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História das políticas públicas de saúde no Brasil

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POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE NO BRASIL
 
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CRONOLOGIA
1500 – Chegada dos portugueses ao Brasil;
1789 – Tomada da Bastilha por revolucionários franceses;
1799 – Médicos portugueses começam a aplicar em Lisboa a vacina conta a varíola;
1806 – A Inglaterra proíbe o tráfico de escravos em todos os seus domínios;
1808 – O príncipe D. João e a família real chegam ao Brasil;
1821 – D. João VI retorna a Portugal;
1822 – D. Pedro proclama a Independência do Brasil
1888 – 13 de maio – assinatura da Lei Áurea;
1889 – 15 de novembro – Proclamação da República;
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DA COLONIZAÇÃO À REPÚBLICA
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	Quando da chegada ao Brasil pelos portugueses, o litoral baiano era ocupado por duas nações indígenas do grupo linguístico tupi: os tupinambás, que ocupavam a faixa compreendida entre Camamu e a foz do Rio São Francisco; e os tupiniquins, que se estendiam de Camamu até o limite com o atual estado brasileiro do Espírito Santo. Mais para o interior, ocupando a faixa paralela àquela apropriada pelos tupiniquins, estavam os aimorés.
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O que existia antes do SUS? 
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 DA COLONIZAÇÃO À REPÚBLICA
Primeiras referências sobre o Brasil: beleza, grandiosidade das paisagens, pureza das águas, clima ameno; 
Índios robustos e ágeis – desconheciam as epidemias que assolavam a Europa;
Século XVII – país era identificado como “inferno”; 
Conflito com indígenas, enfermidades, guerra, isolamento;
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DA COLONIZAÇÃO À REPÚBLICA
XVI – criação dos cargos de físico-mor e cirurgião-mor – funções que permaneceram sem ocupantes por longo tempo;
1543 – Irmandade de Misericórdia e o Hospital de todos os Santos: indigentes, viajantes e doentes;
Medo de se submeter aos tratamentos baseados em sangria e purgantes;
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 SANGRIA: A CURA PARA QUASE QUALQUER DOENÇA
Os médicos achavam que praticamente todas as doenças eram causadas por excesso de líquido no corpo. Então a solução era tirar o sangue por meio de sanguessugas ou um corte na veia do braço.
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I – HISTÓRIA DA SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL
1808 – Vinda da Corte Portuguesa: primeiras instâncias de saúde pública no país: fiscalização do exercício da medicina e garantia da salubridade da Corte com controle dos portos;
1889 - Independência: primeiras faculdades e agremiações médicas;
1813 – 1815 – Fundação das academias médico-cirúrgicas do Rio de Janeiro e da Bahia; 
Século XIX – epidemias de febre amarela e varíola, os médicos não sabiam as explicações. 
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DA COLONIZAÇÃO À REPÚBLICA
A população buscava sozinha alternativas para os problemas de saúde;
Ricos – tratamento na Europa, clínicas na região serrana e médicos particulares;
Pobres – curandeiros negros, caridade e santas casas;
Medos dos hospitais: leitos coletivos, falta de higiene;
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I – HISTÓRIA DA SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL
Os avanços da medicina oficial não ampliaram a confiança da população;
Choque entre idéias tradicionais x teorias da medicina moderna (bacteriologia e fisiologia);
Louis Pasteur (metade séc. XIX) descobriu que várias doenças eram causadas por micróbios - bacteriologia;
Teoria miasmática: doenças produzidas por desordens atmosféricas;
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	Louis Pasteur (XIX)
Seus experimentos deram fundamento para a teoria microbiológica da doença. Foi mais conhecido do público por inventar um método para impedir que leite e vinho causem doenças, um processo que veio a ser chamado pasteurização. Criação da primeira vacina contra a raiva;
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I – HISTÓRIA DA SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL
Reorganização dos serviços sanitários e nascimento da Política de Saúde brasileira, que não resolveram o problema das epidemias;
Entre 1890 e 1900, o Rio de Janeiro era assolado por varíola, febre amarela, peste bubônica, febre tifóide, cólera;
Para tentar dar conta desta situação, médicos higienista passaram a ocupar cargos importantes na administração pública
