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O ENSINO DO ATLETISMO NA ESCOLA

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1 
 
VII CONGRESSO GOIANO DE CIÊNCIAS DO ESPORTE 
Ciência & Compromisso Social: Implicações na/da Educação Física e Ciências do Esporte 
O ENSINO DO ATLETISMO NA ESCOLA: A PERSPECTIVA DOS 
ACADÊMICOS DO 8º PERÍODO DA FACULDADE DE EDUCAÇÃO 
FÍSICA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS 
 
 
Jullyana Esteves dos Santos - FEF/UFG 
Thamara Cardoso Jacob - FEF/UFG 
Jayanny Messias da Silva - FEF/UFG 
Juliana Andrade Silva - FEF/UFG 
Kárita Cabral Machado - FEF/UFG 
Gyzely Santana de Arruda - FEF/UFG 
Johnnys Fleuri Xavier - FEF/UFG 
 
 
RESUMO 
O objetivo do presente estudo foi identificar quais as perspectivas de ensinar o atletismo 
ao se formarem professores de educação básica e a importância dada a esse conteúdo da 
cultura corporal. Trata-se de uma pesquisa quantitativa, realizada com alunos do 8º 
período do curso de Educação Física da Universidade Federal de Goiás. O instrumento de 
coleta de dados utilizado foi o questionário com perguntas abertas. Os resultados da 
pesquisa evidenciam que poucos acadêmicos trabalham com o atletismo nas aulas 
ministradas na disciplina de estágio e os motivos apontados são a falta de materiais e 
espaço físico. 
 
PALAVRAS-CHAVE: Educação Física Escolar; Atletismo Escolar; Ensino do Atletismo 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
Com base nos levantamentos realizados no início da disciplina “Pesquisa e Ensino 
em Atletismo”, constatamos que grande parte dos acadêmicos matriculados neste período, 
não vivenciaram o atletismo durante a educação básica. Nesse sentido, passamos a refletir 
quais os fatores que levam a escassez do ensino de atletismo na escola. Por meio de um 
exercício de pesquisa sugerido ao longo da disciplina, tivemos a oportunidade de ir a 
campo, e, desta forma, realizar uma coleta de dados com um grupo de professores de 
educação física de escolas públicas e privadas. A partir da análise dos dados, constatamos 
que a maioria dos professores da amostra, não trabalham com o conteúdo de atletismo nas 
aulas de educação física. Das inúmeras justificativas apresentadas pelos professores, a 
maior incidência correspondia à falta de espaço físico e de material específico à prática do 
atletismo. 
A partir destas experiências e reflexões coletivas no semestre, sentimos a 
necessidade de criarmos um grupo de pesquisa e extensão que pudesse oferecer um espaço 
de formação acadêmica, bem como atender a formação continuada dos professores de 
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VII CONGRESSO GOIANO DE CIÊNCIAS DO ESPORTE 
Ciência & Compromisso Social: Implicações na/da Educação Física e Ciências do Esporte 
educação física. Um dos principais objetivos do grupo é mostrar novas possibilidades 
metodológicas em torno do ensino do atletismo na escola, sobretudo a importância das 
adaptações de espaço físico e ao uso de materiais alternativos. 
Nossa primeira pesquisa, a qual apresentamos os resultados neste texto, procurou 
investigar qual a perspectiva de trabalho com o atletismo na escola dos formandos do curso 
de Educação Física da Universidade Federal de Goiás. Por meio de aplicação de 
questionário, tentamos identificar se os conhecimentos adquiridos ao longo da formação na 
disciplina de atletismo foram suficientes para que eles se sentissem preparados para a 
atuação pedagógica. E, se os mesmos, percebem a importância do desenvolvimento dos 
conteúdos do atletismo no contexto escolar. 
 
