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Experimento 1 Peˆndulo Simples Aline Werner 8 de abril de 2018 Suma´rio 1 Introduc¸a˜o 1 2 Objetivos 1 3 Fundamentac¸a˜o Teo´rica 1 4 Material Utilizado 3 5 Procedimento Experimental 3 6 Conclusa˜o 5 1 Introduc¸a˜o Este relato´rio tem como objetivo descrever as atividades realizadas na aula experimental da disciplina de F´ısica Geral e Experimental II, ocorrida no dia 16/03/2018 e ministrada pela professora De´bora Regina Roberti para o curso de Engenharia Aeroespacial da Universidade Federal de Santa Maria. 2 Objetivos O principal objetivo deste experimento e´ aplicar as treˆs Leis de Newton ao peˆndulo simples e, a partir disso, verificar a independeˆncia entre seu per´ıodo e sua amplitude (para pequenas oscilac¸o˜es) e massa, e a dependeˆncia entre seu per´ıodo e seu comprimento. Ale´m disso, o experimento objetiva o ca´lculo da acelerac¸a˜o da gravidade com base nos dados medidos. 3 Fundamentac¸a˜o Teo´rica Um peˆndulo simples e´ um objeto composto por uma part´ıcula de massa m, chamada de peso, suspensa por uma das extremidades de um fio inextens´ıvel, de massa desprez´ıvel e comprimento L, cuja outra extremidade esta´ fixa, como mostra a Figura 1. O peso pode oscilar para a esquerda e para a direita em relac¸a˜o a uma reta vertical que passa pela parte fixa do fio. As forc¸as que atuam sobre o peso sa˜o a forc¸a de trac¸a˜o ~T do fio, e a forc¸a peso ~P , que sa˜o mostradas na Figura 2. Quando o fio faz um aˆngulo θ com a vertical, podemos decompor o pesol em duas componentes: uma radial Pcosθ, e uma tangente Psenθ. A componente tangencial produz um torque restaurador, que tende a levar o peso a sua posic¸a˜o de equil´ıbrio, ou seja, a posic¸a˜o na qual θ = 0. 1 Figura 1: Peˆndulo simples Figura 2: Forc¸as atuantes em um peˆndulo simples Subsituindo essas forc¸as na equac¸a˜o τ = r⊥F , temos: τ = −LP senθ Como τ = Iα, na qual I e´ o momento de ine´rcia e α e´ a acelerac¸a˜o angular, a equac¸a˜o acima pode ser reescrita como: Iα = −LP senθ Sendo θ(t) um aˆngulo dependente do tempo, temos que α = d2θ(t) dt , e a equac¸a˜o anterior pode ainda ser reescrita como: I d2θ dt = −LP senθ ⇒ d 2θ dt = −L I P senθ Se θ ≈ 0, temos que sen θ = θ. E, substituindo P por mg, ficamos com d2θ(t) dt = −mgL I θ No Movimento Harmoˆnico Simples, a acelerac¸a˜o e´ dada pela equac¸a˜o a = ω2x(t), onde ω e´ a frequeˆncia angular. Comparando com a equac¸a˜o acima, podemos perceber que a corresponde a d 2θ dt e x(t) corresponde a θ(t). Dessa forma, ω2 = mgL I ⇒ ω = √ mgL I 2 Por outro lado, temos que I = mr2, onde r e´ o brac¸o. Neste caso, r = L, ou seja, o comprimento do fio ao qual esta´ preso o peso do peˆndulo. Tambe´m sabemos que ω = 2pi T ⇒ T = 2pi ω , onde T corresponde ao per´ıodo de oscilac¸a˜o. Sendo assim, chegamos a` equac¸a˜o do per´ıodo: T = 2pi √ I mgL ⇒ T = 2pi √ mL2 mgL ⇒ T = 2pi √ L g 4 Material Utilizado Para realizar este experimento, foram utilizados os seguintes materiais: • Peˆndulo com fio de comprimento altera´vel; • Cilindro meta´lico preso na extremidade livre do fio; • Cronoˆmetro; • Trena. 