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Vírus Influenza 1 CARACTERÍSTICAS GERAIS Famíla Ortomixoviridae; Tipos A, B e C; Envelopados; Genoma: RNA segmentado Gripe espanhola; Vacinas e antivirais disponíveis; EPIDEMIAS (“drift”) PANDEMIAS (“shift”) Os vírus influenza causam sintomas respiratórios e clássicos da GRIPE: febre, mal-estar, cefaleia e mialgia. Tipo A e B causam doenças significativa ao ser humano; o genoma segmentado facilita ... Epidemias anuais (mutação drift) e pandemias periódias (reagrupamento shift) de infecção de influenza no mundo todo; Famosa influenza pandêmica foi a gripe espanhola... termo gripe é usado erroneamente para faze alusão a muitas outras infecções respiratórias e virais. 2 ESTRUTURA Pleomórficos, aparência esférica; Envelope: Genoma: Hemaglutinina (HA) e Neuraminidase (NA) + Matriz (M1) e Membrana (M2) Internas A e B: 8 segmentos diferentes de nucleocapsídeos helicoidais, cada um com RNA de polaridade negativa associado à Nucleoproteína (NP) e à Transcriptase (PB1, PB2, PA). - - Envelope com 2 glicoproteínas HA e NA e revestido internamente pelas proteínas da matriz e da membrana. O genoma do tipo C possui apenas 7 segmentos; todas as proteínas são codificadas em segmentos separados, exceto as não-estruturais NS1 e NS2 e as proteínas M1 E M2 que são transcritas a partir de um segmento cada. 3 ESTRUTURA Hemaglutinina Neuraminidase Membrana Lipídica Matriz proteica Polimerase Nucleoproteína RNA Fonte: MURRAY (2006) ESTRUTURA HA: NA: Proteína viral de ligação; Estimula a fusão do envelope à membrana celular; Promove hemaglutinação das células vermelhas; Induz resposta protetora do anticorpo. Atividade enzimática; Cliva o ácido siálico: evita acúmulo e facilita liberação do vírus; Drogas: Zanamivir e Oseltmivir M1: revestimento interno e estimula montagem; M2: forma canal de prótons na membrana desencapsidação e liberação de vírus. - HA: Trímero em formato de espícula; ativadas por proteases; funções: ...; mutações em HA são responsáveis por alterações na antigenicidade menores (drift) e maiores (shift), esses ocorrem somento no vírus influenza A. NA: tetrâmero; cliva o ácido sialico de glicoproteínas (receptor celular)...; tambem pode sofrer alterações antigênicas; proteínas M1, M2 e NP são de tipo específicas e são usadas para diferencia os tipos A B e C. 5 REPLICAÇÃO Fonte: MURRAY (2006) Vírus influenza A Replicação do vírus influenza A. Depois da ligação (1) aos receptores contendo ácido siálico, o vírus influenza é endocitado e se funde (2) com a membrana da vesícula. De modo diverso da maioria do vírus de RNA, a Transcrição (3) e a replicação (5) do genoma ocorrem no núcleo. As proteínas virais são sintentizadas (4), formam os segmentos do nucleocapsídeo e associam-se (6) às membranas revestidas com proteína M1, contendo proteína M2 e as glicoproteínas HA e NA. O vírus brota (7) com os 11 segmentos de nucleocapsídeos. 6 EPIDEMIOLOGIA Todos os vírus influenza A que infectam mamíferos são derivados de vírus influenza aviário; O vírus influenza é transmitido de pessoa através de aerossóis, produzidos durante a tosse ou o espirro do indivíduo infectado Crianças são as principais transmissoras PERÍODO DE INCUBAÇÃO Influenza A: 3 dias Influenza B: 4 dias 7 EPIDEMIOLOGIA Esse vírus apresenta dois antígenos de superfície: HA e NA; Apresentam duas variações antigênicas: V. A. Gradual: Mudanças antigênicas pequenas na HA e NA. V. A. Bruscas: Mudanças que resultaram da substituição do segmento do genoma que codifica estas proteínas. Previne a ligação do anticorpo induzida por infecções prévias, tornando o vírus capaz de infectar o hospedeiro. Vírus A: 02 mudanças Vírus B: tipo gradual Vírus C: antigenicamente estável Os tipos B e C de vírus influenza são responsáveis por casos esporádicos da doença ou por pequenas epidemias localizadas 8 EPIDEMIOLOGIA O primeiro vírus da influenza foi isolado em 1934 (H1N1) Sofreu variação antigênica brusca em 1957 (H2N2) Causando pandemia de gripe Asiática. Em 1968 foi isolada a cepa (H3N2) e causou a pandemia de gripe Hong Kong. Em 1977 o vírus H1N1 reapareceu. Cada uma das variações antigênicas bruscas tem várias características em comum: aparecimento súbito, ocorrência inicial na China e todos eram vírus antigenicamente diferentes dos vírus que circulavam em humanos. 