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REVISÃO EMBRIO

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GAMETOGÊNESE 
 
• O que é gametogênese? 
R: É o processo que compreende a formação dos gametas femininos e 
masculinos. O evento fundamental da gametogênese é a meiose, que reduz à 
metade a quantidade de cromossomos das células, originando células 
haploides, preparando as células sexuais para a fecundação, com a fusão de 
dois gametas haploides reconstitui o número diploide característico de cada 
espécie. As células que dão origem aos gametas, chamadas células 
germinativas primordiais (CGPs), são encontradas até a quarta semana na 
parede do saco vitelínico e a partir de então iniciam a migração, por 
movimento ameboide, e fixam-se na parede dorsal do corpo, local em que 
irão formar as gônadas. 
 
• Quando a gametogênese é completada? 
R: O desenvolvimento de gametas, chamado de gametogênese, normalmente 
não é completado até que o organismo tenha se tornado fisicamente maduro. 
Na maturidade, os gametas podem ser liberados e participar de uma 
fertilização dando início a um novo embrião. 
 
• O que são as células precursoras de gametas? 
R: Em muitas espécies, uma parte especializada do citoplasma do ovo dá 
origem às células que são precursoras dos gametas. Essas células são 
chamadas de células germinativas, sendo destinadas à função reprodutiva. É 
frequentemente uma das primeiras diferenciações que ocorrem durante o 
desenvolvimento animal. As células germinativas finalmente migram para as 
gônadas, onde se diferenciam em gametas. 
 
• Como se dá a determinação sexual? 
R: A maioria dos casos apresenta determinação sexual cromossômica, 
geralmente está associada a uma combinação dos diferentes cromossomos 
sexuais, compensação de alelos determinantes e até mesmo com a haploidia. 
Também é bastante comum a determinação de acordo com aspectos do 
ambiente em que o organismo está se desenvolvendo, como temperatura, ou 
mesmo após o desenvolvimento, variando o sexo de acordo com a proporção 
de machos e fêmeas na população, por exemplo. 
 
• Como é a gametogênese na maioria dos animais? 
R: Em muitos animais, como insetos, nematelmintos e vertebrados existe 
uma clara e precoce separação das células germinativas de tipos celulares 
somáticos. Em vários filos animais essa divisão não está tão bem 
estabelecida. Nessas espécies (que incluem cnidários, platelmintos e 
tunicados), as células somáticas podem facilmente se tornarem células 
germinativas mesmo em organismos adultos. Os zooides, brotos e pólipos de 
muitos filos de invertebrados atestam a capacidade das células somáticas dar 
origem a novos indivíduos. Mas a maioria depende da influência do ambiente 
para a reprodução, só assim serão produzidos os gametas. Ex: Os anfíbios na 
estivagem, são diferentes no verão e no inverno. 
 
 
ESPERMATOGÊNESE 
 
• O que é a espermatogênese? 
R: É o processo da formação dos gametas masculinos que ocorre no testículo. 
Lá os gametas são formados nos túbulos seminíferos (humanos) ou lóculos 
seminíferos (maioria dos animais) e daí são acrescidos de líquidos 
provenientes dos mesmos túbulos, das vesículas seminais, da próstata e das 
glândulas bulbouretrais, que servem como veículos para transportá-los ao 
exterior. 
 
• Qual a importância dos túbulos seminíferos? 
R: O túbulo seminífero representa a unidade fundamental da formação dos 
espermatozoides. Ele é constituído por um epitélio sui generis composto por 
células de sustentação (células de Sertoli) e as células da linhagem gamética. 
O estroma entre os túbulos seminíferos apresenta glândulas endócrinas 
difusas (células de Leydig). 
 
• Qual a importância do epidídimo? 
R: Após saírem dos túbulos seminíferos eles só conseguem se movimentar em 
círculos, e isso impossibilitaria a fertilização. É no epidídimo que ocorrerá a 
maturação dos espermatozoides para que eles sejam capazes de se 
movimentar em linha reta. 
 
• Qual a diferença das células de Sertoli e das células de Leydig? 
R: As células de Leydig produzem a testosterona, ficam entre os túbulos 
seminíferos (interstício). As células de Sertoli criam o espermatozoide e 
secretam o hormônio anti-duto Mülleriano. 
 
• Qual a importância da célula de Sertoli? Quais suas características? 
R: Além de criar o espermatozoide, elas o alimentam e protegem durante seu 
desenvolvimento. Elas também fagocitam os restos citoplasmáticos das 
espermátides durante a espermiogênese, quando estas se transformam em 
espermatozoides. As células de Sertoli são colunares altas e apresentam suas 
bases apoiadas na lâmina basal e seus ápices livres para o lúmen, ocupando, 
assim, toda a altura do túbulo seminífero. (Lembra uma coxinha e não estão 
sempre “bem grudadas” na base, estão um pouco pra cima). 
 
• Quando que começa a ser produzido espermatozoides em grande quantidade? 
R: Somente na puberdade, quando grandes quantidades de testosterona são 
liberadas e inicia-se a vida sexual do indivíduo. 
 
• Quais são os hormônios reguladores da espermatogênese? 
R: O hormônio folículo-estimulante (FSH), o hormônio luteinizante (LH) e a 
testosterona. 
 
• Esquema da espermatogênese: 
 
• A espermatogênese compreende 4 períodos, quais são eles? 
R: Multiplicação, crescimento, maturação e diferenciação. 
 
• Explique as espermatogônias: 
R: Elas se encontram-se nas camadas mais basais do epitélio do túbulo 
seminífero, são arredondadas. Existem dois tipos de espermatogônias: a 
célula-tronco (é a menos diferenciada, é uma célula de reserva que continua a 
dividir-se por mitose para formar futuras espermatogônias) e a célula em 
diferenciação (célula comprometida em tornar-se espermatócito primário e, 
finalmente, espermatozoide). São células diploides (2n=46). Essas células são 
os precursores dos espermatócitos e são as últimas células a sofrerem mitose. 
As espermatogônias aumentam de volume, devido à síntese e acumulação de 
reservas necessárias para a meiose gerando os espermatócitos primários - as 
células que entram em meiose. FASE DE MULTIPLICAÇÃO. 
 
• Explique os espermatócitos primários: 
R: É a maior célula da linhagem, ainda são diploides (2n=46), atingem um 
degrau mais acima das espermatogônias, entrando irreversivelmente na 1ª 
divisão meiótica dita “reducional” por reduzir à metade o número de 
cromossomos. Aqui ocorre inclusão aleatória dos cromossomas parentais, e o 
crossing-over, que aumentam a variabilidade genética do gameta. Dará 
origem a 2 espermatócitos secundários haploides (n=23). FASE DE 
CRESCIMENTO. 
 
• Explique os espermatócitos secundários: 
R: Células haploides (n=23). Estão em direção mais central e poderão ser 
vistas em alguns túbulos seminíferos apenas. Fazem rapidamente a segunda 
divisão meiótica, dita “equacional”, resultam quatro células haploides, as 
espermátides. FASE DE MATURAÇÃO. 
 
• Explique a espermátide: 
R: Ao final da sequência de divisão são 4 células haploides. Ficam próximo à 
luz tubular. Elas se encontram na maioria dos túbulos seminíferos e são as 
mais numerosas. Elas entrarão cito diferenciação, uma série de alterações 
morfológicas, denominado de Espermiogênese para se transformarem em 
espermatozoides. FASE DE DIFERENCIAÇÃO. 
 
• Explique a espermiogênese: 
R: É o processo de transformação da espermátide em espermatozoide, 
implica em um rearranjo dos componentes celulares, assim como a criação de 
estruturas necessárias para a fecundação. Serão retiradas algumas organelas 
que não serão mais necessárias por meio de vesículas. 
➢ Vão ficar: Complexo de golgi, núcleo, mitocôndrias e micro-túbulos. 
➢ Estrutura: O acrossoma ficará bem na “cabeça” seguido pelo núcleo. 
As mitocôndrias ficam na parte mediana entre a cabeçae a cauda. Os 
micro-túbulos se organizam para criar a cauda. Obs: Os micro-túbulos 
e as mitocôndrias não irão entrar no ovócito, por isso as mitocôndrias 
sempre são de origem materna. 
➢ As células de Sertoli irão fagocitar e digerir as vesículas e criará um 
líquido para empurrar os espermatozoides para o epidídimo por meio 
de “contrações”, lá ocorrerá o amadurecimento deles e permitirá que 
se movimentem em linha reta, já que por enquanto só andam em 
círculos. 
 