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I – HISTÓRIA DA SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL
1889 – 1930 – República Velha: país governado pelas oligarquias (SP, RJ e MG);
Principal produto da economia – café: lucro parcialmente aplicado nas cidades e na melhoria das condições de vida;
 
No Rio de Janeiro, em 1889, fundação do Instituto Soroterápico de Manguinhos – 1908 transformou-se em Instituto Oswaldo Cruz;
Fora do eixo Rio – São Paulo os índices das enfermidades mantinham-se altos;
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I – HISTÓRIA DA SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL
1918 – população rural aproximadamente 20 milhões; 17 milhões com parasitas intestinais, 3 milhões com Doenças de Chagas, 10 milhões com malária e 5 milhões com tuberculose, mais subnutrição e alcoolismo;
“Jeca Tatu” – criado por Monteiro Lobato, símbolo do caboclo brasileiro; 
Teses que atribuíam as endemias e a baixa produtividade à qualidade da “raça brasileira” - branco + negros + índios = a tipo nacional condenado à preguiça e à debilidade física e mental;
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O PERÍODO REPUBLICANO (1889-1930)
O Rio de Janeiro foi a cidade brasileira que mais sofreu intervenções médicas durante o período presidencial de Rodrigues Alves (1902 – 1906), comandadas por Oswaldo Cruz; 
1904 – aprovação pelo Congresso Nacional da Lei que estabelecia a obrigatoriedade da vacina contra a varíola – início da Revolta; 
Revolta contra a ações violenta do estado e por não conhecer a composição da vacina, além de questões morais;
Embora os revoltosos tenham sido derrotados, foi revogada a obrigatoriedade da vacina;
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O PERÍODO REPUBLICANO (1889-1930)
1923 – aprovação da lei Elói Chaves: criação do Instituto Previdenciário dos trabalhadores das Estradas de Ferro;
 
CAPs – natureza civil e privada, sem ingerência estatal na provisão de benefícios e serviços; (Caixa de Aposentadoria e pensão.)onde empregado e empregador descontava para a aposentadoria ( (saúde sem direito)
Formação de um não-sistema – separação entre ações de saúde pública e assistência médica hospitalar;
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Oswaldo Cruz
Diretor-geral da Saúde Pública (1903), nomeado pelo Presidente Rodrigues Alves, coordenou as campanhas de erradicação da febre amarela e da varíola, no Rio de Janeiro. Organizou os batalhões de "mata-mosquitos", encarregados de eliminar os focos dos insetos transmissores. Convenceu Rodrigues Alves a decretar a vacinação obrigatória, o que provocou a rebelião de populares contra o que consideram uma invasão de suas casas e uma vacinação forçada, o que ficou conhecido como Revolta da Vacina. O RJ era uma das mais sujas do mundo.
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I – HISTÓRIA DA SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL
1ª fase do movimento sanitarista – gestão de Oswaldo Cruz à frente dos serviços federais de saúde entre 1903 e 1909;
Serviços basicamente restritos ao DF e aos portos;
A principal característica desta fase foi a ênfase no saneamento urbano da cidade do RJ e o combate às epidemias de febre amarela, peste e varíola;
Objetivo: livrar o país dos prejuízos causados ao comércio exterior pelas péssimas condições sanitárias da capital federal e de seu porto.
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I – HISTÓRIA DA SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL
2ª fase do movimento sanitarista – década de 10 e 20: ênfase no saneamento rural – instalação de postos sanitários em áreas não-urbanas;
Combate a 3 endemias rurais: ancilostomíase, malária e mal de Chagas; 
“Descoberta dos sertões”: de seus habitantes abandonados, idiotizados e doentes – possibilidade de curá-los e integrá-los à comunidade nacional – 1º contato da população com o poder público;
Belisário Penna – importante sanitarista da República Velha: prioridade – combate às endemias rurais por meio de políticas de saúde pública;
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A ERA VARGAS (1930 – 1945)
Ampla reforma política e administrativa, com
1937 – 1945: ditadura do Estado Novo – centralização da máquina governamental e perseguição das lideranças sindicais; 
Políticas populistas – ideologia que atribui ao Estado o papel de árbitro dos conflitos sociais, preservando as relações de dominação de classe, apesar de algumas
concessões feitas aos grupos populares – justificativa para manter o autoritarismo;
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Getúlio Vargas
Em 1930 encerra-se a chamada República Velha. 
