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Aula 8
Da jurisdição
Teoria da jurisdição
A palavra e suas acepções.
Jurisdição vem do latim jurisdicione: juris + discere (do direito + dizer): Dizer do direito.
Na atividade de julgar está embutido um papel politico.
A jurisdição é uma atividade humana que consiste em dizer do direito.
A jurisdição pressupõe um litigio entre duas ou mais pessoas; um ordenamento jurídico (jus ou ius, norma); uma autoridade legitimada para dizer o direito e resolver o litigio.
Essa autoridade deve ser investida de soberania. Todo aquele que exerce a jurisdição atua em nome do poder soberano, é legitimado pelo poder soberano.
Na jurisdição, uma atividade humana que é estatal, está sempre embutida na soberania do Estado, o poder estatal soberano. Não existe jurisdição desvinculada do poder estatal soberano.
Todo juiz, independente do grau, exerce jurisdição em nome do Estado, exerce uma parcela da atividade jurisdicional em nome do Estado.
A jurisdição depende da função legislativa do Estado, é essa função que cria o direito a ser dito. A legislação antecede a jurisdição. No entanto, as vezes a decisão jurisdicional vem antes da legislação porque o Estado, quando provocado para resolver um conflito, não pode se omitir alegando ausência da Lei, o juiz deve decidir mesmo não tem uma lei que se aplique ao caso concreto.
No momento em que o Estado exerce a função legislativa e trata de elaborar as normas, essas normas são elaboradas como regras gerais e abstratas que se destinam a regular a conduta dos indivíduos em sociedade e estabelecer mecanismos pelos quais os conflitos havidos em sociedade serão resolvidos. O ius que resulta da função legislativa do Estado soberano vai gerar leis genéricas e abstratas.
A jurisdição vai particularizar, concretizar esse direito, vai trazê-lo para o caso concreto para resolver o litigio.
Sentidos/acepções do vocábulo jurisdição:
sinônimo de autoridade estatal sobre uma determinada atividade ou território.
Segunda acepção: sinônimo de órgão jurisdicional em sentido amplo, isto é, sinônimo de justiça.
Terceira acepção: sinônimo de competência do órgão jurisdicional. 
Competência é uma medida, uma delimitação da jurisdição em sentido amplo.
A jurisdição como atividade e como função: subsunção e diferentes formas de realização.
Na jurisdição encontramos a realização e a atuação do direito, ou seja, o Estado na pessoa do juiz vai concretizar, realizar, atuar aquela norma elaborada genericamente pela sua função legislativa.
A jurisdição pode ser vista como:
Poder (do Estado): Manifestação do poder estatal consubstanciado no poder de decidir imperativamente e impor suas decisões. Onde o Estado não tem força para cumprir suas decisões não há jurisdição, a jurisdição vai até onde o Estado consiga cumprir suas decisões.
Função (do Estado): Expressa o encargo dos órgãos jurisdicionais do Estado de compor os litígios mediante a aplicação da Lei ao caso concreto para dar a cada um o que é seu.
Atividade (do Estado): Conjunto, complexo de atos do juiz no processo, exercendo o poder e cumprindo a função que a norma lhe atribui.
No devido processo legal estão presentes de forma clara essas três acepções. Aqui a jurisdição se apresenta como uma atividade humana que vai dizer o direito para compor os litígios, na jurisdição temos a incidência da norma ao caso concreto, ou seja, a jurisdição se faz através da subsunção, ou seja, da incidência da norma o caso concreto. Nesse momento a jurisdição realiza a ordem jurídica, ao realizar a ordem jurídica a jurisdição está tutelando a mesma.
Quando o autor vai ao judiciário pedir uma atuação do Estado para resolver um conflito, ele está pedindo do Estado uma tutela jurídica, isto é, o encargo que tem o Estado de reestabelecer a paz e a ordem publica que foram ameaçadas ou violadas pelo litigio, de modo a dar a cada um o que é seu.

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