• Explique a estrutura do espermatozoide: 
R: A cabeça é a maior parte e contém o núcleo haploide e o acrossoma, 
organela em forma de capuz que contém várias enzimas importantes para a 
fertilização, pois facilita sua penetração ovular. O colo é a região que une 
essas duas estruturas. A cauda é constituída por três segmentos: a peça 
intermediária, peça principal e peça terminal. Essa estrutura, formada a partir 
dos centríolos, favorece a motilidade durante a fecundação. A peça 
intermediária contém mitocôndrias que fornecem ATP para a atividade desse 
flagelo. 
 
 
 
• Como ocorre o transporte do gameta masculino? 
R: Os túbulos seminíferos se enchem de fluido empurrando para o epidídimo, 
ali ocorrerá a maturação dos espermatozoides por ½ semanas, o ducto 
deferente impulsiona os espermatozoides passando por várias glândulas que 
irão dar proteínas para ele sobreviver no útero feminino, dentro do útero as 
protoglandinas irão estimular o mesmo para empurrar os espermatozoides. 
 
OVOGÊNESE 
 
• O que é a ovogênese? 
R: É o processo de formação do gameta feminino, chamado ovogônia. A 
atividade meiótica das ovogônia prossegue por toda a vida nos invertebrados, 
mas se limita ao início do desenvolvimento nos vertebrados superiores. A 
ovogênese nos mamíferos inicia e estaciona na vida embrionária, a partir da 
puberdade e daí por toda vida fértil da fêmea. Sua terminalização depende da 
fecundação. 
 
• O que diferencia a formação do espermatozoide e dos ovócitos? 
R: Enquanto os espermatozoides têm a opção de aumentar seu número de 
células precursoras dos gametas e na reprodução serem lançados milhões de 
uma vez, o ovócito apresenta um estacionamento da meiose ainda na vida 
embrionária e só será retomado, um por um, em sua puberdade e daí por 
toda a vida fértil da fêmea e sua terminalização das sequencias de divisões 
depende da fecundação. 
 
• Quais são os hormônios que atuam na ovogênese? 
R: O hormônio liberador da gonadotofrina (hipotálamo), o hormônio folículo-
estimulante ou FSH (hipófise) libera o folículo para o crescimento produzindo 
estrógeno. O hormônio luteinizante ou LH só é produzido a partir do 
estrógeno e libera a ovulação e produz progesterona. 
 
• Folículos primordiais: 
R: Célula germinativa pequena, tem poucas células epiteliais foliculares. Estão 
localizados na parte periférica do córtex ovariano. A partir da ação de FSH é 
modificada criando as células foliculares tornando-se o folículo primário. 
Ainda é OVÓCITO I. 
 
• Folículo primário: 
R: É quando a célula germinativa estiver envolta por uma camada mais 
numerosa de células foliculares cúbicas de núcleo arredondado. Este folículo 
começa a surgir após a puberdade, por ação dos hormônios, quando se inicia 
o ciclo sexual. Pela ação do FSH cria-se mais células foliculares. Ainda é 
OVÓCITO I. Seu desenvolvimento encerra-se ainda dentro da vida 
embrionária e fica estacionada até a puberdade. 
 
• Folículo primário multilaminar: 
R: Pela ação do FSH é criado várias lâminas de células foliculares e seu 
próximo estágio será o folículo secundário. Ainda é OVÓCITO I. 
 
• Folículo secundário: 
R: O conjunto de várias camadas forma a camada granulosa do folículo. Entre 
a granulosa e o ovócito surge a zona pelúcida, uma camada de glicoproteínas 
secretadas pelas células foliculares. Esta camada se apresenta com uma 
coloração avermelhada e quanto maior o folículo, mais espessa ela fica. Tem 
a formação da teca folicular. Ação de FSH. Ainda é OVÓCITO I. 
 
• Folículo maduro: 
R: Este folículo é bastante grande e se caracteriza pelo aparecimento de um 
espaço intercelular denominado de ANTRO, que está preenchido por líquido 
folicular. A camada de células foliculares que circunda o ovócito é a corona 
radiata. As tecas interna e externa estão bem desenvolvidas, a primeira 
apresentando numerosas células e capilares, enquanto que a outra é menos 
celularizada e mais fibrosa. Nesta fase da meiose ocorre a liberação do 1º. 
corpúsculo polar. Este folículo é um folículo pronto para a ovulação. 
Ação de LH. 
 
• Esquema da ovogênese: 
 
 
 
• Ovulação: 
R: Liberação do folículo e encerra a 1ª divisão meiótica. Após a ovulação do 
ovócito secundário com a zona pelúcida e a corona radiata, o restante do 
folículo, ou seja, a granulosa juntamente com a teca interna, se transforma 
em células luteínicas, formando no conjunto, o corpo Lúteo. O ovócito torna-
se secundário momentos antes da ovulação. Caso haja a fecundação, ele 
produz progesterona e estrógeno, que atuam estimulando a secreção de suas 
glândulas. A progesterona ainda impede novas ovulações. Caso não ocorra a 
fecundação será degenerado por falta do LH na 2ª metade do ciclo menstrual. 
 
• Sequência da divisão após o folículo primário: 
R: A partir da puberdade um folículo amadurece a cada mês, completa a 
primeira divisão meiótica e para na metáfase da segunda divisão. Forma-se 2 
células, o ovócito secundário que recebe quase todo o citoplasma e o 
primeiro corpo polar (célula pequena, não funcional, que logo degenera) 
recebe muito pouco. 
Antes da ovulação, o núcleo do ovócito secundário inicia a segunda divisão 
meiótica, mas progride até a metáfase, quando a divisão é interrompida. Se 
um espermatozoide penetra nesse ovócito, a segunda divisão é completada e 
novamente maior parte do citoplasma é mantida em uma célula, o ovócito 
fecundado. A outra célula, o segundo corpo polar, é uma célula também 
pequena, não funcional, que logo degenera. 
 
• Explique o ciclo estral: 
R: É a ovogênese na maioria animais placentários (em humanos corresponde 
ciclo menstrual) e tem 5 fases, eles podem ser monoestrais (apenas um ciclo 
no ano) ou poliestrais (2 ou mais): 
➢ Pró-estro: início do ciclo reprodutivo, crescimento folicular a partir dos 
níveis de FSH (estrógeno) 
➢ Estro: decai o FSH, sobe o LH e ocorre a ovulação, apresentam 
comportamento sexual receptivo. 
➢ Meta-estro: após a fecundação, atividade do corpo lúteo com os 
hormônios. 
➢ Diestro: quando não há a fecundação e o corpo lúteo se degenera. 
➢ Anaestro: período estacionário antes do próximo pró-estro. 
 
• Explique a vitelogênese: 
R: É a formação do vitelo, sua fonte é o fígado, é levado pela corrente 
sanguínea através de vesículas para o ovócito. O crescimento nos mamíferos 
é mínimo. A composição do vitelo é basicamente de lipídeos, proteínas ou os 
dois. É dividida em 3 fases: 
➢ Pré-vitelogênese: produção do vitelo no fígado 
➢ Vitelogênese: transporte até o ovócito por microvesículas 
➢ Pós-vitelogênese: organização do vitelo dentro do ovo 
Obs: somente as fêmeas tem a vitelogenina, o gene precursor que sintetiza 
vitelo. 
• Quais são os tipos de ovos? 
R: Se classificam de acordo com a quantidade de vitelo 
➢ Alécitos: nenhum vitelo → mamíferos placentários. 
➢ Oligolécitos: pouquíssimo vitelo → ouriço do mar, anfioxo. 
➢ Heterolécitos: vitelo moderado → anfíbios. 
➢ Telolécitos: muito vitelo → aves, répteis, peixes. 
➢ Centrolécitos: vitelo bem no centro do ovo →artrópodes. 
• Quais são as membranas envoltórias do ovo? 
R: O ovo apresenta membranas primárias, que se desenvolvem aindano 
ovário, e membranas que se desenvolvem durante sua passagem pelo 
oviduto, denominadas secundárias. A membrana plasmática no ovo é 
chamada de oolema. 
Membranas primárias (produzidas no ovário): é depositada entre o ovócito e 
as células foliculares. Nos insetos, moluscos, anfíbios e aves são conhecidas 
como membranas vitelinas, nos tunicados e peixes são conhecidas por córion 
e nos mamíferos como zona pelúcida. 
Membranas secundárias (produzidas no oviduto): quando o ovo passa pelo 
oviduto vai recebendo mais uma camada até seu exterior como nos anfíbios. 
Nas aves distinguem-se 5 membranas: uma primária, a membrana vitelina, e 
4 secundárias: a clara do ovo, as da casca (interna e externa), ricas em 
queratina, e a casca, composta de carbonato de cálcio. 
 
