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Penal Concurso de Crimes

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CONCURSO DE CRIMES
 Quando o agente comete 2 ou + infrações penais, mediante 2 ou mais CONDUTAS – ação ou omissão. 
 O legislador previu formas diferentes de concurso de crimes para evitar exageros na aplicação da pena = VISA DEIXAR A PENA JUSTA.
 ATENÇÃO: 
Concurso de pessoas: pluralidade de agentes e unidade de fatos. 
2. Concurso de crimes: pluralidade de fatos (infrações penais) 
Classificação do concurso de crimes: 
1. MATERIAL: Art. 69
2. FORMAL: Art. 70
3. CRIME CONTINUADO: Art. 71. 
2
 SISTEMA DE APLICAÇÃO DE PENA: 
CÚMULO MATERIAL: somam-se as penas. Ocorre no concurso material, no concurso formal imperfeito e no concurso das penas de multa. 
EXASPERAÇÃO DA PENA: aplica-se o crime mais grave, se distintos; ou uma pena, se iguais – aumentada de certo percentual. Aplica-se no concurso formal perfeito e no crime continuado. 
 
 CONCURSO MATERIAL 
(concurso real ou cúmulo material) 
Art. 69 - Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplicam-se cumulativamente as penas privativas de liberdade em que haja incorrido. No caso de aplicação cumulativa de penas de reclusão e de detenção, executa-se primeiro aquela.
 
CONCEITO: quando o agente pratica 2 ou + condutas, dolosas ou culposas, crimes e contravenções, consumado e tentado, comissivas ou omissivas, produzindo 2 ou + resultados - idênticos ou não. 
 PLURIDADE de CONDUTAS e RESULTADOS – estupro e roubo. 
Entre crimes falimentares: SE O AGENTE PRATICA PLURALIDADE DE CRIMES FALIMENTARES = STJ aplica o concurso formal. 
O que vincula essas condutas? A IDENTIDADE DO AGENTE. 
CLASSIFICAÇÃO: 
Homogêneo: crimes idênticos praticados em circunstâncias diversas de tempo, lugar e modo de execução – vários furtos. 
Heterogêneo: crimes de espécies diferentes – furto e um estupro. 
 
 A regra do concurso material determina a soma (cúmulo) das penas de mesma espécie: 1 ano furto e 6 anos estupro = 7 anos.
 Se as penas privativas de liberdade forem distintas (espécies diferentes): o réu cumprirá primeiro a PENA MAIS SEVERA– Art. 69, parte final. 
 
 RECLUSÃO DETENÇÃO
 PRINCÍPIO DA INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA
O juiz deve fixar separadamente, a pena de cada delito (ou seja, individualizar a pena de cada delito) para depois, na sentença, somá-las. 
A aplicação conjunta das penas, sem a individualização, anula a sentença. 
 
 
 
 POSSIBILIDADE DE CUMULAÇÃO DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE E RESTRITIVA DE DIREITOS
 
DESDE QUE A PRIVATIVA DE LIBERDADE TENHA SIDO ALCANÇADA PELO SURSIS (teve suspensa sua execução) 
Art. 69, § 1º - Na hipótese deste artigo, quando ao agente tiver sido aplicada pena privativa de liberdade, não suspensa, por um dos crimes, para os demais será incabível a substituição de que trata o art. 44 deste Código.
 
10
Art. 69, § 2º - Quando forem aplicadas penas restritivas de direitos, o condenado cumprirá simultaneamente as que forem compatíveis entre si e sucessivamente as demais.
 
POSSIBILIDADE DE CUMULAÇÃO DA PENA RESTRIVA DE DIREITOS COM OUTRA RESTRITIVA
 
SIM. SE COMPATÍVEIS, DEVEM SER EXECUTADAS SIMULTANEAMENTE; CASO CONTRÁRIO, UMA DEPOIS A OUTRA. 
 
 Juiz competente para aplicação da regra do concurso: próprio juiz que proferir a sentença, se os crimes forem apurados na mesma ação penal. 
 
