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- Carboidratos são aldeídos ou cetonas poliidroxilados. - São poliálcoois com um grupo carbonila de cetona ou aldeído. São poiidroxialdeídos ou poliidroxicetonas cíclicos, ou substâncias que liberam esses compostos por hidrólise. -Muitos tem a fórmula (CH²O)n, alguns também tem nitrogênio, fósforo ou enxofre. - Divididos de acordo com o TAMANHO/ NÚMERO DE SUBUNIDADES ( monossacarídeo, oligossacarídeo, polissacarídeos) ou N° DE CARBONOS ( trioses, tetroses, pentoses, hexoses). - Monossacarídeos consistem em uma única unidade de poliidroxialdeído ou cetona. Ex: a mais abundante é a D-glicose, também chamada de dextrose com 6 átomos de carbono. -Oligossacarídeos são compostos por cadeias curtas de unidades monossacarídicas, unidas entre si por ligações glicosídicas. Os mais abundantes são os dissacarídeos. Ex: sacarose (D-glicose + D-frutose). Obs: mono e dissacarídeos terminam com o sufixo -ose. E nas células a maioria dos oligossacarídeos com 3 ou mais unidades não ocorre livremente, e sim ligado a lipídios e proteínas formando glicoconjugados. - Polissacarídeos contém mais de 20 unidades. Ex: celulose com cadeiras lineares, glicogênio com cadeias ramificadas, amido. Aldose Cetose - São aldeídos ou cetonas que contêm um ou mais grupos hidroxila na molécula. - Os átomos de carbono nos quais as hidroxilas estão ligadas são geralmente Carboidratos centros quirais, os quais originam estereoisômeros ( são iguais mas diferem no arranjo espacial). -São compostos incolores, sólidos cristalinos, naturalmente solúveis em água. ESQUELETO -Cadeia carbônica não-ramificada, um dos carbonos com ligação dupla a um oxigênio formando o grupo carbonila. Todos os outros carbonos ligados a hidroxila. -Se a carbonila estiver na extremidade da cadeia, o monossacarídeo é uma aldose. Se estiver entre carbonos, é uma cetose. -Os monossacarídeos mais simples são: gliceraldeído, uma aldotriose, e a diidroxicetona, uma cetotriose. - Eles podem ser tetroses, pentoses, hexoses e heptoses. As aldopentoses D- ribose e 2-desoxi-D-ribose são componentes dos nucleotídeos e ácidos nucléicos. CENTROS ASSIMÉTRICOS - Todos os monossacarídeos, exceto a diidroxiacetona, contém um ou mais carbonos assimétricos (quiral), e assim ocorrem em formas isoméricas opticamente ativas. Ex: gliceraldeído contém um carbono quiral, portanto tem dois isômeros ópticos diferentes ou enantiômeros. Por convenção, denomeia-se isômero D e L. Obs: enatiômeros divididos em: estereoisômeros (imagens especulares e não sobreponíveis) e diastereoisômeros (não são imagens especulares). - Para representar tridimensionalmente os açúcares usamos a projeção de Fischer. Fórmula: 2 elevado a n, sendo n o número de carbonos quirais. Ex: aldoexoses 24 = 16 estereoisômeros. Os estereoisômeros podem ser divididos em grupos que diferem na configuração ao redor do centro quiral mais distante do carbono da carbonila. -Ou seja, caso a hidroxila do carbono mais distante em relação a carbonila esteja para o lado direito, ela será um D-isômero. Caso esteja para o lado esquerdo, será um L-isômero. - As hexoses encontradas nos organismos vivos são na maioria D-isômeros. - Regrinha: cetoses de 4 e 5 carbonos são designadas com “ul” no nome da aldose correspondente. Ex: D-ribulose é a cetopentose correspondente à aldopentose D-ribose. Exceção: frutose e sorbose. - Dois açúcares que diferem somente na configuração de um átomo de carbono são chamados EPÍMEROS. ESTRUTURAS CÍCLICAS - Para simplicar, representamos as aldoses e cetoses em cadeia linear. Mas em solução aquosa, as aldotetroses e todos os monossacarídeos com cinco ou mais átomos de carbono ocorrem como estruturas cíclicas (anel), nas quais o grupo carbonila forma uma ligação covalente com o oxigênio de um grupo hidroxila ao longo da cadeia. - A reação entre aldeídos ou cetonas e álcoois forma derivados chamados hemiacetais (a partir de aldeído) ou hemicetais (a partir de cetonas), que formam um carbono quiral