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RESUMO DE FISIOLOGIA (Guyton) Greyce Azevedo – 1º Período de Odontologia - 2017.2 Fisiologia da paratireoide e da calcitonina (Paratormônio, calcitonina, metabolismo de cálcio e fosfato e vitamina D.) Vitamina D, Paratormônio e calcitonina estão inteiramente ligadas. Visão geral da regulação de cálcio e fosfato no líquido extracelular e no plasma Cálcio desempenha papel fundamental em muitos processos fisiológicos, incluindo a contração dos músculos esqueléticos, cardíacos e lisos, a coagulação sanguínea e a transmissão de impulsos nervosos. Hipercalcemia: Aumento da concentração de cálcio acima do normal. Provocando depressão do sistema nervoso Hipocalcemia: Diminuição da concentração de cálcio, induzindo à maior excitação do sistema nervoso. Ossos podem servir como amplos reservatórios, liberando cálcio em queda de concentração de líquido extracelular, e armazenando-o em caso de excessos. Fosfato é controlado por muitos dos reguladores de cálcio. Cálcio no plasma e no líquido intersticial 41% Combinados com proteínas plasmáticas, e, nessa forma, não são difusíveis através das membranas dos capilares 9% Combinados à substancias aniônicas do plasma 50% Se apresentam como difusíveis através da membrana dos capilares e ionizados Efeitos fisiológicos não ósseos das alterações das concentrações de Cálcio e Fosfato nos líquidos corpóreos. Variações nos níveis de fosfato não provoca efeitos imediatos comparados ao cálcio. Hipocalcemia: Causa excitação do sistema nervoso e tetania, pois o sistema nervoso fica progressivamente mais excitável. A hipocalcemia causa tetania e, ocasionalmente, crises epilépticas devido à sua ação de aumento da excitabilidade no cérebro. Hipercalcemia: Deprime o sistema nervoso e a atividade muscular. Sistema nervoso fica deprimido e as atividades reflexas do sistema nervoso central são lentificadas. Absorção e excreção de Cálcio e Fosfato Absorção intestinal e excreção fecal de cálcio e fosfato A vitamina D promove a absorção de cálcio pelos intestinos, e cerca de 35% do Cálcio ingerido costuma ser absorvido, o cálcio remanescente no intestino, é excretado nas fezes (Aproximadamente 90% da ingestão diária). Absorção intestinal de fosfato ocorre com facilidade. Exceto pela porção de fosfato excretada nas fezes, em combinação com o cálcio não absorvido, quase todo o fosfato da dieta é absorvido para o sangue do intestino e depois excretado na urina. Excreção renal de Cálcio e fosfato. Aproximadamente 10% do cálcio ingerido é excretado na urina Quando a concentração de cálcio é baixa, essa reabsorção se mostra acentuada, assim, quase nenhum cálcio é perdido na urina. Quando a concentração de cálcio é alta, a excreção aumenta. PTH controla intensidade da excreção e reabsorção de Cálcio. Excreção do fosfato é controlada por mecanismo de transbordamento. Quando a concentração de fosfato estiver abaixo do valor crítica, todo o fosfato glomerular é reabsorvido, não havendo perda pela urina. Acima dessa concentração crítica, a perda do fosfato é diretamente proporcional ao aumento adicional. Rins regulam a concentração de fosfato no líquido extracelular. PTH pode aumentar intensamente a excreção do fosfato pelos rins, desempenhando papel importante na concentração plasmática não só desse elemento, mas também do cálcio. Osso e sua relação com o Cálcio e o fosfato extracelulares A matriz orgânica do osso é composta de fibras colágenas (90% - 95%) e substância fundamental (meio gelatinoso homogêneo. Se constitui de líquido extracelular acrescido de proteoglicanos, especialmente sulfato de condroitina e ácido hialurônico.) Força tênsil e compressiva do osso. (Compacto) Ao longo de seu comprimento, cristais de hidroxiopatita se situam adjacentes a cada segmento da fibra, unidos firmementes a ela. Essa estreita união, evita o cisalhamento do osso, ou seja, impede o deslocamento de cristais e das fibras colágenas, o que é essencial para a força do osso. As fibras colágenas do osso têm muita força tênsil, enquanto os sais de cálcio apresentam muita força compressiva. Precipitação e absorção de cálcio e fosfato no osso – Equilíbrio com os líquidos extracelulares. I. Secreção de moléculas de colágeno e da substância fundamental por osteoblastos II. Colágeno forma fibras colágenas = osteoide (fácil precipitação de sais de cálcio) III. Osteócitos: Osteoblastos encarcerados no osteoide IV. Cristais de hidroxiopatita: Substituição ou adição de átomos ou reabsorção e nova precipitação Precipitação do cálcio em tecidos não ósseos sob condições anormais. Ex.: Arteriosclerose (artérias se transformam em tubos semelhantes a ossos.) Nessas circunstâncias, os fatores inibidores que costumam evitar a deposição dos sais de cálcio desaparecem dos tecidos, permitindo, com isso, a ocorrência de precipitação. Deposição e absorção ósseas – Remodelagem óssea Deposição óssea pelos osteoblastos I. São encontrados nas superfícies externas dos ossos e nas cavidades ósseas II. O osso passa por deposição contínua de osteoblastos e ininterrupta absorção nos locais onde os osteoclastos se encontram ativos. Absorção óssea – Função dos osteoclastos A absorção óssea ocorre na adjacência imediata de osteoclastos. Os osteoclastos emitem suas projeções semelhantes a vilos em direção ao osso, formando borda pregueada adjacente ao osso. Esses vilos secretam dois tipos de substâncias: 1. Enzimas proteolíticas 2. Diversos ácidos (inclusive o ácido cítrico e o ácido lático.) As células osteoclásticas também absorvem minúsculas partículas de matriz óssea e cristais por fagocitose, dissolvendo-os e liberando os produtos no sangue. O hormônio da paratireoide (PTH) estimula a atividade dos osteoclastos e a reassorção óssea, mas isso ocorre através de mecanismo indireto.