Quando houver CONEXÃO entre os crimes que justifique a apuração no mesmo processo: crime de roubo e estupro da mulher; homicídio do marido e estupro da mulher. 
 Delitos não conexos: cada crime apurado em um processo distinto e as penas aplicadas separadamente (uma em cada processo) 
 Art. 66. Compete ao Juiz da execução:
III - decidir sobre:
a) soma ou unificação de penas;
SOMA será feita no juízo das execuções criminais 
(vários roubos e estupros em diferentes vítimas e lugares distintos) 
 CONCURSO MATERIAL e PRESCRIÇÃO
O prazo prescricional deve ser contado separadamente, para cada uma das infrações. 
Art. 119 - No caso de concurso de crimes, a extinção da punibilidade incidirá sobre a pena de cada um, isoladamente. 
CONCURSO FORMAL
(concurso ideal)
 
Art. 70 - Quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplica-se-lhe a mais grave das penas cabíveis ou, se iguais, somente uma delas, mas aumentada, em qualquer caso, de um sexto até metade.
As penas aplicam-se, entretanto, cumulativamente, se a ação ou omissão é dolosa e os crimes concorrentes resultam de desígnios autônomos, consoante o disposto no artigo anterior
CONCEITO: agente, COM ÚNICA CONDUTA, provoca 2 ou + delitos, iguais ou diferentes. 
REQUISITOS: 
CONDUTA SEJA ÚNICA: ação ou omissão humana dirigida para um resultado; 
DOIS OU MAIS RESULTADOS: mais de um fato, mais de um crime (se for um único fato típico, inexistirá concurso = único crime). 
 
 CLASSIFICAÇÃO: 
Homogêneo: crimes idênticos/resultados iguais. Sujeitos passivos de cada um crime são diversos, mas a figura típica é a mesma (lesões corporais em vítimas de acidente);
Heterogêneo: crimes diferentes/resultados diversos. (lesões corporais e homicídio em vítimas de acidente de trânsito). 
 
CONCURSO FORMAL PERFEITO/PRÓPRIO (1.ª parte do art. 70)
Quando o agente, mediante UMA SÓ AÇÃO OU OMISSÃO, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplica-se-lhe a mais grave das penas cabíveis ou, se iguais, somente uma delas, mas aumentada, em qualquer caso, de um sexto até metade. 
 PENA MAIS GRAVE ou, se iguais, SOMENTE UMA DELAS, aumentada (exasperada). 
 ÚNICO DESÍGNO VOLUTIVO: um só impulso volutivo, que dá causa a dois ou mais resultados. 
TABELA EXASPERAÇÃO CONCURSO FORMA PERFEITO ÍNDICE DE EXASPERAÇÃO: número de crimes praticados, deve ser levado em conta pelo juiz. 
 REGRA DO CONCURSO MATERIAL BENÉFICO
 A regra da exasperação da pena só deve ser aplicada se for MAIS BENÉFICA que a soma das penas. 
Em outra palavras: SE O CONCURSO MATERIAL FOR MAIS BENÉFICO, não se aplica a regra do concurso formal. 
Por exemplo: 12 anos de um crime e 1 ano de outro: Exasperação: 12 anos + 1/6 = 14 anos. 
Cúmulo: 12 anos + 1 anos = 13 anos
CONCURSO FORMAL IMPERFEITO/IMPRÓPRIO (2.ª parte do art. 70)
As penas aplicam-se, entretanto, CUMULATIVAMENTE, se a ação ou omissão é DOLOSA e os crimes concorrentes resultam de desígnios autônomos, consoante o disposto no artigo anterior.
 AS PENAS DEVEM SER SOMADAS – regra do concurso material (art. 69, CP).
DESÍGNOS AUTÔNOMOS = pluralidade de desígnios = vontade independente em relação a cada um dos crimes: o agente, dolosa (dolo direto ou eventual) e autonomamente, quer cada um dos resultados. 
Exemplos: Aborto de gêmeos quando a mãe sabe que são gêmeos/prender pessoas no carro e jogá-las num precipício.
Indivíduo que envenena o reservatório de água de uma escola, vindo a matar várias crianças. Apesar de ter praticado uma só conduta e mais de um crime, agiu com “desígnios autônomos”, devendo, portanto, serem aplicadas as sanções de forma cumulativa.
		 
