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Direito Empresarial II - 20 de agosto (Profª Carmen Giordano - UCDB)

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quarta-feira, 20 de agosto de 2014
Direito Empresarial II
Relevância do prazo de apresentação do cheque 
a) Para se ter o direito de cobrar o endossante de cheque é necessário que se apresente 
dentro do prazo;
b) É da expiração do prazo de apresentação que se conta o prazo de prescrição do cheque.
Prescrição do cheque 
Prescreve em 6 meses a contar da expiração do prazo de apresentação, a execução do 
cheque. 
Exemplo:
• Cheque da mesma praça. 
• Emissão: 08/03/2014
• Quando prescreve?
Prazo de apresentação: 
07/04/2014 
+ 
6 meses 
= 07/10/2014. 
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CAPÍTULO X 
Da Prescrição 
Art . 59 Prescrevem em 6 (seis) meses, contados da 
expiração do prazo de apresentação, a ação que o art. 47 
desta Lei assegura ao portador. 
Parágrafo único - A ação de regresso de um obrigado ao 
pagamento do cheque contra outro prescreve em 6 
(seis) meses, contados do dia em que o obrigado 
pagou o cheque ou do dia em que foi 
demandado.
quarta-feira, 20 de agosto de 2014
❗ ️Ação de Locupletamento 
Prescreve em 2 anos a contar da prescrição cambial. 
- Cheque prescrito: ação monitoria ou de cobrança pelo rito ordinário. 
Súmula 504 do STJ 
Prescreve em 05 anos a contar do vencimento ou emissão (cheque) a ação monitoria 
ou de cobrança dos títulos de crédito prescritos. 
❗ ️Cheque prescrito em 07/10/2014
Emissão: 08/03/2014 + 5 anos para ação monitoria ou de cobrança. 
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Art . 61 A ação de 
enriquecimento contra o emitente ou outros 
obrigados, que se locupletaram injustamente com o não-
pagamento do cheque, prescreve em 2 (dois) anos, contados do dia 
em que se consumar a prescrição prevista no art. 59 e seu parágrafo 
desta Lei. 
Art . 62 Salvo prova de novação, a emissão ou a transferência do 
cheque não exclui a ação fundada na relação causal, feita a 
prova do não-pagamento. 
 Súmula 504-STJ: O prazo para ajuizamento de ação monitória em 
face do emitente de nota promissória sem força executiva é 
quinquenal, a contar do dia seguinte ao vencimento do título. 
quarta-feira, 20 de agosto de 2014
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CC - Lei nº 10.406 de 10 de Janeiro de 2002 
Institui o Código Civil . 
Art. 206. Prescreve: 
§ 1o Em um ano: 
I - a pretensão dos hospedeiros ou fornecedores de víveres destinados a consumo no próprio 
estabelecimento, para o pagamento da hospedagem ou dos alimentos; 
II - a pretensão do segurado contra o segurador, ou a deste contra aquele, contado o prazo: 
a) para o segurado, no caso de seguro de responsabilidade civil, da data em que é citado para 
responder à ação de indenização proposta pelo terceiro prejudicado, ou da data que a este 
indeniza, com a anuência do segurador; 
b) quanto aos demais seguros, da ciência do fato gerador da pretensão; 
III - a pretensão dos tabeliães, auxiliares da justiça, serventuários judiciais, árbitros e peritos, pela 
percepção de emolumentos, custas e honorários; 
IV - a pretensão contra os peritos, pela avaliação dos bens que entraram para a formação do 
capital de sociedade anônima, contado da publicação da ata da assembléia que aprovar o 
laudo; 
V - a pretensão dos credores não pagos contra os sócios ou acionistas e os liquidantes, contado 
o prazo da publicação da ata de encerramento da liquidação da sociedade. 
§ 2o Em dois anos, a pretensão para haver prestações alimentares, a partir da data em que se 
vencerem. 
§ 3o Em três anos: 
I - a pretensão relativa a aluguéis de prédios urbanos ou rústicos; 
II - a pretensão para receber prestações vencidas de rendas temporárias ou vitalícias; 
III - a pretensão para haver juros, dividendos ou quaisquer prestações acessórias, pagáveis, em 
períodos não maiores de um ano, com capitalização ou sem ela; 
IV - a pretensão de ressarcimento de enriquecimento sem causa; 
V - a pretensão de reparação civil; 
VI - a pretensão de restituição dos lucros ou dividendos recebidos de má-fé, correndo o prazo da 
data em que foi deliberada a distribuição; 
VII - a pretensão contra as pessoas em seguida indicadas por violação da lei ou do estatuto, 
contado o prazo: 
a) para os fundadores, da publicação dos atos constitutivos da sociedade anônima; 
b) para os administradores, ou fiscais, da apresentação, aos sócios, do balanço referente ao 
exercício em que a violação tenha sido praticada, ou da reunião ou assembléia geral que dela 
deva tomar conhecimento; 
c) para os liquidantes, da primeira assembléia semestral posterior à violação; 
VIII - a pretensão para haver o pagamento de título de crédito, a contar do vencimento, 
ressalvadas as disposições de lei especial; 
IX - a pretensão do beneficiário contra o segurador, e a do terceiro prejudicado, no caso de 
seguro de responsabilidade civil obrigatório. 
§ 4o Em quatro anos, a pretensão relativa à tutela, a contar da data da aprovação das contas. 
§ 5o Em cinco anos:
I - a pretensão de cobrança de dívidas líquidas constantes de instrumento público ou 
particular;
II - a pretensão dos profissionais liberais em geral, procuradores judiciais, curadores e 
professores pelos seus honorários, contado o prazo da conclusão dos serviços, da 
cessação dos respectivos contratos ou mandato;
III - a pretensão do vencedor para haver do vencido o que despendeu em juízo.
quarta-feira, 20 de agosto de 2014
🔎 Prescrição de cheque pós-datado (para próxima aula). 