REFERENCIAL TEÓRICO 
 
 O Atletismo tem origem grega, athlos, que significa combate. Segundo o site da 
Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), o Atletismo é a primeira competição 
esportiva de que se tem notícia e é por causa das corridas que, nos Jogos de 776 a.C., na 
cidade de Olímpia, na Grécia, originou-se às Olimpíadas. Essa prova era chamada pelos 
gregos de "stadium" e tinha cerca de 200 metros. E o vencedor Coroebus, é considerado o 
primeiro campeão olímpico da história. 
Na atual definição o Atletismo é um esporte com provas de pista (corridas), de 
campo (saltos e lançamentos), provas combinadas, como decatlo e heptatlo (que reúnem 
provas de pista e de campo), o pedestrianismo (corridas de rua, como a maratona), corridas 
em campo (cross country), corridas em montanha, e marcha atlética (IAAF 2010). 
As provas de pista são aquelas cuja realização se dá na pista de Atletismo, 
independentes de serem utilizadas em ambientes abertos ou em ambientes fechados, ou 
seja, outdoor, sem cobertura, como estádios ou ginásios, ou indoor, (com cobertura). As 
provas de pista compreendem as provas de marcha e de corridas realizadas, 
exclusivamente, na pista de Atletismo. 
As provas de campo são realizadas dentro do campo do atletismo, no setor de 
competição de cada prova. Podem ser realizadas em campo aberto, outdoor, ou em campo 
fechado, indoor. São divididas em Saltos, Lançamentos e Arremesso. 
 Atualmente no programa dos Jogos Olímpicos, o Atletismo aparece com um dos 
esportes de maior envergadura, com 43 provas, que são 15% de todas as atividades 
programadas nos Jogos. Consequência disso são os resultados decisivos dos atletas nas 
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VII CONGRESSO GOIANO DE CIÊNCIAS DO ESPORTE 
Ciência & Compromisso Social: Implicações na/da Educação Física e Ciências do Esporte 
competições olímpicas para computar a final das Olimpíadas. 
Com o intuito de compreender e discutir a cerca do ensino e o processo de 
aprendizagem do Atletismo na escola e na Universidade se faz necessário o esclarecimento 
do Atletismo escolar, se é ensinado, como é ensinado, suas dificuldades e possibilidades. 
Segundo Matthiesen (2004, p.15) “apesar de ser considerado como um dos 
conteúdos clássicos da Educação Física, o Atletismo é ainda pouco difundido nas escolas e 
clubes brasileiros”. E para que esse ensino não ocorra vários motivos são explicitados 
pelos professores de Educação Física, tais como e a falta de materiais, a infra-estrutura da 
escola, os materiais oficiais, a formação profissional e o desinteresse por parte dos alunos e 
dos professores. 
O ensino do Atletismo na escola deve dar oportunidade a todos os alunos e 
proporcionar aos mesmos conhecimentos conceituais, o vivenciar a prática, o tentar, o 
desenvolver sua própria potencialidade, sem descriminá-los e sobretudo oportunizar o 
reconhecimento de possíveis ligações entre o atletismo competitivo mercadológico, que 
transforma pessoas em maquinas visando lucro por patrocínios e publicidade, com suas 
realidades e contexto. Sendo assim “a escola não pode, por exemplo, ser o lugar onde serão 
selecionados novos talentos para preparar futuros campeões do desporto de elite” 
(FISCHER 1981 apud MARIO 1995, p. 40). 
O ensino do Atletismo na escola pode trazer aos educandos a formação para o ato 
da cidadania. Morais et al (2009, p.27) afirmam que “o estudo e a experimentação 
esportiva podem se tornar uma boa oportunidade para a compreensão do significado 
cidadania em nossa sociedade”. Esses autores citam que o ensino do Atletismo pode trazer 
ao estudante a possibilidade de identificar, vivenciar e compreender esse esporte, conhecer 
as modalidades, a história, as regras, os limites e possibilidades de movimentos, os 
princípios éticos, entre outros. 
Além disso, o ensino desse esporte abrange habilidades como o correr, o saltar, o 
arremessar, o lançar, o que possibilita a exploração e o desenvolvimento das habilidades 
motoras. Segundo Matthiesen (2004, p.16) “o profissional de Educação Física deveria 
buscar, por meio de atividades recreativas que mesclem um conhecimento geral sobre 
habilidades motoras e um conhecimento especifico acerca das provas oficiais, 
aproximarem as crianças do universo do Atletismo”. 
O pouco que se conhece hoje sobre o Atletismo se passa muito pela representação 
da mídia.Segundo Matthiesen (2004, p.15) “o que se conhece do Atletismo mistura-se 
muito a história dos Jogos Olímpicos, afinal é parte da sua programação desde sempre, 
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Ciência & Compromisso Social: Implicações na/da Educação Física e Ciências do Esporte 
ainda que algumas provas tenham sido incorporadas mais recentemente”. Conforme a 
autora, o Atletismo só é apresentado como um esporte que sugere apenas recorde, marcas e 
competições que são transmitidas pela mídia, levando a um conhecimento equivocado 
sobre essa modalidade. 
 