CONCURSO FORMAL e PRESCRIÇÃO
O prazo prescricional deve ser contado separadamente, para cada uma das infrações, SEM LEVAR EM CONTA O ACRÉSCIMO. 
Art. 119 - No caso de concurso de crimes, a extinção da punibilidade incidirá sobre a pena de cada um, isoladamente. 
MOMENTO DA UNIFICAÇÃO DA PENA: se a EXASPERAÇÃO não foi aplicada na sentença, por terem sido instauradas ações penais distintas, a unificação será realizada no juízo da execução. 
 CRIME CONTINUADO 
Art. 71 - Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes da mesma espécie e, pelas condiçõesde tempo, lugar, maneira de execução e outras semelhantes, devem os subsequentes ser havidos como continuação do primeiro, aplica-se-lhe a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, aumentada, em qualquer caso, de um sexto a dois terços. 
CRIME CONTINUADO COMUM: Art. 71, caput, CP: se idênticas, aplica-se a pena de um dos crimes; se diversas, a mais grave, com a exasperação da pena. 
TABELA EXASPERAÇÃO CRIME CONTINUADO ÍNDICE DE EXASPERAÇÃO: número de crimes praticados, deve ser levado em conta pelo juiz
OS CRIMES NÃO SÃO DE MESMA ESPÉCIE? Como as penas podem ser distintas?
Os crimes de mesma espécie, segundo entendimento majoritário, são aqueles que possuem os mesmos elementos descritivos – MESMO TIPO PENAL. Abrange as diferentes formas de crime do mesmo tipo: SIMPLES, PRIVILEGIADO e QUALIDFICADO, TENTADO E CONSUMADO. 
Roubo e extorsão / furto e roubo / roubo e latrocínio: NÃO SÃO CRIMES DE MESMA ESPÉCIE. Aplica-se a regra do concurso material. 
Estupro e atentado violento ao pudor: antes da lei, não era possível a continuidade delitiva, por serem de espécies diferentes – aplicava-se o concurso material. 
Depois da mudança da lei, desde que presente os requisitos do crime continuado, é possível a continuidade delitiva. (STF – no STJ tem decisão em sentido contrário) 
ATENÇÃO: assim como no concurso formal, a regra do artigo 71, CP só é aplicada se o CONCURSO MATERIAL NÃO FOR MAIS BENÉFICO. 
REQUISITOS: 
Pluralidade de condutas: 2 ou + ações;
Crimes de mesma espécie = previstos no mesmo tipo penal. 
3. Mesmo MODO DE EXECUÇÃO: 
Por exemplo, o emprego de grave ameaça é diferente de violência; agir solitário e depois com partícipes ou trocar de partícipes impede o reconhecimento da continuidade delitiva; da mesma forma há necessidade do emprego do mesmo meio (arma de fogo e arma branca - canivete). 
4. Mesmas condições de tempo - FATOR TEMPO: 
Jurisprudência: o intervalo entre a prática de um crime e outro não pode ultrapassar 30 dias. 
5. Mesmas condições de local – FATOR ESPAÇO:
Jurisprudência: Lugares próximos – não necessariamente na mesma cidade ou região. Bairros próximos, mesma cidade ou cidade vizinha, mesma região metropolitana; 
 UNIDADE DE DESÍGNIOS 
É ou não requisito do crime continuado? Duas correntes:
TEORIA OBJETIVA: parte da doutrina entende que são apenas quatro os requisitos OBJETIVOS para o crime continuado previstos no art. 71, CP. Portanto, não se exige a unidade de designíos.
TEORIA OBJETIVA-SUBJETIVA (mista): de acordo com essa teoria, além dos requisitos OBJETIVOS do art. 71, CP exige-se a observância do requisito SUBJETIVO – a UNIDADE DE DESÍGNIOS
 O que seria a UNIDADE DE DESÍGNIOS na continuidade delitiva? PRÉVIA INTENÇÃO do agente em cometer vários crimes em continuação. 
Qual a importância de se verificar o elemento subjetivo (unidade de desígnios)?
 
Diferenciar a continuidade delitiva e reiteração criminosa (ou habitualidade delitiva)
Ausente o requisito subjetivo (UNIDADE DE DESÍGNIOS = prévia intenção de cometer vários crimes de forma continuada) 
REITERAÇÃO CRIMINOSA - e não crime continuado - devendo ser aplicada a regra do CONCURSO MATERIAL DE CRIMES (somatória = pluralidade de desígnios). 
 Continuidade Delitiva INCOMPATÍVEL com a Reiteração Criminosa 
 A REITERAÇÃO CRIMINOSA DESCARACTERIZA O CRIME CONTINUADO (STF). Constatada a reiteração, em que as condutas criminosas são autônomas e isoladas, deve ser aplicada a regra do concurso material de crimes. A continuidade delitiva, por implicar verdadeiro benefício àqueles delinquentes que, nas mesmas circunstâncias de tempo, modo e lugar de execução, praticam crimes da mesma espécie, deve ser aplicada somente aos acusados que realmente se mostrarem dignos de receber o benefício legal. 
NATUREZA JURÍDICA DO CRIME CONTINUADO: ficção jurídica. De fato, há uma pluralidade de delitos, mas por disposição legal, é tratada como UM ÚNICO DELITO, para fins de aplicação da pena. 
MOMENTO DA UNIFICAÇÃO DA PENA: se todos os delitos continuados são objeto do mesmo processo, o juiz ao proferir a sentença deve unificar a pena e aplicar o aumento da regra do Art. 71. Se os delitos tramitarem em processos distintos, a unificação será realizada no juízo da execução. 
 