• Como ocorre o transporte do gameta feminino? 
R: o ovócito é liberado pelo ovário e capturado pelas fímbrias, ele é 
transportado para a tuba uterina que produz movimentos para que ele se 
mova, a fecundação será na ampola, o embrião irá até a cavidade do útero e 
se adentará na parede do mesmo para ocorrer o desenvolvimento. 
 
FERTILIZAÇÃO 
 
• Características da fertilização: 
R: é uma sequência complexa de eventos, ocorre dentro da ampola da tuba 
uterina e tem uma duração de aproximadamente 24h. 
 
• Sequência da fertilização: 
R: Os espermatozoides se atraem pela diferença de temperatura (termotaxia) 
em animais que tenham fecundação interna. 
Os espermatozoides se atraem pela presença de substâncias químicas 
(quimiotaxia) em animais que tenham fecundação externa. 
Então ocorre a perfuração da corona radiata por enzimas do acrossomo e 
movimento flagelar. Logo após ocorre a penetração da zona pelúcida por 
ação de enzimas, principalmente acrosina, que causam a lise da zona 
pelúcida. Depois que o espermatozoide penetra nessa região ocorre a reação 
zonal. 
 
• Descreva o bloqueio rápido da poliespermia: 
R: Quando o 1º espermatozoide passar a membrana vitelínica e vai em 
direção a membrana plasmática ocorre um influxo de sódio despolarizando a 
membrana, fica – no lado de fora e + no lado de dentro, os demais 
espermatozoides irão criar uma repulsão desse ovo, ou seja, há uma mudança 
temporária do potencial elétrico da membrana do ovócito. Ocorre 
geralmente na fecundação externa. 
 
• Descreva o bloqueio lento da poliespermia: 
R: Quando o espermatozoide toca a membrana plasmática, ele se une a ZP3 
(proteína que faz o reconhecimento espécie-específica) que permite a união 
ao óvulo, a ZP2 fica ao lado amparando a cabeça e fazendo ela estabilizar e a 
ZP1 se liga à ZP3 e ZP2 fazendo a união. 
É liberado o sinalizador IP3 no citoplasma e ele procura o REL, o cálcio é 
liberado, as membranas dos lisossomos e a MP se unem e liberam enzimas 
que degradam qualquer outro ZP que esteja conectado no ovo. 
Reação cortical → liberação dos lisossomos. Reação de zona → degradação 
dos complexos. 
 
• O que ocorre após os bloqueios de poliespermia? 
R: Ocorre a fusão das MP do ovócito e do espermatozoide, termina a 2ª 
divisão meiótica, é formado o pronúcleo feminino e masculino (chama-se 
óvulo), com a união dos pronúcleos (chama-se zigoto) os cromossomos se 
unem. Resultado: término da meiose, restauração no nº de cromossomos, 
determinação do sexo cromossômico, ativação da clivagem do zigoto (que é 
geneticamente único). 
 
CLIVAGEM 
• O que é a clivagem? 
R: uma série de divisões mitóticas pelo qual o enorme volume do citoplasma 
do ovo é dividido em numerosas pequenas células nucleadas. Essas células 
em estado de clivagem são chamadas de blastômeros. A clivagem leva em 
conta a quantidade de vitelo. 
• O que determina o padrão de clivagem? 
R: O padrão da clivagem embrionária de uma dada espécie é determinado por 
dois parâmetros principais: (1) a quantidade e a distribuição de proteína do 
vitelo dentro do citoplasma e (2) aqueles fatores no citoplasma do ovo que 
influenciam no ângulo do fuso mitótico e na determinação do tempo de sua 
formação. 
 
• Diferencia polo animal de polo vegetal: 
R: Quando um pólo do ovo é relativamente livre de vitelo, a divisão celular 
ocorre nesse pólo de uma forma mais rápida do que a do pólo oposto. O pólo 
rico em vitelo é chamado de pólo vegetal; a concentração de vitelo no pólo 
animal é relativamente baixa. O núcleo do zigoto é frequentemente 
deslocado em direção ao pólo animal. No geral, o vitelo inibe a clivagem. 
 
• Explique a clivagem holoblástica: 
R: Acontece quando há pouco vitelo, toda a célula se divide. Sua 1ª divisão 
será sempre meridional, a 2ª perpendicular a meridional e a 3ª horizontal. 
Existem 4 tipos: 
➢ Holoblástica radial: Planos de clivagem alteram-se entre meridionais e 
latitudinais. Ovos oligolécitos: blastômeros com tamanhos quase 
iguais. Ovos heterolécitos: macrômeros e micrômeros. Terceira 
clivagem: horizontal supraequatorial. 
 
➢ Holoblástica espiral: Planos de clivagem orientados obliquamente em 
relação ao eixo principal do ovo. Os blastômeros do polo animal 
localizam-se sobre a junção entre cada dois blastômeros do polo 
vegetal. Ocorrem em anelídeos, moluscos (exceto cefalópodes). 
 
➢ Holoblástica bilateral: Primeiro plano de clivagem estabelece o único 
plano de simetria do embrião. Segunda clivagem: meridional → não 
passa através do centro do ovo: duas células grandes anteriores e duas 
células pequenas posteriores. 
 
➢ Holoblástica rotacional: Primeiro plano de clivagem meridional. 
Segunda clivagem um dos dois blastômeros se divide meridionalmente 
e o outro se divide equatorialmente. Clivagem de mamíferos: 
diferenças → velocidade, plano de divisão e sincronia. 
 
• Explique a clivagem meroblástica: 
R: Quando tem muito vitelo, somente as partes com organelas irão se dividir, 
o vitelo não. Podem se limitar a um pequeno disco (discoidal) ou apenas a 
parte periférica do ovo (superficial). Existem 2 tipos: 
➢ Meroblástica discoidal: Peixes, aves e répteis → ovos telolécitos. O 
sulco de clivagem não consegue atravessar o vitelo. 
 
 
 
 
 
 
➢ Meroblástica superficial: Artrópodes: vitelo com localização central. 
Divisão de núcleos que migram para a periferia. 
 
• O que é a mórula? 
R: No início da clivagem, em mamíferos, quando os blastômeros são grandes 
e em pequeno número, eles aderem entre si como se formassem uma bola 
sólida chamada mórula, devido ao seu aspecto sólido e rugoso. 
 
• O que é a blástula? 
R: A blástula é o estágio de desenvolvimento embrionário em que, após 
sucessivas clivagens, as células da mórula não têm mais espaço para se 
movimentar, então pela liberação de sódio dos pequenos espaços 
intercelulares, atrai água e cia a cavidade blastocística, nos ovos a agua 
corresponde a clara, em meio aquático é a água mesmo. Essas células formam 
uma camada celular chamada blastoderme. O blastocisto irá ajudar na 
movimentação celular na gastrulação. 
 
GASTRULAÇÃO 
 
• O que é a gastrulação? 
R: Caracteriza-se por uma série de movimentos e rearranjos das células 
embrionárias, originando uma larva ou estabelecendo o plano corporal 
adulto. É o início da morfogênese. Irá formar a partir do blastoderma três 
camadas germinativas: 
➢ Ectoderma: irá originar a epiderme, sistema nervoso e retina. 
➢ Endoderma: irá originar o tubo digestório e as glândulas anexas. 
➢ Mesoderma: irá formar os músculos, os ossos e o tecido conectivo da 
maioria dos órgãos, revestimento do músculo liso, tecidos conjuntivos 
e vasos associados a tecidos e órgãos. Forma maior parte do sistema 
cardiovascular e dá origem às células sanguíneas e à medula óssea e a 
órgãos do sistema reprodutor.• Quais são os movimentos de gastrulação? Explique. 
R: São 6 movimentos: 
➢ Ingressão: é migração de células da camada celular na superfície do 
embrião para sua superfície interna. As células mudam de forma e 
geralmente assumem aspecto de garrafa. Ex: ouriço do mar. 
 