adicional e por isso podem existir em mais duas formas estereoisoméricas: alfa e beta. Ex: a D-glicose existe em solução como um hemiacetal intramolecular, no qual a hidroxila em C-5 reagiu com C-1 da função aldeído, formando um novo centro assimétrico, produzindo a α-D- glicopiranose e a β-D-glicopiranose. - Os anéis de 6 elementos são conhecidos por piranoses porque se assemelham ao anel pirano. -Os anéis de 5 elementos são conhecidos por furanoses porque se assemelham ao anel furano. - As formas isoméricas dos monossacarídeos que se diferenciam apenas em sua configuração ao redor do átomo de carbono do hemiacetal/hemicetal são chamadas anômeros. (alfa e beta). -Carbono anomérico: é o novo carbono quiral da estrutura, sempre ligado a dois oxigênios.Cetoses é o C-2 aldoses C-1. -Esses ânomeros alfa e beta se interconvertem em solução aquosa, por um processo chamado mutarrotação. É específico dos carboidratos, as formas alfa e beta coexistem em equilíbrio, por isso sempre possuem a mesma porcentagem. Ex: na glicose, é 60% alfa, 30%beta e 10% de sua forma aberta. - As cetoexoses também ciclizam, a hidroxila em C-5 ( ou C-6) reage com a carbonila em C-2, fazendo um anel furanosídico. A reação entre o grupo aldeído em C-1 e a hidroxila em C-5 forma uma ligação hemiacetal, gerando os ânomeros β e α. α =lado oposto ao carbono 6 para fora do anel β= mesmo lado do carbono 6 para fora do anel. Carbono anomérico Hidrólise Carbono anomérico VARIEDADE DAS HEXOSES - As hexoses simples como a glicose, a galactose e a manose possuem um grande número de seus derivados, nos quais um grupo hidroxila é trocado por um outro grupo substituinte ou um átomo de carbono é oxidado a ácido carboxílico. Ex: na glucosamina, galactosamina e manosamina, a hidroxila em C-2 é substituída por um grupo amino. O grupo amino quase sempre está condensado como ácido acético, como na N- acetilglucosamina. - A N-acetilglucosamina é parte de muitos polímeros estruturais, como as paredes celulares de bactérias. - Quando o carbono da carbonila da glicose é oxidado até ácido carboxílico, é produzido o ácido glucônico.. Outras aldoses produzem outros ácidos aldônicos. A oxidação do carbono na outra extremidade da cadeia carbônica (C-6 da glicose, galactose ou manose) forma os ácidos urônicos correspondentes: ácido glucurônico, galacturônico e manurônico. Obs: destaque para o ácido N- acetilneuramínico, um derivado da N- acetilmanosamina. É um dos componentes de muitas glicoproteínas e glicolipídios de origem animal. REDUÇÃO - Os monossacarídeos podem ser oxidados: o carbono do grupo carbonila é oxidado a carboxila. Todos eles são redutores, por causa da mutarrotação que deixa o carbono anomérico livre, passível de oxidar. - São chamados de açúcares redutores. Regrinha: “ose” – é redutor “ídeo” – não é redutor - Dissacarídeos: são constituídos por dois monos. unidos por uma ligação O-glicosídica, a qual é formada quando a hidroxila de um açúcar reage com o carbono anomérico de outro açúcar. Essa reação forma um acetal a partir de um hemiacetal/hemicetal (como a glicopiranose) e de um álcool (grupo hidroxila de um açúcar). - Quando um carbono anomérico participa de uma ligação glicosídica, ele não pode mais ser oxidado = não é redutor. Em contraste à maltose e à lactose, a sacarose não contém carbono anomérico livre, ambos os monossacarídeos estão envolvidos na ligação glicosídica. - Os dissacarídeos não redutores são chamados glicosídeos. - aminação - N-acetilação -fosfatação - carboxilação -lactona,esterificação. - A maioria dos carboidratos encontrados na natureza ocorre como polissacarídeos. -Também são chamados de glicanos, diferem entre si na identidade das suas unidades monossacarídicas e nos tipos de ligação que os unem, no comprimento das cadeias e no grau de ramificação delas. HOMOPOLISSACARÍDEOS - Contém apenas um único tipo de unidade monomérica. -Alguns servem como forma de armazenamento empregados como combustíveis da célula. Ex: amido e glicogênio. - Outros podem servir