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Tecnologias de Gestão Benedito Cristiano Aparecido Petroni Revisada por Marcelo L. C. Pereira APRESENTAÇÃO É com satisfação que a Unisa Digital oferece a você, aluno(a), esta apostila de Tecnologias de Gestão, parte integrante de um conjunto de materiais de pesquisa voltado ao aprendizado dinâmico e autôno- mo que a educação a distância exige. O principal objetivo desta apostila é propiciar aos(às) alunos(as) uma apresentação do conteúdo básico da disciplina. A Unisa Digital oferece outras formas de solidificar seu aprendizado, por meio de recursos multidis- ciplinares, como chats, fóruns, aulas web, material de apoio e e-mail. Para enriquecer o seu aprendizado, você ainda pode contar com a Biblioteca Virtual: www.unisa.br, a Biblioteca Central da Unisa, juntamente às bibliotecas setoriais, que fornecem acervo digital e impresso, bem como acesso a redes de informação e documentação. Nesse contexto, os recursos disponíveis e necessários para apoiá-lo(a) no seu estudo são o suple- mento que a Unisa Digital oferece, tornando seu aprendizado eficiente e prazeroso, concorrendo para uma formação completa, na qual o conteúdo aprendido influencia sua vida profissional e pessoal. A Unisa Digital é assim para você: Universidade a qualquer hora e em qualquer lugar! Unisa Digital SUMÁRIO INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................... 5 1 SISTEMAS .................................................................................................................................................... 7 1.1 Gestão da Informação ....................................................................................................................................................8 1.2 Evolução dos Métodos de Desenvolvimento de Software ..............................................................................9 1.3 Tipos de Sistemas de Informação ...........................................................................................................................11 1.4 Resumo do Capítulo ....................................................................................................................................................15 1.5 Atividades Propostas ...................................................................................................................................................15 2 INTERNET E SUAS DERIVAÇÕES ................................................................................................ 17 2.1 História da Internet ......................................................................................................................................................17 2.2 A Web .................................................................................................................................................................................20 2.3 Serviços da Web.............................................................................................................................................................20 2.4 Modelo Cliente-Servidor ...........................................................................................................................................21 2.5 Resumo do Capítulo ....................................................................................................................................................24 2.6 Atividades Propostas ...................................................................................................................................................24 3 REDES DE COMPUTADORES ........................................................................................................ 25 3.1 Topologias de Rede Existentes ................................................................................................................................25 3.2 Resumo do Capítulo ....................................................................................................................................................27 3.3 Atividades Propostas ...................................................................................................................................................27 4 BANCO DE DADOS ............................................................................................................................. 29 4.1 Bancos de Dados e a Internet ..................................................................................................................................30 4.2 Data Warehouse e Data Mining ...............................................................................................................................31 4.3 Resumo do Capítulo ....................................................................................................................................................33 4.4 Atividades Propostas ...................................................................................................................................................33 5 PLANO DIRETOR DE INFORMÁTICA ....................................................................................... 35 5.1 E-Commerce ....................................................................................................................................................................36 5.2 Ensino a Distância (EaD) .............................................................................................................................................39 5.3 Empresa Digital .............................................................................................................................................................40 5.4 Resumo do Capítulo ....................................................................................................................................................41 5.5 Atividades Propostas ...................................................................................................................................................42 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................................... 43 RESPOSTAS COMENTADAS DAS ATIVIDADES PROPOSTAS ..................................... 45 REFERÊNCIAS ............................................................................................................................................. 47 SUGESTÕES DE LEITURA .................................................................................................................... 49 Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 5 INTRODUÇÃO Prezado(a) aluno(a), Pensar em tecnologia, computadores, sistemas, redes e até mesmo internet faz-nos refletir sobre algumas questões: Como as organizações administravam tantas informações e processos numa época em que não tinham à disposição os itens citados? Como quais informações os gestores das organizações controlavam o processo gerencial e, ao mesmo tempo, tomavam decisões? A última década do século XX trouxe mudanças drásticas em todo o ambiente organizacional, oca- sionadas principalmente por dois fatores: globalização e tecnologia. O efeito maior da globalização é a diminuição de distâncias; a abertura de fronteiras atinge grupos sociais, raças, países, religiões, organizações e pessoas, com o efeito final de aproximá-las de forma nunca vista antes. Esse fator apresenta consequências variadas, pela troca de informações e conhecimento, o que permite o posicionamento de cada indivíduo no contexto internacional de forma mais precisa do que antigamente, evidenciando forças e fraquezas e facilitando a compreensão das distâncias que os separam. O desenvolvimento tecnológico também modificou a estrutura organizacional, por dois motivos principais: disponibilidade: fatorimportante que permite que todos, independentemente de tamanho ou estágio de desenvolvimento, tenham acesso a mais avançada tecnologia disponível, o que não era viável até a década de 1980, quando apenas organizações de certo porte ou avançadas tecnologicamente tinham condições de operar; complexidade: refere-se à capacidade de obter resultados e aproveitar corretamente os bene- fícios potenciais de seu emprego, não confundindo com a operação dela. As funcionalidades hoje oferecidas – por exemplo, sistemas de gestão integrados – conduzem menos à operação rotineira e muito mais à capacidade de tomada de decisões pelo gestor da organização, resul- tando na necessidade de aumentar constantemente o perfil de competências do ser humano, quando se incorpora tecnologia. Quando se analisa o conjunto desses fatores abordados, surge uma conclusão interessante: atual- mente, temos distâncias menores, com aumento de competitividade e competidores de posse de tecno- logias iguais. Quem tem as maiores chances de se sair melhor? A resposta leva de imediato aos conceitos de estratégia e competência, atributos que somente podem ser encontrados nos seres humanos. Isso é re- Benedito Cristiano Aparecido Petroni Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 6 sultado da atenção dada para o moderno tratamento dos assuntos ‘conhecimento’ e ‘informação’, nos últimos anos. Para que possamos atender às expectativas do mercado de trabalho, o nosso objetivo inicial é pro- porcionar ao aluno conhecimentos, na visão do administrador de empresas, de um profissional da área de gestão e do processamento de informações, identificando as tecnologias, recursos e aplicações da era dos sistemas junto às organizações. Espera-se que ao final deste trimestre o(a) aluno(a) encontre-se preparado(a) para lidar com as di- versas formas de tecnologia da informação; conceitos de sistemas; gerenciamento de redes, bancos de dados; e também seja capaz de identificar o plano diretor de informática para o gestor. A partir de agora, veremos um pouco sobre a questão da gestão da tecnologia da informação nas organizações. Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 7 SISTEMAS1 Caro(a) aluno(a), Neste capítulo, você estudará os Recursos de Sistemas, a Gestão da Informação, a Evolução dos Métodos de Desenvolvimento de Software e os diferentes Tipos de Sistemas, como: Sistemas de Informação Gerencial, Sistemas de Apoio à Decisão e Sistemas de Processamento de Transa- ções. Segundo O’Brien (2010), Sistemas de Infor- mação são um conjunto organizado de pessoas, hardware, software, redes de comunicações e recursos de dados, que coleta, transforma e dis- semina informações em uma organização. Sistemas de informação também podem ser considerados partes integrantes da estrutura das organizações, devido à sua fundamental impor- tância. Aliado a essa importância, torna-se inte- ressante analisarmos também que os administra- dores e/ou tomadores de decisão na organização não devem considerar os sistemas de informação somente pelas funções desempenhadas. Atualmente, os sistemas de informação afe- tam diretamente o modo como os administrado- res decidem, planejam e gerenciam toda a orga- nização e, com isso, nota-se a responsabilidade “atribuída” a esses sistemas de informação. Vamos conhecer, agora, alguns exemplos de recursos e produtos dos sistemas de informa- ção, segundo O’Brien (2010): Recursos Humanos: especialistas – analistas de sistemas, programadores, operadores de computador; usuários finais – todos os demais que utilizam os sistemas de informação; Recursos de Redes: meios de comuni- cação, processadores de comunicação, acesso a redes e software de controle; Recursos de Hardware: máquinas – computadores, monitores de vídeo, unidades de disco magnético, impres- soras, escâneres ópticos; Recursos de Software: programas – programas de sistemas operacionais, programas de planilhas eletrônicas, Figura 1 – Recursos de sistemas de informação. Benedito Cristiano Aparecido Petroni Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 8 programas de processamento de tex- tos, programa de folha de pagamento; procedimentos – procedimentos de en- trada de dados, procedimentos de cor- reção de erros, procedimento de distri- buição de contracheques; Recursos de Dados: descrição de pro- dutos, cadastro de clientes, arquivos de funcionários, bancos de dados de esto- que. Figura 2 – Recursos de serviços. 1.1 Gestão da Informação A maioria do trabalho a ser realizado com o processo de gestão da informação numa orga- nização requer softwares para distribuição de in- formação e isso faz com que ela tenha mais sig- nificado. Essa distribuição é necessária devido à necessidade de integração de todos os departa- mentos das organizações. Os sistemas de informação oferecem supor- te abrangente e imediato aos trabalhadores de informação em vários níveis da organização. Os processos envolvidos são: compartilhar conhecimento; capturar e codificar conhecimento; distribuir conhecimento; criar conhecimento. Saiba maisSaiba mais Tecnologia da Informação (TI): uma das muitas fer- ramentas utilizadas pelas organizações e seus co- laboradores para enfrentar as inúmeras mudanças decorrentes no dia a dia. Tecnologias de Gestão Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 9 Figura 3 – Infraestrutura de TI para gestão do conhecimento. Mas, para realizar esses processos, são ne- cessárias algumas tecnologias. Essas tecnologias, como poderemos perceber, estão presentes no dia a dia de praticamente todas as organizações. São elas: Redes: toda organização que possui a TI como aliada possui todo o seu acervo de computadores conectado através de uma rede; Bancos de dados: funcionam como repositórios do conhecimento e arma- zenam todas as informações existentes nos sistemas de informação; Computadores: ferramentas que con- duzem todo o processo, desde a entra- da das informações até o processamen- to e saída das informações; Softwares: desenvolvidos para atuar como mediadores de todo o processo de gestão das informações; Ferramentas de internet: nos últimos tempos, têm se tornado importantes aliadas no que diz respeito à informa- ção globalizada. A complexidade existente e crescente das tecnologias torna necessária uma grande diver- sidade de conhecimentos e informações para as organizações. Esses recursos encontram-se distribuídos em diferentes tipos de organizações (empresas, universidades, centros de pesquisa, governo etc.). O objetivo de tudo isso é o processo intensificado do aumento da conectividade entre os sistemas de informação, como serviços, redes e infraestru- tura para a transferência de conhecimentos. 1.2 Evolução dos Métodos de Desenvolvimento de Software Na sua primeira geração, o software era visto por muitos como uma reflexão posterior e a programação era uma arte. Os programadores trabalhavam sob inspiração. Os programas eram desenvolvidos sem nenhuma administração, sen- do que a maioria operava em hardware dedicado Benedito Cristiano Aparecido Petroni Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 10 à execução de um único programa ou a uma apli- cação específica, com distribuição limitada. O sof- tware era projetado sob medida para cada apli- cação e, muitas vezes, inexistia documentação, sendo o processo de desenvolvimento imaturo. Na segunda geração de software, surgiram: multiprogramação, sistemas de tempo real e sis- temas multiusuários. Com isso, a demanda de no- vas aplicações aumentou e a sofisticação atingiu novos níveis para software e hardware. O software legado ou antigo da primeira geração começou a exigir manutenção, integração e gerenciamento dos dados coletados, criandoa necessidade dos Sistemas de Gerenciamento de Banco de Dados (SGBDs). O computador tornou-se acessível às pessoas em suas casas e pequenas empresas cria- ram demandas de novos softwares como produ- tos de consumo (software house) para ampla dis- tribuição. Esse cenário, acrescido do esforço para manutenção de software, começou a absorver recursos humanos de desenvolvimento, levando à crise do software. A terceira geração de softwares foi marca- da pelo surgimento dos Sistemas Distribuídos, que apresentavam uma complexidade maior de desenvolvimento, aumentando o poder compu- tacional, pelas Redes de Computadores globais e locais e pelo surgimento de comunicações digitais de banda larga, que cresceram a núme- ros exorbitantes. Esse período foi marcado pela demanda por acesso instantâneo a dados e por uma proliferação do uso de microprocessadores e microcomputadores. O hardware tornou-se um produto primário, mas foi o software que fez a di- ferença. A cada dia, as pessoas esperavam produ- tos mais inteligentes. Na quarta geração, a técnica Orientada a Objetos (OO) tornou-se um padrão e o mercado começou a exigir que o software fosse desenvol- vido com Engenharia de Software. O uso de Técni- cas de Quarta Geração para desenvolvimento de software tornou-se uma prática para protótipos e os Sistemas Especialistas tiveram demanda. A Inteligência Artificial (IA), com uso de Redes Neu- rais e Reconhecimento de Padrões, passou a fazer parte do desenvolvimento. A figura a seguir apresenta marcos na linha evolutiva do software, sendo que alguns autores discordam das datas que marcam a história. Figura 4 – Linha evolutiva do desenvolvimento de software. Tecnologias de Gestão Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 11 AtençãoAtenção Você sabia que os sistemas de informação com- putadorizados são essenciais no ambiente de tra- balho de hoje, pois permitem às pessoas: analisar problemas, visualizar assuntos complexos, criar novos produtos, comunicar, tomar decisões, co- ordenar, entre outros. Segundo Laudon (2004), os principais tipos de sistemas de informação são os Sistemas de Processamento de Transações (SPTs), os Sistemas de Informações Gerenciais (SIGs) e os Sistemas de Apoio à Decisão (SADs). 