9 EPIDEMIOLOGIA As variações antigênicas bruscas pode ser explicada por três mecanismos: Pela troca de segmentos genômicos (reassortment); Pela transmissão de um vírus de aves ou de outros mamíferos a humanos; Pela reemergência de vírus. No Brasil há 03 (três) centros de referências sobre Influenza: Instituto Adolfo Lutz (SP) Instituto Evandro Chagas (PA) Instituto Oswaldo Cruz (RJ) PATOGÊNESE Causa primeiro uma infecção local no TR superior; Age destruindo as células ciliadas e outras células epiteliais Perda de defesa; Se propaga a partir da superfície apical das células ou pulmão; Risco: Infecção bacteriana secundária PATOGÊNESE Infecção Resposta celular inflamatória; Interleucinas e citocinas causam o estado febril; As células T são debilitadas pelo vírus; HA e NA podem propiciar memória imune (pode abranger linhagens diferentes); Curso da doença: Depende da resposta do interferon, das células T e da extensão do dano tecidual; Recuperação: Ocorre em um período de 3 a 5 dias, podendo se estender até um mês. 12 SÍNDROMES CLÍNICAS Infecção pode variar de assintomática até grave Depende: imunidade à linhagem do vírus e outros fatores Pessoas mais sujeitas a casos graves: Doença cardiovascular latente Imunodeficiência (até mesmo casos associados a gravidez) Fumantes Período de incubação: 1 a 4 dias “Síndrome da gripe” Breve mal estar inicial Dor de cabeça Febre repentina ( perdura 3 a 8 dias ) Calafrios Mialgias graves Perda de apetite Tosse não produtiva ( de modo geral) Recuperação de 7 a 10 dias ( quando não há complicações) Em crianças (< 3 anos) Semelhante a outras infecções graves do trato respiratório Provoca: Bronquiolite Laringite Otite média Vômitos e dores abdominais Convulsões febris (raramente) Fonte: http://consultoriosalgado.blogspot.com.br/2014/01/ Danos secundários Pode promover superinfecção bacteriana secundária Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae ou Staphylococus aureus Dano tecidual extenso ( leva a hipóxia e a pneumonia bilateral) Mucosidade se torna purulenta (pneumonia) Miosite Encefalopatia (muito rara e pode ser fatal) Colocar tabela 60-3 Fonte: http://consultoriosalgado.blogspot.com.br/2014/01/ DIAGNÓSTICO Difícil, devido a semelhança com outras doenças respiratórias; Deve-se observar: sintomas, estação e a presença do vírus na comunidade; Isolamento do vírus em células renais de macaco; Observação da hemadsorção e hemaglutinação (inespecífico); Identificação do genoma. 20 DIAGNÓSTICO Teste que diferenciam AxB: Rápidos; Distinção de linhagens: Uso de primers específicos; Diagnóstico direto nas células: imunoflorescência; OBS: São mais utilizados por propósitos epidemiológicos. Testes com antigenos permitem diferenciar os tipos A e B e são rapidos, a tecnica de PCR permite diagnosticar ate linhagens diferentes quando se usa primers especificios, tecnicas de imunoflorescencia permitem ver o agente nas celulas e secreções. Mas esses testes são mais utilizados para fins epidemiologicos, a observação de sintomas é o mais utilizado. 21 TRATAMENTO E PROFILAXIA Vacina de vírus inteiro morto, contraindicada para quem tem alergia a ovo; Vacinas de vírus vivo Estimulação direta da produção de IgA; QUEM DEVE TOMAR? -Pessoas maiores de 50 anos; -Gestantes no segundo e terceiro trimestre; -Profissionais de saúde; -Pessoas com problemas cardíacos ou pulmonares. TRATAMENTO E PROFILAXIA Sintomático, uso de anti histamínicos, Acetaminofem (dispendioso); Drogas que atacam a proteínaM2: Amantadina/rimantadina; Drogas que inibem a neuroaminidase: Zanovir/ Aseltamivir (OBS: ATÉ 24/48h). REFERÊNCIAS MURRAY, P. R.; ROSENTHAL, K. S.; PFALLER, M. A. Microbiologia Médica. 5 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006. EXERCÍCIO Explique quais são as funções da hemaglutinina. É uma proteína viral de ligação que se aglutina ao ácido siálico nos receptores de superfície da célula epitelial; Estimula a fusão do envelope à membrana da célula; Promove hemaglutinação das células vermelhas do sangue; Induz resposta protetora do anticorpo neutralizante. EXERCÍCIO Por que apenas os vírus influenza do tipo A são capazes de gerar pandemias? Pois as novas linhagens de influenza A são geradas tanto por mutação, quanto por reagrupamento. A diversidade genética de influenza A é proporcionada por sua estrutura genômica e por sua capacidade de infectar e se replicar em seres humanos e em animais. CASO CLÍNICO OBRIGADO!
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