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IEZA CRISTINA MUNIZ MARTINS - 1504174 JULLIANA RODRIGUES DE ALMEIDA - 21910619 LARISSA SOARES ALMEIDA DOS SANTOS - 1203091 DA COLONIZAÇÃO À REPÚBLICA: A RAIZ HISTÓRIA DA DOENÇA À primeira vista apenas nativos; • Terra sem aparentes riquezas, senão o pau-brasil; • Colonização por degredados e aventureiros. • De acordo com o historiador Barreto, a ocupação do novo território: "o Brasil, achado em 1500 e em 1500 esquecido, é uma resposta a perigos de concorrência essencialmente ligados com a carreira da Índia." VINDA DA CORTE não haviam casas e nem hospitais começa a se construir uma colônia, para a família Real Sede provisória do Império português e principal porto do País, a cidade do Rio de Janeiro tornou-se centro das ações sanitárias; 22/-1/1810 Pedro I, a Inspetoria Sanitária de Portos. A Polícia Sanitária, fiscalizava embarcações, cemitérios, áreas de comércio de alimentos e o exercício das profissões, proibindo o charlatanismo. Embarque da Família Real portuguesa para o Brasil Família Real PERÍODO COLONIAL Chegada da família real que trouxe uma series de mudanças como: Primeiras escolas de medicina; Primeiras pesquisas sobre doenças endêmicas do Brasil, Controle sanitário dos portos e dos seus passageiros PERÍODO COLONIAL - ÍNICIO DA CRIAÇÃO DA SANTA CADA DE MISERICÓRDIA República Velha (1889-1930) Carlos Chagas 1909 Carlos Chagas descobriu a Doença de Chagas, provocada pelo Tripanossoma cruzi. Em 1920 Carlos Chagas transformou os Distritos Sanitários Marítimos em Diretorias de Defesa Marítima e Fluvia Sucessor de Oswaldo Cruz Propaganda de educação para a saúde; Expansão de atividade de saneamento em âmbito nacional; Licença para Gestantes; Criação das Caixas para aposentadoria e Pensões (CAPs); OSWALDO CRUZ Oswaldo Gonçalves Cruz, médico, sanitarista, cientista teve que empreender uma campanha sanitária de combate às principais doenças da capital federal: febre amarela, peste bubônica e varíola. Adotou métodos como o isolamento dos doentes, a notificação compulsória dos casos positivos, a captura dos vetores – mosquitos e ratos –, e a desinfecção das moradias em áreas de focos. Utilizando o Instituto Soroterápico Federal como base de apoio técnico-científico, iniciou campanhas de saneamento e, em poucos meses, a incidência de peste bubônica diminuiu com o extermínio dos ratos, cujas pulgas transmitiam a doença. • 10 de novembro - Proibição de reuniões públicas estabelecida pelo governo, a polícia investe contra estudantes que pregavam resistência à vacinação e são recebidos a pedradas. • 11 de novembro - As forças policiais e militares recebem ordens para reprimir comício da Liga contra a Vacinação Obrigatória e o confronto com a população se generaliza para outras áreas do centro da cidade, havendo o fechamento do comércio. • 12 de novembro - Sob o comando dos representantes da Liga, Vicente de Souza, Lauro Sodré e Barbosa Lima, cerca de 4 mil pessoas saem em passeata para o Palácio do Catete. • 13 de novembro - Na praça Tiradentes, uma multidão se aglomera e não obedece à ordem de dispersar. A população incendeia bondes, quebra combustores de iluminação e vitrines de lojas, invadem delegacias e o quartel da rua Frei Caneca. Mais tarde, os tumultos chegam aos bairros da Gamboa, Saúde, Botafogo, Laranjeiras, Catumbi, Rio Comprido e Engenho Novo. Cronologia da Revolta da Vacina Cronologia da Revolta da Vacina • 14 de novembro – Os conflitos continuam por toda a cidade. O exército está dividido. • 15 de novembro - Os tumultos persistem, sendo os maiores focos no Sacramento e na Saúde. Continuam os ataques às delegacias, ao gasômetro, às lojas de armas. • 16 de novembro - O governo decreta o estado de sítio. Os conflitos persistem em vários bairros. As tropas do Exército e da Marinha invadem a Saúde, aprisionando o Prata Preta. A saúde pública na era Vargas (1930-1945) Investido na Presidência da República pela Revolução de 1930 à 1945 – A era de Vargas - Getúlio Vargas procurou de imediato libertar o estado do controle político das oligarquias regionais, onde promoveu uma ampla reforma política