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Anatomia, fisiologia, exame físico do nariz e seios paranasais

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FUNDAÇÃO OSWALDO ARANHA
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VOLTA REDONDA
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
SEMINÁRIO DE FUNDAMENTOS DO PROCESSO DO CUIDAR II
BEATRIZ FIGUEIREDO SILVA
EMILLY GOMES DE MEDEIROS
HUGO OLIVEIRA MANTESSO
KARINA DE SOUZA RAMOS
LETÍCIA DE ALMEIDA SILVA
NARIZ E SEIOS PARANASAIS
VOLTA REDONDA
 2018
FUNDAÇÃO OSWALDO ARANHA
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VOLTA REDONDA
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
SEMINÁRIO DE FUNDAMENTOS DO PROCESSO DO CUIDAR II
NARIZ E SEIOS PARANASAIS
Seminário apresentado ao Curso de Enfermagem
do UniFOA como requisito a obtenção de nota em
Fundamentos do Processo do Cuidar II
Professora: Marcia Figueira Canavez
VOLTA REDONDA
 2018
ANATOMIA
NARIZ 
O nariz é o órgão externo do olfato e tem enorme participação na respiração. É composto por uma parte externa e outra interna, sendo respectivamente o nariz e a cavidade nasal. As funções do nariz e cavidade nasal são olfação, respiração, umidificação e aquecimento do ar, filtração da poeira, recepção e eliminação de secreções vindos da túnica mucosa, ductos lacrimonasais e seios paranasais.
Nariz externo
O nariz externo varia muito de tamanho e forma, principalmente as cartilagens da asa. O dorso do nariz se estende da raiz até o ápice. A superfície inferior do nariz possui duas aberturas denominadas narinas, que terminam na asa do nariz e são divididas pelo septo nasal. A parte externa do nariz é feita de ossos e cartilagens. Os ossos são nasais, processos frontais da maxila, parte nasal do frontal e espinha nasal, parte óssea do septo nasal. As cartilagens são cinco: duas laterais, duas alares e uma do septo nasal.
Cavidade nasal 
Começa na abertura piriforme e termina nas coanas; é toda revestida por uma túnica mucosa de cor rósea, exceto o vestíbulo que é revestido por pele, e está presa ao periósteo e ao pericôndrio dos ossos de sustentação da cavidade nasal. Os dois terços da túnica mucosa é responsável pela parte respiratória e o terço superior pela parte olfatória. A parte respiratória aquece e umidifica o ar que será conduzido aos pulmões. O terço superior olfatório recebe o ar que é aspirado pelo nariz e conduz feixes nervosos para o bulbo olfatório localizado superiormente a lâmina perpendicular do etmoide. As paredes laterais da cavidade nasal são formadas pelos ossos etmoide, maxilar, lacrimal, palatino e conchas nasais inferiores; o teto é formado pelo etmoide também, o septo nasal é composto pelo osso vômer e a cartilagem do septo e o assoalho pelos ossos palatinos e processos palatinos da maxila. Possui três conchas nasais, superior, média e inferior, que divide a cavidade nasal em quatro passagens, recesso esfenoetmoidal localizado acima da concha nasal superior e recebe a abertura do seio esfenoidal; meato nasal superior que está entre as conchas nasais superior e inferior; o meato nasal médio é o mais largo, possui o ducto frontonasal e quando a concha nasal média é removida é possível ver as células etmoidais que formam o seio etmoidal, o seio maxilar também se abre no meato nasal médio; o meato nasal inferior está abaixo da concha nasal inferior, o ducto lacrimonasal se abre na parte anterior deste meato. A cavidade nasal é irrigada pelas artérias esfenopalatina, etmoidais anterior e posterior, palatina maior, labial superior e facial. Na parte anterior do septo nasal existe a área de Kiesselbach onde as cinco artérias se anastomosam, é o local onde normalmente ocorre sangramentos. O suprimento nervoso é feito principalmente por ramos dos nervos cranianos V2 e V3.