Foi presidente da república em 2 períodos:
De 1930 a 1934, como chefe do "Governo Provisório". 
De 1934 a 1937, Getúlio comandou o país como presidente da república, do Governo Constitucional, tendo sido eleito presidente da república pela Assembleia Nacional Constituinte de 1934; 
De 1937 a 1945, enquanto durou o Estado Novo implantado após um golpe de estado.
No segundo período, em que foi eleito por voto direto, Getúlio governou o Brasil como por 3 anos e meio: de 31 de janeiro de 1951 até 24 de agosto de 1954, quando se matou.
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A ERA VARGAS (1930 – 1945)
1930 – criação do Ministério da Educação e da Saúde Pública;
Centralização das questões sanitárias nas mãos de burocratas e políticos;
Criação do código de Moral Médica – privilégios de classe;
Getúlio “pai dos pobres” – política voltada para a população urbana, da indústria e comércio – apoio social e político para garantir legitimidade ao Estado Ditatorial;
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A ERA VARGAS (1930 – 1945)
Anos 30 – criação das Caixas de Aposentadorias e Pensões e Institutos de Previdência – garantia de assistência médica à população urbana;
IAP – serviços irregulares, principalmente para os problemas de saúde mais graves;
Operário sem carteira de trabalho – caridade;
IAP – sistema previdenciário vinculado ao Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio: fornecer assistência médica aos trabalhadores independente das políticas e das estruturas do Ministério da Educação e Saúde Pública;
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A ERA VARGAS (1930 – 1945)
1936 – quase toda população urbana pertencente às categorias profissionais reconhecidas pelo Estado, coberta por alguma forma de proteção previdenciária;
Cesta variada de serviços e benefícios;
Construção de uma identidade dos “trabalhadores do Brasil”;
1943 – Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) – assistência médica, licença maternidade, jornada de 8 horas, salário mínimo, férias remuneradas, pagamento de horas extras;
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A ERA VARGAS (1930 – 1945)
Iniciativas de educação em saúde – pelo rádio, cartazes, panfletos – necessidade de mudança de hábitos não higiênicos;
Formação de enfermeiras sanitárias; melhora da saúde pública noções de higiene escola de enfermagem Ana Nery
Princípios eugênicos para explicar as doenças – 
Separação entre Saúde Pública – de responsabilidade do Ministério da Educação e Saúde Pública por meio do DNSP e do combate às grandes endemias e epidemias – e Assistência Médica Previdenciária – individualizada, curativa, ambulatorial, hospitalar e urbana, provida pelo IAPs;
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A ERA VARGAS (1930 – 1945)
Resultados: maior desenvolvimento da assistência médico previdenciária e acanhamento político institucional da saúde pública;
Saúde Pública: foco: sociedade e não o indivíduo;
À saúde pública não interessa o caso individual, seja um caso de doença, seja qualquer outra situação especial relativa à saúde ou ao corpo. O caso individual só interessa à saúde pública se puder afetar a coletividade, se for capaz de por a coletividade em perigo. Fora disso, dele não se ocupará a saúde pública”
Gustavo Capanema
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A ERA VARGAS (1930 – 1945)
1941 - 1ª Conferência Nacional de Saúde, no RJ:
“Conferência de administradores que terão apenas o objetivo de estudar e assentar providências de ordem administrativa. Por meio delas, poderá ainda a União coordenar a execução dos planos nacionais que forem estabelecidos”
Gustavo Capanema
Também coube à SP formas de proteção social aos não-reconhecidos pelas políticas trabalhistas e previdenciárias de Vargas;
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A ERA VARGAS (1930 – 1945)
Embora tenham diminuído as mortes por doenças epidêmicas, principalmente nos grandes centros urbanos, cresceram as doenças endêmicas (esquistossomose, tuberculose, DSTs, etc);
Persistência das mortes por doenças infecto-contagiosas – EUA – transição epidemiológica – “enfermidades modernas”;
Enfermos como párias da sociedade;
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PERÍODO DE REDEMOCRATIZAÇÃO – 1945-1964)
1945 – Deposição de Getúlio Vargas – início do governo Dutra: no setor saúde tudo continuava como no tempo da ditadura;