METODOLOGIA 
 
A Pesquisa foi realizada com vinte acadêmicos do 8
o
 período de Educação Física da 
FEF/ UFG. 
O estudo se caracteriza segundo uma abordagem quantitativa que, de acordo com 
Silva (2001) é toda pesquisa que visa quantificar opiniões e informações e necessita de 
técnicas estatísticas (porcentagem, média, moda, mediana, desvio-padrão, coeficiente de 
correlação, análise de regressão e outros). 
Como instrumento de coleta de dados foi utilizado o questionário, que segundo 
Silva (2001) é uma série de perguntas que devem ser respondidas pelo informante, deve ser 
objetivo e limitado e estar acompanhado por instruções que ajude e esclareça qualquer 
duvida do informante, com perguntas abertas a fim de estimular a reflexão. Neste houve 
perguntas subjetivas que permita uma melhor e mais segura resposta. 
 
RESULTADOS 
 
 A amostra foi constituída por quarenta e seis acadêmicos do 8º período de Educação 
Física da UFG Goiânia/GO. Sendo dezessete do turno matutino e vinte e nove do turno 
vespertino. Os quais foram classificados em “M” para matutino e “V” para vespertino. 
 A escolha pelos acadêmicos do 8º período foi com a finalidade de diagnosticar, 
analisar e dialogar o conhecimento sobre atletismo com o intuito de semear o estimulo, a 
reflexão e atuação como futuros professores. 
 No gráfico 1, podemos notar que apenas treze acadêmicos vivenciaram o atletismo no 
período escolar. No gráfico 2, apenas doze (26%) trabalharam com o atletismo no período 
de estágio. O atletismo precisa ser trabalhado no período escolar, pois de acordo com 
Schmolinsky (1982), o atletismo auxilia e da à oportunidade para jovens em idade escolar 
de desenvolverem qualidades como coragem, decisão, força de vontade, perseverança, 
autodisciplina, lealdade e prontidão; e Sant (1993), completa mencionando que na escola, 
ele proporciona diversão, convívio por meio da competição, emoções e excitações além de 
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Ciência & Compromisso Social: Implicações na/da Educação Física e Ciências do Esporte 
habilidades esportivas. Mas no gráfico 3, trinta e nove (84%) acadêmicos afirmaram que a 
disciplina de Atletismo na graduação deu uma base para eles trabalharem com o atletismo 
na escola. A grande maioria afirmou que teve uma boa base, porém não trabalharam com o 
atletismo no estágio para fazer a diferença. Com isso podemos notar certa contradição. 
 