1.3 Tipos de Sistemas de Informação A seguir, a figura mostra os diferentes tipos de sistemas de informação, nos vários níveis da organização, que dão suporte aos diferentes tipos de decisões. Figura 5 – Nível organizacional dos sistemas. Sistemas de Processamento de Transações (SPTs) Os SPTs são, basicamente, as fontes mais importantes de dados para todos os outros siste- mas das organizações. São um conjunto organi- zado de pessoas, procedimentos, software, base de dados e dispositivos usados para registrar transações completas de procedimentos no dia a dia das organizações. São os sistemas administrativos conside- rados “básicos” e que atendem a todos os níveis operacionais das organizações. Esses sistemas re- gistram todas as transações rotineiras e necessá- rias ao funcionamento da organização; quando é necessário inserir toda e qualquer informação no sistema, o procedimento é feito por um SPT. Benedito Cristiano Aparecido Petroni Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 12 Figura 6 – SPT. Sistemas de Informações Gerenciais (SIGs) Os SIGs também podem ser designados como uma categoria específica de sistemas de informação que dá suporte às funções do nível gerencial. Eles atendem ao nível gerencial da organização, munindo os gerentes de relatórios ou de acesso on-line aos registros de desempe- nho corrente e ao histórico da organização, bem como apoiam as funções de planejamento, con- trole e decisão no nível gerencial e, geralmente, dependem dos SPTs subjacentes para a aquisição de dados. Os SIGs usualmente atendem aos gerentes interessados em resultados semanais, mensais e anuais, e não em atividades diárias. Em geral, dão respostas a perguntas rotineiras que foram es- pecificadas anteriormente e cujo procedimento de obtenção de respostas é predefinido. A maior parte dos SIGs usa rotina simples, como resumos e comparações, em vez de sofisticados modelos matemáticos ou técnicas estatísticas. Os SIGs, por definição, servem também como base para as funções de planejamento, controle e tomada de decisões, em níveis geren- ciais das organizações. Normalmente, são orien- tados quase exclusivamente aos eventos internos e não aos eventos ambientais ou externos da or- ganização. A seguir, a figura ilustra, por meio de dia- grama, três SPTs que fornecem dados resumidos de transações ao sistema de relatórios do SIG. No fim de um período de tempo determinado, os ge- rentes têm acesso aos dados organizacionais por meio do SIG, que lhes disponibiliza relatórios ade- quados. Tecnologias de Gestão Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 13 Figura 7 – SPTs armazenando dados para os SIGs. Sistemas de Apoio à Decisão (SADs) Os SADs atendem ao nível gerencial de uma organização. Abordam problemas cujo procedimento, para chegar a uma solução, pode não ter sido to- Saiba maisSaiba mais Os SADs ajudam os gerentes a tomar decisões não usuais, que se alteram com rapidez e que não são facilmente especificadas com antecedência. talmente predefinido. Mas, para que funcionem de maneira adequada, os SADs necessitam de in- formações de outros tipos de sistemas: dos SPTs e dos SIGs. Os SADs são construídos expressamente com uma variedade de modelos para analisar da- dos ou, então, agrupam grandes quantidades de dados sob uma forma que pode ser analisada por quem toma as decisões na organização. Uma das principais características dos SADs é ajudar a alta gerência das empresas no processo de tomada de decisão. Figura 8 – SAD. Benedito Cristiano Aparecido Petroni Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 14 Segundo O’Brien (2010), os principais tipos de sistemas de informação são: SIGs: fornecem informações na forma de relatórios e demonstrativos pré-es- tipulados para os gerentes. Exemplos: análises de vendas, realização de pro- cessos e relatórios das tendências de custos. Atendem ao nível gerencial da empresa; SADs: fornecem apoio interativo para o processo de decisão dos gerentes. Exemplos: atribuição de preço dos pro- dutos, previsão de lucros e sistemas de análises de risco. Atendem ao nível ge- rencial da organização; SPTs: processam dados resultantes das transações empresariais, atualizam ban- cos de dados e produzem documentos empresariais. Exemplos: processamen- to de vendas e reabastecimento, entre outros. Atendem ao nível operacional. Basicamente, a utilização de cada tipo de sistema de informação pode ser considerada uma maneira singular de coordenar os trabalhos, as in- formações e, principalmente, o conhecimento em uma organização. Figura 9 – Classificação dos sistemas de informação como operacionais e gerenciais. Tecnologias de Gestão Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 15 Um sistema de informação é um conjunto de componentes inter-relacionados, desenvolvido para coletar, processar, armazenar e distribuir informação, para facilitar a coordenação, o con- trole, a análise, a visualização e o processo decisório; Os Sistemas de Informação podem ser usados para obter uma vantagem estratégica compe- titiva sobre empresas rivais, bem como para desenvolver novos nichos de mercado, prender clientes e fornecedores, diferenciar produtos e serviços e diminuir custos operacionais; Os SIGs são sistemas de relatórios rotineiros empregados para monitorar e controlar empresas. Atendem ao nível Gerencial; Os SPTs são sistemas empresariais básicos, que controlam as transações necessárias para con- duzir um negócioe as utilizam para atualizar os registros da empresa. Atendem ao nível ope- racional; Os SADs são sistemas que permitem apoio, em nível gerencial, a uma decisão dentro da orga- nização; A finalidade de se construir sistemas de informação é resolver uma variedade de problemas organizacionais; Um sistema de informação consiste em três entidades que se ajustam mutuamente: pessoas, organizações e tecnologia; A dimensão ‘pessoas’ dos sistemas de informação envolve assuntos como treinamento, atitu- des no emprego, ergonomia e interface com o usuário. 1.4 Resumo do Capítulo Caro(a) aluno(a), Vamos, agora, avaliar a sua aprendizagem: 1. Sabe-se que os Sistemas de Informação são um conjunto organizado de pessoas, hardware, software, redes de comunicações e recursos de dados. Qual é a sua principal função? 2. Imagine uma empresa em que o faturamento mensal é de 2 milhões de reais; no mês seguin- te, sem nenhum motivo aparente, o faturamento cai para 1 milhão. Qual tipo de sistema servi- rá como recurso para apoiar a ação dos Gerentes/Diretores da organização? 1.5 Atividades Propostas Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 17 Caro(a) aluno(a), Neste capítulo, serão abordados a internet e suas derivações, os tipos de serviços e o modelo cliente/servidor. Começaremos, então, pela histó- ria da internet, em meados da Guerra Fria. A internet é um conjunto de redes de com- putadores interligadas pelo mundo inteiro, que têm em comum um conjunto de protocolos e ser- viços, de forma que os usuários a ela conectados podem usufruir de serviços de informação e co- municação de alcance mundial. Segundo Laudon (2004), a internet talvez seja a mais bem conhecida e a maior implemen- tação de trabalho em rede, interligando centenas de milhares de redes individuais em todo o mun- do. INTERNET E SUAS DERIVAÇÕES2 AtençãoAtenção A tecnologia de internet provê a infraestrutura primária para comércio e negócios eletrônicos para as organizações. Dispõe de uma gama de recursos que as or- ganizações estão utilizando para trocar informa- ções internamente ou para se comunicar externa- mente com outras organizações durante a gestão de seu negócio. Porém, quanto à internet direta, salvo algumas questões especiais, qualquer indi- víduo pode conectar-se, estando seu computa- dor numa área em que tenha acesso. 2.1 História da Internet Guerra Fria A Guerra Fria foi um período em que a guer- ra era improvável e a paz impossível, pois os inte- resses capitalistas e socialistas eram inconciliáveis por natureza. Já a guerra era improvável porque o poder de destruição das superpotências era tão grande que um confronto generalizado seria, com certeza, o último (TV CULTURA, 2012). Envolvidos: Estados Unidos x União Soviética Figura 10 – Estados Unidos x União Soviética. O mundo estava dividido em dois blocos: Capitalismo e Socialismo. No mundo real, as duas grandes agências de espionagem, a Komitet Gosudarstvennoi Be- zopasnosti (KGB) soviética e a Central Intelligence Agency (CIA) americana, treinavam agentes para atos de sabotagem, assassinatos, chantagens e coleta de informações, haja vista que a transmis- são, naquela época, dava-se verbalmente (pessoa para pessoa). Benedito Cristiano Aparecido Petroni Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 18 A conquista do espaço pelos Russos causou medo ao governo americano, que pensou que, se os Russos eram capazes de enviar um satélite ao espaço, também poderiam disparar um míssil e atingir seus centros de informações secretas. Para poder assegurar a liderança tecnológi- ca, os Estados Unidos fundaram a Agência de Pro- jetos de Pesquisa Avançada de Defesa, conhecida como DARPA, em fevereiro de 1958. Nessa época, o conhecimento só era trans- ferido por pessoas. Figura 12 – Transferência do conhecimento. A DARPA planejou uma rede de computa- dores em