SEIOS PARANASAIS
Os seios paranasais são cavidades cheia de ar no interior dos ossos: frontal, etmoide, esfenoide e maxilar. Os seios possuem o nome dos ossos.
O seio frontal está localizado acima do supercílio e entre as lâminas externa e interna do osso frontal, é drenado pelo ducto frontonasal que se abre no meato nasal médio da cavidade nasal e este seio é inervado pelos ramos dos nervos supraorbitais.
As células etmoidais (seios etmoidais), localizada entre a cavidade nasal e a órbita, é drenado direta e indiretamente para o meato nasal médio; as células etmoidais são supridas pelos ramos etmoidais anterior e posterior dos nervos nasociliares.
Os seios esfenoidais são irregulares e separados por um septo do próprio osso; em idosos esses seios podem alcançar as asas do osso esfenóide. Por causa dos seios o osso esfenóide torna-se frágil, e as lâminas finas do osso separam os seios de estruturas importantes como a hipófise e artéria carótida. O suprimento deste seio provém das artérias etmoidais posteriores e nervo etmoidal posterior.
Os seios maxilares são os maiores dos seios, sua base forma a parte inferior da parede lateral da cavidade nasal, a base da órbita forma o teto do seio. Cada seio drena para uma abertura - o óstio maxilar - para o meato nasal médio da cavidade nasal, quando a cabeça está ereta o seio só irá drenar quando estiver cheio. A inervação do seio maxilar é proveniente dos ramos anterior, médio e posterior, dos nervos alveolares superiores.
FISIOLOGIA
Fossas nasais e seios paranasais tem função de purificação de partículas de pó, aquecimento e umidificação do ar – feitas para que aja uma situação favorável na troca gasosa nos alvéolos –, além da respiração em si. Também agem como órgão de ressonância da voz, durante a formação da linguagem. Já o nariz, propriamente dito, possuí a função de ventilação e drenagem dos seios paranasais.
Dois fatores considerados importantes na manutenção da fisiologia dos seios paranasais são a drenagem e a ventilação sinusal, onde a ventilação normal necessita do óstio patente conectando à cavidade nasal e os seios paranasais e a drenagem normal requer uma quantidade de muco adequada, da reabsorção mucosa e da potência dos óstios.
Geralmente, ambas mucosas (nariz e seios nasais) são recobertas por muco de duas camadas – fase gel, mais externa e com maior viscosidade, e fase sol, mais interna e com menor viscosidade – estas as quais servem para aprisionar partículas presentes no ar e serem liberadas após os batimentos dos cílios presentes nestas estruturas. Toda essa mucosa possuí uma secreção que é regulada, em sua predominância, pelo sistema parassimpático. 
O batimento desses cílios (conhecida também como ciliar) pode ser composta de dois movimentos: sincronizado e metacronizado. Existe uma coordenação, chamada de metacronia, que ajuda a prefinir a colisão entre cílios diferentes. Em estado normal, os cílios só se movem na fase sol, tendo contato mínimo com a fase gel.
A diminuição da produção de muco, ou a desidratação destes, tornam o muco mais viscoso e acabam por aumentar o contato entre cílios durante o batimento e isso acaba diminuindo a efetividade do processo, dando chances para infecções bacterianas ou virais que podem acometer a mucosa causando lesões teciduais ou mecânicas.
O muco é produzido nas mucosas e, a saída desse muco dos seios, ocorre em sua maioria pelos óstios naturais podendo sair também pelos óstios acessórios. Esse trajeto ocorre normalmente em várias situações (como obstáculos nas mucosas nasais ou paranasais), estruturas anormais são facilmente vencidas desde que aja composição normal do muco e mecanismos de transportes em sua total funcionalidade.
Alterações nas funções de drenagem e ventilação sinusais levam a um mal funcionamento dos seios paranasais. Se houve alteração na composição do muco, de forma a torna-lo mais espesso, pode acabar gerando obstrução nos óstios e, com isso, acúmulo de muco nos seios.