 
GRÁFICO: Vivência do atletismo no período escolar 
 
 
 
GRÁFICO 2: No estágio quem trabalhou e quem não trabalhou com atletismo 
 
 
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Ciência & Compromisso Social: Implicações na/da Educação Física e Ciências do Esporte 
 
GRÁFICO 3: A disciplina de Atletismo na graduação deu uma boa base 
 
 No gráfico 4, podemos notar que trinta e um (67.3%) acadêmicos afirmaram que o 
tempo da disciplina na graduação não foi suficiente, por se tratar de uma disciplina 
complexa, ou seja, não se vê a disciplina com qualidade. Já os outros quinze (32.6%) 
acadêmicos afirmaram que o tempo foi suficiente, pois foi possível vivenciar os principais 
conteúdos escolares. Segundo o acadêmico V19, a disciplina de atletismo atingiu todos os 
seus objetivos, como pudemos observar: “Sim, pois a metodologia utilizada pelo professor 
permitiu que o conteúdo fosse trabalhado de forma completa, possibilitando o 
entendimento de tudo”. Mas três (6.5%) dos acadêmicos que responderam sim, pois 
cursaram a disciplina de atletismo em outra faculdade, assim tiveram 1 ano da disciplina. 
 
 
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Ciência & Compromisso Social: Implicações na/da Educação Física e Ciências do Esporte 
GRÁFICO 4: O tempo da disciplina de Atletismo na graduação foi suficiente 
 
 Os acadêmicos acreditam ser possível trabalhar na escola com arremesso de peso, 
revezamento, saltos (salto em distancia, salto em altura), lançamento de dardo e corridas 
em geral. Alguns acreditam serem capazes de trabalhar todas as provas do atletismo, como 
pode ser observado na fala do acadêmico M2, “Qualquer uma, desde que o professor saiba 
adaptar a prática esportiva às necessidades das escolas, e não simplesmente reproduzir as 
práticas dentro da escola”. Alguns estudantes se equivocaram quanto às provas do 
atletismo, pois encontramos respostas como: arremesso de disco, lançamento de peso, salto 
com obstáculo. 
 Os acadêmicos acreditam que iram encontrar dificuldades de trabalhar com atletismo 
na escola, porque a falta de materiais, espaço físico e resistência por parte dos alunos. 
Segundo Kirsh et al (1984), afirma que a falta de material prático não é problema, pois 
pode ser resolvido com a improvisação de materiais como bolas confeccionadas com meias 
e serragem, bastões de cabo de vassoura para corridas de revezamento, pneus pendurados 
como alvo para lançamento, entre outros de acordo com a criatividade do professor. O 
acadêmico V19 declarou como obstáculos para se ensinar o atletismo na escola, “Falta de 
materiais (entretanto, estes podem ser confeccionados) e condições climáticas (sol forte)”. 
Condições climáticas não podem ser consideradas como impedimento para não realização 
de qualquer conteúdo da educação física. Como por exemplo, em dias de chuva adaptar 
atividades que possam ser realizadas em sala de aula. 
 No gráfico 5, pode se verificar que trinta e cinco (76%) acadêmicos acreditam que as 
dificuldades não impossibilitam de se trabalhar com o atletismo na escola. Eles acreditam 
que para superar essas dificuldades a adaptação de materiais é essencial, a criatividade do 
professor é necessária, conscientização dos alunos quanto à importância do atletismo, a 
utilização de materiais recicláveis, a busca de patrocínio político, a utilização recursos 
áudio-visuais. O acadêmico V13 sugere que “Trabalhando com materiais alternativos e 
utilizando de recursos áudio-visual que explicitar o esporte e sua aplicação”, seja uma 
forma de se trabalhar o conteúdo. Já o acadêmico V16 fala que, “Conscientizar os alunos 
que a prática de atividades diversas contribui fortemente para o desenvolvimento motor e 
cognitivo além de experimentar situações diversas a aquelas que são praticadas 
rotineiramente”. O acadêmico V20 declara que, “No estágio do semestre passado 
trabalhei com vídeos e na confecção dos materiais junto aos alunos, isso ajudou 
bastante”. O acadêmico V26 disse, “Quanto aos recursos é possível trabalhar com 
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Ciência & Compromisso Social: Implicações na/da Educação Física e Ciências do Esporte 
materiais alternativos e com relação a resistência dos alunos tentar envolvê-los na 
pratica, inclusive no auxilio da construção dos matérias alternativos”. Pode se notar 
relatos de 4 acadêmicos diferentes, mas com a mesma idéia, que é a de passar 
conhecimento para o aluno de várias formas. 
 
