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Tecnologia e Sociedade

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Tecnologias de 
Gestão
Benedito Cristiano Aparecido Petroni
Revisada por Marcelo L. C. Pereira
APRESENTAÇÃO
É com satisfação que a Unisa Digital oferece a você, aluno(a), esta apostila de Tecnologias de Gestão, 
parte integrante de um conjunto de materiais de pesquisa voltado ao aprendizado dinâmico e autôno-
mo que a educação a distância exige. O principal objetivo desta apostila é propiciar aos(às) alunos(as) 
uma apresentação do conteúdo básico da disciplina.
A Unisa Digital oferece outras formas de solidificar seu aprendizado, por meio de recursos multidis-
ciplinares, como chats, fóruns, aulas web, material de apoio e e-mail.
Para enriquecer o seu aprendizado, você ainda pode contar com a Biblioteca Virtual: www.unisa.br, 
a Biblioteca Central da Unisa, juntamente às bibliotecas setoriais, que fornecem acervo digital e impresso, 
bem como acesso a redes de informação e documentação.
Nesse contexto, os recursos disponíveis e necessários para apoiá-lo(a) no seu estudo são o suple-
mento que a Unisa Digital oferece, tornando seu aprendizado eficiente e prazeroso, concorrendo para 
uma formação completa, na qual o conteúdo aprendido influencia sua vida profissional e pessoal.
A Unisa Digital é assim para você: Universidade a qualquer hora e em qualquer lugar!
Unisa Digital
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................... 5
1 SISTEMAS .................................................................................................................................................... 7
1.1 Gestão da Informação ....................................................................................................................................................8
1.2 Evolução dos Métodos de Desenvolvimento de Software ..............................................................................9
1.3 Tipos de Sistemas de Informação ...........................................................................................................................11
1.4 Resumo do Capítulo ....................................................................................................................................................15
1.5 Atividades Propostas ...................................................................................................................................................15
2 INTERNET E SUAS DERIVAÇÕES ................................................................................................ 17
2.1 História da Internet ......................................................................................................................................................17
2.2 A Web .................................................................................................................................................................................20
2.3 Serviços da Web.............................................................................................................................................................20
2.4 Modelo Cliente-Servidor ...........................................................................................................................................21
2.5 Resumo do Capítulo ....................................................................................................................................................24
2.6 Atividades Propostas ...................................................................................................................................................24
3 REDES DE COMPUTADORES ........................................................................................................ 25
3.1 Topologias de Rede Existentes ................................................................................................................................25
3.2 Resumo do Capítulo ....................................................................................................................................................27
3.3 Atividades Propostas ...................................................................................................................................................27
4 BANCO DE DADOS ............................................................................................................................. 29
4.1 Bancos de Dados e a Internet ..................................................................................................................................30
4.2 Data Warehouse e Data Mining ...............................................................................................................................31
4.3 Resumo do Capítulo ....................................................................................................................................................33
4.4 Atividades Propostas ...................................................................................................................................................33
5 PLANO DIRETOR DE INFORMÁTICA ....................................................................................... 35
5.1 E-Commerce ....................................................................................................................................................................36
5.2 Ensino a Distância (EaD) .............................................................................................................................................39
5.3 Empresa Digital .............................................................................................................................................................40
5.4 Resumo do Capítulo ....................................................................................................................................................41
5.5 Atividades Propostas ...................................................................................................................................................42
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................................... 43
RESPOSTAS COMENTADAS DAS ATIVIDADES PROPOSTAS ..................................... 45
REFERÊNCIAS ............................................................................................................................................. 47
SUGESTÕES DE LEITURA .................................................................................................................... 49
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INTRODUÇÃO
Prezado(a) aluno(a), 
Pensar em tecnologia, computadores, sistemas, redes e até mesmo internet faz-nos refletir sobre 
algumas questões:
ƒƒ Como as organizações administravam tantas informações e processos numa época em que 
não tinham à disposição os itens citados?
ƒƒ Como quais informações os gestores das organizações controlavam o processo gerencial e, ao 
mesmo tempo, tomavam decisões?
A última década do século XX trouxe mudanças drásticas em todo o ambiente organizacional, oca-
sionadas principalmente por dois fatores: globalização e tecnologia.
O efeito maior da globalização é a diminuição de distâncias; a abertura de fronteiras atinge grupos 
sociais, raças, países, religiões, organizações e pessoas, com o efeito final de aproximá-las de forma nunca 
vista antes. Esse fator apresenta consequências variadas, pela troca de informações e conhecimento, o 
que permite o posicionamento de cada indivíduo no contexto internacional de forma mais precisa do 
que antigamente, evidenciando forças e fraquezas e facilitando a compreensão das distâncias que os 
separam.
O desenvolvimento tecnológico também modificou a estrutura organizacional, por dois motivos 
principais:
ƒƒ disponibilidade: fatorimportante que permite que todos, independentemente de tamanho 
ou estágio de desenvolvimento, tenham acesso a mais avançada tecnologia disponível, o que 
não era viável até a década de 1980, quando apenas organizações de certo porte ou avançadas 
tecnologicamente tinham condições de operar;
ƒƒ complexidade: refere-se à capacidade de obter resultados e aproveitar corretamente os bene-
fícios potenciais de seu emprego, não confundindo com a operação dela. As funcionalidades 
hoje oferecidas – por exemplo, sistemas de gestão integrados – conduzem menos à operação 
rotineira e muito mais à capacidade de tomada de decisões pelo gestor da organização, resul-
tando na necessidade de aumentar constantemente o perfil de competências do ser humano, 
quando se incorpora tecnologia.
Quando se analisa o conjunto desses fatores abordados, surge uma conclusão interessante: atual-
mente, temos distâncias menores, com aumento de competitividade e competidores de posse de tecno-
logias iguais.
Quem tem as maiores chances de se sair melhor? A resposta leva de imediato aos conceitos de 
estratégia e competência, atributos que somente podem ser encontrados nos seres humanos. Isso é re-
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sultado da atenção dada para o moderno tratamento dos assuntos ‘conhecimento’ e ‘informação’, nos 
últimos anos. 
Para que possamos atender às expectativas do mercado de trabalho, o nosso objetivo inicial é pro-
porcionar ao aluno conhecimentos, na visão do administrador de empresas, de um profissional da área 
de gestão e do processamento de informações, identificando as tecnologias, recursos e aplicações da era 
dos sistemas junto às organizações.
Espera-se que ao final deste trimestre o(a) aluno(a) encontre-se preparado(a) para lidar com as di-
versas formas de tecnologia da informação; conceitos de sistemas; gerenciamento de redes, bancos de 
dados; e também seja capaz de identificar o plano diretor de informática para o gestor.
A partir de agora, veremos um pouco sobre a questão da gestão da tecnologia da informação nas 
organizações.
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SISTEMAS1 
Caro(a) aluno(a),
Neste capítulo, você estudará os Recursos 
de Sistemas, a Gestão da Informação, a Evolução 
dos Métodos de Desenvolvimento de Software e 
os diferentes Tipos de Sistemas, como: Sistemas 
de Informação Gerencial, Sistemas de Apoio à 
Decisão e Sistemas de Processamento de Transa-
ções.
Segundo O’Brien (2010), Sistemas de Infor-
mação são um conjunto organizado de pessoas, 
hardware, software, redes de comunicações e 
recursos de dados, que coleta, transforma e dis-
semina informações em uma organização.
Sistemas de informação também podem ser 
considerados partes integrantes da estrutura das 
organizações, devido à sua fundamental impor-
tância. Aliado a essa importância, torna-se inte-
ressante analisarmos também que os administra-
dores e/ou tomadores de decisão na organização 
não devem considerar os sistemas de informação 
somente pelas funções desempenhadas. 
Atualmente, os sistemas de informação afe-
tam diretamente o modo como os administrado-
res decidem, planejam e gerenciam toda a orga-
nização e, com isso, nota-se a responsabilidade 
“atribuída” a esses sistemas de informação.
Vamos conhecer, agora, alguns exemplos 
de recursos e produtos dos sistemas de informa-
ção, segundo O’Brien (2010):
ƒƒ Recursos Humanos: especialistas – 
analistas de sistemas, programadores, 
operadores de computador; usuários 
finais – todos os demais que utilizam os 
sistemas de informação;
ƒƒ Recursos de Redes: meios de comuni-
cação, processadores de comunicação, 
acesso a redes e software de controle;
ƒƒ Recursos de Hardware: máquinas – 
computadores, monitores de vídeo, 
unidades de disco magnético, impres-
soras, escâneres ópticos;
ƒƒ Recursos de Software: programas – 
programas de sistemas operacionais, 
programas de planilhas eletrônicas, 
Figura 1 – Recursos de sistemas de informação.
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programas de processamento de tex-
tos, programa de folha de pagamento; 
procedimentos – procedimentos de en-
trada de dados, procedimentos de cor-
reção de erros, procedimento de distri-
buição de contracheques;
ƒƒ Recursos de Dados: descrição de pro-
dutos, cadastro de clientes, arquivos de 
funcionários, bancos de dados de esto-
que.
