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UNIVERSIDADE CATÓLICA DO SALVADOR Curso de Graduação em Direito GUSTAVO CASTILHO PIMENTA SANTOS ATIVIDADE – EMPRESARIAL II CHEQUES SALVADOR/BA 2021 GUSTAVO CASTILHO PIMENTA SANTOS ATIVIDADE – EMPRESARIAL II CHEQUES Trabalho apresentado no curso de graduação em Direito da Universidade Católica do Salvador. Docente. Dr. Aleksandro Brasileiro SALVADOR/BA 2021 Sumário INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 4 CARACTERÍSTICAS ......................................................................................................................... 4 REQUISITOS ................................................................................................................................... 5 CHEQUE INCOMPLETO OU EM BRANCO ....................................................................................... 6 REVOGAÇÃO E OPOSIÇÃO ............................................................................................................. 6 AVAL NO CHEQUE ......................................................................................................................... 6 MODALIDADES DE EMISSÃO ......................................................................................................... 7 PRAZO PARA A APRESENTAÇÃO ................................................................................................... 7 PERDA DO PRAZO PARA A APRESENTAÇÃO .................................................................................. 8 AÇÕES JUDICIAIS ........................................................................................................................... 8 SÚMULAS DE JURISPRUDÊNCIA DO STF E DO STJ ......................................................................... 9 PROPOSIÇÕES PARA AGILIDADE DE RACIOCÍNIO ......................................................................... 9 BIBLIOGRAFIA .............................................................................................................................. 10 CHEQUE INTRODUÇÃO O cheque é título de crédito regulamentado pela Lei nº 7.357/85 e pela Lei de Genebra no que for compatível. Denomina-se cheque o título pelo qual uma pessoa, seu emitente ou subscritor, ordena a um estabelecimento de crédito, o banco ou outra instituição financeira autorizada, a pagar uma soma determinada a uma terceira pessoa, o beneficiário ou portador ou a sua ordem. O cheque é instrumento normal de pagamento. Corporifica uma ordem escrita dada ao sacado, a fim de que pague a outrem uma determinada quantia, substituindo, assim, o uso da moeda. O cheque como meio de evitar a circulação de dinheiro para a liquidação de obrigações tem importante função econômica. Evita o acúmulo do dinheiro nos bancos, destacando-se como instrumento de compensação. Por outro lado, o uso exagerado do cheque e sua constante circulação desvirtuaram a finalidade, atribuindo-lhe função de garantia e não apenas de pagamento. É o que ocorre com o conhecido “cheque pré-datado” (pós-datado seria o correto). Esse é mais um sintoma do dinamismo da atividade econômica que exige adaptações do tráfego social. A multiplicação dos cheques sem provisão, entretanto, constitui a fraqueza maior desse meio de pagamento e, por tal razão, outros meios são utilizados crescentemente, como os cartões de débito e crédito. Essa é a razão também para alguns estabelecimentos recusarem a aceitação de cheque como forma de pagamento. Essa conduta é legítima, porquanto o cheque representa ordem de pagamento e não pagamento, o qual somente se verifica quando a ordem é cumprida, com a entrega real do dinheiro ou com lançamento em conta da importância mencionada no cheque (MARTINS, 2000, p. 14). CARACTERÍSTICAS Por conter uma ordem de pagamento à vista, é classificado, por alguns doutrinadores, como um título de crédito impróprio, revelando-se como meio de pagamento, e não como instrumento de circulação creditícia. Mas, data vênia, não há razão para classificá-lo dessa forma, porquanto o cheque se sujeita às regras de circulação e cobrança dos outros títulos de crédito, aplicando-se, na íntegra, o regime jurídico cambial, merecendo constar na lista dos títulos de crédito próprios. O cheque é disciplinado pela Lei 7.357/1985, cujo art. 32 dispõe que