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Norma Regulamentadora do MTE nº 14 Franciele Robin Machado

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ASSÉDIO SEXUAL – ÔNUS DA PROVA 
 
MACHADO, Franciele Robin1; 
BERNARDI, Roseméri Simon2 
 
O presente estudo objetivou descrever o que significa assédio sexual no Direito do 
Trabalho e a quem incube o ônus probatório. Pode-se conceituar assédio sexual 
como insinuações, contatos físicos forçados, convites ou pedidos impertinentes, sem 
mútuo consentimento, praticados pelo superior hierárquico, podendo envolver uma 
condição para dar ou manter o emprego, influir nas promoções ou na carreira, 
prejudicar o rendimento profissional, humilhar, insultar ou intimidar a vítima. Quando 
tais comportamentos são realizados por um colega de trabalho, sem mútuo 
consentimento, chama-se incontinência de conduta (CLT, art. 482, b). Encontrou-se 
o conceito de assédio sexual no Código Penal, artigo 216-A, e seu principal 
elemento caracterizador é o constrangimento gerado pelo superior hierárquico ao 
empregado visando obter vantagem sexual. Tratou-se de pesquisa bibliográfica e 
utilizou-se o método dedutivo para a construção de hipóteses. Concluiu-se que para 
que haja a responsabilização do assediador, seja na esfera cível, penal ou 
trabalhista em decorrência do assédio sexual é preciso que a vítima possua o 
mínimo de lastro probatório possível para comprovar o direito alegado. O onus 
probandi incumbe a quem alega o fato, segundo o artigo 818 da CLT. Entretanto, 
utiliza-se do artigo 373, II do Código de Processo Civil e do artigo 6º, VIII do Código 
de Defesa do Consumidor a fim de obter a inversão do ônus da prova. No caso do 
assédio sexual faz sentindo admitir-se a inversão do ônus da prova visto não ser 
uma conduta pública e o empregado ser a parte hipossuficiente da relação. O juiz 
deve analisar a hipossuficiência do autor e comunicar previamente as partes sobre a 
decisão de inverter o ônus da prova e os pretextos que a justificaram a tomar tal 
decisão, permitindo-lhes saber a quem incumbirá à produção das provas e a quem 
caberá realizar a contraprova. 
 
Palavras-chave: Incontinência de conduta; falta grave; inversão do ônus da prova. 
 
REFERÊNCIAS 
 
BRITO, Myla Marcellino. PAVELSKI, Ana Paula. Assédio Sexual no Direito do 
Trabalho: a reparação do dano e o ônus da prova. Publicado na Revista – 
UNICURITIBA. 
 
SILVA, Helena Meyer. O Ônus da Prova no Assédio Sexual no Ambiente de 
Trabalho Perante a Justiça do Trabalho. Nome do Site: Biblioteca UNESC – 
Universidade do Extremo Sul Catarinense. Disponível em 
<http://www.bib.unesc.net/biblioteca/sumario/000044/000044AC.pdf>. Acesso em 
08/09/2017. 
 
VIOLA, Giovana Antonieta Moreira. O Ônus da Prova no Assédio Sexual. Nome 
do Site: JurisWay – Sistema Educacional Online. Disponível em 
<https://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=11810>. Acesso em 08/09/2017. 
 
1
 Acadêmica do curso de Direito da UDC, fran_robim@hotmail.com. 
2 Professora orientadora do curso de Direito da UDC, Mestre em Direito, advogada e psicóloga, rosemeri.bernardi@gmail.com

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