Dentre as funções dos seios e do nariz, umidificação e aquecimento do ar é muito importante. A anatomia nasal contribui para a rápida transferência de umidade da mucosa para o fluxo aéreo, isso se deve a grande superfície de contato existente. Já o aquecimento é feito pela própria vascularização que cede calor ao ar, permitindo que esse adquira a temperatura corporal ao atingiro trato respiratório.
O ciclo nasal é um fenômeno que se caracteriza pela alternância de períodos de maior resistência nasal entre as fossas nasais. É gerado pela variação de predominância do sistema simpático ou parassimpático nas fossas nasais alternadamente. Na fossa nasal há predomínio do sistema simpático, ocorrendo vasoconstrição local e, por consequência, menor resistência nasal. Em contrapartida, na fossa nasal contralateral, há predominância do sistema parassimpático, onde ocorre vasodilatação local, o que aumenta a secreção mucosa, e gera maior congestão nasal, que pode ocasionar uma função de “limpeza” deste lado. 
EXAME FÍSICO
NARIZ
Enquanto inspeciona o nariz do paciente, o profissional observa a existência de assimetrias, inflamações ou deformidades. Traumas recentes podem provocar edema e descoloração. Se existirem edema ou deformidades, o nariz deve ser palpado suavemente para verificação de sensibilidade, edema e desvios subjacente. A mucosa nasal e o septo devem ser posteriormente examinados. Estas regiões podem ser superficialmente examinadas iluminando-se cada narina com uma lanterna em forma de caneta. Um especulo nasal é utilizado para uma inspeção mais delicada e para a visualização das conchas nasais mais profundas. 
A extremidade anterior do nariz é examinada em primeiro lugar. O exame da mucosa verifica sua coloração, presença de lesões, secreções, edema e evidência de sangramento. A mucosa normal é rósea. A secreção resultante de irritação nos seios é geralmente transparente e aquoso. Uma infecção nos seios provoca uma secreção amarelada ou esverdeada. Mucosa pálida com secreção transparente é sinal de processo alérgico. Quando o paciente esta com sonda nasogástrica, o profissional deve verificar rotineiramente o local para detectar a existência de escoriações das narinas caracterizada por deprimia e crostas na pele.
O paciente deve inclinar a cabeça suavemente para trás, oferecendo ao examinador uma visão do septo e das conchas nasais. O septo é inspecionado quanto a desvios, lesões e vasos sanguíneos superficiais. Um desvio de septo pode interferir na respiração e na passagem de sonda nasogástrica.
SEIOS PARANASAIS
O exame dos seios paranasais é limitado a palpação. Nos casos de alergia ou infecção, o interior dos seios nasais se torna inflamado e edemaciado. O método mais efetivo para avaliação da sensibilidade é a palpação externa das aéreas frontal e maxilar. Uma suave pressão para cima detecta facilmente a sensibilidade e revela a gravidade da irritação. A pressão não deve ser aplicada aos olhos.
PATOLOGIAS MAIS COMUNS
Rinossinusite alérgica e não alérgica 
Geralmente a rinite e a sinusite coexistem juntas na maioria dos indivíduos, diante disso a terminologia correta agora é rinossinusite. É definida como o processo inflamatório da mucosa de revestimento da cavidade nasal e dos seios paranasais.
Sintomas comuns: dor facial, pressão na face, obstrução nasal, secreção nasal, febre, dor de cabeça, halitose, fadiga, tosse, gotejamento pós-nasal, diminuição do olfato, dor do ouvido, pressão ou sensação de ouvido entupido, mal-estar, dor de garganta e até dor no dente.
Causas: 
Inflamatórias e infecciosas: geradas por vírus, fungos ou bactérias. Podem causar edema na mucosa nasal e obstruir os óstios nasais. Na decorrência desse bloqueio, secreção mucosa e ar são coletados nas cavidades causando pressão facial, o que pode levar à dor durante um episódio de sinusite.