 
GRÁFICO 5: As dificuldades impossibilitam de trabalhar com atletismo na escola 
 
 No gráfico 6, vinte e oito (60.8%) acadêmicosacreditam que é necessário uma 
formação continuada em atletismo, principalmente para os que se identificam com este 
esporte e desejam ampliar o seu conhecimento. Segundo André (2004), o professor que 
tem um embasamento teórico, ou que busca reunir informações sobre um determinado 
assunto e analisá-las, têm como principal objetivo aumentar o conhecimento sobre aquele 
assunto, ou até mesmo descobrir algo novo que vai lhe auxiliar na solução de problemas e 
ampliar sua visão acerca do esporte que pretende trabalhar em suas aulas. Esses 
professores sendo em sua maioria expectadores, conhecedores do desporto não podem se 
conformar com essas dificuldades e devem estar sempre buscando em revistas científicas, 
livros e o que for preciso para alcançar seu objetivo com o atletismo. A acadêmica V9, diz 
acerca da constante ampliação do conhecimento que: “Se o professor pretende passar para 
seus alunos todo conhecimento acerca da modalidade com a maior eficiência possível, 
acredito ser indispensável”. Já quinze (32.6%) acadêmicos acreditam que a formação 
passada na universidade é suficiente para um bom trabalho, como pode ser observado na 
fala do acadêmico V22, “Acredito que não, pois a formação dada na universidade 
contribui muito para que o professor possa transmitir os conteúdos”. Já três (6.5%) 
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acadêmicos responderam que depende do objetivo do futuro professor. Como pode ser 
notado na fala do acadêmico V3, “Depende da área que o futuro profissional quer seguir”. 
Já o acadêmico M6 afirma que, “Depende do interesse da realização de trabalho com esse 
tema”. 
 
 
GRÁFICO 6: Se os acadêmicos acreditam na necessidade de se fazer uma formação 
continuada no atletismo. 
 
 A última pergunta é sobre o que os alunos mudariam no curso de graduação na 
disciplina de atletismo. No gráfico 7, dez (21.7%) acadêmicos declararam que não 
mudariam nada. Já vinte e oito (60.8%) mudariam o tempo de duração da disciplina, ou 
seja, em vez de ser semestral passaria a ser anual. Já dois (4.6%) acadêmicos gostariam que 
a matéria de atletismo fosse oferecida no estágio. Enquanto que, seis (13%) acadêmicos 
gostariam que suas aulas tivessem sido voltadas para aproximação com a realidade escolar, 
ou seja, que o professor tivesse ensinado como aplicar o atletismo na escola e como se 
construir materiais adaptados. 
 
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GRÁFICO 7: O que os acadêmicos mudariam no curso de graduação na disciplina de 
atletismo. 
 