➢ Epibolia: movimento de camadas epiteliais que se espalham como uma 
unidade e não individualmente. As células sofrem um achatamento 
mediante o encurtamento de seu eixo apicobasal. Isso aumenta a 
superfície de contato, aumentando o tamanho das células sem se 
dividir, por isso ficam bem achatadas. Ex: peixes. 
 
➢ Extensão: camada estratificada torna-se mais delgada e estende-se ao 
longo de um eixo → células se intercalam. As células perdem contato 
com suas vizinhas e estabelecem contato com novas células. 
Intercalação radial (várias camadas) e médio lateral (ex: fileiras de 
carteiras). Ex: anfioxos. 
 
➢ Invaginação: dobramento para dentro de um conjunto de células. 
Comparar com uma bola murcha sendo pressionada. Ex: ouriço-do-mar. 
 
 
➢ Involução: esse movimento ocorre quando uma camada em expansão 
dobra sobre si mesma e forma uma segunda camada, que continua se 
estendendo em sentido contrário à primeira. Ex: anfíbios. 
 
➢ Delaminação: quando separam os dois folhetos, ectoderma e 
endoderma se separam e formam o mesoderma. É a separação de uma 
camada celular em duas ou mais camadas mais ou menos paralelas Ex: 
mamíferos. 
 
 
DESENVOLVIMENTO DE ANFIOXO 
 
• Quais são as principais características do anfioxo? 
R: Pertence aos vertebrados, filo Chordata. Seu tubo nervoso dorsal é oco. (A 
notocorda ajuda na formação do tubo nervoso) e pode existir ou não. O 
aparelho braquial (sis respiratório no humano) pode existir ou não. 
Translúcidos com aspecto pisciforme. Ausência de aletas bem desenvolvidas: 
limita eficácia natatória. Hábito de enterrar-se na areia. Não possui vértebras, 
costelas e crânio: notocorda muito desenvolvida. Tubo neural alargado 
cefalicamente: não possuem cérebro. 
 
• Quais as características do ovo do anfioxo? 
R: O tipo de ovo é oligolécito (pouco vitelo). Tem o polo vegetal e animal. A 
clivagem será total →meridional, meridional, supra equatorial (não permite 
contato com o vitelo). Micrômero em cima e macrômero em baixo. 
 
• Explique a gastrulação do anfioxo. 
R: Será por Invaginação. O início da gastrulação é observado por um 
achatamento das células do polo vegetal da blástula, e células do endoderma 
presuntivo se invaginam para o interior da blastocele. Essa Invaginação dá 
início à formação de uma ampla cavidade – a gastrocele –, cujas bordas 
externas formam o blastóporo. 
 
 
• Os folhetos germinativos darão origem a quais estruturas? 
R: O ectoderma formará a placa neural. O mesoderma o tubo digestório. O 
endoderma a região dorsal. 
 
DESENVOLVIMENTO DE ANFIBIOS 
 
• Qual a característica dos ovos dos anfíbios? 
R: O ovo dos anfíbios é do tipo heterolécito (quantidade de vitelo moderada). 
O polo vegetal apresenta-se claro devido a maior concentração de vitelo. E o 
polo animal tem uma pigmentação escura. 
 
• Como é a clivagem? 
R: A clivagem é total, porém como se nota maior concentração de vitelo no 
polo vegetal as clivagens são desiguais, resultando em blastômeros menores 
e em maior quantidade no polo animal e blastômeros maiores e em menos 
quantidade no polo vegetal. 
 
• Como é a gastrulação? 
R: As células do polo animal dividem-se mais rapidamente e escorregam por 
cima do polo vegetal por um movimento de epibolia. Dentro do ovo ocorrerá 
a involução da camada externa do blastocisto. 
 
• Como é a neurulação? 
R: No processo de neurulação, a notocorda induz o ectoderma supra 
adjacente a formar a placa neural. A placa neural desenvolve o tubo neural, 
que formará o cérebro e a medula, que se interiorizarão e ficarão recobertos 
por ectoderma de revestimento. 
 
• O que é a cavidade amniótica? 
R: A cavidade amniótica é uma estrutura que aparece no final da primeira 
semana de desenvolvimento e forma uma bolsa acima do disco embrionário, 
cujo assoalho é o próprio ectoderma embrionário. Ela é formada por um 
epitélio pavimentoso simples, sendo revestida externamente pelo mesoderma 
extraembrionário. Esse mesmo mesoderma forma um pedúnculo embrionário 
entre a bolsa amniótica e o córion, que futuramente constituirá parte do 
cordão umbilical. 
Com os movimentos de flexões e dobras do disco embrionário para produzir o 
embrião tubular, a bolsa amniótica é puxada, envolvendo todo o embrião, e o 
pedúnculo embrionário se localiza na posição umbilical. Com o 
desenvolvimento embrionário gradativo, o âmnio ocupará toda a cavidade 
celômica extraembrionária (cavidade coriônica), fundindo-se com o córion. 
 
• O que é o líquido amniótico? Qual sua função? 
R: A cavidade amniótica é preenchida pelo líquido amniótica, que 
possivelmente tem origem materna. São várias as funções do líquido, 
ressaltando-se principalmente a lubrificação do embrião, que impede a 
aderência de tecidos fetais entre si e com as paredes do saco coriônico. A 
lubrificação facilita os movimentos fetais. No final da gestação, a quantidade 
de líquido amniótico pode chegar a 1 ou 2 litros, o suficiente para funcionar 
também como uma amortecedor de choques. 
 
• Qual a relação do feto com o líquido amniótico? 
R: O feto, durante todo seu desenvolvimento no interior do útero, deglute o 
líquido amniótico, que é absorvido pelo seu trato digestório, passando para a 
circulação, excretado pelos rins, sendo eliminado outra vez para o saco 
amniótico pela urina. 
 
• Qual a consequência da quantidade errada de líquido amniótico? 
R: A ausência de líquido amniótico ou a sua quantidade excessiva pode revelar 
malformações congênitas. Por exemplo, na agenesia renal, haverá ausência de 
líquido amniótico, ao passo que, em uma atresia congênita do esôfago ou 
duodeno, a quantidade de líquido será excessiva. A análise do líquido 
amniótico também permite o diagnóstico de alterações cromossômicas. A 
dosagem de enzimas e os compostos químicos diversos auxiliam no diagnóstico 
de possíveis doenças fetais. 
 
• O que é o “rompimento da bolsa”? 
R: No trabalho de parto, as contrações rítmicas uterinas induzem a formação 
de um cone de âmnio junto com o córion liso, que agirá como uma cunha para 
dentro do canal cervical, auxiliando na sua dilatação. Quando a membrana 
amniótica com o córion liso envolvente é rompida, há uma perda de líquido 
pela vagina, correspondendo ao que comumente se conhece como 
“rompimento da bolsa”, anunciando um parto próximo. 
 
• O saco vitelínico dará origem ao que? 
R: O endoderma do teto do saco vitelino, devido aos dobramentos do disco 
germinativo, formará o revestimento epitelial do tubo digestório primitivo. Os 
dobramentos delimitam o intestino anterior e posterior, ficando o intestino 
médio aberto para a cavidade vitelina. O intestino médio gradativamente vai 
se fechando. Durante o processo de dobramento do embrião, o saco amniótico 
empurra o saco vitelino, ficando preso ao corpo do embrião por um fino 
pedúnculo vitelino. O saco vitelino, nos mamíferos, persiste apenas como uma 
estrutura rudimentar. O pedúnculo do saco vitelino, bem como o pedúnculo 
alantoico, mais caudal que o primeiro, ficará incorporados pelo cordão 
umbilical. 
 
• Qual a função do saco vitelínico nos mamíferos? 
R: Nos mamíferos, o saco vitelino terá pouco significado, pois a função trófica 
é desenvolvida pela placenta. O mesmo não acontece nos peixes, nos répteis e 
nas aves, em que a nutrição dependerá das reservas do saco vitelino. Deve-se 
ressaltar, contudo, que,nos mamíferos, também as primeiras formações de 
vasos sanguíneos – as ilhotas de Wolff – têm origem no mesoderma 
extraembrionário que reveste o endoderma do saco vitelino. 
 