Alergias: a reação alérgica causa edema e inflamação nas vias aéreas, o que pode bloquear a abertura dos seios paranasais, fazendo com que este seja um local ideal para o crescimento de bactérias, vírus ou fungos. Olhos lacrimejando, coriza nasal clara, espirros constantes e dor ou coceira na garganta podem ser sinais de alergia.
Pólipos nasais: formações carnudas em forma de saco na membrana mucosa nasal. Geralmente formam-se na zona em que os seios paranasais se abrem dentro da cavidade nasal e podendo obstruir sua drenagem. É possível que se acumule líquido dentro dos seios obstruídos, o que predispõe à infecção.
Desvio de septo: Seu desvio pode obstruir a drenagem dos seios e dificultar o fluxo de ar levando à sinusite. Uma cirurgia pode ser necessária para correção do desvio.
Estilo de vida ou ambiente: casa muito empoeirada e úmida, diferentes altitudes ou pressão atmosférica, uso indiscriminado de descongestionantes nasais, gravidez (devido alterações hormonais), uso de cigarro, asma, baixa imunidade (HIV e quimioterapia), entre outros, são fatores que podem contribuir para o desenvolvimento da doença.
Tratamento: geralmente inclui a lavagem dos seios paranasais com solução salina isotônica ou hipertônica, o uso de antibióticos e medicações sintomáticas como corticoides nasais. Em alguns casos, é necessário usar corticoides sistêmicos.
A cirurgia é indicada para os pacientes com sinusites persistentes que não responderam à terapia clínica adequada e para pólipos nasais que causam inflamação crônica. Rinossinusite alérgica não tem cura, e sim controle. Existe a imunoterapia específica para pacientes com certo tipo de alergia apresenta melhora, em alguns casos, mas não a cura. Uma sinusite não diagnosticada ou maltratada pode trazer complicações oculares, cerebrais, vasculares, ósseas e sistêmicas, por isso a importância do tratamento correto.
Hipertrofia dos cornetos
Também é conhecida como hipertrofia das conchas nasais, ocorre quando essas estruturas aumentam exageradamente de tamanho dificultando a passagem do ar.
Sintomas comuns: obstrução nasal crônica, secreção nasal abundante, retenção de secreção nasal, ronco, boca seca, pigarro, entre outros.
 Causas: inflamação crônica na mucosa nasal, desenvolvimento anormal, desvio de septo nasal, alergia (devido renite ou sinusite)
 Tratamento: pode ser clínico ou cirúrgico.
Clínico: para pacientes que apresentam rinite alérgica, o tratamento medicamentoso as vezes é o suficiente para que ocorra a diminuição dos cornetos, melhorando a obstrução e a rinite.
Cirúrgico: cauterização dos cornetos, ressecção parcial dos cornetos e tratamento do desvio de septo nasal.
Epistaxe - Sangramento nasal
É a perda de sangue pelo nariz ou através do nariz pela boca. Ocorre quando pequenos vasos da mucosa do nariz se rompem. A área de Kisselbach que está situada na porção anterior do septo nasal é extremamente vascularizada, e é dele que se origina a maioria dos sangramentos nasais.
Causas: os vasos (veias e artérias) podem se tornar frágeis devido causas locais ou sistêmicas.
Locais: deformidades anatômicas, corpos estranhos, tumores intranasais, inalação de produtos químicos, trauma, cirurgias previas, utilização de medicamentos nasais, inflamação devido a infecções do trato respiratório.
Sistêmicas: alergias, intoxicação alcoólica, uso de alguns medicamentos, alteração de coagulação do sangue, leucemia, problemas cardíacos, má nutrição, uso de narcóticos, doenças vasculares e infecciosas, hipertensão arterial.