ele é pagável à vista, considerando-se não escrita qualquer menção em contrário. Não se admite, como se vê, a cláusula de pagamento a prazo, mas a sua inserção não anula o cheque, sendo, pois, reputada não escrita, isto é, inexistente. A propósito, o parágrafo único do citado art. 32 preceitua que o cheque apresentado para pagamento antes do dia indicado como data de emissão é pagável no dia da apresentação. Convém ainda frisar que o cheque é emitido contra banco, ou instituição financeira que lhe seja equiparada, sob pena de não valer como cheque (art. 3º). O sacador é o emitente do cheque e o sacado é o banco, sendo o beneficiário aquele em favor do qual determinada quantia é paga. A falta de fundos disponíveis não prejudica a validade do título como cheque (art. 4º). É da competência do Conselho Monetário Nacional expedir normas relativas à matéria bancária relacionada com o cheque (art. 69 da Lei 7.357/1985). Dentre essas normas, merece destaque a que transforma o cheque em título de modelo vinculado, cujo papel fornecido pelo banco, em talão ou avulso, deve observar formato normativo. Sobre a antecipação do cheque pré-datado, a Súmula 370 do STJ não poderia ter percorrido outro caminho, como mostra a jurisprudência colacionada: Agravo regimental em agravo (art. 544 do CPC/73). Ação indenizatória. Decisão monocrática que negou provimento ao recurso. Irresignação do autor. a) A Súmula 370/STJ goza de presunção relativa, ou seja, para caracterização do dano moral, imprescindível que, de fato, a apresentação antecipada de cheque pós-datado ocasione algum prejuízo ao emitente do título de crédito. Em que pese o entendimento de os danos morais prescindirem da prova, em razão do seu caráter in re ipsa, trata-se de presunção relativa, que não pode prevalecer ante a existência de elementos nos autos que evidenciem que o ato inquinado de ilícito não causou os prejuízos alegados. b) Agravo regimental desprovido (AgRg no AREsp 287.762/MG, 4ª Turma, Rel. Min. Marco Buzzi, j. 21.06.2016, DJe 27.06.2016). O prazo de apresentação do cheque será de: 30 dias, tratando-se de cheque da mesma praça; 60 dias, tratando-se de cheques de praças diferentes. O termo inicial para a contagem do prazo de prescrição do cheque é a expiração do prazo de apresentação citado anteriormente, que será de seis meses. REQUISITOS O cheque deve conter os requisitos previstos no art. 1o da Lei n. 7.357/85: a) a denominação “cheque” inscrita no contexto do título e expressa na língua do lugar da legislação de regência. Trata-se de pressuposto formal de existência do próprio título e pode ser lançado em qualquer parte do papel; b) a ordem incondicional de pagar quantia determinada. Essa ordem deve ser expressa em algarismos ou por extenso, sendo que, presentes ambas expressões e havendo divergência entre elas, a última prevalece sobre a primeira. Se houver mais de uma indicação de valor com identidade gráfica – por extenso ou por algarismos – prevalece a que representar menor quantia; c) o nome do banco ou da instituição financeira que deve pagar. O nome do sacado deve constar do título, podendo haver mais de um banco ou instituição financeiraque deva pagá-lo, de forma solidária entre eles; d) a indicação do lugar do pagamento. Ocorrendo a omissão, será o do local designado junto ao nome do sacado – banco ou instituição assemelhada. Se houver multiplicidade de locais, como, por exemplo, agências e filiais do estabelecimento bancário ou instituição financeira, considera- se o primeiro deles. Se não houver lugar algum designado, presume-se que se pague no lugar de sua emissão. A lei autoriza que o pagamento se dê tanto no domicílio de terceiro quanto no do sacado (banco ou instituição), ou, ainda, em outra localidade, desde que o terceiro seja banco. A indicação do lugar de pagamento constitui importante dado para verificação do prazo para apresentação do cheque: quando emitido no lugar de pagamento, deve ser apresentado dentro de trinta dias da data da emissão; se emitido em lugar diverso ao de pagamento, esse prazo dilata- se para sessenta dias, conforme dispõe o art. 33 da Lei n. 7.357/85; e) a indicação da data e do lugar de emissão. Considera-se lugar de emissão, à falta de estipulação especial, o lugar indicado junto ao nome do emitente; f) a assinatura do emitente, ou