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INTRODUÇÃO A ESTATÍSTICA

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INTRODUÇÃO A ESTATÍSTICA 
 
1. BREVE HISTÓRICO 
 
– Todos os dias, ouvimos pela TV ou lemos nos jornais, sobre as atividades relacionadas 
com algumas pesquisas realizadas nos mais diversos campos ou áreas científicas, como 
saúde, educação, sociologia, trabalho, loterias, etc.. 
 
Esses estudos levam em consideração, determinados aspectos que relacionam etapas do 
trabalho, com o intuito de facilitar a comunicação e ainda, apresentar os resultados de 
forma mais coerente. 
 
O uso da pesquisa é bastante comuns nas mais diversas atividades humanas. Por 
exemplo: 
 
• Antes do lançamento de um novo produto no mercado, as indústrias costumam realizar 
pesquisas entre os consumidores, para saber sobre a aceitação desse produto, antes do 
lançamento; 
 
• Nas campanhas eleitorais, os candidatos costumam realizar pesquisas, no sentido de 
obter subsídios ou elementos para o direcionamento da campanha; 
 
• Para organizar sua programação, as emissoras de TV utilizam das pesquisas para 
direcionar ou organizar sua programação; 
 
A realização dessas pesquisas envolve muitas etapas, tais como, a escolha da amostra, 
a coleta e organização dos dados (tratamento da informação), resumo dos dados (em 
tabelas, gráficos, etc.) e a interpretação dos resultados. 
 
A parte da matemática que trata desses assuntos é a Estatística. 
 
Mas o que é estatística? 
 
2. CONCEITO. 
– A Estatística é a parte da Matemática que trata dos métodos científicos para coleta, 
 Organização, resumo, apresentação e análise dos dados. 
 
De origem muito antiga, a Estatística teve durante séculos um caráter meramente 
descritivo e de registro de ocorrências. As primeiras atividades datam 2000 a.C. e referem-
se a iniciativas de realizar cadastramento ou recenseamento das populações agrícolas 
chinesas. 
O que modernamente se conhece como Ciências Estatísticas, ou simplesmente 
Estatística, é um conjunto de técnicas e métodos de pesquisa que, entre outros tópicos, 
envolve o planejamento do experimento a ser realizado, a coleta qualificada dos dados a 
 Inferência e o processamento e análise das informações. 
 
 
3. ETAPAS DO TRABALHO ESTATÍSTICO. 
 
Em um trabalho estatístico podemos admitir as seguintes etapas: 
 
 COLETA DE DADOS, a partir de uma amostra escolhida da população. 
Essa é a etapa inicial do trabalho estatístico e consiste, principalmente, em recolher os 
dados brutos, realizados a partir da amostra escolhida no universo estatístico; 
 
 ANÁLISE DESCRITIVA, com resumo e interpretação dos dados coletados. 
É a fase do trabalho estatístico, que descreve através de um resumo, a 
 Interpretação dos dados coletados; 
 
 Escolha de um MODELO explicativo. É a fase do trabalho estatístico que procura 
explicar o comportamento do objeto em estudo, a fim de fazer, numa etapa posterior, a 
análise confirmativa dos dados, também conhecida como inferência. 
 
4. TRATAMENTO DAS INFORMAÇÕES. 
 
Para o tratamento dessas informações, a Estatística pode ser dividida em: descritiva e 
indutiva. 
 
A Estatística descritiva: descreve e analisa um conjunto de dados, sem tirar conclusões. 
A Estatística indutiva ou Inferência estatística: trata das inferências e conclusões, ou 
seja, com base na análise de dados são tiradas as conclusões. 
 
A parte da Estatística que nos interessa é a da Estatística Descritiva, pois é ela que 
organiza, descreve e analisa, dados experimentais colhidos, apresentando-os em tabelas 
e gráficos de modo a tornar mais compreensivas e interessantes as pesquisas. 
Para iniciar o nosso estudo sobre a Estatística, vamos definir alguns conceitos 
preliminares e importantes que fazem parte do tratamento da informação e nos ajudam a 
compreender e avaliar essas informações que chegam a toda hora pelos mais diversos 
meios de comunicação. 
 
Imagine a seguinte situação. 
 
Durante um telejornal, o repórter divulgou uma pesquisa segundo a qual apenas 5% dos 
brasileiros têm o hábito de ler jornal diariamente. 
 
Você já pensou como são feitas as pesquisas como essa? Como é possível entrevistar 
toda a população brasileira para se saber a porcentagem de leitores de jornal? Veremos 
que no estudo da estatística, não é necessário entrevistar toda a população para se chegar 
a uma determinada conclusão sobre ela. 
 
Chegar a esse tipo de conclusão também é o objeto da Estatística 
 
 
5. NOÇÃO DE POPULAÇÃO OU UNIVERSO ESTATÍSTICO. 
 
A Estatística parte da observação de grupos, geralmente numerosos, aos quais damos o 
nome de população ou universo estatístico. 
 
A cada elemento da população estudada, denominamos de unidade estatística ou 
elemento. 
Assim, quando é feita uma coleta de dados sobre um determinado assunto, chama-
se universo estatístico ou população estatística o conjunto formado por todos os 
elementos que possam oferecer dados pertinentes ao assunto em questão. 
Dessa forma Universo Estatístico ou População Estatística é o conjunto de todos os 
elementos que compõem o estudo em questão. Exemplos: 
 
a) O governo brasileiro encomenda ao IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e 
Estatística), uma pesquisa para conhecer o salário médio do brasileiro. 
O universo estatístico ou a população estatística é nesse caso, o conjunto de todos os 
assalariados brasileiros. 
Para isso, encomenda uma pesquisa a uma empresa especializada. O universo estatístico 
ou população estatística é, nesse caso, o conjunto de todos os eleitores brasileiros. 
 
b) Um partido político quer conhecer a tendência do eleitorado quanto à preferência entre 
dois candidatos à Presidência do Brasil. 
 