grande escala, a fim de acelerar a trans- ferência de conhecimento e evitar a duplicidade de pesquisas já existentes. Essa rede tornar-se-ia a ARPANET. Além disso, três outros conceitos foram desenvolvidos, que foram fundamentais para a história da internet: o conceito de uma rede mi- litar pela Corporação RAND, na América, a rede comercial do Laboratório Nacional de Física da In- glaterra e a rede científica CYCLADES, na França. No dia 4 de outubro de 1957, a União Soviética enviou ao espaço o primeiro satélite não tripula- do, chamado Sputnik 1. Figura 11 – Satélite Sputnik 1. CuriosidadeCuriosidade A abordagem científica, militar e comercial des- ses conceitos foi a fundação para a nossa internet moderna. Vamos começar com a ARPANET, a mais familiar dessas redes, cujo desenvolvimento co- meçou em 1966. Universidades eram geralmente bem precavidas sobre compartilhar seus compu- tadores; sendo assim, pequenos computadores foram colocados na frente do Mainframe. Esse computador, o Processador de interface de men- sagens (Interface Message Processor – IMP), tomou o controle das atividades na rede, enquanto o Mainframe era apenas responsável pela inicia- lização dos programas e arquivos de dados. Ao mesmo tempo, o IMP servia como interface para o mainframe. Como apenas os IMPs estavam interconec- tados na rede, isso também foi chamado sub-re- de IMP. Figura 13 – Sub-rede IMP. Para as primeiras conexões entre os compu- tadores, o Grupo de Trabalho de Rede desenvol- veu o protocolo de controle de rede (Net Control Protocol – NCP). Mais tarde, o NCP foi substituí- do pelo mais eficiente Protocolo de Controle de Transmissão (Transmission Control Protocol – TCP). A característica específica do TCP é a verificação de transferência do arquivo. Na Inglaterra, foi criada uma rede chamada NPL, desenvolvida numa base comercial; muitos usuários e transferências de arquivos eram espe- rados. Para evitar o congestionamento das linhas, os arquivos enviados foram divididos em peque- nos pacotes, que eram reunidos novamente no destinatário. Havia nascido ali a comutação de pacotes. Tecnologias de Gestão Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 19 Figura 14 – Estados Unidos. Nessa época, sistemas de informação ti- nham uma arquitetura de rede centralizada. Figura 15 – Rede centralizada. Figura 16 – Colapso decorrente de um ataque. Para evitar um colapso durante um ataque, uma arquitetura de rede descentralizada tinha que ser desenvolvida, a qual, no caso da perda de um nó, ainda ficaria operante, conforme mostra o exemplo a seguir: Saiba maisSaiba mais Em 1962, um avião confederado americano desco- briu mísseis de médio e longo alcance, em Cuba, que eram capazes de alcançar os Estados Unidos. Isso atiçou o medo de um conflito atômico. Figura 17 – Rede descentralizada. Figura 18 – Rede descentralizada vítima de ataque. Outro marco seguiu-se com o desenvolvi- mento da rede Francesa CYCLADES, que possuía um orçamento muito menor que o da ARPANET e menos nós; o foco recaiu sobre a comunicação com outras redes. Dessa maneira, o termo ‘inter- net’ nasceu. Figura 19 – Topologia da internet. Em 28 de fevereiro de 1990, o hardware da ARPANET foi removido, mas a internet ficou on- -line e funcionando normalmente. Benedito Cristiano Aparecido Petroni Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 20 Figura 20 – Internet. 2.2 A Web Segundo Silva (2008), a “Web” é uma palavra inglesa que significa teia e, em internet, é usada para designar abreviadamente a rede mundial de computadores, cujo funcionamento assemelha- -se a uma imensa teia de aranha, interligando computadores no mundo inteiro. A Web foi inventada, em 1992, por Tim Ber- ners Lee. Figura 21 – Tim Berners Lee. Tim Berners Lee trabalhava na seção de computação da EuropeanOrganization for Nu- clear Research (CERN – Organização Europeia de Pesquisa Nuclear), quando iniciou pesquisas vi- sando a descobrir um método que possibilitasse aos cientistas do mundo inteiro compartilhar ele- tronicamente seus textos e pesquisas e que tives- se a funcionalidade de interligar os documentos. Estava criada a noção de web e de links, como são conhecidos atualmente (SILVA, 2008). Segundo Silva (2008), em 1990, Tim criou o protótipo de um navegador para rodar em com- putadores da NeXT, uma companhia fundada, em 1985, por Steve Jobs. Inicialmente, o navegador foi chamado WorldWideWeb e, posteriormente, renomeado para Nexus, a fim de evitar confusão com a World Wide Web. Nos dias atuais, temos inúmeros navegado- res, sendo os mais conhecidos: Firefox e Internet Explorer. 2.3 Serviços da Web Para as organizações, são inúmeras as opções que a internet oferece para o gerenciamento ou ges- tão da organização. Segue a Tabela 1, com os serviços mais conhecidos e considerados mais importantes da internet. Tecnologias de Gestão Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 21 Tabela 1 – Serviços mais conhecidos e importantes da internet. Recurso Funções suportadas E-mail Mensagem pessoa a pessoa; compartilhamento de documentos. Grupos de discussão Grupos de discussão em painéis eletrônicos de notícias. Bate-papo Conversas interativas. Telnet Fazer conexão com outro computador e assumir o controle a distância. FTP Transferir arquivos de um computador para outro. Nota: FTP: File Transfer Protocol ou Protocolo de Transferência de Arquivos. O serviço oferecido às organizações, tendo a internet como plataforma, que mais é utilizado e, hoje, é quase obrigatório sem dúvida é o e-mail. Mas qual o significado de um endereço de e-mail? Figura 22 – Um endereço de e-mail. O endereço ilustrado na figura significa o seguinte: o endereço do físico e astrônomo Gali- leu Galilei seria traduzido como “G. Galilei, Univer- sidade de Pisa, instituição educacional, Itália”. O nome de domínio, à direita do símbolo @, contém um indicador de país, um indicador de função e a localização do computador hospedeiro, que ar- mazena as informações referentes à conta de e- -mail. 2.4 Modelo Cliente-Servidor No modelo cliente-servidor, temos duas partes, ou seja, de um lado, o cliente e, do outro, o servidor. Cliente: é um programa (software) executado em um host, que solicita in- formações a outro programa, normal- mente através da rede. Exemplo de pro- grama cliente: “navegador” Web. Saiba maisSaiba mais A maioria das aplicações da internet utiliza o mode- lo de interação chamado “cliente-servidor”. Benedito Cristiano Aparecido Petroni Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 22 Figura 23 – Tipos de navegadores. Servidor: é um programa que fica aguardando as solicitações dos clientes. Exemplo: servido- res Web Apache e IIS. Figura 24 – Software cliente-servidor. Vale lembrar que os servidores oferecem inúmeros tipos de serviços em uma mesma máquina, através de diferentes protocolos. Exemplos: E-mail (Simple Mail Transfer Protocol – SMTP), Transferência de arquivos (FTP), Sistema de nomes (Domain Name System – DNS), Bancos de dados (Structured Query Lan- guage – SQL), entre outros. Esses são apenas alguns protocolos de aplicações que utilizam o modelo cliente-servidor. Servidores Web Para que você consiga navegar na Web, baixar documentos ou páginas em um determinado ser- vidor de internet, faz-se necessário o uso de um determinado browser (Netscape, Internet Explorer, Fire- fox...). Tecnologias de Gestão Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 23 Procedimentos realizados pelo servidor web Figura 25 – Servidor web. Os servidores Web têm um trabalho integral na internet, aguardando sem descanso solicita- ções dos browsers Web. Tipos de solicitações Páginas web, imagens, sons ou, até mesmo, filmes. Assim que o servidor recebe uma solicita- ção de algum desses recursos, ele o encontra e, então, envia-o para o browser, conforme a ima- gem. Como a internet tornou-se uma rede cada vez maior de computadores interligados, houve necessidade de dedicar alguns computadores para prover serviços à rede, enquanto os demais acessariam esses serviços. Portanto, esses compu- tadores que proviam serviços eram denominados Servidores, enquanto os que acessavam os servi- ços eram chamados clientes (FREEMAN, 2010). Procedimentos realizados pelo browser web Você já sabe como funciona um browser: está surfando na Web e clica em um link para visi- tar uma página. Aquele clique faz com que o bro- wser solicite uma página em Hyper Text Markup Language (HTML) a um servidor Web, recebendo- -a e exibindo-a em sua janela. Figura 26 – Browser web. Benedito Cristiano Aparecido Petroni Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 24 Caro(a) aluno(a), Neste capítulo, estudamos a internet e suas derivações, os tipos de serviços e o modelo cliente- -servidor. A internet é um conjunto de redes de computadores interligadas pelo mundo; A divisão do mundo deu-se em dois grandes blocos: socialismo e capitalismo; As principais potências envolvidas nessa disputa pela corrida armamentista eram os Estados Unidos e a União Soviética; Os Estados Unidos fundaram a Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa, conheci- da como DARPA, em fevereiro de 1958; O primeiro país a enviar um satélite não tripulado para o espaço foi a União Soviética, o qual ficou conhecido como Sputnik 1; Outro marco seguiu-se com o desenvolvimento da rede francesa CYCLADES, que possuía um orçamento muito menor que o da ARPANET e menos nós; o foco recaiu sobre a comunicação com outras redes; “Cliente” é um programa (software) executado em um host, que solicita informações a outro programa, normalmente através da rede. Exemplo de programa cliente: “navegador” Web; “Servidor”: é um programa que fica aguardando as solicitações dos clientes. 