Manutenção das políticas populistas de Vargas;
1953 – Criação do Ministério da Saúde: contava com verbas irrisórias;
MS – voltou-se para o interior – combate a doenças epidêmicas e endêmicas;
Organização de campanhas;
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PERÍODO DE REDEMOCRATIZAÇÃO – 1945-1964)
Práticas clientelistas: troca da ‘saúde’ por votos e apoio político;
Brasil – uma das nações mais doentes do mundo;
Esperança de vida do brasileiro – 51 anos e 37 em Recife, sertão nordestino – + ou – 30 anos;
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PERÍODO DE REDEMOCRATIZAÇÃO – 1945-1964)
Área rurais – Ministério da Saúde;
Áreas Industrializadas – IAPs – serviços se deteriorando;
Pressão pela compra de serviços privados – defesa da não competição Estado x medicina privada;
Serviços privados com financiamento público;
Dificuldades de gerenciamento dos IAPs e queixas dos trabalhadores levaram o Estado a tentar organizar a administração destes serviços;
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PERÍODO DE REDEMOCRATIZAÇÃO – 1945-1964)
1960 – Lei Orgânica da Previdência Social (LOPS): uniformização das contribuições a serem pagas pelos trabalhadores para o instituto ao qual estivessem vinculados (8% do salário dos empregados) e igual % pago pelo empregador e governo;
Grave problema: alta taxa de mortalidade infantil – criação dos serviços de puericultura; TxMI – Natal= 421,6, Salvador= 353,5 e SP= 86,5;
Devido à ausência de tratamento e distribuição de água e coleta de esgoto;
Assistência à criança – ato de bondade dos políticos;
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PERÍODO DE REDEMOCRATIZAÇÃO – 1945-1964)
Fome – uma das principais causas das doenças;
Problema amplamente divulgado pela imprensa internacional;
Medicina como prática social;
Tensão entre movimentos populares x manutenção do apoio dos latifundiários e industriais
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1964 – REGIME MILITAR
Ao MS cabia elaborar os programas sanitários e assistir a população durante as epidemias; 
Recursos desviados para o financiamento da rede privada;
Aumento de enfermidades como dengue, meningite e malária;
Epidemias sob censura;
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1964 – REGIME MILITAR
1966 – criação do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), subordinado ao Ministério do Trabalho – unificação dos IAPs 
Trabalhadores excluídos da gestão; SOMENTE OS PATRÕES . 
Concepção de saúde como elemento individual e não coletivo: o pouco dinheiro era investido no pagamento dos hospitais privados e em algumas campanhas de vacinação;
INPS – tratamento dos doentes;
MS – programas sanitários e assistência durante as epidemias; 
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1964 – REGIME MILITAR
Momento marcado por fraudes; 
Anos 70 – surgimento da medicina de grupo: forma das empresas prestarem assistência de melhor qualidade e diminuir os períodos de licença;
Década de 70: a cobertura previdenciária foi ampliada com a regulamentação do FUNRURAL e, posteriormente, mediante contribuição individual, os benefícios foram estendidos às empregadas domésticas e trabalhadores autônomos;
Entrada de capital estrangeiro na saúde – planos privados e indústria farmacêutica;
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1964 – REGIME MILITAR
Modelo de atenção predominante: médico assistencial privatista:
 “centrado na clínica, voltado para o atendimento da demanda espontânea e baseado em procedimentos e serviços especializados” (Paim, 2008)
Modelo prestigiado pela mídia, categoria médica, políticos, população – mais conhecido no país, apesar de não contemplar o conjunto de necessidades de saúde da população;
Objeto: doença ou doente - indivíduo;
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O MOVIMENTO DA REFORMA SANITÁRIA E A LUTA PELO DIREITO UNIVERSAL À SAÚDE
Movimento Sanitário - as críticas recaíram principalmente sobre o caráter privatista da atenção à saúde, financiada pelo
setor público;
Os principais temas: acesso universal à assistência em saúde, perspectiva de saúde como direito de cidadania, descentralização político-administrativa, hierarquização do sistema, participação social e crítica à medicina de base privatista e curativa instituída durante o Regime. 