Tratamento: pode se realizar cauterização dos vasos e controlar a cicatrização. Em alguns casos é necessário fazer um tamponamento nasal por um período de 24 á 48 horas, depois de retirado as feridas geralmente já estão cicatrizando. Em casos de pacientes com leucemia ou pós-radioterapia as epistaxes pode ocorrer frequentemente, e deve-se procurar o especialista para fazer o tamponamento. Pacientes com uso crônico de medicamentos que afetem a coagulação do sangue devem ter a dose reduzida. Se o sangramento for prolongado e em maiores proporções, ou no caso de sangrar mesmo com tampão, pode se optar por uma cirurgia para ligadura ou eletrocauterização desses vasos.
Granulomatoses de Wegener
 São lesões decorrentes de alterações autoimunes produzidas por um processo defensivo e cicatricial de um agente agressor. É uma doença rara e progressiva que causa inflamação nos vasos sanguíneos em diversas partes do corpo, atinge preferencialmenteas vias aéreas superiores e inferiores, mas em casos graves pode acometer outros órgãos como rins e olhos. Faz parte de um grupo de doenças chamadas vasculites.
Sintomas comuns: formação de ulceras na mucosa do nariz, tosse, dor no peito, falta de ar, hemorragia nasal, sinusite frequente, inflamação nos ouvidos e nariz, cansaço e fadiga, perda de apetite e de peso, entre outras. Em casos raros pode-se haver comprometimento do coração causando pericardite ou também do sistema nervoso, apresentando sintomas neurológicos.
 Causa: as causas exatas que levam essa doença ainda não são conhecidas, mas sabe se que está relacionada a alterações na resposta imune, podendo ser um componente do próprio corpo ou externo. Acredita-se que agentes ambientais como Staphylococcus aureus e pó de sílica possam iniciar o quadro inflamatório da granulomatoses, em caso de individuo geneticamente predisposto, que evolui para vasculite sistêmica.
Tratamento: o tratamento é especifico para cada paciente, muitas vezes são necessários diversos exames laboratoriais e até biopsia (retirada da lesão) para confirmar o nível da doença. Geralmente envolve o uso de medicamento que ajudam a controlar o sistema imunológico como o Ciclofosfamida, Metotrexato, entre outros. O diagnóstico e tratamento tardio pode levar a perfuração do septo nasal, nariz em sela, erosões ósseas em seios da face, necrose dos órgãos acometidos e outros problemas mais graves. A Granulomatoses de Wengener não tem cura, mas o diagnóstico e tratamento precoce pode levar a recuperação das lesões, e se bem controlada, uma vida normal.
Desvio de Septo nasal
Quando o septo nasal está torto, tem um formato anormal e causa desigualdade entre as duas cavidades nasais, chamamos de desvio. É uma das causas mais comuns de obstrução.
Sintomas comuns: dificuldade de respirar, dor de cabeça, roncos, sangramento nasal e apneia do sono.
Tratamento: pode ser tratada por meio de uma cirurgia corretiva, septoplastia. Geralmente é feita no fim da adolescência, quando o nariz já concluiu seu crescimento. Em casos de grande incomodo e transtorno a cirurgia pode ser feita ainda na infância, porém tem o risco de o desvio retornar, devido o nariz não está totalmente formado. O desvio de septo nasal não corrigido cria predisposição para muitas patologias nasais, como sinusites, respiração bucal, cansaço, dificuldade para dormir bem, roncos e babação noturna.
CONCLUSÃO
Concluímos que o nariz e os seios paranasais são de grande importância para a respiração e olfação, também para a ressonância da voz ainda em formação. Para a respiração temos uma mucosa muito irrigada que aquece o ar que adentra as narinas, o vestíbulo nasal possui cílios que filtram este mesmo ar, evitando a aderência de partículas de poeira na mucosa nasal. A cavidade nasal é dividida em parte nasal e parte olfatória. A olfação ocorre através dos estímulos do bulbo olfatório. Os seios paranasais são todos drenados na cavidade nasal.
O exame físico está diretamente relacionado ao tato e visão do profissional, que possui auxilio de caneta com lanterna e especulo nasal possibilitando uma melhora na visualização da cavidade nasal.