 CRIME CONTINUADO ESPECÍFICO
Nos crimes dolosos, contra vítimas diferentes, cometidos com violência ou grave ameaça à pessoa, poderá o juiz, considerando a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias, aumentar a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, até o triplo, observadas as regras do parágrafo único do art. 70 e do art. 75 deste Código. 
ATENÇÃO: a) crimes dolosos, b) vítimas distintas e c) cometidos com violência ou grave ameaça.
 
 
ATENÇÃO: o juiz, para aumentar a pena do crime continuado específico (ATÉ O TRIPLO) deve levar em consideração as circunstâncias judiciais de índole subjetivas: culpabilidade, antecedentes, conduta social e personalidade do agente. 
Exemplo: tem sido aplicado em situações de chacina – em que os assassinos matam várias vítimas. Ou estupros cometidos seguidamente contra várias vítimas diferentes.
 
APLICA-SE a regra do CONCURSO MATERIAL BENÉFICO. 
PRAZO PRESCRICIONAL do crime continuado: 
Art. 119 - No caso de concurso de crimes, a extinção da punibilidade incidirá sobre a pena de cada um, isoladamente.
A prescrição leva em conta a pena de cada um dos delitos, sem a exasperação.
CONCURSO FORMAL E CRIME CONTINUADO 
Por exemplo: ÚNICA AÇÃO, comete estelionato contra duas pessoas (concurso formal) em determinada data; no dia seguinte pratica outro estelionato, contra outra vítima (crime continuado em relação ao crime de estelionato). 
COMO APLICA-SE A PENA? Dois entendimentos: 
Dois acréscimos sucessivos: primeiro do concurso FORMAL; depois do crime CONTINUADO.
 Apenas o aumento do CRIME CONTINUADO deve prevalecer – por ser mais abrangente. 
CRIME CONTINUADO e APLICAÇÃO DA LEI PENAL NO TEMPO
Súmula 711, STF – A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade.
Será aplicada a LEI NOVA mesmo que mais grave. Não se trata de retroatividade da lei – MAS APLICAÇÃO de lei nova à FATO praticado durante à sua vigência. 
CONCURSO DE CRIMES E PENA DE MULTA
 
