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modulo 3 e 5 Historia do pensamento filosofico 1 semestre np1

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MODULO 3. O SURGIMENTO DA FILOSOFIA
Como surge a Filosofia? Ela surge repentinamente ou de modo lento e gradativo? Como ocorre a transição do pensamento mítico para o pensamento filosófico? Essa transição foi um processo lento e gradativo e não significou o desaparecimento das concepções míticas. Segundo Jean Pierre Vernant, em As origens do pensamento grego, esse pensamento racional denominado de Filosofia foi propiciado pelas formas de organização social, política e econômica da cidade-estado, assim, pode-se afirmar que a filosofia é filha da polis grega.
“O aparecimento da polis constitui, na história do pensamento grego, um acontecimento decisivo. Certamente, no plano intelectual como no domínio das instituições, só no fim alcançara todas as suas conseqüências; a polis conhecera etapas múltiplas e formas variadas. Entretanto, desde o seu advento, que se pode situar entre os séculos VIII e VII, marca um começo, uma verdadeira invenção; por ela, a vida social e as relações entre os homens tomam uma forma nova, cuja originalidade será plenamente sentida pelos gregos”. (VERNANT, J. P. As origens do pensamento grego. 10ª ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1998, p.41)
O palco principal da cidade grega era a Ágora, a praça pública, o lugar em que se faz a autonomia da palavra. A palavra era tão valorizada que os gregos a transformaram numa divindade, Pheitó, que representa a força, a capacidade da persuasão.  Não mais a palavra de ordem do rei divino, mas a palavra humana buscando através do conflito, da discussão, um sentido e o convencimento pela persuasão. A palavra não é mais uma forma justa a priori, mas está exposta a contestação. A polêmica, a discussão, a argumentação são as regras do jogo intelectual e político que é praticado a luz do sol, na Ágora, e tem como juiz o público, os cidadãos. Os conhecimentos, os conteúdos da cultura, não ficam mais restritos ao palácio, são agora expostos em praça pública a apreciações de todos, possuem um caráter de publicidade e passam a ser objeto de análise e de interpretação.
Dessa forma, pode-se concluir com Vernant, que as várias transformações que culminaram com a polis grega trouxeram em seu bojo a possibilidade de emergência do pensamento racional filosófico, assim, a filosofia é filha da polis.
Veja o exercício respondido, leia o(s) texto(s) indicado(s) abaixo e depois responda os exercícios propostos.do, leia o(s) texto(s) indicado(s) abaixo e depois responda os exercícios propostos.
 
Leitura básica
Texto: O nascimento da filosofia (Capítulo 3).ARANHA, Maria Lúcia de Arruda & MARTINS, Maria Helena P. Martins. Filosofando: Introdução à Filosofia. 4a ed. São Paulo: Moderna, 2009.
 
Leitura Complementar
Texto: A origem da Filosofia; O nascimento da Filosofia. (Capítulos 1 e 2 da Unidade 1) CHAUI, Marilena. Convite à filosofia. 13ª ed. São Paulo: Ática, 2003. 
Texto: O surgimento da filosofia na Grécia antiga. (Capítulo 1 da Parte I) MARCONDES, D. Iniciação à história da filosofia: dos pré-socráticos a Wittgenstein. 13ª Ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2010.
 
