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Adriane Maria Dorneles

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FACULDADE INTERNACIONAL DE CURITIBA
 ADRIANE MARIA DORNELES
	
O LÚDICO COMO RECURSO MOTIVADOR DO ENSINO APRENDIZAGEM NAS SÉRIES INICIAIS
CAMPO NOVO- RS
	 2013	
 
FACINTER – FACULDADE INTERNACIONAL 
 ADRIANE MARIA DORNELES
 
 
 O LÚDICO COMO RECURSO MOTIVADOR DO ENSINO APRENDIZAGEM NAS SÉRIES INICIAIS
Desenvolvimento do TCC - (Trabalho de Conclusão de Curso) do Curso de Pedagogia, modalidade à distância, da Faculdade Internacional de Curitiba – FACINTER.
 
Professora: Janice Mendes da Silva 
 
 Tutora: Neli Mª Freitag dos Santos
 
  Campo Novo/RS
 2013
SUMÁRIO
 
 1 -  O LÚDICO COMO RECURSO MOTIVADOR DO ENSINO APRENDIZAGEM NAS SÉRIES INICIAIS
 2 - METODOLOGIA DA PESQUISA
3 - REFERÊNCIAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O LÚDICO COMO RECURSO MOTIVADOR DO ENSINO APRENDIZAGEM NAS SÉRIES INICIA
A educação infantil constitui-se em um espaço educativo em que a criança encontra possibilidades e incentivo para desenvolver sua aprendizagem e suas habilidades sócio-afetivas, psicomotoras e intelectuais, onde as atividades lúdicas fornecem recursos que auxiliam no processo de ensino-aprendizagem, pois quanto mais precoce e estimulante for o ambiente educacional maior e mais significativo será o desenvolvimento de suas potencialidades.
Para Figueiredo:
Acreditamos que a brincadeira é uma atividade essencial na Educação Infantil, onde a criança pode expressar suas idéias, sentimentos e conflitos, mostrando ao educador e aos seus colegas como é o seu mundo, o seu dia-a-dia. A brincadeira é, para a criança, a mais valiosa oportunidade de aprender a conviver com pessoas muito diferentes entre si; de compartilhar idéias, regras, objetos e brinquedos superando seu egocentrismo característico; de solucionar os conflitos que surgem tornando-se autônoma; de experimentar papéis, desenvolvendo as bases de sua personalidade”.
Partindo do pressuposto que as atividades lúdicas desempenham importante papel no desenvolvimento integral da criança e para tanto se precisam reconhecer as características marcantes da faixa etária que corresponde à pré-escola, sendo que esta é caracterizada pela imaginação e fantasia onde a criança gosta muito de imitar os outros. Por meio destas atividades mantém contato e interação com outras crianças nas atividades grupais. Piaget propõe que o grupo seja formado espontaneamente e que o assunto seja do interesse do grupo. Para Kishimoto, (1999) “independentemente de época, cultura e classe social, os jogos e os brinquedos fazem parte da vida criança, pois elas vivem num mundo de fantasia, de encanto, de alegria, de sonhos, onde a realidade e faz-de-conta se confundem”.
A ludicidade constitui-se de caráter fictício, sendo uma forma de expressão muito importante, pois reflete aspectos íntimos da personalidade da criança além de a mesma interagir com o mundo adulto. Por meio destas atividades as crianças exploram os objetos que as rodeiam, expressam seus sentidos, desenvolvem seu pensamento e aperfeiçoam sua agilidade física. Para tal em determinados momentos o farão sozinhos, enquanto que em outras oportunidades necessitarão da colaboração de outras crianças, desenvolvendo a convivência grupal, com isso pode-se dizer que aprendem a conhecer a si mesmos, aos demais e ao mundo que as cerca.
	As atividades lúdicas são fundamentais no processo de desenvolvimento da identidade e da autonomia da criança, dentre estas atividades pode-se citar o jogo simbólico, o faz-de-conta, a literatura, as brincadeiras; onde estas interligam o real ao imaginário, pois desenhar, dramatizar, ouvir e contar histórias, jogar com regras, cantar, fantasiar entre outras atividades constituem meios prazerosos. Por meio destas ações as crianças expressam suas emoções e criações demonstrando seus desejos, angústias, medos, alegrias e sentimentos, com isso desenvolvem importantes características para a constituição da vida adulta. O raciocínio lógico, a socialização, a interação com outras crianças, aceitação e elaboração de regras, desenvolvimento da linguagem e da expressão, dentre outras, se constituem em habilidades fundamentais que as crianças constroem por meio das atividades lúdicas.
	Dando ênfase ao acima exposto LOPES (p. 110, 2006), afirma que:
O fato de a criança, desde muito cedo poder se comunicar por meio de gestos, sons e mais tarde, representar determinado papel na brincadeira, faz com que ela desenvolva sua imaginação. Nas brincadeiras, as crianças podem desenvolver algumas capacidades importantes, tais como a atenção, a imitação, a memória, a imaginação. Amadurecem também algumas capacidades de socialização, por meio da interação, da utilização e da experimentação de regras e papéis sociais.
O lúdico é um instrumento que possibilita a inserção da criança na cultura e por meio dela podem interpor suas vivências internas com a realidade externa, favorecendo o seu desenvolvimento integral, sendo que este acontece em interação com pessoas, instituições, famílias, entre outras. Destaca-se que os jogos e as brincadeiras podem estimular e reforçar as competências cognitivas, afetivas, físicas e sociais e que por meio delas a criança constrói suas relações com o objeto, relações que constituem ações que serão reproduzidas via outros objetos em sua vida futura.
Baseados na visão de Vygotsky, que considera a criança como um ser social, necessitando do contato com outras pessoas para construir sua identidade. Ressalta-se aqui, que não basta uma simples interação, porém esta deve oferecer-lhe subsídios para alcançar seu desenvolvimento.
Para enfatizar o acima exposto, destaca-se a afirmação de Arribas apud Dalla Valle “a presença humana que a criança necessita para seu processo de realização pessoal deve ser (...) uma presença de qualidade, não qualquer tipo de interação social”.
No processo de constituição da capacidade lúdica, a presença do outro é fundamental. A criança se depara com pessoas que provocam e propõem as mais diversas ações, entre elas se encontram ações simbólicas, onde por meio da fala, também interpretam como lúdicas, as ações realizadas pela criança com os objetos, que talvez, inicialmente, não tivessem essa natureza. Da mesma forma que na constituição do gesto, em que os adultos aderem ao ato motor uma dimensão semiótica, operam, possivelmente, uma transformação na intenção da criança, de agir para brincar, “fazer de conta”.
 