• Como será formado o alantóide? 
R: O alantoide forma-se a partir de uma invaginação do teto do saco vitelino. 
Com o dobramento caudal do embrião, o alantoide passa a situar-se 
ventralmente, ficando logo atrás do pedículo do saco vitelino. O alantoide, 
como o saco vitelino e o âmnio, é revestido pelo mesoderma extraembrionário. 
Acredita-se que o alantoide oriente a formação dos vasos umbilicais (ou 
alantoidianos). Como já foi mencionado, com o dobramento do embrião e a 
expansão do âmnio, o pedúnculo embrionário é deslocado ventromedialmente 
para junto do pedúnculo do saco vitelino, ficando tais estruturas fusionadas. 
Forma-se, assim, o cordão umbilical que, devido à expansão do saco amniótico, 
ficará revestido pelo epitélio amniótico. Os vasos umbilicais originam-se a 
partir do mesoderma local. 
 
• Qual a diferença do alantóide nos animais? 
R: Nos répteis e nas aves, esse anexo é muito desenvolvido, assumindo função 
respiratória e de armazenamentos de materiais excretados. Nos mamíferos, 
nos quais se desenvolve a placenta, essas funções são também assumidas por 
ela. Contudo, em alguns mamíferos, é o alantoide que contribui para a 
formação placentária, sendo, portanto, desenvolvido e considerado como um 
primeiro degrau na evolução da placenta. 
 
 
• O que é a placenta? 
R: A placenta é um órgão de tecidos, tanto fetais quanto maternos, que serve 
de transporte de nutrientes e oxigênio, da circulação materna para o feto, e de 
resíduos metabólicos e CO2 da circulação fetal para a materna. A placenta é 
um órgão-elo entre mãe e filho. Ela permite que os mamíferos se desenvolvam 
de simples ovos oligolécitos, diferindo de seus parentes mais próximos, répteis 
e aves, que se desenvolvem de ovos telolécitos, pois proporciona ao indivíduo 
em desenvolvimento a garantia de suas necessidades básicas; respiração, 
nutrição e eliminação de seus catabólicos. O desenvolvimento dentro do corpo 
da mãe garante proteção ao embrião, permitindo que se desenvolva um ou 
poucos indivíduos, diferindo daqueles oligolécitos de postura externa, em que 
são necessários milhares de ovos para que alguns possam sobreviver à ação 
dos predadores. Sem dúvida, a aquisição placentária dos mamíferos Eutheria é 
uma conquista que lhes permite investir diretamente no desenvolvimento de 
poucos indivíduos, otimizando suas chances de sucesso. 
 
• Do que ela é formada? 
R: A placenta humana é formada por uma parte fetal (originada do córion – 
córion viloso) – e uma parte materna (decídua – decídua basal). 
 
• O que é decídua? 
R: Corresponde à camada funcional do endométrio gravídico, que será 
eliminado no parto. Constituída por: decídua basal, decídua parietal e decídua 
capsular. 
 
• Identifique as três regiões deciduais em relação à área de implantação do 
blastocisto: 
R: (a) à Decídua basal: Corresponde à parte da placenta. É a porção subjacente 
ao embrião. O sinciciotrofoblasto não digere completamente o endométrio da 
decídua basal, permanecendo septos que servirão para sustentar a parte fetal 
da placenta. 
(b) à Decídua capsular: O blastocisto ficou completamente incluído no 
endométrio, que refez seu epitélio no local de penetração do embrião. A zona 
oposta à decídua basal, isto é, a decídua externa ao embrião, corresponde à 
decídua capsular. 
(c) à Decídua parietal: É a área do endométrio que reveste o restante do útero. 
Nessa área, não ocorreu implantação. 
 
• Como ocorre a comunicação placentária? 
R:As artérias umbilicais, em número de duas, deixam o feto, levando sangue 
venoso. Correndo pelo cordão umbilical, atingem a placa coriônica, onde se 
dividem e penetram nas vilosidades coriônicas. Nos ramos mais finos dessas 
vilosidades são efetuadas as trocas entre mãe e filho. O sangue materno banha 
livremente as vilosidades, mas o fetal permanece sempre dentro de seus 
capilares íntegros. Em condições normais, não há mistura entre o sangue 
materno e o fetal. Nas vilosidades, ocorre um extenso sistema arteriovenoso. 
O sangue fetal oxigenado e nutrido retorna, sendo conduzido pelos capilares 
venosos, vênulas, até atingir veia umbilical, que volta para o feto. O sangue 
materno, que extravasa de sua rede capilar (os capilares endometriais abrem-
se para os espaços intervilosos), banha as vilosidades coriônicas e estabelece 
trocas com os capilares fetais. O sangue materno é propulsionado em jatos 
para os espaços intervilosos pela corrente sanguínea materna. Depois flui 
vagarosamente para as veias endometriais. 
 
• Como ocorre a transferência de O2? 
R: A resposta para a transferência de O2 do sangue materno para o fetal está 
centrada em uma pequena diferença da hemoglobina fetal (F) em relação à 
hemoglobina materna (A). Moléculas de três carbonos BPG (2,3-
bifosfoglicerato) ligam-se à hemoglobina de mamíferos adultos (A), mas não à 
hemoglobina fetal (F). A ligação de moléculas BPG à hemoglobina diminui a 
afinidade ao O2 permitindo, dessa maneira, que a hemoglobina desprenda 
mais O2 em tecidos do que a hemoglobina sem BPG. A afinidade do sangue 
fetal (sem BPG) pelo oxigênio é, assim muito maior que a do sangue materno 
(com BPG). A grande afinidade pelo oxigênio significa que a hemoglobina fetal 
pode adquirir oxigênio do sangue materno e transferi-lo eficientemente aos 
tecidos fetais em desenvolvimento. 
 
• Qual a função da placenta? 
R: Garantir nutrientes, oxigenação sanguínea e eliminação de catabólicos 
fetais. A placenta apresenta grande complexidade bioquímica, pois exerce 
funções múltiplas relacionadas com atividades efetuadas pelos pulmões, rins, 
hipófise, ovários, fígado e intestino do adulto. 
 
• Como se agrupam as atividades da placenta? 
R: Metabolismo, transferência e secreção endócrina. 
(a) Metabolismo: a placenta é uma fonte de nutrientes e de energia para o 
embrião, pela sua capacidade de síntese de vários compostos (glicogênio, 
glicerol e ácidos graxos, principalmente nos estágios iniciais da gravidez). Ela é 
a reserva fetal de glicogênio até o terceiro mês, pois só então é que o fígado 
começa a funcionar. O trofoblasto funcionalmente pode ser comparado ao 
parênquima hepático pelas suas atividades anabólicas e catabólicas. Pode-se 
citar o exemplo de sua capacidade de sintetizar ácidos graxos e esteroides a 
partir do acetato ou do ácido pirúvico. 
(b) Transferência: A atividade placentária é altamente complexa no que se 
refere a transportes, pois é através dela que deve passar uma quantidade 
numerosa de materiais, que será utilizada na síntese dos tecidos fetais, bem 
como dos produtos resultantes do metabolismo fetal e que devem ser 
eliminados. As trocas materno-fetais compreendem a passagem da mãe para 
o feto de nutrientes, de oxigênio, de água, de hormônios e de anticorpos, bem 
como a passagem do feto para a mãe de catabólicos, de água, de gás carbônico 
e de hormônios. A placenta não funciona como um filtro. Pelo fato de a 
passagem de materiais depende mais de sua estrutura química, certas 
substâncias maléficas ao feto pode atravessá-la. 
(c) Secreção Endócrina Placentária: O sinciciotrofoblasto atua como uma 
glândula endócrina, pois, utilizando precursores derivados do próprio feto, da 
mãe ou de ambos, tem a capacidade de sintetizar vários hormônios. 
 