de seu mandatário com poderes especiais. A assinatura pode ser feita por chancela mecânica, desde que autorizada pelo banco ou instituição financeira sacada. CHEQUE INCOMPLETO OU EM BRANCO Considera-se incompleto ou em branco o cheque que não preenche todos os cinco primeiros requisitos acima citados. Permite a lei que sua complementação se faça pelo portador, em momento posterior ao da emissão. Se o cheque for completado abusivamente, ainda assim não pode ser objeto de oposição contra o portador que não o tiver adquirido de má-fé (LC, art. 16). O emitente, quando assina o cheque e o deixa em branco, responde perante eventuais portadores de boa-fé. A matéria de preenchimento abusivo somente pode ser oposta contra aquele que primeiro recebeu o cheque e o preencheu sem observar o convencionado. Contra o terceiro o emitente não pode opor-se ao pagamento, salvo se provar má-fé de sua parte na aquisição. REVOGAÇÃO E OPOSIÇÃO O emitente pode emitir contraordem de pagamento do cheque, devendo manifestar sua intenção por meio idôneo – por correspondência particular, por via judicial ou extrajudicial, indicando a motivação e sujeitando-se à responsabilização por danos civis e criminais decorrentes dessa manifestação. A lei impede que o banco ingresse no julgamento da relevância da razão invocada pelo oponente (LC, art. 36, § 2o), conforme também deflui de entendimento jurisprudencial. Diferenciam-se os institutos da revogação e da oposição no tocante ao momento da eficácia da ordem. A revogação somente será acatada depois do término do prazo de apresentação do cheque e a sustação mesmo durante esse prazo. Outra distinção refere-se à pessoa legitimada a determinar o comportamento do banco: somente o correntista (que a lei denomina emitente) no primeiro caso e, no segundo, tanto ele como o portador legitimado poderão fazê-lo (LC, art. 36). Em um ou em outro caso, ocorrido o pagamento não há mais possibilidade de se proceder à revogação ou à sustação do título. AVAL NO CHEQUE Pode-se lançar aval no cheque, a favor do emitente, de qualquer um dos endossantes ou mesmo de outro avalista, apenas não se permitindo ao sacado que, por natureza, não se vincula na relação cambial. Trata-se, pois, de garantia, total ou parcial, prestada por terceiro ou por qualquer signatário do título. A Lei do Cheque brasileira admite o aval parcial (art. 29), no que colide com a regra do parágrafo único do art. 897 do Código Civil. Contudo, entende-se que as disposições relativas aos títulos de crédito, introduzidas pelo legislador civilista de 2002, não se aplicam aos títulos então existentes quando de sua promulgação. Em regra, lança-se o aval no verso do cheque ou em folha de alongamento mediante assinatura com a expressão “por aval” ou equivalente. Qualquer assinatura no anverso do cheque, além da do emitente, é considerada aval e a omissão quanto ao nome do avalizado faz presumir que foi dado a favor do emitente. MODALIDADES DE EMISSÃO As várias modalidades com as quais se reveste o cheque podem ser assim classificadas: a) quanto ao modo de circulação, os cheques podem ser nominativos, com ou sem cláusula à ordem e ao portador; b) quanto ao modo e segurança de liquidação, podem ser emitidos: cheque administrativo, cheque cruzado, com cruzamento geral ou especial, cheque para se levar em conta; c) quanto à reserva de numerário admite-se o cheque visado. Nominativos são os cheques emitidos em favor de alguém indicado como beneficiário. Em regra, sempre são cheques à ordem, isto é, permite-se sua circulação mediante simples endosso, sendo possível, entretanto, inscrever-se cláusula “não à ordem”, vedando a circulação por endosso: qualquer transferência a partir de então será havida como cessão de crédito, regida pelo direito comum. Cheques ao portador tornaram-se limitados a partir do Plano Real, sendo modalidade reservada aos emitidos em valor inferior a R$ 100,00 (cem reais). Considera-se ao portador o cheque que não indique o beneficiário, ou, ainda, aquele que contenha a indicação do beneficiário acrescida da expressão “ou ao portador” ou equivalente. Cheques administrativos, bancários, de tesouraria ou comprados são os emitidos, sempre de forma nominativa, conforme determina a lei (art. 9o, III), por instituições financeiras que, assim, figuram simultaneamente