 
2 - METODOLOGIA DA PESQUISA:
A origem da palavra metodologia nos dá a idéia de estudo dos passos e instrumentos a serem utilizados para se fazer a pesquisa científica, respondendo como ela deve ser feita de forma eficaz, compreendendo as suposições básicas e as técnicas investigativas.
Conforme diz Ferreira :
Enquanto abrangência de concepções teóricas de abordagem, a teoria e a metodologia caminham juntas, intrincalmente separáveis. Enquanto conjunto de técnicas, a metodologia deve dispor de um instrumento claro, coerente, elaborado, capaz de encaminhar os impasses teóricos para o desafio da prática.
A metodologia utilizada para a realização deste trabalho de pesquisa e conseqüentemente o trabalho de Conclusão de Curso será embasado em pesquisa bibliográfica.
Considerando que a pesquisa bibliográfica compreende o passo fundamental para a pesquisa científica, apresentando-se como necessária para obter dados e informação do tema em estudo. Salientando que o principal objetivo é oportunizar ao pesquisador o contato direto com o tema em questão, todavia a pesquisa bibliográfica constitui-se em conhecer e identificar quais informações existe previamente sobre o assunto saindo do plano do senso comum tornando-se científico.
Para a realização do referido Trabalho de Conclusão de Curso, realizou-se observações, estudos,pesquisas bibliográficas. Inicialmente planejou-se realizar o trabalho por meio de pesquisa bibliográfica, porém no decorrer do desenvolvimento da pesquisa, constatou-se a necessidade de realizar uma pesquisa de campo. Considerando que a pesquisa bibliográfica não foi suficiente para responder satisfatoriamente a questão problema, sendo assim nos instigou a comparar a teoria na vivência de sala aula, para que fosse possível compreender e fazer a transposição da teoria para a prática.
Teixeira diz que: 
assim a metodologia, mais do que uma descrição formal de técnicas e métodos a serem utilizados na pesquisa científicas, (sic) indica a opção que o pesquisador fez no quadro teórico para determinada situação prática do problema objeto de pesquisa.
Sendo assim foi realizada investigação em uma turma da pré-escola B (5 e 6 anos) de uma Escola Pública no município de Campo Novo, RS, para tal pesquisa elaborou-se um roteiro norteador que serviu como base para comprovar as hipóteses e fazer a comparação com as teorias abordadas no referencial teórico. A presente investigação bibliográfica fundamentou-se em Vygostsky, Piaget, Winnicott, Kishimoto, Kramer, Froebel, Figueiredo, Rosenau, Rau, Dalla Valle.
Considerando que a ludicidade na educação é um tema de grande relevância e importância impulsionando novas descobertas, novos conceitos e conhecimentos, portanto não esgota o assunto em questão neste momento, o que todavia poderá provocar o interesse e a possibilidade de novas investigações e pesquisas em relação ao tema.
A criança que brinca se socializa com outras crianças e esse é um dos requisitos importantes para que se possa viver em sociedade. Para brincar com o outro é necessário compartilhar objetos, resolver conflitos são necessárias atitudes como o respeito, a cooperação, a solidariedade, entre outras. Ela aprende a brincar em suas relações com o outro e com a cultura que a cerca, logo se supõe que brincar não é algo pronto, mas algo que é aprendido. Ela aprende a brincar em suas relações como os outros e com a cultura que a cerca. 
A atividade é um espaço amplo para que objetivos educacionais sejam alcançados de forma mais rápida, pois passam a ser contextualizados com a realidade da criança, sendo mais um recurso para aqueles envolvidos sendo mais um recurso para aqueles envolvidos no processo ensino-aprendizagem. Porém esse recurso não deve perder ser caráter lúdico, de brincadeira.