2.5 Resumo do Capítulo 2.6 Atividades Propostas Caro(a) aluno(a), Vamos, agora, avaliar a sua aprendizagem: 1. Quais eram as duas potência envolvidas na Guerra Fria? 2. Qual era o nome do primeiro satélite não tripulado enviado ao espaço e em que ano aconte- ceu? Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 25 Caro(a) aluno(a), Daremos início, agora, aos diversos tipos de topologia e, se você desconhece essa palavra, fique tranquilo(a). Topologia nada mais é que o nome empregado ao tipo de rede utilizado. Quando o assunto é rede de computadores, é importante lembrar um conceito muito inte- ressante: o de Telecomunicações, mas, antes de explorarmos o assunto telecomunicações, vamos concentrar esforços para entender como funcio- nam as redes de computadores. REDES DE COMPUTADORES3 Existem diversos modos de organizar componen- tes de telecomunicações para formar uma rede e, consequentemente, diversas maneiras de classi- ficá-la. A classificação de uma rede é feita através de seus formatos, alcance geográfico e tipos de serviços oferecidos, também sendo conhecida como topologia. CuriosidadeCuriosidade A seguir, veremos os tipos de topologias existentes, segundo a definição de Laudon (2004). Rede em Estrela Nessa topologia, basicamente existe um computador central conectado a uma série de computadores menores ou terminais. A utilidade dessa topologia é para aplicações em que parte do processamento precisa ser centralizada e par- te pode ser executada localmente, porém, nesse tipo, existe um problema, que é a sua vulnerabili- dade, pois todas as comunicações devem ser pas- sadas ou repassadas pelo computador central. A seguir, a figura ilustra esse modelo de topologia. Figura 27 – Topologia de rede em estrela. 3.1 Topologias de Rede Existentes Comoo computador central (Central Proces- sing Unit – CPU) é o controlador do tráfego para os outros computadores e terminais, a comunicação da rede será interrompida se a CPU parar de fun- cionar. Também, todas as comunicações entre os computadores menores, terminais e impressoras devem passar primeiro pelo computador central. Redes em Barramento Nessa topologia, é interligada uma série de computadores por um único circuito de par tran- çado, cabo coaxial ou cabo de fibra óptica, que são modelos de cabeamento para redes de com- putadores. Benedito Cristiano Aparecido Petroni Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 26 A seguir, a figura ilustra a topologia de rede em barramento. Figura 28 – Topologia de rede em barramento. Nesse modelo de topologia, é permitido que as mensagens sejam transmitidas para toda a rede por um único circuito. Redes em Anel Como no modelo de rede em barramento, a rede em anel não necessita de um computador central, bem como seu perfeito funcionamento não será interrompido caso um dos computado- res apresente alguma anomalia. Cada computa- dor da rede pode comunicar-se diretamente com qualquer outro e cada um processa o próprio aplicativo independentemente. AtençãoAtenção Todos os sinais são transmitidos em ambas as di- reções para toda a rede, sendo que um software especial faz a identificação de quais componen- tes devem receber cada mensagem. Nesse mo- delo, não existe um computador central para controlar toda a rede. Se um dos computadores falhar, nenhum dos outros componentes da rede será afetado, mas todo o processo de comunica- ção dessa rede administra somente uma mensa- gem por vez; portanto, o desempenho pode ser comprometido se houver alto volume de tráfego na rede. No caso de dois computadores enviarem mensagens simultaneamente, pode ocorrer uma colisão e a mensagem deverá ser retransmitida. A seguir, a figura ilustra esse modelo de rede em anel. Figura 29 – Topologia de rede em anel. Nessa configuração, um computador cen- tral funciona como controlador do tráfego para todos os outros componentes da rede. Todas as comunicações entre computado- res menores, terminais e impressoras devem pas- sar, primeiramente, pelo computador central. Na topologia em anel, independentemente do meio físico de comunicação, forma-se um circui- to fechado, em que os dados são transmitidos ao longo do anel, de um computador para outro, sempre fluindo na mesma direção. CuriosidadeCuriosidade Tecnologias de Gestão Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 27 3.2 Resumo do Capítulo Caro(a) aluno(a), Neste capítulo, estudamos algumas topologias de rede. São elas: Redes em Estrela, Barramento e Anel. A classificação de uma rede é feita através de seus formatos, alcance geográfico e tipos de ser- viços oferecidos, também sendo conhecida como topologia; Na topologia de rede em barramento, todos os sinais são transmitidos em ambas as direções para toda a rede, sendo que um software especial faz a identificação de quais componentes devem receber cada mensagem; Na topologia em anel, independentemente do meio físico de comunicação, forma-se um cir- cuito fechado, em que os dados são transmitidos ao longo do anel, de um computador para outro, sempre fluindo na mesma direção. 3.3 Atividades Propostas Caro(a) aluno(a), Vamos, agora, avaliar a sua aprendizagem: 1. Qual é a topologia para aplicações em que parte do processamento precisa ser centralizada e parte pode ser executada localmente? 2. O que é Topologia de Rede? Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 29 Caro(a) aluno(a), Neste capítulo, você conhecerá a importân- cia dos bancos de dados, data warehouse e data mining. Segundo Stair (1998), por haver tantos ele- mentos nos negócios atuais das organizações, é fundamental manter os dados organizados, para que possam ser utilizados de modo eficaz. Um banco de dados deve ser projetado para armazenar todos os dados relevantes para a empresa e fornecer acesso rápido e modificações fáceis. Além disso, ele deve ser criado de forma a refletir os processos empresariais da organização; para a sua construção, é muito importante ana- lisar algumas questões que, de certa forma, são muito úteis aos administradores da organização: conteúdo: que dados devem ser cole- tados e qual o custo? acesso: que dados devem ser forneci- dos e quais usuários devem acessar de- terminadas informações? estrutura lógica: como os dados de- vem ser arrumados, de forma que façam sentido para um determinado usuário? BANCO DE DADOS4 organização física: onde os dados de- vem estar fisicamente localizados? Segundo Laudon (2004), um banco de da- dos é uma coleção de dados organizados para atender a muitas aplicações, centralizando efi- cientemente os dados e minimizando dados re- dundantes. Em vez de armazenar dados em ar- quivos separados para cada aplicação, eles são armazenados fisicamente, de modo que os usuá- rios encontrem-nos em um único local. Um único banco de dados atende a múltiplas aplicações. A figura a seguir mostra o funcionamento de um banco de dados. Praticamente todos os bancos de dados, tam- bém conhecidos como Sistemas Gerenciadores de Banco de Dados (SGBDs) ou Sistemas de Ge- renciamento de Banco de Dados (Database Ma- nagement Systems – DBMSs), têm a dimensão da organização, ou seja, todo o conhecimento e inte- ligência em seus arquivos, tabelas etc. CuriosidadeCuriosidade Figura 30 – Ambiente de um banco de dados. Benedito Cristiano Aparecido Petroni Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 30 Segundo Laudon (2004), um banco de da- dos de recursos humanos atende a múltiplas apli- cações e também permite que uma corporação facilmente reúna todas as informações para várias aplicações. O SGBD age como interface entre os pro- gramas aplicativos e os dados. 