Tipos de Cheque 
1. Cruzado
2. Visado
3. Para levar em conta
4. Administrativo
Trecho de: RAMOS, André Luiz Santa Cruz. “Direito Empresarial Esquematizado.” 
“A legislação especial cuida de algumas modalidades específicas de cheque, que serão 
analisados agora.
Há, por exemplo, o cheque cruzado (arts. 44 e 45 da Lei do Cheque), muito utilizado 
na praxe comercial. O cruzamento consiste na aposição de dois traços transversais e 
paralelos no anverso do título, e tem por objetivo conferir segurança à liquidação de 
cheques ao portador. Isso porque ao ser feito o cruzamento o cheque só pode ser pago 
a um banco ou a um cliente do banco, mediante crédito em conta, o que evita, 
consequentemente, o seu desconto na boca do caixa.
Destaque-se que o cruzamento pode ser feito em branco ou em preto. No primeiro caso 
– também chamado de cruzamento geral – apenas são apostos os dois traços no título, 
podendo-se ainda mencionar a expressão “banco” entre os traços. No segundo caso – 
também chamado de cruzamento especial – além da aposição dos traços, é 
mencionado um banco entre os traços referidos (colocando-se o seu nome ou o seu 
número junto ao Banco Central), o que faz com que o cheque só possa ser pago ao 
banco identificado ou a um cliente seu, mediante crédito em conta corrente.
Outra modalidade de cheque disciplinada pela lei é o cheque visado (art. 7.° da Lei do 
Cheque), aquele em que o banco confirma, mediante assinatura no verso do título, a 
existência de fundos suficientes para pagamento do valor mencionado. Segundo a lei, 
somente pode receber o visto do banco o cheque nominativo que ainda não tiver sido 
endossado. 
Ao visar o cheque, o banco garante que o mesmo tem fundos e assegura o seu 
pagamento durante o prazo de apresentação. Com o visto, o banco se obriga a reservar 
a quantia constante do cheque durante o período de apresentação.
É preciso deixar claro que o visto que o banco coloca no cheque não se confunde com 
um aceite, não implica na assunção de nenhuma obrigação cambial por parte do banco, 
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nem exonera o emitente e eventuais codevedores (endossante, por exemplo) de 
responsabilidade pelo seu pagamento.
A lei também menciona o cheque administrativo (art. 9.°, inciso III, da Lei do Cheque), 
que é aquele emitido por um banco contra ele mesmo, para ser liquidado em uma de 
suas agências. O banco, portanto, é ao mesmo tempo emitente e sacado.
O cheque administrativo tem exercido uma importante função no mercado, a de conferir 
segurança a
operações com valores altos: primeiro, porque dispensa o pagador de 
movimentar o alto valor em papel-moeda; segundo, porque o recebedor tem a certeza 
quase absoluta de que o título será honrado. Afinal, o cheque está sendo emitido por 
um banco, razão pela qual a chance de esse título não ser descontado por insuficiência 
de fundos é praticamente igual a zero.
Assim, alguém que vai realizar uma venda, por exemplo, em valor muito expressivo, 
pode exigir que o comprador pague a soma em cheque administrativo. Em tese, o 
correto, nesses casos, seria o uso do cheque visado, mas a praxe comercial, como dito, 
tem preferido o uso do cheque administrativo nessas situações. Destaque-se que o 
cheque administrativo tem que ser necessariamente nominal.
Por fim, trata a lei ainda do chamado cheque para ser creditado em conta (art. 46 da 
Lei do Cheque), aquele que o sacado não pode pagar em dinheiro, por expressa 
proibição colocada no anverso do título pelo próprio emitente, consistente na colocação 
da expressão “para ser creditado em conta” (como manda a lei) ou da menção ao 
número da conta do beneficiário entre os traços do cruzamento (como é feito na 
prática). Nesse caso, o banco sacado deve proceder ao pagamento do cheque por meio 
de lançamento contábil (crédito em conta, transferência ou compensação)".
Divergência na quantia 
Art.12 - Feita a indicação da quantia em algarismos e por extenso, prevalece esta no 
caso de divergência. lndicada a quantia mais de uma vez, quer por extenso, quer por 
algarismos, prevalece, no caso de divergência, a indicação da menor quantia.
❗ ️Quando houver mais de uma divergência, paga-se a de menor valor. Exemplo:
Oitenta reais, digo, oitocentos reais. = Paga-se R$ 80,00.
Requisitos do Cheque 
Art. 1º - O cheque contêm:
I - a denominação ‘’cheque’’ inscrita no contexto do título e expressa na língua em que 
este é redigido;
II - a ordem incondicional de pagar quantia determinada;
III - o nome do banco ou da instituição financeira que deve pagar (sacado);
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IV - a indicação do lugar de pagamento;
V - a indicação da data e do lugar de emissão;
VI - a assinatura do emitente (sacador), ou de seu mandatário com poderes especiais.
Parágrafo único - A assinatura do emitente ou a de seu mandatário com poderes 
especiais pode ser constituída, na forma de legislação específica, por chancela 
mecânica ou processo equivalente.
Art. 2º - O título, a que falte qualquer dos requisitos enumerados no artigo precedente 
não vale como cheque, salvo nos casos determinados a seguir:
I - na falta de indicação especial, é considerado lugar de pagamento o lugar designado 
junto ao nome do sacado; se designados vários lugares, o cheque é pagável no 
primeiro deles; não existindo qualquer indicação, o cheque é pagável no lugar de sua 
emissão;
II - não indicado o lugar de emissão, considera-se emitido o cheque no lugar indicado 
junto ao nome do emitente.
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