5 Procedimento Experimental Antes da aula experimental em si, houve uma parte teo´rica, na qual os conceitos essenciais relacionados ao experimento foram explicados e as fo´rmulas foram deduzidas. Tambe´m foi feito o desenho de um peˆndulo, em sua posic¸a˜o de equil´ıbrio e com um aˆngulo de afastamento, e as forc¸as atuantes em cada uma dessas situac¸o˜es foram representadas. O desenho em questa˜o pode ser visto na Figura 3. Figura 3: Peˆndulo em equil´ıbrio e fora de equil´ıbrio Com o peˆndulo devidamente posicionado em cima de uma mesa, foi realizada uma medic¸a˜o do fio com a trena, deixando seu comprimento igual a 20cm. Depois disso, o cilindro meta´lico preso a` ponta do fio foi deslocado a um aˆngulo de aproximadamente 10◦ em relac¸a˜o a` vertical e solto em seguida. Neste momento, o cronoˆmetro foi acionado. Ao final de 10 oscilac¸o˜es completas, o cronoˆmetro foi parado e o tempo marcado por ele foi dividido por 10, para que o per´ıodo de uma u´nica oscilac¸a˜o fosse encontrado. O valor resultante foi enta˜o anotado em uma tabela. Em seguida, este mesmo processo foi repetido por 9 vezes, totalizando 10 medic¸o˜es. O procedimento anterior tambe´m foi repetido para os seguintes comprimentos de fio: 40cm, 60cm, 80cm e 100cm. Apo´s isso, o per´ıodo me´dio para cada comprimento de fio foi calculado e tambe´m anotado. Os dados coletados sa˜o mostrados na tabela abaixo. 3 Figura 4: Tabela de medidas coletadas Com base nos dados anotados, foi constru´ıdo um gra´fico da varia´vel dependente T (s) em func¸a˜o da varia´vel independente L(cm). Os pontos (L, T ) foram marcados em papel milimetrado e foi esboc¸ada uma curva passando por eles. O resultado pode ser visto na Figura 5. Figura 5: Gra´fico TxL Notou-se que a curva obtida assemelhava-se ao gra´fico de uma equac¸a˜o do tipo y = √ x, o que significa que, elevando-se a varia´vel dependente T ao quadrado, obter´ıamos um gra´fico do tipo y = ax + b. Isso de fato ocorreu quando esboc¸amos o gra´fico T 2xL, que pode ser conferido na Figura 6, e obtivemos uma reta T 2 = aL+ b Figura 6: Gra´fico T 2xL Apo´s o esboc¸o do segundo gra´fico, foram escolhidos dois dos pontos (L, T 2) que melhor se adequaram com a reta formada. Estes foram utilizados para encontrar o coeficiente angular a da reta, atrave´s da 4 fo´rmula a = ∆T 2 ∆L . Os pontos escolhidos foram (0, 2; 0, 685) e (1; 3, 430), logo, a = 3, 430s− 0, 685s 1m− 0, 2m = 3.431s2/m. O coeficiente linear b da reta, que corresponde ao valor no eixo das ordenadas pelo qual esta passa, foi bastante pro´ximo a 0, e por esse motivo foi considerado como tal. A equac¸a˜o resultante foi T 2 = aL. Organizando os termos, obtivemos T = √ aL ⇒ T = √a √ L Comparando a equac¸a˜o acima e a equac¸a˜o T = 2pi √ L g , temos que √ a √ L = 2pi √ L√ g ⇒ √a = 2pi√ g ⇒ g = ( 2pi√ a )2 ⇒ g = 4pi a Substituindo na fo´rmula acima o valor encontrado para a, obtemos g = 11, 5m/s2. 6 Conclusa˜o O valor encontrado para a gravidade atrave´s do procedimento experimental foi um pouco diferente dquele medido na superf´ıcie terrestre por meio de instrumentos mais precisos. Isso de deve principalmente a erros de medic¸a˜o e ao reduzido nu´mero de algarismos significativos utilizados, resultando em um acu´mulo de pequenos erros e consequentemente uma menor precisa˜o nos ca´culos. Outro fator que contribuiu para essa diferenc¸a foi o esboc¸o do gra´fico da func¸a˜o, principalmente no que diz respeito a` escolha da reta, que pode na˜o ter sido a ideal, afetando o valor do coeficiente angular utilizado no ca´lculo da gravidade. Em geral, o experimento foi de extrema importaˆncia para o entendimento dos conceitos trabalhados durante as aulas teo´ricas de F´ısica II sobre Movimento Harmoˆnico Simples, em especial peˆndulo simples. 5 Introdução Objetivos Fundamentação Teórica Material Utilizado Procedimento Experimental Conclusão
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