Art. 72. No concurso de crimes, as penas de multa são aplicadas distinta e integralmente. 
O Código Penal não diferencia que tipo de concurso. Por isso, o entendimento é de que no concurso MATERIAL e FORMAL, deve ser feita sempre a SOMA DAS PENAS DE MULTA. 
CRIME CONTINUADO: se houver várias multas, deve ser aplicada uma delas (a maior), com o aumento correspondente (índice de exasperação). 
CONCURSO DE CRIMES E CONTRAVENÇÕES
Executa-se a pena mais SEVERA (grave). Primeiro as penas de reclusão e detenção, depois a prisão simples da contravenção (pena não superior a 5 anos) 
Obs: prisão simples: não admite regime fechado em hipótese alguma. Cumpre-se em estabelecimento sem rigor penitenciário (estabelecimento especial ou em ala especial de prisão comum, em regime aberto ou semiaberto). 
LIMITE DAS PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE
Art. 75 - O tempo de cumprimento das penas privativas de liberdade não pode ser superior a 30 (trinta) anos. 
Essa regra não impede a aplicação de penas superiores a 30 anos. VEDA-SE O CUMPRIMENTO. 
Qual a importância de se aplicar a pena superior a 30 anos, se não pode cumprir? Porque qualquer cálculo posterior deve ser feito considerando a PENA APLICADA. 
Súmula 715
A pena unificada para atender ao limite de trinta anos de cumprimento, determinado pelo art. 75 do Código Penal, não é considerada para a concessão de outros benefícios, como o livramento condicional ou regime mais favorável de execução.SUPERVENIÊNCIA DE NOVA CONDENAÇÃO: deve-se fazer nova unificação, desconsiderando o tempo de pena já cumprido. 
1. Gilson, 35 anos, juntamente com seu filho Rafael, de 15 anos, em dificuldades financeiras, iniciaram atos para a subtração de um veículo automotor. Gilson portava arma de fogo e, quando a vítima tentou empreender fuga, ele efetua disparos contra ela, a fim de conseguir subtrair o carro. O episódio levou o proprietário do automóvel a falecer. Apesar disso, os agentes não levaram o veículo, já que outras pessoas que estavam no local chamaram a Polícia. Descobertos os fatos, Gilson é denunciado pelo crime de latrocínio consumado e corrupção de menores em concurso formal, sendo ao final da instrução, após confessar os fatos, condenado à pena mínima de 20 anos pelo crime do Art. 157, § 3º, do Código Penal, e à pena mínima de 01 ano pelo delito de corrupção de menores, não havendo reconhecimento de quaisquer agravantes ou atenuantes. Reconhecido, porém, o concurso formal de crimes, ao invés de as penas serem somadas, a pena mais grave foi aumentada de 1/6, resultando em um total de 23 anos e 04 meses de reclusão.
Considerando a situação narrada, o advogado de Gilson poderia pleitear, observando a jurisprudência dos Tribunais Superiores, em sede de recurso de apelação, 
a) a aplicação da regra do cúmulo material em detrimento da exasperação, pelo concurso formal de crimes. 
b) a aplicação da pena intermediária abaixo do mínimo legal, em razão do reconhecimento da atenuante da confissão espontânea. 
c) o reconhecimento da modalidade tentada do latrocínio, já que o veículo automotor não foi subtraído. 
d) o afastamento da condenação por corrupção de menor, pela natureza material do delito. 
2. Determinado indivíduo, sabendo que Dorotéia estava grávida, e assumindo conscientemente qualquer consequência que disso pudesse advir, desferiu nela golpes de faca na nuca, matando-a, e provocando também a morte do feto em face do aborto. Nesse caso, conforme jurisprudência consolidada no STJ, é correto afirmar que a hipótese é de 
a) homicídio e aborto provocado por terceiro, sendo que as penas devem ser aplicadas cumulativamente, em decorrência do concurso formal próprio. 
b) duplo homicídio, caracterizando-se o concurso material, sendo que as penas devem ser somadas. 
c) homicídio e aborto provocado por terceiro, devendo ser aplicada a pena mais grave, aumentada de 1/6 a 2/3, pela regra da continuidade delitiva. 
d) homicídio e aborto provocado por terceiro, aplicando-se a pena nos moldes preconizados para o concurso formal imperfeito. 
3. Em determinada noite, Pedro ingressou num centro comercial. Invadiu oito lojas, utilizando chaves falsas. Subtraiu peças de roupas de diferentes proprietários.
Nessa situação hipotética, se descoberta a conduta de Pedro, ele deverá responder pelos furtos 
a) como crime habitual.
b) como crime continuado.
c) como crimes autônomos.
d) em concurso formal.
e) como crime permanente.
4. No caso de pluralidade delitiva, deve-se adotar, na determinação da pena: 
a) o sistema de cúmulo jurídico, somando-se as penas aplicadas a cada um dos crimes.
b) o sistema da exasperação, quando se tratar de casos de concurso formal imperfeito.
c) o sistema da exasperação, quando se tratar de concurso material heterogêneo, para evitar que a pena ultrapasse o limite legal de cumprimento.
d) o sistema da exasperação, que considera tão somente o número de crimes consumados para definição da pena.
e) o sistema do cúmulo material, quando se tratar de pena pecuniária, independentemente das demais sanções aplicadas, ressalvado o crime continuado.
5. Entende-se por concurso material benéfico: 
a) o cometimento de dois crimes com uma única ação, cujas penas são somadas em favor do réu.
b) a soma da pena de dois crimes distintos que não impeçam a obtenção da suspensão condicional da pena.
c) o cometimento de mais de um crime, mediante mais de uma ação, cuja pena pode ser substituída.
d) o cometimento de dois crimes mediante mais de uma ação, porém nas mesmas condições de tempo, lugar e maneira de execução.
e) o cometimento de dois crimes idênticos, mediante a prática de duas ações distintas, porém em sequência imediata.
6. Otelo objetiva matar Desdêmona para ficar com o seguro de vida que esta havia feito em seu favor. Para tanto, desfere projétil de arma de fogo contra a vítima, causando-lhe a morte. Todavia, a bala atravessa o corpo de Desdêmona e ainda atinge Iago, que passava pelo local, causando-lhe lesões corporais. Considerando-se que Otelo praticou crime de homicídio doloso qualificado em relação a Desdêmona e, por tal crime, recebeu pena de 12 anos de reclusão, bem como que praticou crime de lesão corporal leve em relação a Iago, tendo recebido pena de 2 meses de reclusão, é correto afirmar que: 
a) o juiz deverá aplicar a pena mais grave e aumentá-la de um sexto até a metade.
b) o juiz deverá somar as penas.
c) é caso de concurso formal homogêneo.
d) é caso de concurso formal impróprio.
7. A respeito de crimes de mesma espécie, nas mesmas condições de tempo, lugar e forma de execução, com vínculo subjetivo entre os eventos, assinale a opção correta considerando a jurisprudência dos tribunais superiores.
a) A lei penal mais grave aplicar-se-á ao crime continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência for posterior à cessação da continuidade delitiva ou da permanência.
b) Admite-se a continuidade delitiva entre os crimes de roubo e de latrocínio.
c) A continuidade delitiva pode ser reconhecida quando se tratar de delitos de mesma espécie ocorridos em comarcas limítrofes ou próximas.
d) O prazo prescricional será regulado pela pena imposta na sentença, com o acréscimo decorrente da continuidade delitiva.
e) Nos crimes dolosos contra vítimas diferentes cometidos com violência ou grave ameaça à pessoa, o aumento da pena pelo crime continuado encontra fundamento na gravidade do delito.
8. Em matéria de crime continuado, é correto afirmar que: 
 