como emitentes e sacadas. Cheque cruzado caracteriza-se pela inscrição de suas linhas paralelas no anverso, com o fim de restringir sua circulação porque os traços indicam que seu pagamento somente pode ser a um banco (LC, arts. 44-45). Se o cruzamento é geral, ou em branco, significa que não há indicação de instituição financeira entre os traços paralelos, e, neste caso, o banco pode pagá-lo a banco ou a cliente do sacado, mediante crédito em conta. Se o cruzamento é especial, ou em preto, existirá entre os traços a indicação do nome do banco, e o pagamento somente deverá ser feito àquele banco indicado, ou se este for o próprio sacado, a cliente seu, mediante crédito em conta. O cruzamento não pode ser cancelado, mas a lei permite a conversão do cruzamento geral em especial, mas nunca o inverso. PRAZO PARA A APRESENTAÇÃO “O cheque deve ser apresentado para pagamento, a contar do dia da emissão, no prazo de trinta dias, quando emitido no lugar onde houver de ser pago; e de sessenta dias, quando emitido em outro lugar do País ou no exterior” (LC, art. 33). Em regra, toma-se o lugar da emissão, aquele que o emitente preenche ao inscrever a data. Quanto ao tempo, presume-se verdadeira a data inscrita como a de emissão do cheque, devendo ser considerada, para esse efeito, a data lançada, abreviadamente ou por extenso, pelo emitente ou por terceiro que a tenha completado posteriormente. Na prática bancária brasileira, vê-se muitas vezes o preenchimento do cheque com anotação de duas datas: uma de emissão e outra “pós-data”, relativa à marcação de outro dia para apresentação. É o chamado cheque pós-datado. A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, contudo, entende que o prazo de apresentação é ampliado, contando-se seu curso a partir da data consignada como de cobrança. Quais os efeitos do descumprimento de cláusula de pós-datação? O apresentante que o faz de má-fé, em desobediência ao acordado com o emitente, responde por prejuízos causados ao emitente, conforme iterativa jurisprudência de nossos tribunais. PERDA DO PRAZO PARA A APRESENTAÇÃO O portador que deixar transcorrer o prazo legal para a apresentação do cheque poderá colocá- lo em cobrança bancária dentro do prazo de prescrição, que é de seis meses contados da data em que expirou o prazo para apresentação (LC, art. 59). Se houver saldo, o banco não pode recusar o pagamento, conforme decorre do art. 35, parágrafoúnico, da LC. Dentro de dois intervalos – prazo de apresentação e antes da ocorrência da prescrição – haverá distintas consequências na hipótese de recusa de pagamento: a) se a apresentação se der dentro do prazo legal (LC, art. 33), o portador poderá executar todas as pessoas que figuraram no título como coobrigados: emitente, avalista do emitente, endossantes anteriores e seus avalistas; b) se um dos coobrigados pagar o título, poderá reaver esse valor dos coobrigados anteriores, devendo promover ação de execução até seis meses contados do dia em que pagou o cheque ou, se o fez em juízo, do dia em que foi demandado (LC, art. 59, parágrafo único); c) se a apresentação ocorrer após o prazo previsto, somente poderá promover a execução do cheque em relação ao emitente e seus avalistas, perdendo o direito no tocante aos endossantes e seus avalistas (LC, art. 47, II); d) contudo, também perderá o direito de executar o emitente se, nessa última hipótese (apresentação fora do prazo do art. 33), o emitente comprovar ter mantido saldo à disposição do portador, no valor da emissão do cheque, durante o período de apresentação, deixando de tê-lo posteriormente em razão de fato que não lhe seja imputável (LC, art. 47, § 3o). Em outras palavras, a execução do cheque contra os endossantes e avalistas somente é possível se o portador apresentou o cheque dentro do prazo previsto no art. 33 – trinta ou sessenta dias –, exigindo-se, ainda, a comprovação de que houve recusa do pagamento. Em relação ao emitente e seus avalistas, a execução é possível desde que o cheque tenha sido apresentado dentro do prazo de prescrição – até seis meses depois do decurso do prazo para a apresentação e o emitente não tinha fundos suficientes no prazo de apresentação, conforme art. 47, § 3o, da LC. AÇÕES JUDICIAIS A execução e o enriquecimento indevido são ações cambiais previstas na Lei do