o seu dobramento. Os dobramentos das extremidades cefálica e caudal e o dobramento lateral ocorrem simultaneamente. Dobramentos do embrião no plano mediano: O dobramento ventral nas extremidades cefálica e caudal do embrião produz as pregas cefálica e caudal. 2) Prega cefálica: No início, o encéfalo em desenvolvimento cresce para dentro da cavidade amniótica. Posteriormente, o prosencéfalo projeta-se cefalicamente, e ultrapassa a membrana bucofaríngea (ou orofaríngea), recobrindo o coração em desenvolvimento. Concomitantemente, o septo transverso, Coração Primitivo, celoma pericárdico e membrana bucofaríngea se deslocam para a superfície ventral do embrião. Durante o dobramento longitudinal, a parte dorsal do endoderma do saco vitelínico é incorporada ao embrião com o intestino anterior (primórdio do segmento inicial do sistema digestório). A prega cefálica também influencia a disposiçãodo celoma embrionário já que após o dobramento, o celoma pericárdico fica em posição caudal em relação ao coração e cefálica, ao Septo Transverso. Nesse estágio, o celoma intra-embrionário se comunica com o celoma extra-embrionário. 3) Prega caudal: Resulta do crescimento da parte distal do tubo neural. A medida que o embrião cresce, a região caudal projeta-se sobre a membrana cloacal. Durante esse dobramento, parte do Endoderma é incorporado como intestino posterior, cuja porção terminal dilata-se para formar a cloaca. Após o dobramento, o pedículo de fixação (ou pedículo de conexão), primórdio do cordão umbilical, fica preso à superfície ventral do embrião, enquanto a Alantóide é parcialmente incorporada. 4) Pregas laterais: Resulta do crescimento rápido da medula espinhal e dos somitos, formando as pregas laterais direita e esquerda, cujo crescimento desloca o disco embrionário ventralmente, formando um embrião praticamente cilíndrico. Conforme as paredes abdominais se formam, parte do endoderma é incorporada como intestino médio, que antes do dobramento tinha conexão com o Saco Vitelino. Após o dobramento, essa conexão fica reduzida a um canal vitelino ou ducto vitelino. Quando as pregas do embrião fundem-se ao longo da linha média ventral, forma-se o celoma intra-embrionário. Os dobramentos do embrião são responsáveis pela arquitetura anatômica das membranas serosas no indivíduo: o interior da parede do corpo será coberto por mesoderma somático; e as vísceras, pelo mesoderma esplâncnico. O embrião formado será “um tubo dentro de um tubo” no qual o tubo ectodérmico externo forma a pele, e o tudo endodérmico interno formam o intestino. Preenchendo o espaço entre esses dois tubos está a mesoderme. 5) Derivados dos folhetos germinativos: Os Três Folhetos Germinativos (ectoderma, mesoderma e endoderma) que dão origem a todos os órgãos e tecidos são formados durante a Gastrulação. Alguns derivados dos folhetos germinativos são: - Ectoderma: sistema nervoso central e periférico; epitélios sensoriais do olho, da orelha e do nariz; epiderme e anexos (unhas e pelos); glândulas mamárias; hipófise; glândulas subcutâneas; esmalte dos dentes; gânglios espinhais, autônomos e cranianos ( V, VII, IX, X ); bainha dos nervos do sistema nervoso periférico; meninges do encéfalo e da medula espinhal. - Mesoderma: tecido conjuntivo; cartilagem; ossos; músculos estriados e lisos; coração; vasos sanguíneos e linfáticos; rins; ovários, testículos; ductos genitais; membranas pericárdica, pleural e peritonial; baço e córtex das adrenais. - Endoderma: revestimento epitelial dos tratos respiratório e gastrointestinal; tonsilas; tireóide e paratireóides; timo, fígado e pâncreas; revestimento epitelial da bexiga e maior parte da uretra; revestimento epitelial da cavidade do tímpano, antro timpânico e da tuba auditiva. • O que são malformações? R: É considerada malformação congênita uma alteração anômala presente no momento do nascimento. A malformação é consequência de uma falha de um ou mais constituintes do corpo durante o desenvolvimento embrionário. Geralmente, relaciona-se o conceito de malformação a anomalias estruturais possíveis de serem diagnosticadas à simples vista ou, então, por meio de técnicas auxiliares, como a radiologia. Contudo, o espectro de malformação é muito mais amplo, atingindo distintos níveis de organização, desde um órgão até mesmo uma molécula. Quando uma malformação ocasiona uma deformidade muito acentuada, fala- se em “monstruosidade”, termo derivado de teratologia (do grego, teratos = monstro). Contudo, a teratologia, na prática, ocupa-se de todos os tipos de anomalias. • O que é uma malformação congênita? R: São defeitos em nível molecular que fogem no padrão normal de desenvolvimento. • Quais as fases de desenvolvimento de um organismo e como atua os agentes teratogênicos em cada uma delas? R: 1º Período: da fecundação até a implantação – inibem as secreções uterinas e os hormônios ovarianos. 