O ato de brincar proporciona a criança imaginar, criar, observar, experimentar, cooperar, pensar, memorizar, questionar, entre outros fatores relevantes para sua formação. 
Durante as brincadeiras diversos objetivos podem ser alcançados que levarão a criança a construir sua realidade. Porém deve existir um limite entre o brincar com fins didáticos, aquelas dirigidas com a finalidade de transmitir conteúdos e das atividades lúdicas espontâneas onde a criança usa o seu livre arbítrio para brincar da forma que quiser com quem quiser e com o material que escolher.
Não é de se negar que tanto nas brincadeiras dirigidas e nas espontâneas são de extrema importância para o desenvolvimento infantil e ambas são espaços para aprendizagens para quem brinca e para quem observa. 
Atualmente o espaço para brincar e o tempo para brincar está cada vez mais reduzido, as atividades cotidianas muitas vezes não permitem tanta dedicação ao ato de brincar e a falta até mesmo de incentivo das pessoas próximas a criança, pois muitas vezes considera brincar e tempo perdido a mesma coisa.
E até mesmo na escola muitas vezes esse espaço e tempo para brincadeiras também é reduzido, ficando somente para a hora do recreio, pois dentro da sala de aula o importante é que o conteúdo seja transmitido de maneira mais "formal".
Aos professores que ousam sair da 'formalidade' esses assumem um papel importante nas brincadeiras. é o adulto na figura do professor que irá estruturar o campo das brincadeiras na vida das crianças, Ele irá organizar oferecer diferentes objetos, fantasias, brinquedos, jogos, irá também arranjar e delimitar espaços e o tempo para brincar.
3. REFERÊNCIAS
FRANTZ, Maria Helena Zancan. O ensino da literatura nas séries iniciais. Ijuí: UNIJUÍ, 1997. Livros de Bolsa.
KISCHIMOTO, Tizuko Morchida. O jogo e a educação infantil. São Paulo: Livraria Pioneira Editora, 1994.
LOPES, Ana Maria Macedo. A criança de Zero a Três anos. Texto base. Disponível em www.cbed.com.br/portalúnico. acesso em 24.06.2008.
LOPES, Vanessa Gomes. Linguagem do corpo e movimento. Curitiba: Fale, 2006.
MARTINEZ, Ana Paula. Conhecendo o processo de escolha em situações de escola livre. Revista Online da UNRSC. ISSN.União das Escolas superiores de Cacoal. UNESC, RO. Disponível em www.unescnet.br/revista. Acessado em 02 de abr.2008.
---- . O papel da Educação Especial nas Creches: da prevenção à estimulação com atividades de livre escolha. Práxis: Linguagem e Educação. Cacoal/RO, 2006. Anual p.23-34 ISSN 1678-0388.
OLIVEIRA, V.M. O que é educação física. São Paulo: Brasiliense, 1985.
RAU, Maria Cristina Trois Dorneles. A ludicidade na educação: uma atitude pedagógica. Curitiba: IBPEX, 2007.
ROCHA, Maria Silvia Pinto de Moura Librandi da. Não brinco mais. A (des) construção de brincar no cotidiano educacional. Ijuí: UNIJUÍ, 2000. (Coleção fronteiras da educação).
ROSENAU, Luciana dos Santos. Pesquisa e Prática Profissional – Educação Infantil, Curitiba: IBPEX, 2008.
SALOMÃO, Herica Aparecida Souza e Martini, Marilaine, Jordão Ana Paula Martinez (orient.) . A importância do lúdico na educação infantil: enfocando a brincadeira e as situações de ensino não direcionado. São Paulo, 2007. disponível em www.psicologia.com.pt. Acessado em 02 abr.2008.
TEIXEIRA, Gilberto. O que significa metodologia. Disponível em www.serprofessoruniversitario.pro.br/ler.php Acesso em 26/09/08.
VALLE, Luciana de Luca Dalla. A criança de 4 aos seis anos. Texto base. Disponível em www.cbed.com.br/portalúnico. acesso em 01.07.2008.
VYGOSTKY. Lev S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1984.
Piaget, J. A formação do símbolo na criança: imitação, jogo, imagem e representação. Rio de janeiro: zahar, 1976
Vygotsky, l.S. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. São Paulo Martins fontes, 1984
ALMEIDA, M.T.P. Jogos divertidos e brinquedos criativos. Petrópolis: Vozes, 2004.

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