Movimento mundial pela Atenção Primária à Saúde: Alma-Ata e Carta de Ottawa;
Crise mundial do setor saúde;
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O MOVIMENTO DA REFORMA SANITÁRIA E A LUTA PELO DIREITO UNIVERSAL À SAÚDE
Início da redemocratização e redefinição do sistema público de saúde no país;
Surgimento de outros atores sociais – Reforma Sanitária Brasileira – movimento social, composto por segmentos populares, estudantes pesquisadores, profissionais de saúde, entidades como o CEBES, Abrasco e SBPC;
AUMENTO DO NUMERO DE POSTOS DE SAUDE com vacinação, proteção a mulher e criança para redução de mortalidade infantil, e doenças como tuberculose.
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O MOVIMENTO DA REFORMA SANITÁRIA E A LUTA PELO DIREITO UNIVERSAL À SAÚDE
Movimento Sanitário – busca a transformação do setor saúde no país em prol da melhoria das condições de saúde e da atenção à saúde da população, na consecução do direito de cidadania;
No momento em que um problema torna-se prioritário na agenda política ou decisória do Estado – primeiro momento do ciclo de uma política;
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II. CONTEXTO DA SAÚDE NOS ANOS DE 1980
Fim do regime militar – início da experiência de reforma e redefinição do sistema público de saúde no país;
 Criação do PREV- Saúde, Ações Integradas de Saúde (AIS), Sistemas Unificados e Descentralizados de Saúde (SUDS); 
1986 - Marco: 8ª Conferência Nacional de Saúde
 
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II. CONTEXTO DA SAÚDE NOS ANOS DE 1980
A 8ª CNS foi o grande marco nas histórias das conferências de saúde no Brasil. Foi a primeira vez que a população participou das discussões da conferência. Suas propostas foram contempladas tanto no texto da Constituição Federal/1988 como nas Leis Orgânicas da Saúde.
Participaram mais de 4.000 delegados, impulsionados pelo movimento da Reforma Sanitária, e propuseram a criação de uma ação institucional correspondente ao conceito ampliado de saúde, que envolve promoção, proteção e recuperação 
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II. CONTEXTO DA SAÚDE NOS ANOS DE 1980
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II. CONTEXTO DA SAÚDE NOS ANOS DE 1980
Grande pressão da sociedade civil e dos movimentos democráticos de esquerda – coalizão parlamentar – introdução de capítulo específico (II) sobre Seguridade Social
Seguridade Social – distribuição de benefícios, ações e serviços a todos os cidadãos de uma nação; férias, repouso semanal, fundo de garantia,13º salario, pis pasep... 
Constituição de 1988: “Compreende conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, previdência e à assistência social” – lógica universalista e equitativa;
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III. SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE – PRINCÍPIOS E DIRETRIZES
SUS: conforma o modelo público de ações e serviços de saúde no Brasil;
Orientado por um conjunto de diretrizes válidas para todo território nacional;
Parte de uma concepção ampla do direito à saúde e do papel do Estado na garantia desse direito;
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III. SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE – PRINCÍPIOS E DIRETRIZES 
Constituição Federal de 1988 
Sistema Único de Saúde (SUS)
Capítulo II – Dos Direitos Sociais
Art. 6º “São direitos sociais a educação, saúde, o trabalho, o lazer, a segurança, a previdência social, proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição”
Capítulo II – Da Seguridade Social
Art. 195 “A Seguridade Social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios”
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Art. 196 “A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”
Art. 198 “As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes:
I – descentralização político-administrativa;
II – atendimento integral; 
III – participação da comunidade;
III. Sistema Único de Saúde – princípios e diretrizes
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III. SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE – PRINCÍPIOS E DIRETRIZES
Art. 199 “A assistência à saúde é livre à iniciativa privada” que poderá participar de forma complementar, 2º diretrizes do SUS.
Lei 8080/1990 lei dos princípios do sus .
Quem banca o sus?
Como vou ser atendido sem ter carteira assinada e desconto de inss??
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