Figura 2 – Recursos de serviços.
1.1 Gestão da Informação
A maioria do trabalho a ser realizado com 
o processo de gestão da informação numa orga-
nização requer softwares para distribuição de in-
formação e isso faz com que ela tenha mais sig-
nificado. Essa distribuição é necessária devido à 
necessidade de integração de todos os departa-
mentos das organizações.
Os sistemas de informação oferecem supor-
te abrangente e imediato aos trabalhadores de 
informação em vários níveis da organização. Os 
processos envolvidos são:
ƒƒ compartilhar conhecimento;
ƒƒ capturar e codificar conhecimento;
ƒƒ distribuir conhecimento;
ƒƒ criar conhecimento.
Saiba maisSaiba mais
Tecnologia da Informação (TI): uma das muitas fer-
ramentas utilizadas pelas organizações e seus co-
laboradores para enfrentar as inúmeras mudanças 
decorrentes no dia a dia.
Tecnologias de Gestão
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 Figura 3 – Infraestrutura de TI para gestão do conhecimento.
Mas, para realizar esses processos, são ne-
cessárias algumas tecnologias. Essas tecnologias, 
como poderemos perceber, estão presentes no 
dia a dia de praticamente todas as organizações. 
São elas:
ƒƒ Redes: toda organização que possui a 
TI como aliada possui todo o seu acervo 
de computadores conectado através de 
uma rede;
ƒƒ Bancos de dados: funcionam como 
repositórios do conhecimento e arma-
zenam todas as informações existentes 
nos sistemas de informação;
ƒƒ Computadores: ferramentas que con-
duzem todo o processo, desde a entra-
da das informações até o processamen-
to e saída das informações;
ƒƒ Softwares: desenvolvidos para atuar 
como mediadores de todo o processo 
de gestão das informações;
ƒƒ Ferramentas de internet: nos últimos 
tempos, têm se tornado importantes 
aliadas no que diz respeito à informa-
ção globalizada.
A complexidade existente e crescente das 
tecnologias torna necessária uma grande diver-
sidade de conhecimentos e informações para as 
organizações.
Esses recursos encontram-se distribuídos 
em diferentes tipos de organizações (empresas, 
universidades, centros de pesquisa, governo etc.). 
O objetivo de tudo isso é o processo intensificado 
do aumento da conectividade entre os sistemas 
de informação, como serviços, redes e infraestru-
tura para a transferência de conhecimentos.
1.2 Evolução dos Métodos de Desenvolvimento de Software
Na sua primeira geração, o software era 
visto por muitos como uma reflexão posterior e 
a programação era uma arte. Os programadores 
trabalhavam sob inspiração. Os programas eram 
desenvolvidos sem nenhuma administração, sen-
do que a maioria operava em hardware dedicado 
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à execução de um único programa ou a uma apli-
cação específica, com distribuição limitada. O sof-
tware era projetado sob medida para cada apli-
cação e, muitas vezes, inexistia documentação, 
sendo o processo de desenvolvimento imaturo.
Na segunda geração de software, surgiram: 
multiprogramação, sistemas de tempo real e sis-
temas multiusuários. Com isso, a demanda de no-
vas aplicações aumentou e a sofisticação atingiu 
novos níveis para software e hardware. O software 
legado ou antigo da primeira geração começou a 
exigir manutenção, integração e gerenciamento 
dos dados coletados, criandoa necessidade dos 
Sistemas de Gerenciamento de Banco de Dados 
(SGBDs). O computador tornou-se acessível às 
pessoas em suas casas e pequenas empresas cria-
ram demandas de novos softwares como produ-
tos de consumo (software house) para ampla dis-
tribuição. Esse cenário, acrescido do esforço para 
manutenção de software, começou a absorver 
recursos humanos de desenvolvimento, levando 
à crise do software. 
A terceira geração de softwares foi marca-
da pelo surgimento dos Sistemas Distribuídos, 
que apresentavam uma complexidade maior de 
desenvolvimento, aumentando o poder compu-
tacional, pelas Redes de Computadores globais 
e locais e pelo surgimento de comunicações 
digitais de banda larga, que cresceram a núme-
ros exorbitantes. Esse período foi marcado pela 
demanda por acesso instantâneo a dados e por 
uma proliferação do uso de microprocessadores 
e microcomputadores. O hardware tornou-se um 
produto primário, mas foi o software que fez a di-
ferença. A cada dia, as pessoas esperavam produ-
tos mais inteligentes.
Na quarta geração, a técnica Orientada a 
Objetos (OO) tornou-se um padrão e o mercado 
começou a exigir que o software fosse desenvol-
vido com Engenharia de Software. O uso de Técni-
cas de Quarta Geração para desenvolvimento de 
software tornou-se uma prática para protótipos 
e os Sistemas Especialistas tiveram demanda. A 
Inteligência Artificial (IA), com uso de Redes Neu-
rais e Reconhecimento de Padrões, passou a fazer 
parte do desenvolvimento.
A figura a seguir apresenta marcos na linha 
evolutiva do software, sendo que alguns autores 
discordam das datas que marcam a história.
Figura 4 – Linha evolutiva do desenvolvimento de software.
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AtençãoAtenção
Você sabia que os sistemas de informação com-
putadorizados são essenciais no ambiente de tra-
balho de hoje, pois permitem às pessoas: analisar 
problemas, visualizar assuntos complexos, criar 
novos produtos, comunicar, tomar decisões, co-
ordenar, entre outros.
Segundo Laudon (2004), os principais tipos 
de sistemas de informação são os Sistemas de 
Processamento de Transações (SPTs), os Sistemas 
de Informações Gerenciais (SIGs) e os Sistemas de 
Apoio à Decisão (SADs). 
1.3 Tipos de Sistemas de Informação
A seguir, a figura mostra os diferentes tipos 
de sistemas de informação, nos vários níveis da 
organização, que dão suporte aos diferentes tipos 
de decisões.
Figura 5 – Nível organizacional dos sistemas.
Sistemas de Processamento de Transações 
(SPTs)
Os SPTs são, basicamente, as fontes mais 
importantes de dados para todos os outros siste-
mas das organizações. São um conjunto organi-
zado de pessoas, procedimentos, software, base 
de dados e dispositivos usados para registrar 
transações completas de procedimentos no dia a 
dia das organizações. 
São os sistemas administrativos conside-
rados “básicos” e que atendem a todos os níveis 
operacionais das organizações. Esses sistemas re-
gistram todas as transações rotineiras e necessá-
rias ao funcionamento da organização; quando é 
necessário inserir toda e qualquer informação no 
sistema, o procedimento é feito por um SPT.
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Figura 6 – SPT.
Sistemas de Informações Gerenciais (SIGs)
Os SIGs também podem ser designados 
como uma categoria específica de sistemas de 
informação que dá suporte às funções do nível 
gerencial. Eles atendem ao nível gerencial da 
organização, munindo os gerentes de relatórios 
ou de acesso on-line aos registros de desempe-
nho corrente e ao histórico da organização, bem 
como apoiam as funções de planejamento, con-
trole e decisão no nível gerencial e, geralmente, 
dependem dos SPTs subjacentes para a aquisição 
de dados. 
Os SIGs usualmente atendem aos gerentes 
interessados em resultados semanais, mensais e 
anuais, e não em atividades diárias. Em geral, dão 
respostas a perguntas rotineiras que foram es-
pecificadas anteriormente e cujo procedimento 
de obtenção de respostas é predefinido. A maior 
parte dos SIGs usa rotina simples, como resumos 
e comparações, em vez de sofisticados modelos 
matemáticos ou técnicas estatísticas.
Os SIGs, por definição, servem também 
como base para as funções de planejamento, 
controle e tomada de decisões, em níveis geren-
ciais das organizações. Normalmente, são orien-
tados quase exclusivamente aos eventos internos 
e não aos eventos ambientais ou externos da or-
ganização. 
A seguir, a figura ilustra, por meio de dia-
grama, três SPTs que fornecem dados resumidos 
de transações ao sistema de relatórios do SIG. No 
fim de um período de tempo determinado, os ge-
rentes têm acesso aos dados organizacionais por 
meio do SIG, que lhes disponibiliza relatórios ade-
quados. 
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Figura 7 – SPTs armazenando dados para os SIGs.
Sistemas de Apoio à Decisão (SADs)
Os SADs atendem ao nível gerencial de uma 
organização. 
Abordam problemas cujo procedimento, 
para chegar a uma solução, pode não ter sido to-
Saiba maisSaiba mais
Os SADs ajudam os gerentes a tomar decisões não 
usuais, que se alteram com rapidez e que não são 
facilmente especificadas com antecedência. 
talmente predefinido. Mas, para que funcionem 
de maneira adequada, os SADs necessitam de in-
formações de outros tipos de sistemas: dos SPTs 
e dos SIGs.
