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HISTORIA DA MUSICA ANTIGA

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HISTORIA DA MUSICA ANTIGA, RENASCENTISTAS E BARROCA
Ao estudar a importância da história da musica na antiguidade, no período renascentista e barroco, percebeu-se que a musica teve importante contribuições para a sociedade nos aspectos: social, cultural e educacional. A musica sempre foi importante para a cultura dos antigos gregos e romanos.
Foi na Grécia antiga que a musica surge como nível de uma consciência musical para ser apreciada. Com a invenção dos dórios a Grécia mergulha num período de trevas, enquanto os refugiados, migram para a Ásia Menor, levando em suas memórias as lembranças da sua cultura riquíssima que só será relevante para o contexto histórico da musica. 
Homero um dos descendentes gregos três séculos mais tarde entra em contato com os lídias e frígios que abrange esse contato com a Mesopotâmia ate chegar a Ásia Menor fazendo uma grande encruzilhada com o propósito de resgatar a cultura e os valores que foram perdidos com a evasão dos dórios. Através dessa encruzilhada das raças, dos continentes, a unificação da cultura desses povos tornou-se um rico foco de civilização que erradia em todo Mediterrâneo Oriental.
Acredita-se que ao longo da história da musica grega esse período esta ligado a instituição dos grandes jogos artísticos em Delfos, Esparta e depois Atenas, em que a musica é percebida como arte independente, cuja finalidade era sua apreciação.
É nesse período que a lira um instrumento de cordas inventado pelos artesãos da civilização helênica que eram os gregos da Ásia Menor assume um importante papel na poesia lírica tendo como seus principais poetas: Sofos de Lesbas, Anacreonte, Pindaro e muitos outros. A poesia lírica trata-se de poemas entoados e cantados segundo as regras da declamação, também influenciava a incorporação na dança e no teatro.
Foi nesse impulso que Solfo de Lesbas que abriu em Esparta as primeiras escolas gregas de musica. A poesia Lírica passa a exigir uma musica invariável que recebe o nome de nomos, sobre a qual desenvolveu-se os versos, como de nossas crenças atuais.
Um destaque importante da história da musica na antiguidade foi Cleonides por volta do século II d.c (data incerta) criou dentro da teoria musical grega este tópico harmônico dentro da musica que foram: notas, intervalo, gênero, sistemas de escala, tons, modulações e composições melódicas. Esses elementos musicais tornaram-se pontos relevantes de estudos pelo menos por duas escolas: Pitagorica e a Aristoxênica. 
A escola pitagóricas tem como forte influencia fundamentada nas doutrinas dos filósofos Platão e Aristóteles em que a musica deixa de ser um privilegio e torna-se indispensável à educação de todo homem livre, pois ela é a fonte da sabedoria. Portanto desse pressuposto a musica só poderia ser realmente compreendida através do intelecto, não através do sentido da audição.
Para as escolas pitagoricas o numero era a chave para se entender todo o universo, essas ideias foram aplicadas no campo musical, especificamente ao calculo das proporções que caracterizam os intervalos entre as notas. Foi através da divisão matemática realizada nas escolas pitagoricas que fundamentou-se os intervalos da 4ª, 3ª e 8ª que proporcionou o desenvolvimento das escalas utilizadas ate hoje pelo ocidente, sendo elas pentatônicas e a heptalônicas.
Em contra partida as escolas Aristotélicas baseava-se na percepção auditiva e não nos raciocínios matemáticos. Na teoria aristoxenica as notas são organizadas a partir de tretacordes em que apresentam uma quarta justa, dando origem a um sistema completo de duas oitavos.
As notas internas dos tretacordes variam dando origem a três gêneros diferentes: o diatônico, o cromático e o enarmônico. Para Aristoxenos os conceitos de intervalo depende de uma distinção entre dois tipos de movimento da voz humana, em que a voz muda de altura.
Em relação as variações das alturas das vozes davam origem aos diversos tonoi (tons). Os tonois relacionavam-se com extensão das vozes e os harmonai com o efeito que as diferentes escalas podiam suscitar no ouvinte ou diferentes efeitos devido suas diferentes formações sonoras/ estruturais.
Em Roma a musica foi influenciada pela musica grega, pelos estrucos e pela musica ocidental. O império romano estava crescendo grandiosamente e com o crescimento populacional com os povos unidos de varias regiões tornou-se uma cidade rica culturalmente, refletindo principalmente atividades musicais.