 
 
6. NOÇÃO DE AMOSTRA. 
 
Quando o universo estatístico é muito grande ou quando não é possível coletar dados de 
todos os seus elementos, retira-se desse universo um subconjunto, chamado de amostra, 
no qual os dados são coletados. 
Dessa forma, a amostra considera apenas uma pequena parte do todo (do universo). 
Cada elemento que compõe a amostra é um indivíduo ou objeto. 
 
Exemplos: 
 
a) Numa pesquisa sobre as eleições, a população é formada por todos os cidadãos com 
direito a voto e a amostra é formada pelos eleitores que serão entrevistados e os 
indivíduos são as pessoas que serão entrevistadas. 
b) Numa pesquisa para se verificar a durabilidade das marcas de lâmpadas dos diversos 
fabricantes, cada marca é um objeto da pesquisa 
 
7 . VARIÁVEL. 
 
Em Estatística, uma variável é um atributo mensurável que varia tipicamente entre os 
indivíduos. 
Dessa forma, a observação da população é dirigida ao estudo de uma dada propriedade 
ou característica dos elementos dessa população ou desse universo estatístico. 
Exemplos: 
 
A cor de um veículo, o sexo de uma criança, a idade de um jovem, etc., são variáveis das 
pesquisas. 
 
Quanto ao tipo, as variáveis podem ser: 
 
1. Qualitativa – São aquelas que apresentam uma qualidade ou um atributo sobre o 
“indivíduo” pesquisado. Se baseiam em qualidades e não podem ser mensuráveis. São 
atributos que não apresentam números em sua constituição, tais como: raça, área de 
estudos, meio de transporte, etc. 
 
Podem ser subdivididas em: 
 
a) Variável qualitativa ordinal – Quando podem ser colocadas em ordem. Exemplo: a 
classe social (A, B, C, D ou E). 
 
b) Variável qualitativa nominal – Quando não podem ser hierarquizadas ou ordenadas. 
Exemplo: cor dos olhos, local de nascimento. 
 
2. Quantitativa – Aquelas que se apresentam em formas de valores ou números, tais 
como: altura, peso, idade em anos, número de irmãos, etc. 
 
Quando uma variável pode assumir qualquer valor real entre dois valores dados é 
chamada de variável contínua. Caso isso não seja possível, a variável é chamada de 
variável discreta. 
 
Por isso as variáveis quantitativas, podem ser subdivididas em: 
 
a) Variável Quantitativa Discreta. Quando não pode assumir todos os valores das 
variáveis, ou seja, assumem valores dentro de umespaço finito ou enumerável, 
tipicamente números inteiros. Um exemplo é o número de filhos de uma pessoa; 
 
b) Variável Quantitativa Contínua. Quando pode assumir todos os valores de um 
conjunto contínuo, tipicamente os números reais. Por exemplo: o peso ou a altura de uma 
pessoa. 
 
Dessa forma, as contagens resultam em variáveis discretas e as medições resultam em 
variáveis contínuas; 
 
Por exemplo, os resultados do lançamento de um dado podem assumir os valores 1, 2, 3, 
4, 5 ou 6, mas não os valores intermediários iguais a 2,3 ou 3,2; portanto, a variável é uma 
 Variável discreta. 
 
Já os pesos ou as alturas de um conjunto de pessoas podem assumir, teoricamente, 
qualquer valor; portanto, é uma variável contínua. 
 
 
8. FREQUÊNCIA. 
 
Já vimos que os valores distribuídos ou assinalados de forma aleatória numa amostragem 
são denominados DADOS BRUTOS. Ao número de vezes que uma variável se apresenta, 
ou se repete numa amostragem, denominamos de frequência. 
 
9. DISTRIBUIÇÃO DE FREQUÊNCIA. 
 
Uma DISTRIBUIÇÃO DE FREQUÊNCIA ocorre quando os valores são indicados ou 
agrupados de uma forma ordenada levando-se em consideração os seus extremos. 
O primeiro passo para obtenção de informações mais resumidas e precisas a respeito do 
comportamento das variáveis, é a construção das tabelas de frequência. 
 
Uma tabela de frequência é encontrada quando para cada variável estudada, contamos o 
número de vezes que a variável aparece, em realizações ou valores. 
 
Essa nova tabela encontrada é denominada TABELA DE FREQUÊNCIA. 
Uma tabela de frequência pode se apresentar de forma absoluta (FA) ou forma relativa 
(FR). 
Considerando o exemplo do livro de Gelson Iezzi (pg. 08) sobre os frequentadores do 
cinema, para a variável Estado Civil, encontramos os seguintes valores absolutos: 
Solteiro: 9 casados: 8 separado: 3 
 
Observe-se que a frequência absoluta não é uma medida muito significativa para a análise 
de dados, especialmente se desejamos comparar a distribuição da mesma variável em 
populações (universo) diferentes. 
 
Assim, precisamos definir uma medida que considere o total das observações colhidas. 
Essa medida é a frequência relativa. 
 
A frequência relativa é definida como a razão entre a frequência absoluta e o total de 
observações: 
 
FR (Frequência relativa) = Frequência absoluta / total de observação