a) é admissível apenas se idênticos os crimes, segundo expressa previsão legal. 
b) aplica-se a lei penal mais grave, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade. 
c) a pena pode ser aumentada até o triplo nos crimes dolosos, contra a mesma vítima, cometidos com violência ou grave ameaça à pessoa. 
d) a prescrição regula-se pela pena imposta na sentença, computando-se o acréscimo decorrente da continuação. 
9. Quanto ao concurso de crimes, é correto afirmar:
a) há concurso formal próprio quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplicando-se a mais grave das penas cabíveis ou, se iguais, somente uma delas, mas aumentada, em qualquer caso, de um sexto a dois terços, considerado o número de infrações cometidas.
b) há concurso formal impróprio ou imperfeito quando a ação ou omissão, dolosa ou culposa, resultar de desígnios autônomos, hipótese em que a pena será aplicada pela regra do concurso material.
c) nos crimes dolosos, cometidos com violência ou grave ameaça contra a mesma vítima, poderá o juiz, considerando a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias, aumentar a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, até o triplo.
d) no crime continuado comum, aplica-se a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, aumentada, em qualquer caso, de um sexto a dois terços, considerado o número de infrações cometidas, incidindo a extinção da punibilidade sobre a pena de cada uma, isoladamente.
SUGESTÃO: 
https://www.youtube.com/watch?v=h-DhVeHVJWg – Art. 69. 
https://www.youtube.com/watch?v=NuEDbiVnXRY - Art. 70. 
https://www.youtube.com/watch?v=FvX80fJKISA – Art. 71. 
https://www.youtube.com/watch?v=MrkGNC0Odb0 – Artigo 72 (pena de multa)
Para conhecimento: 
A pena de reclusão tem de ser cumprida em regime fechado, semiaberto ou aberto. Admite o cumprimentoincialmente fechado.
A pena de detenção pode ser cumprida no regime semiaberto ou aberto, salvo necessidade de transferência a regime fechado. Não pode ser regime incialmente fechado. 
O regime fechado é a pena que se cumpre em “estabelecimento com rigor penitenciário - de segurança máxima ou média”. 
Colônias agrícolas e industriais são locais onde se pode aplicar o regime semiaberto. 
Casa de albergado é a unidade onde condenados devem cumprir o regime aberto, segundo a lei.
Penas restritivas de direitos
Art. 43. As penas restritivas de direitos são:
I – prestação pecuniária;
II – perda de bens e valores;
III – (VETADO)
IV – prestação de serviço à comunidade ou a entidades públicas;
V – interdição temporária de direitos;
VI – limitação de fim de semana.

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