2º Período: organização e formação dos diferentes tipos de órgãos e sistemas – atuando diretamente na má formação de um determinado órgão ou sistema. 3º Período: amadurecimento morfológico e funcional dos órgãos e dos sistemas – atuando diretamente no mal funcionamento de um determinado órgão ou sistema. • O que são agentes teratogênicos e como eles prejudicam o desenvolvimento embrionário e fetal? R: É tudo aquilo que pode produzir dano ao embrião ou feto durante a gravidez. Estes danos podem se refletir como perda da gestação, malformações ou alterações funcionais (retardo de crescimento, por exemplo), ou ainda distúrbios neuro-comportamentais, como retardo mental. • Qual a diferença entre variação individual e malformação? R: A malformação é uma alteração anômala presente no momento do nascimento. É consequência de uma falha na formação de um ou mais constituintes do corpo durante o desenvolvimento embrionário. Variação individual é o grau de variação entre indivíduos em uma determinada população. Ex: diferencia de altura, cor de cabelo, peso. • Como ocorre as anomalias congênitas encefálicas e por que algumas resultam em anencefalia? R: Quando um agente teratogênico age no período de desenvolvimento do encéfalo ou no desenvolvimento do tubo neural ou nas pregas neurais e pregas cefálicas, impedindo o desenvolvimento do encéfalo, causando anencefalia ou espinha bífida. • O que seria Teratoma Sacrococcigeo? R: É o resto da linha primitiva que persistem e dão origem ao tumor, que contém tecidos derivados das 3 camadas germinativas em estágios incompletos de diferenciação. • O que a talidomida causa ao embrião? R: A talidomida causa malformações ao embrião ou feto, dependendo do período em que é administrado. -34º a 39º dias: será afeta a orelha e nervos cranianos -39º a 43º dias: sérios defeitos nos braços -42º a 46º dias: sérios defeitos nas pernas -47º a 50º dias: defeitos mais restritos aos dedos polegares • Quais são os fatores ambientais teratogênicos? R: Agentes infecciosos, infecções parasitárias, malformação causada por radiações, agentes químicos, como teratógenos, antibióticos, anticoagulantes e hormônios. • O que o vírus da rubéola causa na gravidez? R: Malformações dos olhos, ouvidos, coração e dentes. • O que o citomegalovírus causa da gravidez? R: Morte do embrião, baixo peso em recém-nascidos, aumento do fígado e baço, icterícia (pele amarelada), cegueira, microcefalia, calcificação do tecido nervoso, retardo metal e psicomotor, surdez. • O que a toxoplasmose causa na gravidez? R: Alterações neurológicas, calcificação cerebral, hidrocefalia, coriorretinite, microftalmia. • O que a sífilis causa na gravidez? R: Se a mãe infectada for tratada antes da 16ª semana de gestação, o microrganismo será morto e não atingirá o feto. Surdez congênita, hidrocefalia, retardo mental, dentes malformados e face anormal. • O que a radiação causa na gravidez? R: Modificações na estrutura do DNA; mulheres grávidas, submetidas a grandes doses de raios X, podem ter seus filhos com defeitos, como microcefalia, defeitos no crânio, espinha bífida, cegueira, defeitos das extremidades e fenda palatina. • O que os corticoides causam da gravidez? R: fissuras do palato e anomalias cardiogênicas. • O que os alcaloides causam na gravidez? R: Tanto a nicotina quanto a cafeína não são agentes teratogênicos, porém, a nicotina tem efeito sobre o crescimento fetal. O uso da cafeína em excesso, chá ou café não é aconselhadopara gestantes por não haver garantia de que seu consumo excessivo pela mãe seja inofensivo para o filho. • O que o álcool causa da gravidez? R: Mães que consomem álcool durante a gravidez poderão ter filho com deficiência de crescimento pré e pós-natal. Foi observada uma série de anormalidades em crianças nascidas de mães alcoólatras, as quais, no seu conjunto, estabelecem a “síndrome alcoólica”. Essas anormalidades consistem em pequenas fissuras palpebrais, hipoplasia do maxilar, linhas palmares anormais, anomalias articulares e malformações cardíacas congênitas. • O que o LSD causa da gravidez? R: No início da gestação, abortos são provocados e malformações congênitas são observadas. Anomalias de membros foram descritas, bem como lesões do sistema nervoso e malformações de membros. • O que a Heroína e derivados do ópio causam na gravidez? R: Problemas relacionados com o parto (excitação excessiva do bebê, convulsões), Síndrome da Abstinência do Recém-Nascido. • O que os tranquilizantes causam na gravidez? R: Diazepan (fendas labiais com ou sem fissuras no palato). • O que as Tetraciclinas causam na gravidez? R: Deformidade nos dentes (2º e 3º trimestre de gestação.
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