• Quais sao os tipos de trocas placentarias? 
R: Difusão (simples e facilitada), transporte ativo e pinocitose: 
Difusão Simples: Muitas substâncias, principalmente de baixo peso molecular, 
atravessam facilmente a placenta em ambasas direções, pois ela se comporta 
como uma membrana semipermeável. Os exemplos desse tipo de transporte 
são água e eletrólitos, minerais, oxigênio e gás carbônico, compostos 
lipossolúveis e anestésicos. Grandes moléculas de hormônios, por exemplo, 
produzidos pela mãe difundem-se de forma muito mais lenta. A maioria dos 
fármacos atravessa a placenta por difusão simples. As exceções são aqueles 
com estrutura similar aos aminoácidos, como, por exemplo, a metildopa. 
Difusão Facilitada: A glicose atravessa a placenta por difusão facilitada. O 
transporte ocorre a favor do gradiente de concentração (do meio mais 
concentrado para o meio menos concentrado). O soluto atravessa a membrana 
com a assistência de um carreador proteico específico localizado na superfície 
da membrana - a permease. Este tipo de difusão diferencia-se dos demais uma 
vez que a sua velocidade de difusão tende a atingir uma velocidade máxima 
constante à medida que se aumenta a concentração da substância a ser 
difundida. 
Transporte Ativo: Muitas moléculas relacionadas à nutrição fetal são 
transportadas assim. Os aminoácidos normalmente estão mais concentrados 
no sangue fetal do que no materno, demonstrando, por parte da placenta, um 
efetivo transporte ativo, pois o sistema transportador deve operar contra um 
gradiente de concentração. O sinciciotrofoblasto é o componente da barreira 
placentária mais envolvido no mecanismo de regulação desse transporte. No 
que se refere aos lipídios, ocorre um parcial desdobramento na superfície 
materna, para depois serem transferidos ativamente para o feto. 
Pinocitose: Moléculas muito grandes para atravessarem a membrana 
placentária podem utilizar esse processo. Vesículas que demonstram atividade 
pinocítica têm sido observadas no sinciciotrofoblasto. Certos anticorpos 
podem ser transferidos ao feto desse modo. Utilizando-se o mesmo processo, 
também pode ocorrer a passagem de agentes infecciosos, vírus e bactérias. 
 
• Diferencie o córion viloso do córion liso. 
R: Córion viloso: parte fetal da placenta onde apresenta as vilosidades 
coriônicas 
Córion liso: parte fetal da placenta onde não há presença das vilosidades 
coriônicas 
 
• Explique sobre a função da Gonadotrofina coriônica humana (hCG) 
R: Esse hormônio é produzido pelo sinciciotrofoblasto e estimula a produção 
inicial de estrogênio e progesterona pelo corpo lúteo. Mantém o corpo lúteo 
até que a placenta seja capaz de produzir progesterona e estrogênio por si só. 
 
• Descreva a 1ª semana do desenvolvimento: 
R: 
1) Fecundação: União de um espermatozóide com um ovócito secundário, que 
ocorre normalmente na ampola da tuba uterina formando o zigoto. 
Fases da fecundação: 
- Passagem do espermatozóide através da corona radiata do ovócito 
(reação acrossômica): Auxiliado pela ação da enzima hialuronidase, 
liberada do acrossoma do espermatozóide, e também, pelo movimento da 
cauda do espermatozoide. 
- Penetração na zona pelúcida: Formação de um caminho na zona pelúcida 
através da ação de enzimas. Logo que o espermatozóide penetra a zona 
pelúcida desencadeia o fim da segunda meiose e uma reação zonal, 
mudanças das propriedades físicas da zona pelúcida que a torna 
impermeável a outros espermatozóides. 
 
-Fusão das membranas plasmáticas do ovócito e do espermatozóide: A 
cabeça e a cauda do espermatozóide entram no citoplasma do ovócito na 
área de fusão. 
-Término da segunda divisão meiótica do ovócito: Formação do ovócito 
maduro (pronúcleo feminino) e o segundo corpo polar. 
-Formação do pronúcleo masculino: Dentro do citoplasma do ovócito, o 
núcleo do espermatozóide aumenta para formar o pronúcleo masculino, 
enquanto que a cauda do espermatozóide se degenera. Durante o 
crescimento, os pronúcleos replicam seu DNA. 
-Lise da membrana do pronúcleo: Ocorre a agregação dos cromossomos (23 
cromossomos de cada núcleo resultam em um zigoto) para a divisão celular 
mitótica e primeira clivagem do zigoto. 
 
 
 
2) Clivagem do Zigoto: Consiste em divisões mitóticas repetidas do zigoto, 
resultando em um rápido aumento no número de células. Estas células 
embrionárias – os blastômeros- tornam-se menores a cada divisão. Quando 
já existem de 12 a 32 blastômeros o concepto é chamado de mórula. 
 
 
 
3) Formação e Implantação do Blastocisto: A mórula alcança o útero cerca de 
quatro dias após a fecundação e o fluido da cavidade uterina passa através 
da zona pelúcida para formar – a cavidade blastocística. 
 
À medida que o fluido aumenta na cavidade, os blastômeros são separados 
em duas partes: 
- Trofoblasto: Camada celular externa que formará a parte embrionária da 
placenta. 
- Embrioblasto: Grupo de blastômeros localizados centralmente que dará 
origem ao embrião. 
 
Durante esse estágio o concepto é chamado de blastocisto. Cerca de 6 dias 
após a fecundação, o blastocisto adere ao epitélio endometrial por ação de 
enzimas proteolíticas (metaloproteinases) e a implantação sempre ocorre 
do lado onde o embrioblasto está localizado. Logo, o trofoblasto começa a 
se diferenciar em duas camadas: 
- Citotrofoblasto: Camada interna de células. 
- Sincicitrofoblasto: Camada externa de células. 
No final da primeira semana o blastocisto está superficialmente 
implantado na camada endometrial na parte póstero-superior do útero. O 
sinciciotrofoblasto é altamente invasivo e se adere a partir do pólo 
embrionário, liberando enzimas que possibilita a implantação do 
blastocisto no endométrio do útero. Esse é responsável pela produção do 
hormônio hCG que mantém a atividade hormonal no corpo lúteo durante 
a gravidez e forma a base para os testes de gravidez. 
 
• Descreva a 2ª semana de desenvolvimento: 
R: Caracteriza-se pelo término da implantação do blastocisto (10° dia); 
formação do disco embrionário bilaminar - epiblasto e hipoblasto; formação 
de estruturas extra-embrionárias: a cavidade amniótica, o âmnio, o saco 
vitelino, o pedúnculo de conexão e o saco coriônico. 
1) Formação da cavidade amniótica, do disco embrionário e do saco vitelino: 
Com a progressão da implantação do blastocisto, ocorrem mudanças no 
embrioblasto que resultam na formação de uma placa bilaminar – o disco 
embrionário- formado por duas camadas. 
- Epiblasto: Camada celular espessa e colunar, que desenvolve rapidamente 
à cavidade amniótica. 
- Hipoblasto: Camada celular delgada e cuboide, que forma o saco vitelino. 
Concomitante a esses processos, aparece um pequeno espaço no 
embrioblasto, a cavidade amniótica. O epiblasto forma o assoalho da 
cavidade amniótica e o hipoblasto o teto da cavidade exocelômica. Células 
do hipoblasto migram para formar a membrana exocelômica que reveste a 
superfície interna do citotrofoblasto. Logo se modifica para formar o saco 
vitelino primitivo. As células do endoderma do saco vitelino formam o 
mesoderma extra-embrionário, que circunda o âmnio e o saco vitelino. 
Assim, há formação do âmnio, disco bilaminar e saco vitelino. 
Com o desenvolvimento, surgem espaços celômicos isolados no interior do 
mesoderma extra-embrionário. Posteriormente, fundem-se para formar o 
celoma extra-embrionário, que envolve o âmnio e o saco vitelino. 
 
2) Desenvolvimento do saco coriônico: O celoma extra-embrionário divide o 
mesoderma extra-embrionário em duas camadas: 
- Mesoderma somático extra-embrionário, que reveste o trofoblasto e o 
âmnio. 
- Mesoderma esplâncnico extra-embrionário, que envolve o saco vitelino. 
Córion: Formado pelo mesoderma somático extra-embrionário e as duas 
camadas de trofoblasto. 
 
• Descreva a 3ª semana do desenvolvimento: 
R: Caracteriza-se pelo aparecimento da linha primitiva;formação da 
notocorda; formação do disco trilaminar. 
1) Gastrulação: Formação das camadas germinativas: Processo pelo qual o 
disco embrionário bilaminar é convertido em disco embrionário trilaminar 
(início da morfogênese). Durante a gastrulação ocorrem alguns eventos 
importantes como a formação da linha primitiva, camadas germinativas, 
placa precordal e notocordal. Cada uma das três camadas germinativas 
dará origem a tecidos e órgãos específicos: 
- Ectoderma: Origina a epiderme, sistema nervoso central e periférico e a 
várias outras estruturas; 
- Mesoderma: Origina as camadas musculares lisas, tecidos conjuntivos, e 
é fonte de células do sangue e da medula óssea, esqueleto, músculos 
estriados e dos órgãos reprodutores e excretor; 
- Endoderma: Origina os revestimentos epiteliais das passagens 
respiratórias e trato gastrointestinal, incluindo glândulas associadas. 
 