 Os SADs são construídos expressamente 
com uma variedade de modelos para analisar da-
dos ou, então, agrupam grandes quantidades de 
dados sob uma forma que pode ser analisada por 
quem toma as decisões na organização. 
 Uma das principais características dos 
SADs é ajudar a alta gerência das empresas no 
processo de tomada de decisão.
Figura 8 – SAD.
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Segundo O’Brien (2010), os principais tipos 
de sistemas de informação são:
ƒƒ SIGs: fornecem informações na forma 
de relatórios e demonstrativos pré-es-
tipulados para os gerentes. Exemplos: 
análises de vendas, realização de pro-
cessos e relatórios das tendências de 
custos. Atendem ao nível gerencial da 
empresa;
ƒƒ SADs: fornecem apoio interativo para 
o processo de decisão dos gerentes. 
Exemplos: atribuição de preço dos pro-
dutos, previsão de lucros e sistemas de 
análises de risco. Atendem ao nível ge-
rencial da organização;
ƒƒ SPTs: processam dados resultantes das 
transações empresariais, atualizam ban-
cos de dados e produzem documentos 
empresariais. Exemplos: processamen-
to de vendas e reabastecimento, entre 
outros. Atendem ao nível operacional.
Basicamente, a utilização de cada tipo de 
sistema de informação pode ser considerada uma 
maneira singular de coordenar os trabalhos, as in-
formações e, principalmente, o conhecimento em 
uma organização.
Figura 9 – Classificação dos sistemas de informação como operacionais e gerenciais.
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ƒƒ Um sistema de informação é um conjunto de componentes inter-relacionados, desenvolvido 
para coletar, processar, armazenar e distribuir informação, para facilitar a coordenação, o con-
trole, a análise, a visualização e o processo decisório;
ƒƒ Os Sistemas de Informação podem ser usados para obter uma vantagem estratégica compe-
titiva sobre empresas rivais, bem como para desenvolver novos nichos de mercado, prender 
clientes e fornecedores, diferenciar produtos e serviços e diminuir custos operacionais;
ƒƒ Os SIGs são sistemas de relatórios rotineiros empregados para monitorar e controlar empresas. 
Atendem ao nível Gerencial;
ƒƒ Os SPTs são sistemas empresariais básicos, que controlam as transações necessárias para con-
duzir um negócioe as utilizam para atualizar os registros da empresa. Atendem ao nível ope-
racional;
ƒƒ Os SADs são sistemas que permitem apoio, em nível gerencial, a uma decisão dentro da orga-
nização;
ƒƒ A finalidade de se construir sistemas de informação é resolver uma variedade de problemas 
organizacionais;
ƒƒ Um sistema de informação consiste em três entidades que se ajustam mutuamente: pessoas, 
organizações e tecnologia;
ƒƒ A dimensão ‘pessoas’ dos sistemas de informação envolve assuntos como treinamento, atitu-
des no emprego, ergonomia e interface com o usuário.
1.4 Resumo do Capítulo
Caro(a) aluno(a),
Vamos, agora, avaliar a sua aprendizagem:
1. Sabe-se que os Sistemas de Informação são um conjunto organizado de pessoas, hardware, 
software, redes de comunicações e recursos de dados. Qual é a sua principal função? 
2. Imagine uma empresa em que o faturamento mensal é de 2 milhões de reais; no mês seguin-
te, sem nenhum motivo aparente, o faturamento cai para 1 milhão. Qual tipo de sistema servi-
rá como recurso para apoiar a ação dos Gerentes/Diretores da organização?
1.5 Atividades Propostas
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17
Caro(a) aluno(a),
Neste capítulo, serão abordados a internet 
e suas derivações, os tipos de serviços e o modelo 
cliente/servidor. Começaremos, então, pela histó-
ria da internet, em meados da Guerra Fria.
A internet é um conjunto de redes de com-
putadores interligadas pelo mundo inteiro, que 
têm em comum um conjunto de protocolos e ser-
viços, de forma que os usuários a ela conectados 
podem usufruir de serviços de informação e co-
municação de alcance mundial. 
Segundo Laudon (2004), a internet talvez 
seja a mais bem conhecida e a maior implemen-
tação de trabalho em rede, interligando centenas 
de milhares de redes individuais em todo o mun-
do.
INTERNET E SUAS DERIVAÇÕES2 
AtençãoAtenção
A tecnologia de internet provê a infraestrutura 
primária para comércio e negócios eletrônicos 
para as organizações.
Dispõe de uma gama de recursos que as or-
ganizações estão utilizando para trocar informa-
ções internamente ou para se comunicar externa-
mente com outras organizações durante a gestão 
de seu negócio. Porém, quanto à internet direta, 
salvo algumas questões especiais, qualquer indi-
víduo pode conectar-se, estando seu computa-
dor numa área em que tenha acesso.
2.1 História da Internet
Guerra Fria
A Guerra Fria foi um período em que a guer-
ra era improvável e a paz impossível, pois os inte-
resses capitalistas e socialistas eram inconciliáveis 
por natureza. Já a guerra era improvável porque 
o poder de destruição das superpotências era 
tão grande que um confronto generalizado seria, 
com certeza, o último (TV CULTURA, 2012).
Envolvidos: Estados Unidos x União Soviética
 Figura 10 – Estados Unidos x União Soviética.
 
O mundo estava dividido em dois blocos: 
Capitalismo e Socialismo.
No mundo real, as duas grandes agências 
de espionagem, a Komitet Gosudarstvennoi Be-
zopasnosti (KGB) soviética e a Central Intelligence 
Agency (CIA) americana, treinavam agentes para 
atos de sabotagem, assassinatos, chantagens e 
coleta de informações, haja vista que a transmis-
são, naquela época, dava-se verbalmente (pessoa 
para pessoa).
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A conquista do espaço pelos Russos causou 
medo ao governo americano, que pensou que, se 
os Russos eram capazes de enviar um satélite ao 
espaço, também poderiam disparar um míssil e 
atingir seus centros de informações secretas.
Para poder assegurar a liderança tecnológi-
ca, os Estados Unidos fundaram a Agência de Pro-
jetos de Pesquisa Avançada de Defesa, conhecida 
como DARPA, em fevereiro de 1958.
Nessa época, o conhecimento só era trans-
ferido por pessoas.
Figura 12 – Transferência do conhecimento.
A DARPA planejou uma rede de computa-
dores em grande escala, a fim de acelerar a trans-
ferência de conhecimento e evitar a duplicidade 
de pesquisas já existentes. Essa rede tornar-se-ia a 
ARPANET. Além disso, três outros conceitos foram 
desenvolvidos, que foram fundamentais para a 
história da internet: o conceito de uma rede mi-
litar pela Corporação RAND, na América, a rede 
comercial do Laboratório Nacional de Física da In-
glaterra e a rede científica CYCLADES, na França. 
No dia 4 de outubro de 1957, a União Soviética 
enviou ao espaço o primeiro satélite não tripula-
do, chamado Sputnik 1.
Figura 11 – Satélite Sputnik 1.
CuriosidadeCuriosidade
A abordagem científica, militar e comercial des-
ses conceitos foi a fundação para a nossa internet 
moderna.
Vamos começar com a ARPANET, a mais 
familiar dessas redes, cujo desenvolvimento co-
meçou em 1966. Universidades eram geralmente 
bem precavidas sobre compartilhar seus compu-
tadores; sendo assim, pequenos computadores 
foram colocados na frente do Mainframe. Esse 
computador, o Processador de interface de men-
sagens (Interface Message Processor – IMP), tomou 
o controle das atividades na rede, enquanto o 
Mainframe era apenas responsável pela inicia-
lização dos programas e arquivos de dados. Ao 
mesmo tempo, o IMP servia como interface para 
o mainframe.
Como apenas os IMPs estavam interconec-
tados na rede, isso também foi chamado sub-re-
de IMP.
Figura 13 – Sub-rede IMP.
Para as primeiras conexões entre os compu-
tadores, o Grupo de Trabalho de Rede desenvol-
veu o protocolo de controle de rede (Net Control 
Protocol – NCP). Mais tarde, o NCP foi substituí-
do pelo mais eficiente Protocolo de Controle de 
Transmissão (Transmission Control Protocol – TCP). 
A característica específica do TCP é a verificação 
de transferência do arquivo.
Na Inglaterra, foi criada uma rede chamada 
NPL, desenvolvida numa base comercial; muitos 
usuários e transferências de arquivos eram espe-
rados. Para evitar o congestionamento das linhas, 
os arquivos enviados foram divididos em peque-
nos pacotes, que eram reunidos novamente no 
destinatário. Havia nascido ali a comutação de 
pacotes.
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19
Figura 14 – Estados Unidos.
Nessa época, sistemas de informação ti-
nham uma arquitetura de rede centralizada.
Figura 15 – Rede centralizada.
Figura 16 – Colapso decorrente de um ataque.