e administrativa, distanciando da administração pública os principais líderes da República Velha. O presidente suspendeu a Constituição de 1891 e passou a governar por decretos. Diante das dificuldades encontradas para governar, Vargas promoveu uma acirrada perseguição policial a seus opositores e aos principais líderes sindicais do país. Durante seu mandato buscou centralizar a máquina governamental e bloquear as reivindicações sociais, recorrendo a medidas populistas (Ideologia que atribui ao Estado o papel de árbitro dos conflitos sociais, preservando as relações de dominação de classe). As políticas sociais foram a arma utilizada pelo ditador para explicar a sociedade o sistema autoritário. A democratização e saúde (1945 -1964) O processo de industrialização no Brasil trouxe resultados positivos tardios ao país, mas também proporcionou impactos negativos. Como efeitos positivos geração de empregos com melhores condições de trabalhos, incluindo melhorias na organização dos trabalhadores, criação dos sindicatos, além de avanços nas áreas de transporte, infraestrutura e iluminação pública. Os trabalhadores mais organizados manifestaram de forma mais articulada as Caixas de Aposentadorias e Pensões (CAPs), que mais tarde seriam o embrião do Seguro Social. A saúde no regime militar de (1964) Jânio Quadros foi eleito em 1960, mas permaneceu no poder por apenas sete meses, até sua renúncia, em 25 de agosto de 1961, sob alegação de que “forças terríveis contra mim e me intrigam ou infamam”. Em seguida, João Goulart, também conhecido como Jango, assumiu o cargo após grandes pressões, mas perdeu o poder do presidencialismo, uma vez que foi instituído o parlamentarismo. Em 1963, foi realizada a III Conferência Nacional de Saúde, instituída por lei em 1937, com o objetivo de oferecer orientações sobre as políticas de saúde. A conferência estabeleceu como ideologia da saúde o desenvolvimento econômico, fundamentado na racionalidade do planejamento, na produtividade e na distribuição de riquezas. Esses últimos eram princípios compreendidos como “fontes de saúde”. Foi nessa época que se registrou a maior participação do Ministério da Saúde no orçamento global da união, apesar das grandes tendências à sua diminuição A saúde nos anos 80 a 90 O fim da ditadura foi caracterizado pelo movimento das Diretas Já e pela eleição presidencial de Tancredo Neves, em 1984. O setor da saúde padeceu grandes alterações e restruturações com a reforma sanitária e a criação do Sistema Único Descentralizado de Saúde (SUDS). Os serviços médicos privados, que se favoreceram durante o militarismo, obtiveram recursos públicos e foram financiados por grandes valores neste período. Sanitarista Sérgio Arouca e o SUS O sanitarista Sérgio Arouca foi um dos principais teóricos e líderes do chamado “movimento sanitarista”, que mudou o tratamento da saúde pública no Brasil. A consagração do movimento veio com a Constituição de 1988, quando a saúde se tornou um direito inalienável de todos os cidadãos, como está escrito na Carta Magna: “A saúde é direito de todos e dever do Estado”. Morto aos 61 anos, em 2 de agosto de 2003, Arouca é reconhecido por sua produção científica e a liderança conquistada na construção do Sistema Único de Saúde (SUS). Foi presidente da Fiocruz em 1985, professor concursado da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz), além de chefe do Departamento de Planejamento da Escola. INAMPS (MOMENTOS ANTES DO SUS) Antes do SUS ser criado, a saúde pública era liderada pelo Instituto Nacional de Assistência Médica e Previdência Social (Inamps), criado em 1977. Contudo, esse sistema não fornecia acesso universal à saúde, pois somente quem trabalhava em empregos formais e contribuíam com a PrevidênciaSocial eram atendidos. https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/historia-hoje/patroa-e-condenada-por-manter-empregada-durante-35-anos-em-condicoes-analogas-a-escravidao.phtml https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/historia-hoje/historia-greve-contra-reforma-da-previdencia-para-cidade-de-paris-nesta-sexta-feira.phtml Sede Institucional da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia, em São Paulo As pessoas que não se encaixavam na categoria exigida tinham de buscar o sistema privado ou mesmo instituições como as Santas Casas de Misericórdia e os hospitais universitários, que realizavam atendimento gratuito. O número dessas instituições, no entanto, era muito pequeno para a demanda. 