4.1 Bancos de Dados e a Internet A tecnologia de banco de dados tem im- portante papel na disponibilização dos recursos de informação às organizações na Web. Por exem- plo, um cliente que possui um navegador Web, também conhecido como Browser, pode querer pesquisar on-line todo o banco de dados de um varejista, em busca de informações sobre preços, afirma Laudon (2004). A figura a seguir ilustra como esse cliente poderia acessar o banco de dados interno do va- rejista pela Web. Figura 31 – Ligação de um banco de dados à web. 1 A Linguagem de Marcação de Hipertextos é uma linguagem de programação utilizada para a criação de páginas na Web. 2 A Linguagem de Consulta Estruturada é uma linguagem utilizada para a interpretação de informações, especificamente para os bancos de dados. O usuário acessaria o site Web do varejista pela internet, usando o software de navegador Web, o Browser, de seu computador. O software de navegação Web do usuário requisitaria os da- dos do banco de dados da organização, usando comandos de HTML1 para comunicar-se com o servidor Web. Como muitos bancos de dados de suporte não podem interpretar comandos escritos na lin- guagem HTML, o servidor Web passa essas requi- sições de dados para softwares especiais, que tra- duzem os comandos HTML para uma linguagem chamada SQL,2 de modo que possam ser proces- sados pelo DBMS que trabalha com o banco de dados. Tecnicamente, em um ambiente cliente- -servidor, o DBMS reside em um computador es- pecial dedicado, denominado servidor de banco de dados. O DBMS recebe as requisições SQL e fornece os dados requisitados. Para o gerenciamento das informações nas organizações, os usuários podem acessar os ban- cos de dados internos de uma organização por meio da Web, utilizando seus computadores de qualquer lugar, desde que estejam conectados através de um software de navegação: oBrowser. Existe uma série de vantagens em utilizar a Web para acessar bancos de dados internos de uma organização. Os softwares de navegador Web são extremamente fáceis de usar, exigindo muito menos treinamento do que, até mesmo, as ferra- mentas de consulta a banco de dados. Tecnologias de Gestão Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 31 AtençãoAtenção A interface Web não requer mudanças no banco de dados interno e as organizações podem im- pulsionar seus investimentos em sistemas mais antigos, porque custa muito menos adicionar uma interface Web à frente de um sistema com- putacional que já opera na organização do que iniciar todo o projeto de desenvolvimento e im- plantação para o sistema melhorar o acesso para o usuário. Com isso, o fato de acessar bancos de dados corporativos pela Web está criando novas eficiências e oportunidades, em alguns casos até mesmo mudando a maneira como os negócios são executados. Sendo assim, várias organizações têm cria- do novos tipos e modelos de negócios, com base na disponibilidade e acesso a grandes bancos de dados via Web. Já outras organizações estão utili- zando a Web para oferecer aos seus colaborado- res visões integradas da informação no âmbito total da organização. A tecnologia de banco de dados tem pro- porcionado muitos benefícios organizacionais, permitindo que as organizações mantenham grandes bancos de dados com informações pes- soais detalhadas, porém existem discussões que dizem respeito à representação de uma ameaça à privacidade das pessoas. Figura 32 – Data Warehouse e Data Mining. Fonte: http://www.datapult.com/Data_Mining.htm. Uma vez sabida a importância dos bancos de dados para as organizações junto ao advento da internet, também se pode observar a crescen- te necessidade das organizações da utilização de ferramentas para análise dessas informações. 4.2 Data Warehouse e Data Mining Atualmente, as organizações estão insta- lando poderosas ferramentas de análise e de ar- mazenamento de dados para fazer melhor uso das informações armazenadas em seus bancos e estão tendo sucesso, principalmente pelo acesso das tecnologias de bancos de dados e pela Web. Nas organizações, os responsáveis pelas tomadas de decisões necessitam de informações cada vez mais concisas e confiáveis sobre o que ocorre na organização, como operações, tendências e mu- danças. Os dados originam-se de muitos sistemas e aplicativos das organizações e também de fontes externas – bancos de dados específicos adquiri- dos com empresas especializadas, incluindo tran- sações ocorridas em sites Web –, sendo cada uma com modelos diferentes. Segundo Laudon (2004), um Data Warehouse é um banco de dados que armazena dados corren- tes e históricos de potencial interesse dos geren- tes de toda a organização. CuriosidadeCuriosidade Benedito Cristiano Aparecido Petroni Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 32 Ainda segundo Laudon (2004), os primeiros passos para a construção de um Data Warehouse envolvem a execução de uma análise completa dos requisitos de informação que poderiam ser satisfeitos; sendo assim, os administradores de- vem fazer alguns questionamentos, como: usuários: quais são os níveis da orga- nização e as funções empresariais que representam? propriedade: quem é responsável pela manutenção deles? Quem está autori- zado a acessar os dados? requisitos de informação: que tipos de relatórios e consultas o data warehouse deve suportar? Quais são os dados utili- zados nesses relatórios e consultas? fontes de dados: quais são as fontes de dados requeridas pelos relatórios? Quais vêm de fontes externas à empre- sa? atualidade: com que frequência os da- dos de um Data Warehouse precisam ser atualizados? padrão de dados: aplicativos elabo- rados para dar suporte a diferentes funções ou unidades organizacionais podem usar o mesmo termo de diferen- tes maneiras? Todos concordam com a definição de cada dado e com o modo como será utilizado? expectativa de qualidade: que nível de precisão e integridade dos dados do data warehouse é suficiente para aten- der às necessidades da empresa? benefícios: até que ponto esses bene- fícios com a construção do Data Wa- rehouse podem ser quantificados? Eles são maiores do que os custos? mudança do processo de negócio: a organização precisa mudar seus pro- cessos de negócios para poder utilizar efetivamente as informações contidas no Data Warehouse? Um sistema de Data Warehouse provê uma gama de ferramentas de consultas imediatas e padronizadas, ferramentas analíticas e recursos gráficos para produção de relatórios e Data Mi- ning. Alguns questionamentos devem ser feitos pelos tomadores de decisão da organização e, a partir deles, pode-se observar o auxílio de um Data Warehouse. A figura a seguir ilustra a análise do apoio de um sistema no auxílio à tomada de decisão. Figura 33 – Auxílio de um data warehouse na tomada de decisões. Tecnologias de Gestão Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 33 Segundo Laudon (2004), o Data Mining utiliza uma variedade de técnicas para descobrir modelos e relações ocultos em grandes repositó- rios de dados e, a partir daí, inferir regras para pre- ver comportamento futuro e orientar a tomada de decisões. Isso permite auxiliar as organizações a aderirem ao marketing “um para um”, no qual podem ser criadas mensagens personalizadas ou individualizadas com base em preferências indi- viduais. Saiba maisSaiba mais O Data Mining é uma ferramenta poderosa e lucra- tiva para as organizações, mas apresenta desafios à proteção da privacidade de cada indivíduo. No en- tanto, com todas as questões, os Data Warehouses habilitam os tomadores de decisões das organiza- ções a acessarem os dados quantas vezes precisa- rem, sem afetar o desenvolvimento dos outros siste- mas aplicativos da organização, com a facilidade de acesso com a tecnologia Web disponível. 4.3 Resumo do Capítulo Caro(a) aluno(a), Neste capítulo, estudamos os bancos de dados, o data warehouse e o data mining. Um banco de dados é uma coleção de dados organizados para atender a muitas aplicações, centralizando eficientemente os dados e minimizando dados redundantes; O Data Warehouse é um banco de dados que armazena dados correntes e históricos de poten- cial interesse dos gerentes de toda a organização; Os Data Warehouses habilitam os tomadores de decisões das organizações a acessarem os da- dos quantas vezes precisarem, sem afetar o desenvolvimento dos outros sistemas aplicativos da organização, com a facilidade de acesso com a tecnologia Web disponível. 4.4 Atividades Propostas Caro(a) aluno(a), Vamos, agora, avaliar a sua aprendizagem: 1. Qual é a diferença entre data warehouse e data mining? 2. De onde são originados os dados alocados no banco? Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 35 Caro(a) aluno(a), Neste capítulo, estudaremos o Plano diretor da empresa, o E-commerce, o Ensino a Distância (EaD) e as Empresas Digitais. Lembre-se das dicas do saiba mais, atenção e curiosidade. Figura 34 – Plano diretor de informática. PLANO DIRETOR DE INFORMÁTICA5 Segundo Rosini (2006), por ser cada vez mais um recurso estratégico, a aplicação de novas tecnologias precisa ser cuidadosamente planeja- da, organizada e controlada pelas organizações. O planejamento tecnológico sem dúvida nenhuma é uma das atividades mais importan- tes para a criação, sustentação e maximização da vantagem competitiva da organização. O princi- pal motivo para as organizações manterem todo o controle com relação a um plano diretor vem da necessidade da gestão do conhecimento na organização. Essa gestão do conhecimento aumenta a capacidadeda organização de aprender com seu ambiente e incorporar conhecimento a seus pro- cessos e execução da gestão dos negócios. Tam- bém conhecido como planejamento estratégico de sistemas de informação, permite que a organi- zação tenha futuro orientado e previsível, muito embora alguns tomadores de decisão e executi- vos das organizações ainda hoje, de certa forma, acreditem pouco nesse instrumento. Segundo Laudon (2004), refere-se ao con- junto de processos desenvolvidos em uma orga- nização para criar, armazenar, transferir e aplicar conhecimento. Sendo assim, a TI tem papel im- portante nessa gestão, como habilitadora de pro- cessos de negócios que visam a criar, armazenar, disseminar e aplicar conhecimento. Com isso, o desenvolvimento de procedi- mentos e rotinas, também conhecido como pro- cesso de negócios, é necessário para aperfeiçoar a criação, o fluxo, a aprendizagem, a proteção e o compartilhamento do conhecimento na orga- nização, sendo também de responsabilidade cen- tral da administração e dos tomadores de decisão pela organização. Benedito Cristiano Aparecido Petroni Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 36 Estar em dia com a tecnologia e controlar o impacto organizacional de sua aplicação são os principais desafios que as organizações enfren- tam atualmente na área de tecnologia, em que o objetivo do processo de planejamento tecnoló- gico é identificar as oportunidades de aplicação de novas tecnologias, definindo as linhas de ação para sua utilização efetiva na organização, na qual ele deve ser estruturado em diversas atividades, com sua aplicação variando em função dos vá- rios setores existentes na organização, do próprio ambiente organizacional, dos objetivos e vetores Saiba maisSaiba mais Basicamente, um plano diretor é a representação de um conjunto de decisões e ações planejadas con- templando períodos futuros, coordenando tam- bém um planejamento global com a organização. estratégicos e do tipo de tecnologia em questão, em que as ações têm como referências a visão estratégica e o objetivo de criar, sustentar ou au- mentar a vantagem competitiva (ROSSINI, 2006). Durante muitos anos, as transações co- merciais das organizações foram pelo método convencional – presencial de compra e venda. O cenário, atualmente, está mudando e de manei- ra muito rápida. As transações comerciais estão adotando a plataforma da internet para se con- cretizarem e, a partir daí, seu nome mudou para comércio eletrônico ou e-commerce. Figura 35 – Comércio eletrônico. Fonte: http://www.ridabe.com/ecomerce.html. 5.1 E-Commerce Existem diferentes maneiras de classificar o co- mércio eletrônico, levando em conta a natureza dos participantes da transação. CuriosidadeCuriosidade Os três principais tipos dessa categoria de comércio eletrônico, segundo Laudon (2004), são: Comércio eletrônico empresa-consu- midor: também conhecido como B2C, é a venda de produtos e serviços no va- rejo diretamente a compradores indivi- duais; Comércio eletrônico empresa-em- presa: conhecido como B2B, é a venda de bens e serviços entre empresas; Comércio eletrônico consumidor- -consumidor: é a venda eletrônica de bens e serviços por consumidores dire- tamente a outros consumidores. Tecnologias de Gestão Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 37 Figura 36 – Fluxo de informação no e-commerce. Outra maneira para classificar as transações comerciais eletrônicas é os termos da conexão fí- sica, ou seja, como o usuário está conectado na grande rede. Recentemente, praticamente todas as transações ocorriam por meio de redes ligadas por fio. Hoje, telefones celulares e outras aplica- ções digitais portáteis sem fio estão habilitados para internet, de modo que podem ser usados para enviar e-mails ou acessar sites. As organizações estão se apressando em oferecer novos conjuntos de produtos e serviços baseados na Web que possam ser acessados por esses equipamentos sem fio. As primeiras aplicações com referência a co- mércio eletrônico datam do início da década de 1970 e eram limitadas somente a: Grandes corporações; Instituições financeiras; Algumas empresas mais ousadas. Essas primeiras aplicações eram conhecidas como Transferências Eletrônicas de Fundos (TEFs) e utilizadas por organizações como: Fabricantes; Varejistas; Prestadoras de Serviços. É importante ressaltar que cabe a cada or- ganização reunir todos os componentes que per- mitirão a ela obter vantagem competitiva com o comércio eletrônico, usando alguma tecnologia para disponibilizá-lo. Contudo, a internet está acelerando o cres- cimento em alguns setores e criando oportuni- dades para novos tipos de negócios. Em certos ramos, distribuidores que operam depósitos de mercadorias ou intermediários como corretores imobiliários podem ser substituídos por novos intermediários, que são especializados em auxi- liar os usuários de internet a obter, de maneira eficiente, informações sobre produtos e preços, localização de fontes on-line de produtos e servi- ços, ou gerenciar ou maximizar o valor das infor- mações capturadas em transações de comércio eletrônico. A figura a seguir ilustra um canal de distri- buição que apresenta diversas camadas interme- diárias e cada uma delas aumenta o custo final de um produto, como uma blusa, por exemplo. Benedito Cristiano Aparecido Petroni Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 38 Figura 37 – Benefícios para o consumidor através do e-commerce. Cabe ressaltar que toda a organização tem inúmeros benefícios com o e-commerce, mas, principalmente, os profissionais de marketing, que podem utilizar características interativas das páginas Web para prender a atenção dos clientes ou para conseguir informações detalhadas sobre preferências e interesses, com a finalidade de pro- mover o marketing da organização. Figura 38 – Exemplo de aplicação: personalização de um site Web. Veja que, nessa figura, as organizações podem criar páginas Web exclusivas e personalizadas, que apresentam conteúdo ou anúncios de produtos e serviços de especial interesse para clientes individuais, aprimorando a experiência deles e criando valor adicional. Tecnologias de Gestão Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 39 5.2 Ensino a Distância (EaD) Segundo o Decreto nº 2.494, de 10 de feve- reiro de 1998, define-se EaD como uma forma de ensino que possibilita a autoaprendizagem, com a mediação de recursos didáticos sistematicamente or- ganizados, apresentados em diferentes suportes de informação, utilizados isola- damente ou combinados, e veiculados pelos diversos meios de comunicação. (BRASIL, 1998). Nas instituições de ensino e, recentemente, nas organizações, o EaD está se tornando uma importante aliada na disseminação de conheci- mento da organização. Figura 39 – EaD. Fonte: http://www.abmeseduca.com/?p=192. Para Laudon (2004), o EaD é a educação ou treinamento transmitido a indivíduos em uma ou mais localidades. O EaD, também conhecido como e-learning, vem sendo empregado cada vez mais para des- crever o tipo de instrução que utiliza exclusiva- mente tecnologia digital pura, entregue pela in- ternet ou por redes privadas (LAUDON, 2004). AtençãoAtenção Embora o EaD possa ser realizado com material impresso, a sua experiência está se baseando cada vez mais na TI, televisão por satélite ou mul- timídia interativa e, também, na Web. Alguns programas de EaD utilizam a comu- nicação síncrona, na qual o professor e o aluno estão presentes ao mesmo tempo durante a ins- trução, mesmo encontrando-se fisicamente em locais distantes. Já outros programas utilizam a comunicação assíncrona, na qual professor e alu- no não têm interação no mesmo local e ao mesmo tempo. Um exemploé o Curso da Unisa Digital, no qual os estudantes podem acessar a Web, ob- ter o material do curso e comunicar-se com seus instrutores através da plataforma de interação. Contudo, na era da informação, rótulo já consagrado para caracterizar a sociedade dos nossos dias, torna-se cada vez mais evidente o aumento da demanda por pessoas portadoras de conhecimentos e habilidades e, ao mesmo tem- po, constata-se que a educação tradicional e os meios tradicionais das organizações parecem ser incapazes de atender a essa nova demanda do mundo tecnológico existente. Vale lembrar que um fator que faz a diferen- ça para que o EaD possa se firmar cada vez mais nas organizações é que permite a aprendizagem relacionada às experiências dos alunos e profis- sionais das organizações e às suas vidas profis- sionais e sociais, sem que essas pessoas tenham que sair de seus locais geográficos, muitas vezes distantes. Benedito Cristiano Aparecido Petroni Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 40 Figura 40 – Empresa digital. Fonte: http://administracao3c.blogspot.com/2010/03/empresa- -tradicionalmistadigital-e.html. Durante muito tempo, as organizações uti- lizaram sistemas proprietários para a integração de suas informações e de seus sistemas internos, para a comunicação com clientes, fornecedores e parceiros comerciais. Esses sistemas eram ca- ros e baseavam-se em padrões tecnológicos que poucas empresas podiam adotar, mas, com a evo- lução tecnológica, a internet está rapidamente transformando toda essa infraestrutura, oferecen- do às organizações um modo mais fácil ainda de se comunicar com outras empresas e indivíduos, a um custo muito baixo. Essa comunicação é provida de um conjun- to de tecnologias e padrões tecnológicos univer- sais e fáceis de usar, que pode ser adotado por todas as organizações, não importando qual sis- tema de computadores ou plataforma de tecno- logia de informação estejam utilizando. Segundo Laudon (2004), parceiros comer- ciais podem se comunicar diretamente uns com os outros, evitando intermediários e procedimen- tos múltiplos ineficientes. 