como elementos estruturais das paredes celulares vegetais e de exoesqueleto de animais. Ex: celulose e quitina. HETEROPOLISSACARÍDEOS -Contém dois ou mais tipos diferentes de unidades monoméricas. - Alguns fornecem suporte extracelular nos organismos de todos os reinos naturais. Ex: peptideoglicano (camada rígida do envoltório das células bacterianas) é constituído por uma parte que é um heterop. formado de duas unidades monossacarídicas alternantes. - Nos tecidos animais, o espaço extracelular é ocupado por vários tipos de heteropolissacarídeos. Obs: Para a síntese de polissacarídeos não há nenhum molde, em vez disso, o programa para a síntese deles é intrínseco às enzimas que catalisam a polimerização das unidades monoméricas. AMIDO E GLICOGÊNIO -Ocorrem intracelularmente como grandes agregados ou grânulos. - Amido -> células vegetais. Contém dois tipos de polímeros da glicose: a amilose e a amilopectina. -Glicogênio -> células animais. Especialmente abundante no fígado, também está presente no músculo esquelético. CELULOSE E QUITINA - A celulose, uma substância fibrosa, resistente e insolúvel em água, é encontrada na parede celular dos vegetais. Sua molécula é um homopolissacarídeo linear e não-ramificado. Obs: os únicos vertebrados que conseguem utilizar a celulose como alimento são os bovinos e outros animais ruminantes. O estômago extra desses animais (rúmen) contém protistas e bactérias que secretam celulase. - A quitina é um homopolissacarídeo linear composto por unidade de N-acetil-D- glucosamina em ligação β. Ela é o principal componente do exoesqueleto de artrópodos. PEPTIDEOGLICANOS - componente das paredes bacterianas, heteropolímero constituído por unidades alternantes de N-acetilglucosamina e N- acetilmurâmico. GLICOSAMINOGLICANOS - A matriz extracelular é composta por uma rede de heteropolissacarídeos, os glicosaminoglicanos, e por proteínas fibrosas interconectadas (como colágeno, elastina, etc). -Eles são compostos por unidades repetitivas de dissacarídeos. Um dos monossacarídeos que compõe os diss. É sempre a N-acetilglucosamina ou a N- acetilgalactosamina. O outro na maioria dos casos é um ácido urônico, usualmente o ácido D-glucurônico ou o L-idurônico. - Atuam na coesão e manutenção da matriz extracelular de animais e bactérias. - Os glicosaminoglicanos estão ligados a proteínas extracelulares para formar os proteoglicanos. - O ácido hialurônico, ex, contém unidades alternadas de D-glucurônico e N- acetilglucosamina. -Outros glicosaminoglicanos diferem do hialuronato em dois aspectos: são polímeros muito curtos e ligados a proteínas específicas. Ex: condroitina sulfato contribui para a cartilagem, a dermatana sulfato contribui para a pele, a queratina sulfato está presente na córnea, cartilagem, chifres, cabelos, etc, a heparina é um anticoagulante natural. - As moléculas que contém carboidratos específicos agem no reconhecimento e na adesão de células, na migração celular, no revestimento sanguíneo, na resposta imune, na cicatrização de lesões, etc. - Na maioria dos casos, o carboidrato sinalizador é ligado covalentemente à proteína ou ao lipídio para formar um glicoconjugado, que é a molécula biologicamente ativa. GLICOPROTEÍNAS - São encontradas no lado externo da membrana plasmática, na matriz extracelular e no sangue. No interior da célula são encontradas no complexo de Golgi, grânulos secretores e lisossomos. GLICOLIPÍDIOS - São lipídios de membrana nos quais os grupos hidrofílicos da “cabeça” são oligossacarídeos, que como nas glicoproteínas, agem como sítios específicos para o reconhecimento pelas proteínas ligadas a carboidratos. -sistema imunológico, determinante do tipo sanguíneo. PROTEOGLICANOS - As unidades básicas deles consistem em uma proteína central ligada a glicosaminoglicanos. Ou seja, parte proteica ligada a heteropolissacarídeos ( que são os glicosaminoglicanos). - Envolvidos nos processos de reconhecimento molecular a nível celular.
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