8ª Conferência Nacional da Saúde - um marco para a história da Saúde Pública no Brasil Em 1970, apenas 1% do orçamento da União era destinado para a saúde. Ao mesmo tempo, surgia o Movimento Sanitarista, formado por profissionais da saúde, intelectuais e partidos políticos. Eles discutiam as mudanças necessárias para a saúde pública no Brasil. Uma das conquistas do grupo foi a realização da 8ª Conferência Nacional da Saúde, em 1986. O documento criado ao final do evento era um esboço para a criação do Sistema Nacional de Saúde - SUS. Saúde para todos no ano 2000 Em 1978 aconteceu em Alma-Ata, URSS a Conferência Internacional sobre Cuidados Primários de Saúde, expressando a necessidade de ação urgente de todos os governos, de todos os que trabalham nos campos da saúde e do desenvolvimento e da comunidade mundial para promover a saúde de todos os povos do mundo. A Declaração de Alma-Ata, como ficou conhecida, enfatizou ser possível atingir nível aceitável de saúde para todos os povos do mundo até o ano 2000. "Criado pela Constituição de 1988, e regulamentado dois anos depois pelas Leis no. 8080/90 e no. 8142/90, o Sistema Único de Saúde é constituído pelo conjunto de ações e serviços de saúde prestados por órgãos e instituições públicos federais, estaduais e municipais e, complementarmente, por iniciativa privada que se vincule ao Sistema." (Ministério da Saúde, 1998). O Sistema Único de Saúde: principais características Constituição Federal de 1988 Conforme a Constituição Federal de 1988, o SUS é definido pelo artigo 198 do seguinte modo: As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada, e constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes: I. Descentralização, com direção única em cada esfera de governo; II. Atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais; III. Participação da comunidade Lei n. 8.080, de 19 de setembro de 1990 – Lei Orgânica da Saúde As ações e serviços públicos de saúde e os serviços privados contratados ou conveniados que integram o SUS são desenvolvidos de acordo com as diretrizes previstas no artigo 198 da Constituição Federal de 1988, obedecendo ainda a princípios organizativos e doutrinários, tais como: • universalidade de acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de assistência; • integralidade de assistência, com prioridade para as atividades preventivas, sem livro1.indd 35 2/20/aaaa 12:52:08 36 Coleção Progestores | Para Entender a Gestão do SUS prejuízo dos serviços assistenciais; • equidade; • descentralização político-administrativa com direção única em cada esfera de governo; • conjugação dos recursos financeiros, tecnológicos, materiais e humanos da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios na prestação de serviços de Assistência à Saúde da população; • participação da comunidade; e • regionalização e hierarquização. A Lei n. 8.080/90 trata: a) da organização, da direção e da gestão do SUS; b) da definição das competências e das atribuições das três esferas de governo; c) do funcionamento e da participação complementar dos serviços privados de Assistência à Saúde; d) da política de recursos humanos; e e) dos recursos financeiros, da gestão financeira, do planejamento e do orçamento. Lei n. 8.142, de 28 de dezembro de 1990 A Lei n. 8.142, de 28 de dezembro de 1990, dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área de saúde, entre outras providências. Esta instituiu as Conferências e os Conselhos de Saúde em cada esfera de governo (BRASIL, 1990). O SUS conta em cada esfera de governo com as seguintes instâncias colegiadas de participação da sociedade: (i) a Conferência de Saúde; e (ii) o Conselho de Saúde. Hésio de Albuquerque Cordeiro - homem que lançou as bases do Sistema Único de Saúde (SUS) Pioneiro e