 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 Segundo Darido (2000) e o Coletivo de Autores (1992) que afirmam que o atletismo 
permite o desenvolvimento das capacidades físicas, como resistência, força, flexibilidade, 
velocidade e impulsão. Além de estimular também o raciocínio, a percepção e a agilidade e 
que no ambiente escolar ele pode se organizar e ainda buscar diferentes objetivos com sua 
prática, o que necessita é uma introdução deste desporto no planejamento do professor a 
fim de alcançar toda a importância que o atletismo deve ter na formação do aluno em todos 
os aspectos. Assim ao longo da pesquisa percebemos a importância de se trabalhar o 
atletismo na escola. 
 E notório com a analise efetuada acima, que os discentes em questão, são bem 
contraditórios, quando dizem que as dificuldades colocadas, por mera falta de interesse de 
se trabalhar o conteúdo, não os limitam de trabalhar o atletismo, entretanto poucos 
ministraram o conteúdo no estagio, e quando descrevem que o conteúdo ministrado 
durante o semestre deu uma boa base, pois daria pra suprir as necessidades do conteúdo 
escolar, entretanto dizem que o tempo da disciplina não foi suficiente. 
 Concluímos, portanto que a escassez do conteúdo de atletismo nas escolas nem 
sempre é pela ma formação dos acadêmicos e/ou por tempo insuficiente da disciplina 
ministrada na faculdade, mas sim pela falta de interesse e criatividade dos acadêmicos em 
efetuar a adaptação da modalidade a realidade escolar. 
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Ciência & Compromisso Social: Implicações na/da Educação Física e Ciências do Esporte 
REFERÊNCIAS 
ANDRÉ, Marli. Pesquisa, formação e prática docente. In: O papel da pesquisa na formação 
e na prática dos professores. Campinas, SP: Papirus, 2204. 
COLETIVO DE AUTORES, Metodologia do Ensino de Educação Física. 9ª Ed. São 
Paulo: Cortez, 1992 ( Coleção magistério. 2º grau. Série formação do professor). 
DARIDO, Suraya. Olimpíadas na Escola. Revista Nova Escola. Edição Agosto de 2000 
disponível em http://novaescola.abril.uol.com.br/ed/134_ago00/html/repcapa3.htm. Acesso 
em 14 set. 2006. 
KIRSCH, August; KOCH, Karl; ORO, Ubirajara. Antologia do atletismo: metodologia 
para iniciação em escolas e clubes. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1984. 
SANT, J.R. Metodologia Del Atletismo. Barcelona: Paidotribo, 1993. 
SCHMOLINSKY, G. Atletismo. 1ª ed. Lisboa: Estampa, 1982. 
BRAGADA, José. O Atletismo na Escola: Proposta programática para abordagem dos 
lançamentos “leves”. Horizonte - Revista de Educação Física e Desporto, vol XVII, nº 
99, Jun-Jul 2000. 
CBAt. Atletismo – origens. Disponível em: 
<http://www.cbat.org.br/atletismo/origem.asp>. Acesso em: 29 jun. 2010. 
COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do Ensino de Educação Física. São Paulo: 
Cortez, 1992. 
DI MARIO, Alancardek. Atletismo: Uma abordagem Pedagógica. 89f. Dissertação 
(Mestrado em Educação) – Universidade Metodista de Piracicaba, 1995. Disponível em: 
<http://www.nuteses.temp.ufg.br/tde_busca/arquivo.phd?codArquivo=1807&acordo=> 
Acesso em: 11 de jul. de 2010 
DUARTE, Orlando. Histórias dos Esportes. São Paulo: SENAC, 2003. 
MATTHIESEN et al. Atletismo para crianças e jovens: vivência e conhecimento. Rio 
Claro, SP, 2008. 
MUSEU DOS ESPORTES. A história do atletismo. S.d. Disponível em: 
<http://www.museudosesportes.com.br/atletismo.php>. Acesso em: 9 jul. 2010. 
TOMÉ, Maycon Cleber. Atletismo: corre, salta, lança e arremessa. Movimento e 
Percepção. Espírito Santo do Pinhal, SP, v.8, n.11, jul/dez 2007. 
MATTHIESEN, S. Q.; SILVA, Mellissa Frenanda Gomes da ; SILVA, Augusto Cesar Lima 
e . Atletismo na escola. Motriz (Rio Claro), v. V. 14, p. 96-104, 2008. 
MATTHIESEN, S.Q. Atletismo se aprende na escola. Jundiaí, SP: Editora Fontoura, 
2004.

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