 
Para evitar um colapso durante um ataque, 
uma arquitetura de rede descentralizada tinha 
que ser desenvolvida, a qual, no caso da perda de 
um nó, ainda ficaria operante, conforme mostra o 
exemplo a seguir:
Saiba maisSaiba mais
Em 1962, um avião confederado americano desco-
briu mísseis de médio e longo alcance, em Cuba, 
que eram capazes de alcançar os Estados Unidos. 
Isso atiçou o medo de um conflito atômico.
Figura 17 – Rede descentralizada.
 
Figura 18 – Rede descentralizada vítima de ataque.
Outro marco seguiu-se com o desenvolvi-
mento da rede Francesa CYCLADES, que possuía 
um orçamento muito menor que o da ARPANET 
e menos nós; o foco recaiu sobre a comunicação 
com outras redes. Dessa maneira, o termo ‘inter-
net’ nasceu.
Figura 19 – Topologia da internet.
Em 28 de fevereiro de 1990, o hardware da 
ARPANET foi removido, mas a internet ficou on-
-line e funcionando normalmente.
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Figura 20 – Internet.
2.2 A Web
Segundo Silva (2008), a “Web” é uma palavra 
inglesa que significa teia e, em internet, é usada 
para designar abreviadamente a rede mundial de 
computadores, cujo funcionamento assemelha-
-se a uma imensa teia de aranha, interligando 
computadores no mundo inteiro.
A Web foi inventada, em 1992, por Tim Ber-
ners Lee. 
Figura 21 – Tim Berners Lee.
Tim Berners Lee trabalhava na seção de 
computação da EuropeanOrganization for Nu-
clear Research (CERN – Organização Europeia de 
Pesquisa Nuclear), quando iniciou pesquisas vi-
sando a descobrir um método que possibilitasse 
aos cientistas do mundo inteiro compartilhar ele-
tronicamente seus textos e pesquisas e que tives-
se a funcionalidade de interligar os documentos. 
Estava criada a noção de web e de links, como são 
conhecidos atualmente (SILVA, 2008).
Segundo Silva (2008), em 1990, Tim criou o 
protótipo de um navegador para rodar em com-
putadores da NeXT, uma companhia fundada, em 
1985, por Steve Jobs. Inicialmente, o navegador 
foi chamado WorldWideWeb e, posteriormente, 
renomeado para Nexus, a fim de evitar confusão 
com a World Wide Web.
Nos dias atuais, temos inúmeros navegado-
res, sendo os mais conhecidos: Firefox e Internet 
Explorer.
2.3 Serviços da Web
Para as organizações, são inúmeras as opções que a internet oferece para o gerenciamento ou ges-
tão da organização. Segue a Tabela 1, com os serviços mais conhecidos e considerados mais importantes 
da internet.
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21
Tabela 1 – Serviços mais conhecidos e importantes da internet.
Recurso Funções suportadas
E-mail Mensagem pessoa a pessoa; compartilhamento de documentos.
Grupos de discussão Grupos de discussão em painéis eletrônicos de notícias.
Bate-papo Conversas interativas.
Telnet Fazer conexão com outro computador e assumir o controle a distância.
FTP Transferir arquivos de um computador para outro.
Nota: FTP: File Transfer Protocol ou Protocolo de Transferência de Arquivos.
O serviço oferecido às organizações, tendo a internet como plataforma, que mais é utilizado e, hoje, 
é quase obrigatório sem dúvida é o e-mail. Mas qual o significado de um endereço de e-mail?
Figura 22 – Um endereço de e-mail.
O endereço ilustrado na figura significa o 
seguinte: o endereço do físico e astrônomo Gali-
leu Galilei seria traduzido como “G. Galilei, Univer-
sidade de Pisa, instituição educacional, Itália”. O 
nome de domínio, à direita do símbolo @, contém 
um indicador de país, um indicador de função e 
a localização do computador hospedeiro, que ar-
mazena as informações referentes à conta de e-
-mail.
2.4 Modelo Cliente-Servidor
No modelo cliente-servidor, temos duas 
partes, ou seja, de um lado, o cliente e, do outro, 
o servidor. 
ƒƒ Cliente: é um programa (software) 
executado em um host, que solicita in-
formações a outro programa, normal-
mente através da rede. Exemplo de pro-
grama cliente: “navegador” Web.
Saiba maisSaiba mais
A maioria das aplicações da internet utiliza o mode-
lo de interação chamado “cliente-servidor”.
Benedito Cristiano Aparecido Petroni
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22
Figura 23 – Tipos de navegadores.
ƒƒ Servidor: é um programa que fica aguardando as solicitações dos clientes. Exemplo: servido-
res Web Apache e IIS.
Figura 24 – Software cliente-servidor.
Vale lembrar que os servidores oferecem inúmeros tipos de serviços em uma mesma máquina, 
através de diferentes protocolos. Exemplos: E-mail (Simple Mail Transfer Protocol – SMTP), Transferência de 
arquivos (FTP), Sistema de nomes (Domain Name System – DNS), Bancos de dados (Structured Query Lan-
guage – SQL), entre outros. Esses são apenas alguns protocolos de aplicações que utilizam o modelo 
cliente-servidor.
Servidores Web
 Para que você consiga navegar na Web, baixar documentos ou páginas em um determinado ser-
vidor de internet, faz-se necessário o uso de um determinado browser (Netscape, Internet Explorer, Fire-
fox...).
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23
Procedimentos realizados pelo servidor web
Figura 25 – Servidor web.
Os servidores Web têm um trabalho integral 
na internet, aguardando sem descanso solicita-
ções dos browsers Web. 
Tipos de solicitações
Páginas web, imagens, sons ou, até mesmo, 
filmes. Assim que o servidor recebe uma solicita-
ção de algum desses recursos, ele o encontra e, 
então, envia-o para o browser, conforme a ima-
gem.
Como a internet tornou-se uma rede cada 
vez maior de computadores interligados, houve 
necessidade de dedicar alguns computadores 
para prover serviços à rede, enquanto os demais 
acessariam esses serviços. Portanto, esses compu-
tadores que proviam serviços eram denominados 
Servidores, enquanto os que acessavam os servi-
ços eram chamados clientes (FREEMAN, 2010).
Procedimentos realizados pelo browser web
Você já sabe como funciona um browser: 
está surfando na Web e clica em um link para visi-
tar uma página. Aquele clique faz com que o bro-
wser solicite uma página em Hyper Text Markup 
Language (HTML) a um servidor Web, recebendo-
-a e exibindo-a em sua janela.
Figura 26 – Browser web. 
Benedito Cristiano Aparecido Petroni
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24
Caro(a) aluno(a),
Neste capítulo, estudamos a internet e suas derivações, os tipos de serviços e o modelo cliente-
-servidor.
ƒƒ A internet é um conjunto de redes de computadores interligadas pelo mundo;
ƒƒ A divisão do mundo deu-se em dois grandes blocos: socialismo e capitalismo;
ƒƒ As principais potências envolvidas nessa disputa pela corrida armamentista eram os Estados 
Unidos e a União Soviética;
ƒƒ Os Estados Unidos fundaram a Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa, conheci-
da como DARPA, em fevereiro de 1958;
ƒƒ O primeiro país a enviar um satélite não tripulado para o espaço foi a União Soviética, o qual 
ficou conhecido como Sputnik 1;
ƒƒ Outro marco seguiu-se com o desenvolvimento da rede francesa CYCLADES, que possuía um 
orçamento muito menor que o da ARPANET e menos nós; o foco recaiu sobre a comunicação 
com outras redes;
ƒƒ “Cliente” é um programa (software) executado em um host, que solicita informações a outro 
programa, normalmente através da rede. Exemplo de programa cliente: “navegador” Web;
ƒƒ “Servidor”: é um programa que fica aguardando as solicitações dos clientes.
2.5 Resumo do Capítulo
2.6 Atividades Propostas
Caro(a) aluno(a),
Vamos, agora, avaliar a sua aprendizagem:
1. Quais eram as duas potência envolvidas na Guerra Fria?
2. Qual era o nome do primeiro satélite não tripulado enviado ao espaço e em que ano aconte-
ceu?
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25
Caro(a) aluno(a),
Daremos início, agora, aos diversos tipos 
de topologia e, se você desconhece essa palavra, 
fique tranquilo(a). Topologia nada mais é que o 
nome empregado ao tipo de rede utilizado.
Quando o assunto é rede de computadores, 
é importante lembrar um conceito muito inte-
ressante: o de Telecomunicações, mas, antes de 
explorarmos o assunto telecomunicações, vamos 
concentrar esforços para entender como funcio-
nam as redes de computadores.
REDES DE COMPUTADORES3 
Existem diversos modos de organizar componen-
tes de telecomunicações para formar uma rede e, 
consequentemente, diversas maneiras de classi-
ficá-la. A classificação de uma rede é feita através 
de seus formatos, alcance geográfico e tipos de 
serviços oferecidos, também sendo conhecida 
como topologia.
CuriosidadeCuriosidade
A seguir, veremos os tipos de topologias 
existentes, segundo a definição de Laudon (2004).