5.3 Empresa Digital Sites Web estão à disposição dos consumidores 24 horas por dia. Alguns produtos baseados em informação, como software, música e vídeo, po- dem ser distribuídos fisicamente via internet. CuriosidadeCuriosidade Vendedores de outros tipos de produtos e serviços podem usar a internet para distribuir in- formações sobre os produtos que vendem, como preços, opções, disponibilidade e prazo de entre- ga. A internet pode substituir ou ampliar o al- cance de canais de distribuição existentes, crian- do lojas para atrair e atender a clientes que, caso contrário, não escolheriam a sua organização. Com isso, as organizações podem usar a tecno- logia da internet para reduzir radicalmente seus custos de transação. Figura 41 – Empresa digital. O processo eletrônico de realização de transações pode reduzir custos de transação e o prazo de entrega para alguns bens, especialmente aqueles que são puramente digitais, como, por exemplo, software, textos, imagens etc., porque esses pro- dutos podem ser distribuídos através de versões eletrônicas. CuriosidadeCuriosidade Tecnologias de Gestão Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 41 Alguns modelos de negócios na internet são: Loja virtual: vendas de bens e serviços; Corretora de informações: forneci- mento de informações sobre produtos, preços, características etc.; Corretora de transações: permite aos compradores ter acesso a taxas e ter- mos de várias fontes; Provedora de serviços on-line: forne- cimento de serviços e apoio para pro- dutos de hardware e software; Leilão virtual: funciona como uma car- teira de compensação eletrônica e seus produtos variam de preço de acordo com a demanda existente para cada um; Banner de propaganda: recurso gráfi- co usado para propaganda e conectado, por um link, ao Web site do anunciante; Portais eletrônicos: ponto de entrada inicial à Web, com conteúdo especiali- zado, determinação de serviços etc. A internet pode ajudar as empresas a criar e capturar lucros de novas maneiras, agregando valor extra a produtos e serviços existentes ou provendo mudanças para novos produtos e/ou serviços, afirma Laudon (2004). Todos os modelos de negócios, de um modo ou de outro, agregam valor quando: fornecem ao cliente um novo produto ou serviço; oferecem informação ou serviço adicio- nal a um produto ou serviço tradicional; disponibilizam um produto ou um ser- viço a um custo mais baixo do que os meios tradicionais. Caro(a) aluno(a), Neste capítulo, estudamos o Plano diretor da empresa, o E-commerce, o EaD e as Empresas Digitais. Basicamente, um plano diretor é a representação de um conjunto de decisões e ações plane- jadas contemplando períodos futuros, coordenando também um planejamento global com a organização; Os três principais tipos de comércio eletrônico são: B2C, B2B e Comércio eletrônico consumi- dor-consumidor; O EaD é a educação ou treinamento transmitido a indivíduos em uma ou mais localidades; O processo eletrônico de realização de transações pode reduzir custos de transação e o prazo de entrega para alguns bens, especialmente aqueles que são puramente digitais, como, por exemplo, software, textos, imagens etc., porque esses produtos podem ser distribuídos através de versões eletrônicas. 5.4 Resumo do Capítulo Benedito Cristiano Aparecido Petroni Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 42 Caro(a) aluno(a), Vamos, agora, avaliar a sua aprendizagem: 1. B2B e B2C são que tipos de comércio eletrônico? 2. Quais são os benefícios da comunicação de vendas via web? 5.5 Atividades Propostas Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 43 Caro(a) aluno(a), Neste curso, pôde-se ver como as Tecnologias de Gestão e os diversos tipos de Sistemas de Infor- mação vêm interferindo na vida das pessoas e das organizações. A evolução dos recursos tecnológicos e dos sistemas de informação é um ponto forte no crescimento mundial e fundamental para as pessoas que se beneficiam de suas aplicações. Conforme estudado no curso, as novas tecnologias serão cada vez mais utilizadas num futuro pró- ximo. Seu potencial é vasto e tende a ser utilizado, em várias áreas do conhecimento, com muito mais frequência do que a encontrada na atualidade. Outro importante tópico abordado no curso foi o comércio eletrônico e o EaD, que são novas for- mas de vender produtos e serviços e, também, atualizar o conhecimento. Como se pôde ver, são diversas as tecnologias que temos como recursos de trabalho e estudo. Elas proporcionam a nós, usuários, sensações e emoções que talvez no mundo real não pudéssemos ter. A tecnologia avança rapidamente e precisamos estar preparados para acompanhá-la. Assim, caro(a) estudante(a), continue suas pesquisas nesta área e acompanhe sempre as novidades tecnológicas voltadas para o curso de Administração. CONSIDERAÇÕES FINAIS6 Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 45 CAPíTULo 1 1. Coletar, transformar e disseminar informações em uma organização. 2. Sistema de Apoio à Decisão. CAPíTULo 2 1. Estados Unidos e União Soviética. 2. Sputnik 1, em 1958. CAPíTULo 3 1. Rede em Estrela. 2. Topologia é o formato da rede. CAPíTULo 4 1. O Data Mining é uma ferramenta poderosa e lucrativa para as organizações, mas apresenta desafios à proteção da privacidade de cada indivíduo. No entanto, com todas as questões, os Data Warehouses habilitam os tomadores de decisões das organizações a acessarem os dados quantas vezes precisarem, sem afetar o desenvolvimento dos outros sistemas aplicativos da organização, com a facilidade de acesso com a tecnologia Web disponível.2. Os dados originam-se de muitos sistemas e aplicativos das organizações e, também, de fontes externas – bancos de dados específicos adquiridos com empresas especializadas, incluindo transações ocorridas em sites Web –, sendo cada uma com modelos diferentes. CAPíTULo 5 1. Comércio eletrônico empresa-consumidor: também conhecido como B2C, é a venda de produtos e serviços no varejo diretamente a compradores individuais; Comércio eletrônico empresa-empresa: conhecido como B2B, é a venda de bens e serviços entre empresas. 2. Parceiros comerciais podem se comunicar diretamente uns com os outros, evitando interme- diários e procedimentos múltiplos ineficientes; sendo assim, podemos afirmar que o maior beneficiário é o cliente final, que arcará com preços muito menores na compra dos produtos. RESPOSTAS COMENTADAS DAS ATIVIDADES PROPOSTAS Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 47 CYCLADES. Guia internet de conectividade. [S.l.: s.n.], 2001. FREEMAN, E. Use a cabeça, HTML com CSS e XHTML. 2. ed. Rio de Janeiro: Alta Books, 2010. LAUDON, K. C. Sistemas de informação gerenciais: administrando a empresa digital. São Paulo: Prentice Hall, 2004. O’BRIEN, J. Sistemas de informação e as decisões na era da internet. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2010. ROSINI, A. M. Administração de sistemas de informação e a gestão do conhecimento. São Paulo: Pioneira Thompson Learning, 2006. SILVA, C. C.; VARGAS S. V. HTML construindo a internet. [S.l.]: Viena, 2007. STAIR, R. M. Princípios de sistemas de informação: uma abordagem gerencial. 2. ed. São Paulo: LTC, 1998. REFERÊNCIAS Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 49 SUGESTÕES DE LEITURA Blog Corporativo - Aprenda como melhorar o relacionamento com seus clien- tes e fortalecer a imagem da sua empresa Fábio Cioriani Novatec Conectado - O que a internet fez com você e o que você pode fazer com ela Juliano Spyer Jorge Zahar Editor Sistemas de informação e as decisões gerenciais na era da internet James O’Brien Tecnologias de Gestão_online_maio_2012 OLE_LINK3 INTRODUÇÃO 1 SISTEMAS 1.1 Gestão da Informação 1.2 Evolução dos Métodos de Desenvolvimento de Software 1.3 Tipos de Sistemas de Informação 1.4 Resumo do Capítulo 1.5 Atividades Propostas 2 INTERNET E SUAS DERIVAÇÕES 2.2 A Web 2.3 Serviços da Web 2.4 Modelo Cliente-Servidor 2.5 Resumo do Capítulo 2.6 Atividades Propostas 3 REDES DE COMPUTADORES 3.2 Resumo do Capítulo 3.3 Atividades Propostas 4 BANCO DE DADOS 4.1 Bancos de Dados e a Internet 4.2 Data Warehouse e Data Mining 4.3 Resumo do Capítulo 4.4 Atividades Propostas 5 PLANO DIRETOR DE INFORMÁTICA 5.1 E-Commerce 5.2 Ensino à Distância (EaD) 5.3 Empresa Digital 5.4 Resumo do Capítulo 5.5 Atividades Propostas 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS RESPOSTAS COMENTADAS DAS ATIVIDADES PROPOSTAS REFERÊNCIAS SUGESTÕES DE LEITURA
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