Cheque, a primeira nos arts. 47 e 51 a 54, e a segunda, no art. 62. Podem participar das ações cambiais todas as pessoas que figuram no título, à exceção do sacado, que não se obriga, em momento algum, no título. O portador pode valer-se de outras ações, denominadas causais, tais como a ação monitória, prevista nos arts. 700 a 702 do Código de Processo Civil de 2015, na hipótese de o cheque que possui já não dispor de eficácia executiva, por ter sido atingido pela prescrição, ou, ainda, a cobrança judicial pelo rito ordinário, fundada em causa que deu origem à relação cambial. Prazo para ajuizamento da ação monitória: cinco anos, a contar do dia seguinte à data da emissão estampada no cheque (Súmula 503 do STJ). As ações cambiais pressupõem a higidez do cheque como título executivo, sendo acidental o ingresso na relação originária. As ações causais ingressam, necessariamente, na causa subjacente à relação jurídica entre o credor e o devedor. SÚMULAS DE JURISPRUDÊNCIA DO STF E DO STJ Súmula 247, STF O contrato de abertura de crédito em conta corrente, acompanhado de demonstrativo de débito, constitui documento hábil para o ajuizamento de ação monitória. Súmula 521, STF O foro competente para o processo e julgamento dos crimes de estelionato, sob a modalidade da emissão dolosa de cheque sem provisão de fundos, é o do local onde se deu a recusa do pagamento pelo sacado. Súmula 600, STF Cabe ação executiva contra o emitente e seus avalistas, ainda que não apresentado o cheque ao sacado no prazo legal, desde que não prescrita a ação cambiária. Súmula 246, STJ Comprovado não ter havido fraude, não se configura o crime de emissão de cheque sem fundos. Súmula 299, STJ Cabe ação monitória de cheque prescrito. Súmula 370, STJ Caracteriza dano moral a apresentação antecipada de cheque pré-datado. Súmula 388, STJ A simples devolução indevida de cheque caracteriza dano moral. Súmula 504, STJ O prazo para ajuizamento de ação monitória em face do emitente de nota promissória sem força executiva é quinquenal, a contar do dia seguinte ao vencimento do título. PROPOSIÇÕES PARA AGILIDADE DE RACIOCÍNIO 1. Cheque Cheque é o título de crédito emitido contra banco ou instituição financeira que lhe seja equiparada, contendo uma ordem de pagamento à vista. 2. Prazo de apresentação O prazo de apresentação do cheque é de 30 dias, tratando-se de cheque da mesma praça, e de 60 dias, tratando-se de cheques de praças diferentes. 3. Termo inicial O termo inicial para a contagem do prazo de prescrição do cheque é a expiração do prazo de apresentação, 30 ou 60 dias, e será de seis meses. 4. Cheque cruzado É o que contém, no anverso, dois traços paralelos, inseridos pelo emitente ou por qualquer portador. A finalidade do cruzamento é evitar que o cheque seja pago diretamente no caixa da agência bancária sem que se identifique o beneficiado. 5. Cheque para ser levado em conta É aquele que contém a cláusula proibindo o seu pagamento em dinheiro, sendo que tal cláusula pode ser inserida pelo emitente ou por qualquer portador e é revelada pela expressão “para ser creditado em conta”, ou outra equivalente, escrita de forma transversal no anverso do título. 6. Cheque visado É aquele que contém, no verso, um visto e assinatura do sacado, representando a confirmação da existência de fundos. Embora o cheque não admita aceite, tendo em vista que é ordem de pagamento à vista, considerando-se não escrita qualquer declaração com esse sentido, a lei do cheque prevê o cheque visado. 7. Cheque administrativo O banco se posiciona como sacador e sacado simultaneamente. 8. Protesto O protesto serve como meio de coagir a cobrança de uma cambial, na forma de uma execução forçada. 9. Ação cambial A ação cambiária trata-se de uma ação executiva típica, com o escopo de forçar o cumprimento de uma obrigação cambiária. 10. Ação monitória É a forma mais célere para cobrar dívida proveniente de cheque prescrito. BIBLIOGRAFIA Direito empresarial: sistematizado. / Alessandro Sanchez. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2018. Manual de direito empresarial / Ricardo Negrão. – 10ª edição – São Paulo : Saraiva Educação, 2020. 360 p. Direito empresarial / Sílvio de Salvo Venosa, Cláudia Rodrigues. – 10. ed. – São Paulo: Atlas, 2020.
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