Rede em Estrela
Nessa topologia, basicamente existe um 
computador central conectado a uma série de 
computadores menores ou terminais. A utilidade 
dessa topologia é para aplicações em que parte 
do processamento precisa ser centralizada e par-
te pode ser executada localmente, porém, nesse 
tipo, existe um problema, que é a sua vulnerabili-
dade, pois todas as comunicações devem ser pas-
sadas ou repassadas pelo computador central. A 
seguir, a figura ilustra esse modelo de topologia.
Figura 27 – Topologia de rede em estrela.
3.1 Topologias de Rede Existentes
Comoo computador central (Central Proces-
sing Unit – CPU) é o controlador do tráfego para os 
outros computadores e terminais, a comunicação 
da rede será interrompida se a CPU parar de fun-
cionar. Também, todas as comunicações entre os 
computadores menores, terminais e impressoras 
devem passar primeiro pelo computador central.
Redes em Barramento
Nessa topologia, é interligada uma série de 
computadores por um único circuito de par tran-
çado, cabo coaxial ou cabo de fibra óptica, que 
são modelos de cabeamento para redes de com-
putadores.
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A seguir, a figura ilustra a topologia de rede 
em barramento.
Figura 28 – Topologia de rede em barramento.
Nesse modelo de topologia, é permitido 
que as mensagens sejam transmitidas para toda 
a rede por um único circuito.
Redes em Anel
Como no modelo de rede em barramento, 
a rede em anel não necessita de um computador 
central, bem como seu perfeito funcionamento 
não será interrompido caso um dos computado-
res apresente alguma anomalia. Cada computa-
dor da rede pode comunicar-se diretamente com 
qualquer outro e cada um processa o próprio 
aplicativo independentemente.
AtençãoAtenção
Todos os sinais são transmitidos em ambas as di-
reções para toda a rede, sendo que um software 
especial faz a identificação de quais componen-
tes devem receber cada mensagem. Nesse mo-
delo, não existe um computador central para 
controlar toda a rede. Se um dos computadores 
falhar, nenhum dos outros componentes da rede 
será afetado, mas todo o processo de comunica-
ção dessa rede administra somente uma mensa-
gem por vez; portanto, o desempenho pode ser 
comprometido se houver alto volume de tráfego 
na rede. No caso de dois computadores enviarem 
mensagens simultaneamente, pode ocorrer uma 
colisão e a mensagem deverá ser retransmitida.
A seguir, a figura ilustra esse modelo de 
rede em anel.
Figura 29 – Topologia de rede em anel.
Nessa configuração, um computador cen-
tral funciona como controlador do tráfego para 
todos os outros componentes da rede. 
Todas as comunicações entre computado-
res menores, terminais e impressoras devem pas-
sar, primeiramente, pelo computador central.
Na topologia em anel, independentemente do 
meio físico de comunicação, forma-se um circui-
to fechado, em que os dados são transmitidos ao 
longo do anel, de um computador para outro, 
sempre fluindo na mesma direção. 
CuriosidadeCuriosidade
Tecnologias de Gestão
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27
3.2 Resumo do Capítulo
Caro(a) aluno(a),
Neste capítulo, estudamos algumas topologias de rede. São elas: Redes em Estrela, Barramento e 
Anel.
ƒƒ A classificação de uma rede é feita através de seus formatos, alcance geográfico e tipos de ser-
viços oferecidos, também sendo conhecida como topologia;
ƒƒ Na topologia de rede em barramento, todos os sinais são transmitidos em ambas as direções 
para toda a rede, sendo que um software especial faz a identificação de quais componentes 
devem receber cada mensagem;
ƒƒ Na topologia em anel, independentemente do meio físico de comunicação, forma-se um cir-
cuito fechado, em que os dados são transmitidos ao longo do anel, de um computador para 
outro, sempre fluindo na mesma direção. 
3.3 Atividades Propostas
Caro(a) aluno(a),
Vamos, agora, avaliar a sua aprendizagem:
1. Qual é a topologia para aplicações em que parte do processamento precisa ser centralizada e 
parte pode ser executada localmente?
2. O que é Topologia de Rede?
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29
Caro(a) aluno(a),
Neste capítulo, você conhecerá a importân-
cia dos bancos de dados, data warehouse e data 
mining. 
Segundo Stair (1998), por haver tantos ele-
mentos nos negócios atuais das organizações, é 
fundamental manter os dados organizados, para 
que possam ser utilizados de modo eficaz. 
Um banco de dados deve ser projetado 
para armazenar todos os dados relevantes para a 
empresa e fornecer acesso rápido e modificações 
fáceis. Além disso, ele deve ser criado de forma a 
refletir os processos empresariais da organização; 
para a sua construção, é muito importante ana-
lisar algumas questões que, de certa forma, são 
muito úteis aos administradores da organização:
ƒƒ conteúdo: que dados devem ser cole-
tados e qual o custo?
ƒƒ acesso: que dados devem ser forneci-
dos e quais usuários devem acessar de-
terminadas informações?
ƒƒ estrutura lógica: como os dados de-
vem ser arrumados, de forma que façam 
sentido para um determinado usuário?
BANCO DE DADOS4 
ƒƒ organização física: onde os dados de-
vem estar fisicamente localizados?
Segundo Laudon (2004), um banco de da-
dos é uma coleção de dados organizados para 
atender a muitas aplicações, centralizando efi-
cientemente os dados e minimizando dados re-
dundantes. Em vez de armazenar dados em ar-
quivos separados para cada aplicação, eles são 
armazenados fisicamente, de modo que os usuá-
rios encontrem-nos em um único local. Um único 
banco de dados atende a múltiplas aplicações.
A figura a seguir mostra o funcionamento 
de um banco de dados.
Praticamente todos os bancos de dados, tam-
bém conhecidos como Sistemas Gerenciadores 
de Banco de Dados (SGBDs) ou Sistemas de Ge-
renciamento de Banco de Dados (Database Ma-
nagement Systems – DBMSs), têm a dimensão da 
organização, ou seja, todo o conhecimento e inte-
ligência em seus arquivos, tabelas etc.
CuriosidadeCuriosidade
Figura 30 – Ambiente de um banco de dados.
Benedito Cristiano Aparecido Petroni
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30
Segundo Laudon (2004), um banco de da-
dos de recursos humanos atende a múltiplas apli-
cações e também permite que uma corporação 
facilmente reúna todas as informações para várias 
aplicações.
O SGBD age como interface entre os pro-
gramas aplicativos e os dados.
4.1 Bancos de Dados e a Internet
A tecnologia de banco de dados tem im-
portante papel na disponibilização dos recursos 
de informação às organizações na Web. Por exem-
plo, um cliente que possui um navegador Web, 
também conhecido como Browser, pode querer 
pesquisar on-line todo o banco de dados de um 
varejista, em busca de informações sobre preços, 
afirma Laudon (2004).
A figura a seguir ilustra como esse cliente 
poderia acessar o banco de dados interno do va-
rejista pela Web. 
Figura 31 – Ligação de um banco de dados à web.
1 A Linguagem de Marcação de Hipertextos é uma linguagem de programação utilizada para a criação de páginas na Web.
2 A Linguagem de Consulta Estruturada é uma linguagem utilizada para a interpretação de informações, especificamente para 
os bancos de dados.
O usuário acessaria o site Web do varejista 
pela internet, usando o software de navegador 
Web, o Browser, de seu computador. O software 
de navegação Web do usuário requisitaria os da-
dos do banco de dados da organização, usando 
comandos de HTML1 para comunicar-se com o 
servidor Web. 
Como muitos bancos de dados de suporte 
não podem interpretar comandos escritos na lin-
guagem HTML, o servidor Web passa essas requi-
sições de dados para softwares especiais, que tra-
duzem os comandos HTML para uma linguagem 
chamada SQL,2 de modo que possam ser proces-
sados pelo DBMS que trabalha com o banco de 
dados.
Tecnicamente, em um ambiente cliente-
-servidor, o DBMS reside em um computador es-
pecial dedicado, denominado servidor de banco 
de dados. O DBMS recebe as requisições SQL e 
fornece os dados requisitados.
Para o gerenciamento das informações nas 
organizações, os usuários podem acessar os ban-
cos de dados internos de uma organização por 
meio da Web, utilizando seus computadores de 
qualquer lugar, desde que estejam conectados 
através de um software de navegação: oBrowser.
Existe uma série de vantagens em utilizar 
a Web para acessar bancos de dados internos de 
uma organização. Os softwares de navegador Web 
são extremamente fáceis de usar, exigindo muito 
menos treinamento do que, até mesmo, as ferra-
mentas de consulta a banco de dados.