As patologias mais comuns do nariz, cavidade nasal e seios paranasais são rinossinusite, hipertrofia dos cornetos, granulomatose de Wegener, epistaxe e desvio de septo, todas com seus respectivos sintomas e tratamentos.
GLOSSÁRIO
Alvéolos: são pequenas estruturas encontradas nos sacos alveolares, ductos alveolares e bronquíolos respiratórios
Apneia do sono: condição caracterizada pela parada ou diminuição temporária da respiração várias vezes durante o sono.
Assimetria: falta de igualdade e de semelhança
Biopsia: exame que consiste na retirada de uma amostra de tecido vivo para avaliar a presença e a gravidade de doenças
Cauterização: queima por meio de cautério 
Coanas: abertura nasal posterior
Ducto: duto de ligação de um canal 
Eletrocauterização: cauterização de um tecido lesionado.
Escarro: expectoração
Fadiga: cansaço
Halitose: cheiro desagradável no hálito
Hipertônica: relativo a hipertonia. Na química, é uma solução que quando está em relação a outra, contem maior pressão osmótica.
Isotônica: estado de equilíbrio osmótico entre dois meios separados por um tipo qualquer de barreira
Ligadura: alça de sutura usada para ocluir um vaso sanguíneo, tanto antes como depois dele ser lesado
Mucosa: tecido epitelial de revestimento interno das cavidades do corpo.
Narcótico: drogas, substancias que fazem adormecer ou reduzem a sensibilidade
Nariz em sela: deformação nasal em que a ponte do nariz (sua parte superior) é achatada, muitas vezes bem próxima do resto da face
Necrose: morte de célula ou tecido orgânico
Óstio: pequeno orifício 
Pericardite: inflamação no pericárdio
Pericôndrio: tecido conjuntivo denso e irregular que constitui a membrana que envolve a cartilagem
Periósteo: membrana de tecido conectivo que revestem exteriormente os ossos.
Seio: dobra ou prega sinuosa; curvatura, volta, sinuosidade.
Túnica: revestimento de tecido 
Vasculites: doenças causadas por inflamação dos vasos sanguíneos
Viscoso: que tem ou secreta visco.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MOORE, Keith L.; AGUR, Anne M. R.; DALLEY, Arthur F. Fundamentos de Anatomia Clínica. 4.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. 
TORTORA, Gerard J.; NIELSEN, Mark T. Princípios de anatomia humana. 12.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012.
ARQUERO, Pedro. FISIOLOGIA NASAL. 2012. Disponível em: http://www.rinoplastia.eu/pt/300_fisiologia_nasal.htm. Acesso em 24 mar 2018.
Voegels RL, Lessa M. Rinologia e Cirurgia Endoscópica dos Seios Paranasais. 2005. Capítulos 3 e 4. 
Voegels RL, Lessa M, Pádua FG. Atlas de Anatomia e Radiologia dos Seios Paranasais. 2006. Capítulos 1 e 2.
AMATO, Flávia Silveira. DESVIO DE SEPTO NASAL. Disponível em: <https://www.otorrino.pro/content/desvio-do-septo-nasal>. Acesso em 18 mar 2018.
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FIGUEIREDO, Sandra. et al. GRANULOMATOSE DE WEGENER - ENVOLVIMENTO OTOLÓGICO, NASAL, LARINGOTRAQUEAL E PULMONAR. 2009. Disponível em: <http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0873-21592009000500012>. Acesso em 10 mar 2018.
SOUZA, Alexandre W. S. DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA GRANULOMATOSE DE WEGENER. Disponível em: <http://www.precepta.com.br/revisao/diagnostico-e-tratamento-da-granulomatose-de-wegener/2/>. Acesso em 10 mar 2018.
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CEZÁRIO, Marco. HEMORRAGIAS. 2012. Disponível em: <http://marcocezario.com.br/hemorragias/>. Acesso em 7 mar 2018.
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