2) Formação da Linha Primitiva: No início da terceira semana a linha primitiva 
surge na extremidade caudal do embrião como resultado da proliferação e 
migração de células do epiblasto para o plano mediando do disco 
embrionário, constituindo o primeiro sinal da gastrulação. Na sua 
extremidade cefálica surge o nó primitivo, com uma pequena depressão no 
centro chamado fosseta primitiva e ao longo da linha forma-se o sulco 
primitivo. O aparecimento da linha primitiva torna possível identificar o 
eixo embrionário. 
Após esse processo, ocorre a invaginação de células do epiblasto que dão 
origem as três camadas germinativas do embrião: o mesênquima ou 
mesoblasto, que origina os tecidos de sustentação e conjuntivos do corpo, 
um pouco forma o mesoderma intra-embrionário e outras deslocam o 
hipoblasto e formam endoderma intra-embrionário. As demais células que 
permanecem no epiblasto formam o ectoderma intra-embrionario. A linha 
primitiva regride e desaparece na quarta semana do desenvolvimento. 
 
 
 
3) Formação do processo notocordal: Células mesenquimais migram 
cefalicamente do nó e da fosseta primitiva formando um cordão celular 
mediano o processo notocordal. Esse processo adquire uma luz - canal 
notocordal - e cresce até alcançar a placa precordal, área de células 
endodérmicas firmemente aderidas a ectoderma. Estas camadas fundidas 
formam a membrana bucofaríngea (boca). Caudalmente a linha primitiva 
há uma área circular também com disco bilaminar, a membrana cloacal 
(ânus). 
A notocorda surge pela transformação do bastão celular do processo 
notocordal. O assoalho do processo notocordal funde-se com o endoderma 
e degeneram. Ocorre então a proliferação de células notocordais a partir 
da extremidade cefálica, a placa notocordal se dobra e forma a notocorda. 
A notocorda: Define o eixo do embrião; base para formação do esqueleto 
axial; futuro local dos corpos vertebrais. 
 
4) Formação do Alantóide: O alantóide é um anexo embrionário que surge por 
volta do 16° dia na parede caudal do saco vitelino. Durante a maior parte 
do desenvolvimento, o alantóide persiste como uma linha que se estende 
da bexiga urinária até a região umbilical, chamada de úraco, a qual nos 
adultos corresponderá ao ligamento umbilical mediano. 
 
5) Neurulação: Formação do tubo neural: A formação da placa neural é 
induzida pela notocorda em desenvolvimento. Por volta do 18° dia, a placa 
neural se invagina ao longo do eixo central, formando o sulco neural 
mediano, com pregas neurais em cada lado. No fim da terceira semana, as 
pregas neurais começam a aproximar-se e a se fundir, formando o tubo 
neural, primórdio do SNC. Este logo se separa do ectoderma da superfície, 
se diferencia e forma a epiderme da pele. A fusão das pregas neurais avança 
em direção cefálica e caudal, permanecendo abertas na extremidade 
cranial - neuroporo rostral – até o 25º dia e na extremidade caudal – 
neuroporo caudal – até o 27º dia. Concomitante a esse processo, as células 
da crista neural migram e formam uma massa entre o ectoderma e o tubo 
neural, a crista neural. Logo, a crista se separa em duas partes, direita e 
esquerda, e origina os gânglios espinhais e os gânglios do sistema 
autônomo e as meninges. 
 
 
6) Desenvolvimento dos somitos: Durante a formação da notocorda e do tubo 
neural, o mesoderma intra-embrionário se divide em: mesoderma paraxial, 
intermediário e lateral (contínuo com o mesoderma extra-embrionário. 
Próximo ao fim da 3° semana de gestação, o mesoderma paraxial 
diferencia-se e forma os somitos. No fim da 5° semana 42 a 44 pares de 
somitos estão presentes e avançam cefalocaudalmente dando origem à 
maior parte do esqueleto axial e músculos associados, assim como a derme 
da pele adjacente. 
 
7) Desenvolvimento do celoma intra-embrionário: No interior do mesoderma 
lateral e cardiogênico surgem espaços celômicos que se unem e formam o 
celoma intra-embrionário, dividindo o mesoderma lateral em duas 
camadas: 
- Camada parietal/ somática que cobre o âmnio; 
- Camada visceral/ esplâncnica que cobre o saco vitelino: 
- Somatopleura = mesoderma somático + ectoderma sobrejacente 
- Esplancnopleura = mesoderma esplacnico + endoderma subjacente 
Durante o 2° mês, o celoma está dividido em 3 cavidades: 
- Cavidade pericárdica; 
- Cavidades pleurais; 
- Cavidade peritoneal. 
 
8) Desenvolvimento do sistema cardiovascular: No início da 3°semana começa 
a angiogênese no mesoderma extra-embrionário do saco vitelino, do 
pedículo do embrião e do córion. A formação dos vasos sanguíneos inicia-
se com a agregação dos angioblastos – ilhotas sanguíneas. Pequenas 
cavidades vão se formando dentro das ilhotas, os angioblatos se achatam 
e originam o endotélio primitivo. Essas cavidades se unem formando redes 
de canais endoteliais. 
O coração e os grandes vasos provêm de células mesenquimais da área 
cardiogênica. Durante a 3° semana os tubos endocárdicos se fundem, 
originando o tubo cardíaco primitivo. No fim da 3° semana o sangue já 
circula e desenvolve-se o primórdio de uma circulação uteroplacentária. 
 
 
• Descreva a organogênese: 
R: O período de organogênese ocorre da quarta à oitava semana do 
desenvolvimento embrionário. Ao final da oitava semana, o funcionamento da 
maioria dos principais sistemas de órgãos é mínimo, com exceção do sistema 
cardiovascular. No término desse período, o embrião terá aspecto humano. 
1) Dobramentos do embrião: Os dobramentos levarão à transformação de um 
disco trilaminar plano em um embrião praticamente cilíndrico. 
O dobramento ocorre nos planos mediano e horizontal e é decorrente do 
rápido crescimento do embrião, particularmente do encéfalo e da medula 
espinhal. A velocidade de crescimento lateral do embrião não acompanha 
a velocidade de crescimento longitudinal, ocasionando o seu dobramento. 
Os dobramentos das extremidades cefálica e caudal e o dobramento lateral 
ocorrem simultaneamente. 
Dobramentos do embrião no plano mediano: O dobramento ventral nas 
extremidades cefálica e caudal do embrião produz as pregas cefálica e 
caudal. 
 
 
 
2) Prega cefálica: No início, o encéfalo em desenvolvimento cresce para 
dentro da cavidade amniótica. Posteriormente, o prosencéfalo projeta-se 
cefalicamente, e ultrapassa a membrana bucofaríngea (ou orofaríngea), 
recobrindo o coração em desenvolvimento. Concomitantemente, o septo 
transverso, Coração Primitivo, celoma pericárdico e membrana 
bucofaríngea se deslocam para a superfície ventral do embrião. 
Durante o dobramento longitudinal, a parte dorsal do endoderma do saco 
vitelínico é incorporada ao embrião com o intestino anterior (primórdio do 
segmento inicial do sistema digestório). A prega cefálica também influencia 
a disposiçãodo celoma embrionário já que após o dobramento, o celoma 
pericárdico fica em posição caudal em relação ao coração e cefálica, ao 
Septo Transverso. Nesse estágio, o celoma intra-embrionário se comunica 
com o celoma extra-embrionário. 
 
3) Prega caudal: Resulta do crescimento da parte distal do tubo neural. A 
medida que o embrião cresce, a região caudal projeta-se sobre a membrana 
cloacal. Durante esse dobramento, parte do Endoderma é incorporado 
como intestino posterior, cuja porção terminal dilata-se para formar a 
cloaca. Após o dobramento, o pedículo de fixação (ou pedículo de 
conexão), primórdio do cordão umbilical, fica preso à superfície ventral do 
embrião, enquanto a Alantóide é parcialmente incorporada. 
 