Tecnologias de Gestão
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31
AtençãoAtenção
A interface Web não requer mudanças no banco 
de dados interno e as organizações podem im-
pulsionar seus investimentos em sistemas mais 
antigos, porque custa muito menos adicionar 
uma interface Web à frente de um sistema com-
putacional que já opera na organização do que 
iniciar todo o projeto de desenvolvimento e im-
plantação para o sistema melhorar o acesso para 
o usuário. Com isso, o fato de acessar bancos de 
dados corporativos pela Web está criando novas 
eficiências e oportunidades, em alguns casos até 
mesmo mudando a maneira como os negócios 
são executados.
Sendo assim, várias organizações têm cria-
do novos tipos e modelos de negócios, com base 
na disponibilidade e acesso a grandes bancos de 
dados via Web. Já outras organizações estão utili-
zando a Web para oferecer aos seus colaborado-
res visões integradas da informação no âmbito 
total da organização. 
A tecnologia de banco de dados tem pro-
porcionado muitos benefícios organizacionais, 
permitindo que as organizações mantenham 
grandes bancos de dados com informações pes-
soais detalhadas, porém existem discussões que 
dizem respeito à representação de uma ameaça à 
privacidade das pessoas.
Figura 32 – Data Warehouse e Data Mining.
 
 Fonte: http://www.datapult.com/Data_Mining.htm.
Uma vez sabida a importância dos bancos 
de dados para as organizações junto ao advento 
da internet, também se pode observar a crescen-
te necessidade das organizações da utilização de 
ferramentas para análise dessas informações.
4.2 Data Warehouse e Data Mining
Atualmente, as organizações estão insta-
lando poderosas ferramentas de análise e de ar-
mazenamento de dados para fazer melhor uso 
das informações armazenadas em seus bancos e 
estão tendo sucesso, principalmente pelo acesso 
das tecnologias de bancos de dados e pela Web. 
Nas organizações, os responsáveis pelas tomadas 
de decisões necessitam de informações cada vez 
mais concisas e confiáveis sobre o que ocorre na 
organização, como operações, tendências e mu-
danças.
Os dados originam-se de muitos sistemas e 
aplicativos das organizações e também de fontes 
externas – bancos de dados específicos adquiri-
dos com empresas especializadas, incluindo tran-
sações ocorridas em sites Web –, sendo cada uma 
com modelos diferentes.
Segundo Laudon (2004), um Data Warehouse é 
um banco de dados que armazena dados corren-
tes e históricos de potencial interesse dos geren-
tes de toda a organização.
CuriosidadeCuriosidade
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32
Ainda segundo Laudon (2004), os primeiros 
passos para a construção de um Data Warehouse 
envolvem a execução de uma análise completa 
dos requisitos de informação que poderiam ser 
satisfeitos; sendo assim, os administradores de-
vem fazer alguns questionamentos, como: 
ƒƒ usuários: quais são os níveis da orga-
nização e as funções empresariais que 
representam?
ƒƒ propriedade: quem é responsável pela 
manutenção deles? Quem está autori-
zado a acessar os dados?
ƒƒ requisitos de informação: que tipos de 
relatórios e consultas o data warehouse 
deve suportar? Quais são os dados utili-
zados nesses relatórios e consultas?
ƒƒ fontes de dados: quais são as fontes 
de dados requeridas pelos relatórios? 
Quais vêm de fontes externas à empre-
sa?
ƒƒ atualidade: com que frequência os da-
dos de um Data Warehouse precisam 
ser atualizados?
ƒƒ padrão de dados: aplicativos elabo-
rados para dar suporte a diferentes 
funções ou unidades organizacionais 
podem usar o mesmo termo de diferen-
tes maneiras? Todos concordam com a 
definição de cada dado e com o modo 
como será utilizado?
ƒƒ expectativa de qualidade: que nível 
de precisão e integridade dos dados do 
data warehouse é suficiente para aten-
der às necessidades da empresa?
ƒƒ benefícios: até que ponto esses bene-
fícios com a construção do Data Wa-
rehouse podem ser quantificados? Eles 
são maiores do que os custos?
ƒƒ mudança do processo de negócio: a 
organização precisa mudar seus pro-
cessos de negócios para poder utilizar 
efetivamente as informações contidas 
no Data Warehouse?
Um sistema de Data Warehouse provê uma 
gama de ferramentas de consultas imediatas e 
padronizadas, ferramentas analíticas e recursos 
gráficos para produção de relatórios e Data Mi-
ning. Alguns questionamentos devem ser feitos 
pelos tomadores de decisão da organização e, 
a partir deles, pode-se observar o auxílio de um 
Data Warehouse. A figura a seguir ilustra a análise 
do apoio de um sistema no auxílio à tomada de 
decisão.
Figura 33 – Auxílio de um data warehouse na tomada de decisões.
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33
Segundo Laudon (2004), o Data Mining 
utiliza uma variedade de técnicas para descobrir 
modelos e relações ocultos em grandes repositó-
rios de dados e, a partir daí, inferir regras para pre-
ver comportamento futuro e orientar a tomada 
de decisões. Isso permite auxiliar as organizações 
a aderirem ao marketing “um para um”, no qual 
podem ser criadas mensagens personalizadas ou 
individualizadas com base em preferências indi-
viduais.
Saiba maisSaiba mais
O Data Mining é uma ferramenta poderosa e lucra-
tiva para as organizações, mas apresenta desafios à 
proteção da privacidade de cada indivíduo. No en-
tanto, com todas as questões, os Data Warehouses 
habilitam os tomadores de decisões das organiza-
ções a acessarem os dados quantas vezes precisa-
rem, sem afetar o desenvolvimento dos outros siste-
mas aplicativos da organização, com a facilidade de 
acesso com a tecnologia Web disponível.
4.3 Resumo do Capítulo
Caro(a) aluno(a),
Neste capítulo, estudamos os bancos de dados, o data warehouse e o data mining.
ƒƒ Um banco de dados é uma coleção de dados organizados para atender a muitas aplicações, 
centralizando eficientemente os dados e minimizando dados redundantes;
ƒƒ O Data Warehouse é um banco de dados que armazena dados correntes e históricos de poten-
cial interesse dos gerentes de toda a organização;
ƒƒ Os Data Warehouses habilitam os tomadores de decisões das organizações a acessarem os da-
dos quantas vezes precisarem, sem afetar o desenvolvimento dos outros sistemas aplicativos 
da organização, com a facilidade de acesso com a tecnologia Web disponível.
4.4 Atividades Propostas
Caro(a) aluno(a),
Vamos, agora, avaliar a sua aprendizagem:
1. Qual é a diferença entre data warehouse e data mining?
2. De onde são originados os dados alocados no banco?
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35
Caro(a) aluno(a),
Neste capítulo, estudaremos o Plano diretor da empresa, o E-commerce, o Ensino a Distância (EaD) 
e as Empresas Digitais.
Lembre-se das dicas do saiba mais, atenção e curiosidade. 
Figura 34 – Plano diretor de informática.
PLANO DIRETOR DE INFORMÁTICA5 
Segundo Rosini (2006), por ser cada vez 
mais um recurso estratégico, a aplicação de novas 
tecnologias precisa ser cuidadosamente planeja-
da, organizada e controlada pelas organizações. 
O planejamento tecnológico sem dúvida 
nenhuma é uma das atividades mais importan-
tes para a criação, sustentação e maximização da 
vantagem competitiva da organização. O princi-
pal motivo para as organizações manterem todo 
o controle com relação a um plano diretor vem 
da necessidade da gestão do conhecimento na 
organização.
Essa gestão do conhecimento aumenta a 
capacidadeda organização de aprender com seu 
ambiente e incorporar conhecimento a seus pro-
cessos e execução da gestão dos negócios. Tam-
bém conhecido como planejamento estratégico 
de sistemas de informação, permite que a organi-
zação tenha futuro orientado e previsível, muito 
embora alguns tomadores de decisão e executi-
vos das organizações ainda hoje, de certa forma, 
acreditem pouco nesse instrumento.
Segundo Laudon (2004), refere-se ao con-
junto de processos desenvolvidos em uma orga-
nização para criar, armazenar, transferir e aplicar 
conhecimento. Sendo assim, a TI tem papel im-
portante nessa gestão, como habilitadora de pro-
cessos de negócios que visam a criar, armazenar, 
disseminar e aplicar conhecimento.
Com isso, o desenvolvimento de procedi-
mentos e rotinas, também conhecido como pro-
cesso de negócios, é necessário para aperfeiçoar 
a criação, o fluxo, a aprendizagem, a proteção e 
o compartilhamento do conhecimento na orga-
nização, sendo também de responsabilidade cen-
tral da administração e dos tomadores de decisão 
pela organização.