inovador. Assim pode ser classificado o trabalho do médico Hésio de Albuquerque Cordeiro, que levou o antigo INAMPS a consagrar os princípios do movimento sanitário, dando início ao SUS. Há quem diga que uma janela histórica é aberta por uma sociedade ou nação quando fatores políticos, socioeconômicos ou culturais se somam de forma a propiciar um salto estrutural capaz de levar essa sociedade a um patamar civilizatório mais avançado. O INAMPS Em 1977, o governo militar instituiu pela Lei nº 6.439 o Sistema Nacional de Previdência e Assistência Social (Sinpas), com o objetivo de promover um novo desenho institucional para o sistema previdenciário. A iniciativa transferiu parte das funções até então exercidas pelo Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) para duas novas instituições. A assistência médica aos segurados foi atribuída ao INAMPS e a gestão financeira ao Instituto de Administração Financeira da Previdência e Assistência Social (Iapas). Ao INPS coube apenas a concessão de benefícios a empregados e empregadores urbanos, rurais e a seus dependentes. Consistiam em aposentadorias (invalidez, velhice ou tempo de serviço), pensões, auxílios, abonos, pecúlios, salários-família e maternidade e seguros por acidentes de trabalho. Do INAMPS ao SUS A prioridade central da gestão de Hésio foi a universalização do acesso aos serviços de saúde, com o fim de reduzir as imensas desigualdades regionais entre populações urbanas e rurais. Em sua gestão, as Ações Integradas em Saúde (AIS) – pequenos postos de saúde criados a partir de convênios das prefeituras com a Previdência Social, considerados berços da atenção básica, atual porta de entrada do SUS – foram expandidas para cerca de 2.500 municípios, área geográfica onde viviam aproximadamente 90% da população do país. Atenção básica de saúde Atenção Básica é o “conjunto de ações de saúde individuais, familiares e coletivas que envolvem promoção, prevenção, proteção, diagnóstico, tratamento, reabilitação, redução de danos, cuidados paliativos e vigilância em saúde, desenvolvida por meio de práticas de cuidado integrado e gestão qualificada, realizada com equipe multiprofissional e dirigida à população em território definido, sobre as quais as equipes assumem responsabilidade sanitária.” PRINCÍPIOS DA ATENÇÃO BÁSICA Integralidade Universalidade Equidade Diretrizes da atenção básica Regionalização e Hierarquização Territorialização e Adstrição População Adscrita Cuidado Centrado na Pessoa Resolutividade Longitudinalidade do cuidado Coordenar o cuidado Ordenar as redes Participação da comunidade Características da atenção básica Equipe de Saúde da Família (eSF) e equipe de Atenção Básica (eAB): Equipe de Saúde Bucal (eSB): Equipe do Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (Nasf-AB): Competências do Nasf-AB: • Participar do planejamento conjunto com as equipes que atuam na Atenção Básica à que estão vinculadas. • Contribuir para a integralidade do cuidado aos usuários do SUS principalmente por intermédio da ampliação da clínica, auxiliando no aumento da capacidade de análise e de intervenção sobre problemas e necessidades de saúde, tanto em termosclínicos quanto sanitários. • Realizar discussão de casos, atendimento individual, compartilhado, interconsulta, construção conjunta de projetos terapêuticos, educação permanente, intervenções no território e na saúde de grupos populacionais de todos os ciclos de vida, e da coletividade, ações intersetoriais, ações de prevenção e promoção da saúde, discussão do processo de trabalho das equipes dentre outros, no território. Poderão compor os Nasf-AB: Médico Acupunturista; Assistente Social; Profissional/Professor de Educação Física; Farmacêutico; Fisioterapeuta; Fonoaudiólogo; Médico Ginecologista/ Obstetra; Médico Homeopata; Nutricionista; Médico Pediatra; Psicólogo; Médico Psiquiatra; Terapeuta Ocupacional; Médico Geriatra; Médico Internista (clínica médica), Médico do Trabalho, Médico Veterinário, profissional com formação em arte e educação (arte educador) e profissional de saúde sanitarista.
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