4) Pregas laterais: Resulta do crescimento rápido da medula espinhal e dos 
somitos, formando as pregas laterais direita e esquerda, cujo crescimento 
desloca o disco embrionário ventralmente, formando um embrião 
praticamente cilíndrico. Conforme as paredes abdominais se formam, parte 
do endoderma é incorporada como intestino médio, que antes do 
dobramento tinha conexão com o Saco Vitelino. 
Após o dobramento, essa conexão fica reduzida a um canal vitelino ou 
ducto vitelino. Quando as pregas do embrião fundem-se ao longo da linha 
média ventral, forma-se o celoma intra-embrionário. Os dobramentos do 
embrião são responsáveis pela arquitetura anatômica das membranas 
serosas no indivíduo: o interior da parede do corpo será coberto por 
mesoderma somático; e as vísceras, pelo mesoderma esplâncnico. 
O embrião formado será “um tubo dentro de um tubo” no qual o tubo 
ectodérmico externo forma a pele, e o tudo endodérmico interno formam 
o intestino. Preenchendo o espaço entre esses dois tubos está a 
mesoderme. 
 
5) Derivados dos folhetos germinativos: Os Três Folhetos Germinativos 
(ectoderma, mesoderma e endoderma) que dão origem a todos os órgãos 
e tecidos são formados durante a Gastrulação. 
Alguns derivados dos folhetos germinativos são: 
- Ectoderma: sistema nervoso central e periférico; epitélios sensoriais do 
olho, da orelha e do nariz; epiderme e anexos (unhas e pelos); glândulas 
mamárias; hipófise; glândulas subcutâneas; esmalte dos dentes; gânglios 
espinhais, autônomos e cranianos ( V, VII, IX, X ); bainha dos nervos do 
sistema nervoso periférico; meninges do encéfalo e da medula espinhal. 
- Mesoderma: tecido conjuntivo; cartilagem; ossos; músculos estriados e 
lisos; coração; vasos sanguíneos e linfáticos; rins; ovários, testículos; ductos 
genitais; membranas pericárdica, pleural e peritonial; baço e córtex das 
adrenais. 
- Endoderma: revestimento epitelial dos tratos respiratório e 
gastrointestinal; tonsilas; tireóide e paratireóides; timo, fígado e pâncreas; 
revestimento epitelial da bexiga e maior parte da uretra; revestimento 
epitelial da cavidade do tímpano, antro timpânico e da tuba auditiva. 
 
• O que são malformações? 
R: É considerada malformação congênita uma alteração anômala presente no 
momento do nascimento. A malformação é consequência de uma falha de um 
ou mais constituintes do corpo durante o desenvolvimento embrionário. 
Geralmente, relaciona-se o conceito de malformação a anomalias estruturais 
possíveis de serem diagnosticadas à simples vista ou, então, por meio de 
técnicas auxiliares, como a radiologia. Contudo, o espectro de malformação é 
muito mais amplo, atingindo distintos níveis de organização, desde um órgão 
até mesmo uma molécula. 
Quando uma malformação ocasiona uma deformidade muito acentuada, fala-
se em “monstruosidade”, termo derivado de teratologia (do grego, teratos = 
monstro). Contudo, a teratologia, na prática, ocupa-se de todos os tipos de 
anomalias. 
 
 
• O que é uma malformação congênita? 
R: São defeitos em nível molecular que fogem no padrão normal de 
desenvolvimento. 
 
• Quais as fases de desenvolvimento de um organismo e como atua os agentes 
teratogênicos em cada uma delas? 
R: 1º Período: da fecundação até a implantação – inibem as secreções uterinas 
e os hormônios ovarianos. 
2º Período: organização e formação dos diferentes tipos de órgãos e sistemas 
– atuando diretamente na má formação de um determinado órgão ou sistema. 
3º Período: amadurecimento morfológico e funcional dos órgãos e dos 
sistemas – atuando diretamente no mal funcionamento de um determinado 
órgão ou sistema. 
 
• O que são agentes teratogênicos e como eles prejudicam o desenvolvimento 
embrionário e fetal? 
R: É tudo aquilo que pode produzir dano ao embrião ou feto durante a gravidez. 
Estes danos podem se refletir como perda da gestação, malformações ou 
alterações funcionais (retardo de crescimento, por exemplo), ou ainda 
distúrbios neuro-comportamentais, como retardo mental. 
 
• Qual a diferença entre variação individual e malformação? 
R: A malformação é uma alteração anômala presente no momento do 
nascimento. É consequência de uma falha na formação de um ou mais 
constituintes do corpo durante o desenvolvimento embrionário. 
Variação individual é o grau de variação entre indivíduos em uma determinada 
população. Ex: diferencia de altura, cor de cabelo, peso. 
 
• Como ocorre as anomalias congênitas encefálicas e por que algumas resultam 
em anencefalia? 
R: Quando um agente teratogênico age no período de desenvolvimento do 
encéfalo ou no desenvolvimento do tubo neural ou nas pregas neurais e pregas 
cefálicas, impedindo o desenvolvimento do encéfalo, causando anencefalia ou 
espinha bífida. 
 
• O que seria Teratoma Sacrococcigeo? 
R: É o resto da linha primitiva que persistem e dão origem ao tumor, que 
contém tecidos derivados das 3 camadas germinativas em estágios 
incompletos de diferenciação. 
 
• O que a talidomida causa ao embrião? 
R: A talidomida causa malformações ao embrião ou feto, dependendo do 
período em que é administrado. 
-34º a 39º dias: será afeta a orelha e nervos cranianos 
-39º a 43º dias: sérios defeitos nos braços 
-42º a 46º dias: sérios defeitos nas pernas 
-47º a 50º dias: defeitos mais restritos aos dedos polegares 
 
• Quais são os fatores ambientais teratogênicos? 
R: Agentes infecciosos, infecções parasitárias, malformação causada por 
radiações, agentes químicos, como teratógenos, antibióticos, anticoagulantes 
e hormônios. 
 
• O que o vírus da rubéola causa na gravidez? 
R: Malformações dos olhos, ouvidos, coração e dentes. 
 
• O que o citomegalovírus causa da gravidez? 
R: Morte do embrião, baixo peso em recém-nascidos, aumento do fígado e 
baço, icterícia (pele amarelada), cegueira, microcefalia, calcificação do tecido 
nervoso, retardo metal e psicomotor, surdez. 
 
• O que a toxoplasmose causa na gravidez? 
R: Alterações neurológicas, calcificação cerebral, hidrocefalia, coriorretinite, 
microftalmia. 
 
• O que a sífilis causa na gravidez? 
R: Se a mãe infectada for tratada antes da 16ª semana de gestação, o 
microrganismo será morto e não atingirá o feto. 
Surdez congênita, hidrocefalia, retardo mental, dentes malformados e face 
anormal. 
 
• O que a radiação causa na gravidez? 
R: Modificações na estrutura do DNA; mulheres grávidas, submetidas a 
grandes doses de raios X, podem ter seus filhos com defeitos, como 
microcefalia, defeitos no crânio, espinha bífida, cegueira, defeitos das 
extremidades e fenda palatina. 
 
• O que os corticoides causam da gravidez? 
R: fissuras do palato e anomalias cardiogênicas. 
 
• O que os alcaloides causam na gravidez? 
R: Tanto a nicotina quanto a cafeína não são agentes teratogênicos, porém, a 
nicotina tem efeito sobre o crescimento fetal. O uso da cafeína em excesso, chá 
ou café não é aconselhadopara gestantes por não haver garantia de que seu 
consumo excessivo pela mãe seja inofensivo para o filho. 
 
 
 
• O que o álcool causa da gravidez? 
R: Mães que consomem álcool durante a gravidez poderão ter filho com 
deficiência de crescimento pré e pós-natal. Foi observada uma série de 
anormalidades em crianças nascidas de mães alcoólatras, as quais, no seu 
conjunto, estabelecem a “síndrome alcoólica”. Essas anormalidades consistem 
em pequenas fissuras palpebrais, hipoplasia do maxilar, linhas palmares 
anormais, anomalias articulares e malformações cardíacas congênitas. 
 
• O que o LSD causa da gravidez? 
R: No início da gestação, abortos são provocados e malformações congênitas 
são observadas. Anomalias de membros foram descritas, bem como lesões do 
sistema nervoso e malformações de membros. 
 
• O que a Heroína e derivados do ópio causam na gravidez? 
R: Problemas relacionados com o parto (excitação excessiva do bebê, 
convulsões), Síndrome da Abstinência do Recém-Nascido. 
 
• O que os tranquilizantes causam na gravidez? 
R: Diazepan (fendas labiais com ou sem fissuras no palato). 
 
• O que as Tetraciclinas causam na gravidez? 
R: Deformidade nos dentes (2º e 3º trimestre de gestação.

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