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ASSÉDIO SEXUAL – ÔNUS DA PROVA MACHADO, Franciele Robin1; BERNARDI, Roseméri Simon2 O presente estudo objetivou descrever o que significa assédio sexual no Direito do Trabalho e a quem incube o ônus probatório. Pode-se conceituar assédio sexual como insinuações, contatos físicos forçados, convites ou pedidos impertinentes, sem mútuo consentimento, praticados pelo superior hierárquico, podendo envolver uma condição para dar ou manter o emprego, influir nas promoções ou na carreira, prejudicar o rendimento profissional, humilhar, insultar ou intimidar a vítima. Quando tais comportamentos são realizados por um colega de trabalho, sem mútuo consentimento, chama-se incontinência de conduta (CLT, art. 482, b). Encontrou-se o conceito de assédio sexual no Código Penal, artigo 216-A, e seu principal elemento caracterizador é o constrangimento gerado pelo superior hierárquico ao empregado visando obter vantagem sexual. Tratou-se de pesquisa bibliográfica e utilizou-se o método dedutivo para a construção de hipóteses. Concluiu-se que para que haja a responsabilização do assediador, seja na esfera cível, penal ou trabalhista em decorrência do assédio sexual é preciso que a vítima possua o mínimo de lastro probatório possível para comprovar o direito alegado. O onus probandi incumbe a quem alega o fato, segundo o artigo 818 da CLT. Entretanto, utiliza-se do artigo 373, II do Código de Processo Civil e do artigo 6º, VIII do Código de Defesa do Consumidor a fim de obter a inversão do ônus da prova. No caso do assédio sexual faz sentindo admitir-se a inversão do ônus da prova visto não ser uma conduta pública e o empregado ser a parte hipossuficiente da relação. O juiz deve analisar a hipossuficiência do autor e comunicar previamente as partes sobre a decisão de inverter o ônus da prova e os pretextos que a justificaram a tomar tal decisão, permitindo-lhes saber a quem incumbirá à produção das provas e a quem caberá realizar a contraprova. Palavras-chave: Incontinência de conduta; falta grave; inversão do ônus da prova. REFERÊNCIAS BRITO, Myla Marcellino. PAVELSKI, Ana Paula. Assédio Sexual no Direito do Trabalho: a reparação do dano e o ônus da prova. Publicado na Revista – UNICURITIBA. SILVA, Helena Meyer. O Ônus da Prova no Assédio Sexual no Ambiente de Trabalho Perante a Justiça do Trabalho. Nome do Site: Biblioteca UNESC – Universidade do Extremo Sul Catarinense. Disponível em <http://www.bib.unesc.net/biblioteca/sumario/000044/000044AC.pdf>. Acesso em 08/09/2017. VIOLA, Giovana Antonieta Moreira. O Ônus da Prova no Assédio Sexual. Nome do Site: JurisWay – Sistema Educacional Online. Disponível em <https://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=11810>. Acesso em 08/09/2017. 1 Acadêmica do curso de Direito da UDC, fran_robim@hotmail.com. 2 Professora orientadora do curso de Direito da UDC, Mestre em Direito, advogada e psicóloga, rosemeri.bernardi@gmail.com
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