Benedito Cristiano Aparecido Petroni
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36
Estar em dia com a tecnologia e controlar o 
impacto organizacional de sua aplicação são os 
principais desafios que as organizações enfren-
tam atualmente na área de tecnologia, em que o 
objetivo do processo de planejamento tecnoló-
gico é identificar as oportunidades de aplicação 
de novas tecnologias, definindo as linhas de ação 
para sua utilização efetiva na organização, na qual 
ele deve ser estruturado em diversas atividades, 
com sua aplicação variando em função dos vá-
rios setores existentes na organização, do próprio 
ambiente organizacional, dos objetivos e vetores 
Saiba maisSaiba mais
Basicamente, um plano diretor é a representação de 
um conjunto de decisões e ações planejadas con-
templando períodos futuros, coordenando tam-
bém um planejamento global com a organização.
estratégicos e do tipo de tecnologia em questão, 
em que as ações têm como referências a visão 
estratégica e o objetivo de criar, sustentar ou au-
mentar a vantagem competitiva (ROSSINI, 2006).
Durante muitos anos, as transações co-
merciais das organizações foram pelo método 
convencional – presencial de compra e venda. O 
cenário, atualmente, está mudando e de manei-
ra muito rápida. As transações comerciais estão 
adotando a plataforma da internet para se con-
cretizarem e, a partir daí, seu nome mudou para 
comércio eletrônico ou e-commerce.
Figura 35 – Comércio eletrônico.
Fonte: http://www.ridabe.com/ecomerce.html.
5.1 E-Commerce
Existem diferentes maneiras de classificar o co-
mércio eletrônico, levando em conta a natureza 
dos participantes da transação.
CuriosidadeCuriosidade
Os três principais tipos dessa categoria de 
comércio eletrônico, segundo Laudon (2004), são:
ƒƒ Comércio eletrônico empresa-consu-
midor: também conhecido como B2C, 
é a venda de produtos e serviços no va-
rejo diretamente a compradores indivi-
duais;
ƒƒ Comércio eletrônico empresa-em-
presa: conhecido como B2B, é a venda 
de bens e serviços entre empresas;
ƒƒ Comércio eletrônico consumidor-
-consumidor: é a venda eletrônica de 
bens e serviços por consumidores dire-
tamente a outros consumidores.
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37
Figura 36 – Fluxo de informação no e-commerce.
Outra maneira para classificar as transações 
comerciais eletrônicas é os termos da conexão fí-
sica, ou seja, como o usuário está conectado na 
grande rede. Recentemente, praticamente todas 
as transações ocorriam por meio de redes ligadas 
por fio. Hoje, telefones celulares e outras aplica-
ções digitais portáteis sem fio estão habilitados 
para internet, de modo que podem ser usados 
para enviar e-mails ou acessar sites.
As organizações estão se apressando em 
oferecer novos conjuntos de produtos e serviços 
baseados na Web que possam ser acessados por 
esses equipamentos sem fio.
As primeiras aplicações com referência a co-
mércio eletrônico datam do início da década de 
1970 e eram limitadas somente a:
ƒƒ Grandes corporações;
ƒƒ Instituições financeiras;
ƒƒ Algumas empresas mais ousadas.
Essas primeiras aplicações eram conhecidas 
como Transferências Eletrônicas de Fundos (TEFs) 
e utilizadas por organizações como:
ƒƒ Fabricantes;
ƒƒ Varejistas;
ƒƒ Prestadoras de Serviços.
É importante ressaltar que cabe a cada or-
ganização reunir todos os componentes que per-
mitirão a ela obter vantagem competitiva com o 
comércio eletrônico, usando alguma tecnologia 
para disponibilizá-lo.
Contudo, a internet está acelerando o cres-
cimento em alguns setores e criando oportuni-
dades para novos tipos de negócios. Em certos 
ramos, distribuidores que operam depósitos de 
mercadorias ou intermediários como corretores 
imobiliários podem ser substituídos por novos 
intermediários, que são especializados em auxi-
liar os usuários de internet a obter, de maneira 
eficiente, informações sobre produtos e preços, 
localização de fontes on-line de produtos e servi-
ços, ou gerenciar ou maximizar o valor das infor-
mações capturadas em transações de comércio 
eletrônico.
A figura a seguir ilustra um canal de distri-
buição que apresenta diversas camadas interme-
diárias e cada uma delas aumenta o custo final de 
um produto, como uma blusa, por exemplo.
Benedito Cristiano Aparecido Petroni
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38
Figura 37 – Benefícios para o consumidor através do e-commerce.
Cabe ressaltar que toda a organização tem 
inúmeros benefícios com o e-commerce, mas, 
principalmente, os profissionais de marketing, 
que podem utilizar características interativas das 
páginas Web para prender a atenção dos clientes 
ou para conseguir informações detalhadas sobre 
preferências e interesses, com a finalidade de pro-
mover o marketing da organização.
Figura 38 – Exemplo de aplicação: personalização de um site Web.
Veja que, nessa figura, as organizações podem criar páginas Web exclusivas e personalizadas, que 
apresentam conteúdo ou anúncios de produtos e serviços de especial interesse para clientes individuais, 
aprimorando a experiência deles e criando valor adicional.
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39
5.2 Ensino a Distância (EaD)
Segundo o Decreto nº 2.494, de 10 de feve-
reiro de 1998, define-se EaD como
uma forma de ensino que possibilita a 
autoaprendizagem, com a mediação de 
recursos didáticos sistematicamente or-
ganizados, apresentados em diferentes 
suportes de informação, utilizados isola-
damente ou combinados, e veiculados 
pelos diversos meios de comunicação. 
(BRASIL, 1998).
Nas instituições de ensino e, recentemente, 
nas organizações, o EaD está se tornando uma 
importante aliada na disseminação de conheci-
mento da organização.
Figura 39 – EaD.
Fonte: http://www.abmeseduca.com/?p=192.
Para Laudon (2004), o EaD é a educação ou 
treinamento transmitido a indivíduos em uma ou 
mais localidades.
O EaD, também conhecido como e-learning, 
vem sendo empregado cada vez mais para des-
crever o tipo de instrução que utiliza exclusiva-
mente tecnologia digital pura, entregue pela in-
ternet ou por redes privadas (LAUDON, 2004).
AtençãoAtenção
Embora o EaD possa ser realizado com material 
impresso, a sua experiência está se baseando 
cada vez mais na TI, televisão por satélite ou mul-
timídia interativa e, também, na Web.
Alguns programas de EaD utilizam a comu-
nicação síncrona, na qual o professor e o aluno 
estão presentes ao mesmo tempo durante a ins-
trução, mesmo encontrando-se fisicamente em 
locais distantes. Já outros programas utilizam a 
comunicação assíncrona, na qual professor e alu-
no não têm interação no mesmo local e ao mesmo 
tempo. Um exemploé o Curso da Unisa Digital, 
no qual os estudantes podem acessar a Web, ob-
ter o material do curso e comunicar-se com seus 
instrutores através da plataforma de interação.
Contudo, na era da informação, rótulo já 
consagrado para caracterizar a sociedade dos 
nossos dias, torna-se cada vez mais evidente o 
aumento da demanda por pessoas portadoras de 
conhecimentos e habilidades e, ao mesmo tem-
po, constata-se que a educação tradicional e os 
meios tradicionais das organizações parecem ser 
incapazes de atender a essa nova demanda do 
mundo tecnológico existente.
Vale lembrar que um fator que faz a diferen-
ça para que o EaD possa se firmar cada vez mais 
nas organizações é que permite a aprendizagem 
relacionada às experiências dos alunos e profis-
sionais das organizações e às suas vidas profis-
sionais e sociais, sem que essas pessoas tenham 
que sair de seus locais geográficos, muitas vezes 
distantes.
Benedito Cristiano Aparecido Petroni
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40
Figura 40 – Empresa digital.
Fonte: http://administracao3c.blogspot.com/2010/03/empresa-
-tradicionalmistadigital-e.html.
Durante muito tempo, as organizações uti-
lizaram sistemas proprietários para a integração 
de suas informações e de seus sistemas internos, 
para a comunicação com clientes, fornecedores 
e parceiros comerciais. Esses sistemas eram ca-
ros e baseavam-se em padrões tecnológicos que 
poucas empresas podiam adotar, mas, com a evo-
lução tecnológica, a internet está rapidamente 
transformando toda essa infraestrutura, oferecen-
do às organizações um modo mais fácil ainda de 
se comunicar com outras empresas e indivíduos, 
a um custo muito baixo.
Essa comunicação é provida de um conjun-
to de tecnologias e padrões tecnológicos univer-
sais e fáceis de usar, que pode ser adotado por 
todas as organizações, não importando qual sis-
tema de computadores ou plataforma de tecno-
logia de informação estejam utilizando.
Segundo Laudon (2004), parceiros comer-
ciais podem se comunicar diretamente uns com 
os outros, evitando intermediários e procedimen-
tos múltiplos ineficientes.
5.3 Empresa Digital
Sites Web estão à disposição dos consumidores 
24 horas por dia. Alguns produtos baseados em 
informação, como software, música e vídeo, po-
dem ser distribuídos fisicamente via internet.
CuriosidadeCuriosidade
Vendedores de outros tipos de produtos e 
serviços podem usar a internet para distribuir in-
formações sobre os produtos que vendem, como 
preços, opções, disponibilidade e prazo de entre-
ga.