A musica produzida no império romano é caracterizada pela textura homofônica (monodias) , sua estrutura melódica em uma única melodia a solo. A lírica grega passou a ser utilizada eventualmente em alguma ornamentação da linha básica.
Outra contribuição para a musica romana foi a musica praticada pelas comunidades cristãs que era composta por canto dos Salmos, nos hinos e Salmodios. Musica culturalmente herdado pelos hebreus, sírios e egípcios. O estudo dessas comunidades é fundamental para o desenvolvimento musical durante todo o primeiro milênio de nossa história. Todo esse acervo musical passou a ser apreciado nos eventos públicos esportivos, religiosos, cívicos e nas festividades populares ou da corte imperial. A musica também se destacou no teatro e na dança.
Com a invasão dos bárbaros Roma caiu em decadência. O império romano foi dividido em : Imperio romano do Ocidente com a capital em Roma e Imperio romano do oriente com a capital em Constantinopla, o império ficou conhecido como império Bizantino.
Foi na sociedade Bizantina que a musica permaneceu organizada principalmente pelas comunidades cristãs que colaborou para o estudo da musica. A musica das comunidades cristãs eram entoadas no endema grego e passou a expandir-se pela Siria, Egito, Palestina e ilhas da Asia Menor. Essa musica ficou conhecida como Canto Bizantino. 
Enquanto o oriente tornava-se o centro pontefio da igreja, o ocidente fica desestruturado e é repartido entre Lombardos, Francos e Godos e cada divisória possuía seu próprio repertório de cânticos. Mediante a essa variedade o clero organizou as liturgias oficializando o latim como idioma sendo bem patronizado.
Com a preocupação da unificação dos cantos nos cultos religiosos o papa Gregório em reunir diversas coletâneas de cânticos para serem utilizados no serviço da igreja. Outrora não havia registro de cânticos, tudo era feito oralmente. E registro desse repertorio recebeu o nome de cantochão ou canto gregoriano. Nesse processo Gregório passou a utilizar sinais aos textos chamados diastematicos.
 A teoria musical do cantochão é caracterizado por três elementos: uma finalis, um tenor e um ambitus. Enquanto aos modos são quatro autentico e 4 palares, com finalis em ré, mi, fá ou sol, mudando apenas o tenor e o ambitus.
Quanto a pratica do cantochão ele pode ser classificado em: gênero, execução e estilo. Em relação a gênero ele pode ser classificados em estrófico e salmodico. 
A sua execução pode ser: directo, responsarial, e antifonicos. Já o seu estilo esta relacionado as notas entoadas (melodias) e as silaleas pronunciadas (texto), dentro desse padrão pode ser: silbéio, neumático e melismatico ou floudo.
Com a coroação de Carlos Magno o cantochão ou canto gregoriano foi substituído pelo canto galico, céltico, mocárabe, ambrosiano com objetivo construir uma nova unificação musical.
Por volta de (992-1050) surge a invenção da pauta musical de quatro linha e a salmização por Guido d’Arezzo, que estabeleceu nome para as notas musicais no interior de um hexacorde. Em que as notas extremas desse hexacorde imposto por três notas que corresponde ao nosso sol, dó, e fá, o grave era sol e o agudo mi. Outra contribuição de Guido d’ Arezzo foi a utilização dos intervalos: tom, tom, semitom, tom, tom, que se mantém em diferentes culturas.
D’Arezzo criou a mão guidoniana – um sistema, uma pratica educativa estilizada para memorização de melodias baseado na representação de notas.
Por volta do século X surge uma polifonia, uma combinação de diferentes temas melódicos utilizado ao mesmo tempo na musicasacra. Foi introduzida no canto litúrgico através dos lopos que com o tempo geraram formas musicais independentes como conductus e o motelo.
A polifonia passou a ser mais utilizada nos séculos XII e XIII na catedral de Notre-Dame, passou a ser mais desenvolvida, que posteriormente passou a ser chamada de Ars.
Com o surgimento do movimento Ars Nova entre os séculos XIV e XV, surge uma nova divisão na musica e valorização da musica profana ( musica não religiosa), essas técnicas são compostas por hoquelo e a isaritonia; e o desenvolvimento da dimensão harmônica, com a utilização de musica fecta, musica em que os cantores alteram as notas gradualmente dos modos tradicionais do contrachão.

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