A internet pode substituir ou ampliar o al-
cance de canais de distribuição existentes, crian-
do lojas para atrair e atender a clientes que, caso 
contrário, não escolheriam a sua organização. 
Com isso, as organizações podem usar a tecno-
logia da internet para reduzir radicalmente seus 
custos de transação.
Figura 41 – Empresa digital.
O processo eletrônico de realização de transações 
pode reduzir custos de transação e o prazo de 
entrega para alguns bens, especialmente aqueles 
que são puramente digitais, como, por exemplo, 
software, textos, imagens etc., porque esses pro-
dutos podem ser distribuídos através de versões 
eletrônicas.
CuriosidadeCuriosidade
Tecnologias de Gestão
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41
Alguns modelos de negócios na internet 
são:
ƒƒ Loja virtual: vendas de bens e serviços;
ƒƒ Corretora de informações: forneci-
mento de informações sobre produtos, 
preços, características etc.;
ƒƒ Corretora de transações: permite aos 
compradores ter acesso a taxas e ter-
mos de várias fontes;
ƒƒ Provedora de serviços on-line: forne-
cimento de serviços e apoio para pro-
dutos de hardware e software;
ƒƒ Leilão virtual: funciona como uma car-
teira de compensação eletrônica e seus 
produtos variam de preço de acordo 
com a demanda existente para cada 
um;
ƒƒ Banner de propaganda: recurso gráfi-
co usado para propaganda e conectado, 
por um link, ao Web site do anunciante;
ƒƒ Portais eletrônicos: ponto de entrada 
inicial à Web, com conteúdo especiali-
zado, determinação de serviços etc.
A internet pode ajudar as empresas a criar 
e capturar lucros de novas maneiras, agregando 
valor extra a produtos e serviços existentes ou 
provendo mudanças para novos produtos e/ou 
serviços, afirma Laudon (2004).
Todos os modelos de negócios, de um 
modo ou de outro, agregam valor quando: 
ƒƒ fornecem ao cliente um novo produto 
ou serviço; 
ƒƒ oferecem informação ou serviço adicio-
nal a um produto ou serviço tradicional;
ƒƒ disponibilizam um produto ou um ser-
viço a um custo mais baixo do que os 
meios tradicionais.
Caro(a) aluno(a),
Neste capítulo, estudamos o Plano diretor da empresa, o E-commerce, o EaD e as Empresas Digitais.
ƒƒ Basicamente, um plano diretor é a representação de um conjunto de decisões e ações plane-
jadas contemplando períodos futuros, coordenando também um planejamento global com a 
organização;
ƒƒ Os três principais tipos de comércio eletrônico são: B2C, B2B e Comércio eletrônico consumi-
dor-consumidor;
ƒƒ O EaD é a educação ou treinamento transmitido a indivíduos em uma ou mais localidades;
ƒƒ O processo eletrônico de realização de transações pode reduzir custos de transação e o prazo 
de entrega para alguns bens, especialmente aqueles que são puramente digitais, como, por 
exemplo, software, textos, imagens etc., porque esses produtos podem ser distribuídos através 
de versões eletrônicas.
5.4 Resumo do Capítulo
Benedito Cristiano Aparecido Petroni
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Caro(a) aluno(a),
Vamos, agora, avaliar a sua aprendizagem:
1. B2B e B2C são que tipos de comércio eletrônico?
2. Quais são os benefícios da comunicação de vendas via web?
5.5 Atividades Propostas
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43
Caro(a) aluno(a),
Neste curso, pôde-se ver como as Tecnologias de Gestão e os diversos tipos de Sistemas de Infor-
mação vêm interferindo na vida das pessoas e das organizações. A evolução dos recursos tecnológicos 
e dos sistemas de informação é um ponto forte no crescimento mundial e fundamental para as pessoas 
que se beneficiam de suas aplicações.
Conforme estudado no curso, as novas tecnologias serão cada vez mais utilizadas num futuro pró-
ximo. Seu potencial é vasto e tende a ser utilizado, em várias áreas do conhecimento, com muito mais 
frequência do que a encontrada na atualidade. 
Outro importante tópico abordado no curso foi o comércio eletrônico e o EaD, que são novas for-
mas de vender produtos e serviços e, também, atualizar o conhecimento. 
Como se pôde ver, são diversas as tecnologias que temos como recursos de trabalho e estudo. Elas 
proporcionam a nós, usuários, sensações e emoções que talvez no mundo real não pudéssemos ter. A 
tecnologia avança rapidamente e precisamos estar preparados para acompanhá-la. 
Assim, caro(a) estudante(a), continue suas pesquisas nesta área e acompanhe sempre as novidades 
tecnológicas voltadas para o curso de Administração. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS6
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CAPíTULo 1
1. Coletar, transformar e disseminar informações em uma organização.
2. Sistema de Apoio à Decisão.
CAPíTULo 2
1. Estados Unidos e União Soviética.
2. Sputnik 1, em 1958.
CAPíTULo 3
1. Rede em Estrela.
2. Topologia é o formato da rede.
CAPíTULo 4
1. O Data Mining é uma ferramenta poderosa e lucrativa para as organizações, mas apresenta 
desafios à proteção da privacidade de cada indivíduo. No entanto, com todas as questões, os 
Data Warehouses habilitam os tomadores de decisões das organizações a acessarem os dados 
quantas vezes precisarem, sem afetar o desenvolvimento dos outros sistemas aplicativos da 
organização, com a facilidade de acesso com a tecnologia Web disponível.2. Os dados originam-se de muitos sistemas e aplicativos das organizações e, também, de fontes 
externas – bancos de dados específicos adquiridos com empresas especializadas, incluindo 
transações ocorridas em sites Web –, sendo cada uma com modelos diferentes.
CAPíTULo 5
1. Comércio eletrônico empresa-consumidor: também conhecido como B2C, é a venda de 
produtos e serviços no varejo diretamente a compradores individuais; Comércio eletrônico 
empresa-empresa: conhecido como B2B, é a venda de bens e serviços entre empresas.
2. Parceiros comerciais podem se comunicar diretamente uns com os outros, evitando interme-
diários e procedimentos múltiplos ineficientes; sendo assim, podemos afirmar que o maior 
beneficiário é o cliente final, que arcará com preços muito menores na compra dos produtos.
RESPOSTAS COMENTADAS DAS 
ATIVIDADES PROPOSTAS
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47
CYCLADES. Guia internet de conectividade. [S.l.: s.n.], 2001.
FREEMAN, E. Use a cabeça, HTML com CSS e XHTML. 2. ed. Rio de Janeiro: Alta Books, 2010.
LAUDON, K. C. Sistemas de informação gerenciais: administrando a empresa digital. São Paulo: 
Prentice Hall, 2004.
O’BRIEN, J. Sistemas de informação e as decisões na era da internet. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2010.
ROSINI, A. M. Administração de sistemas de informação e a gestão do conhecimento. São Paulo: 
Pioneira Thompson Learning, 2006.
SILVA, C. C.; VARGAS S. V. HTML construindo a internet. [S.l.]: Viena, 2007.
STAIR, R. M. Princípios de sistemas de informação: uma abordagem gerencial. 2. ed. São Paulo: LTC, 
1998.
REFERÊNCIAS
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SUGESTÕES DE LEITURA
Blog Corporativo - Aprenda como melhorar o relacionamento com seus clien-
tes e fortalecer a imagem da sua empresa
Fábio Cioriani
Novatec
Conectado - O que a internet fez com você e o que você pode fazer com ela 
Juliano Spyer
Jorge Zahar Editor
Sistemas de informação e as decisões gerenciais na era da internet
James O’Brien
	Tecnologias de Gestão_online_maio_2012
	OLE_LINK3
	INTRODUÇÃO
	1 
	SISTEMAS
	1.1 Gestão da Informação
	1.2 Evolução dos Métodos de Desenvolvimento de Software
	1.3 Tipos de Sistemas de Informação
	1.4 Resumo do Capítulo
	1.5 Atividades Propostas
	2 
	INTERNET E SUAS DERIVAÇÕES
	2.2 A Web
	2.3 Serviços da Web
	2.4 Modelo Cliente-Servidor
	2.5 Resumo do Capítulo
	2.6 Atividades Propostas
	3 
	REDES DE COMPUTADORES
	3.2 Resumo do Capítulo
	3.3 Atividades Propostas
	4 
	BANCO DE DADOS
	4.1 Bancos de Dados e a Internet
	4.2 Data Warehouse e Data Mining
	4.3 Resumo do Capítulo
	4.4 Atividades Propostas
	5 
	PLANO DIRETOR DE INFORMÁTICA
	5.1 E-Commerce
	5.2 Ensino à Distância (EaD)
	5.3 Empresa Digital
	5.4 Resumo do Capítulo
	5.5 Atividades Propostas
	6
	CONSIDERAÇÕES FINAIS
	RESPOSTAS COMENTADAS DAS ATIVIDADES PROPOSTAS
	REFERÊNCIAS
	SUGESTÕES DE LEITURA

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