Exercício 
Sobre os primeiros filósofos, pode-se afirmar:
I Os primeiros filósofos buscavam responder qual era a arché, o princípio ou o fundamento das coisas existentes.
II Os primeiros filósofos foram posteriormente denominados pré-socráticos, por antecederem o filósofo Sócrates.
III Os primeiros filósofos buscavam explicar racionalmente o existente.
Assinale alternativa que possui a(s) afirmação(ções) correta(as):
a) Apenas I
b) Apenas II
c) Apenas I e II
MODULO 4. SÓCRATES E OS SOFISTAS
Sócrates, considerado o patrono da Filosofia, ficou conhecido graças às obras de dois de seus discípulos: Xenofonte e Platão. Sócrates não deixou nada escrito, ou melhor, não ditou nada para outro escrever, como era comum na época. Conhecemos Sócrates, principalmente, através dos diálogos de Platão, já que a obra de Xenofonte foi considerada pouco confiável.
No templo de Apolo, situado em Delfos, havia várias inscrições gravadas. Sócrates elege uma delas como lema: “Conhece-te a ti mesmo!" Assim, com Sócrates, a problemática será deslocada do âmbito cosmológico para o antropológico. Sócrates coloca o ser humano no centro da problemática e preocupa-se em buscar verdades que pudessem ser válidas para todos. O “conhece-te a ti mesmo” que ele pega emprestado do oráculo de Delfos e toma como lema, é a tentativa de buscar em cada um (particular) extrair uma verdade universal. Através da maiêutica, seu método de perguntas e respostas, busca dar a luz a verdades gerais. Tarefa nem sempre fácil, já que muitos diálogos que chegaram até nós, relatados por Platão, são aporéticos, isto é, sem solução.
Sócrates foi contemporâneo dos pensadores sofistas e foi interlocutor de alguns deles. A palavra sofista vem do grego sophós e significa “sábio”, “mestre em sabedoria”. Eles eram professores itinerantes que iam de cidade em cidade oferecendo suas aulas para aqueles que pudessem pagar. Deram importante contribuição para a sistematização do ensino e para o ideal democrático, uma vez que ofereciam um ensino prático, voltado para a argumentação e persuasão, necessário a vida política. Apesar da importante contribuição dos sofistas, em formar para atuação democrática, eles também receberam críticas de Sócrates, Platão e Aristóteles. Essas críticas eram feitas pelo fato dos sofistas cobrarem para ensinar e, também, por defenderem certo relativismo e não se preocuparem com a busca da verdade, como fazia Sócrates.
Como se sabe, Sócrates foi condenado à morte, ou mais especificamente ao suicídio, já que foi condenado a beber cicuta. A acusação: corromper a juventude e não acreditar nos deuses da cidade. E você o que pensa da condenação de Sócrates?
Veja o exercício respondido, leia o(s) texto(s) indicado(s) abaixo e depois responda os exercícios propostos.
 
Leitura básica
Texto: A experiência filosófica (Capítulo 1, Item 6). ARANHA, Maria Lúcia de Arruda & MARTINS, Maria Helena P. Martins. Filosofando: Introdução à Filosofia. 4a ed. São Paulo: Moderna, 2009. 
Texto: A busca da verdade (Capítulo 13). ARANHA, Maria Lúcia de Arruda & MARTINS, Maria Helena P. Martins. Filosofando: Introdução à Filosofia. 4a ed. São Paulo: Moderna, 2009.
 
Texto: O banquete – o amor (Capítulo: Platão). MARCONDES, Danilo. Textos Básicos de Filosofia: dos Pré-socráticos a Wittgenstein. 4a ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2005.
 
Leitura Complementar
 Texto: Defesa de Sócrates. SÓCRATES. Coleção Os pensadores. São Paulo: Nova Cultural, s/d.
 
Texto: Sócrates e os sofistas. (Capítulo 3 da Parte I)
MARCONDES, D. Iniciação à história da filosofia: dos pré-socráticos a Wittgenstein. 13ª Ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2010.
 
Exercício
Fazendo um paralelo entre Sócrates e a própria Filosofia se chegará à conclusão de que o lugar da Filosofia é na praça pública, por isso pode-se afirmar que a Filosofia tem uma vocação:
 
I Autoritária e individual
II Romântica e idealista
III Política e crítica
IV Idealista e mística
Assinale alternativa que possui a(s) afirmação(ções) correta(as):
a) Apenas I
b) Apenas II
c)  Apenas III
d) Apenas III e IV
e) Apenas I e II
Comentário da alternativa correta:
Com Sócrates a Filosofia desce do céu para terra, vai para a praça pública e passa a se ocupar com as questões humanas, daí ter como vocação ser política e crítica.
 
MODULO 5. A CAVERNA DE PLATÃO E A FILOSOFIA DE ARISTÓTELES
A Alegoria ou o mito da caverna é um texto clássico de Platão, que ilustra sua concepção sobre o processo de conhecimento. Ele conta a estória de prisioneiros acorrentados no interior de uma caverna e condenados a contemplarem as sombras projetadas no seu interior. Mas o que acontece se um prisioneiro conseguisse sair da caverna e contemplar o mundo real?
Para Platão, a definição das coisas está condicionada ao princípio de identidade e permanência. Ou seja, uma coisa é aquilo que é e não outra e deve ser sempre do mesmo modo. No mundo sensível, isto é, no nosso mundoconcreto, isso não é possível, já que ele é múltiplo e em constante mutação. Na visão de Platão este é o mundo das aparências, das sombras, mera cópia do mundo das idéias, do mundo real. A verdade encontra-se no mundo das idéias, idêntico e permanente, regido pelo conhecimento. Para atingir esse mundo das idéias é necessário depurar os sentidos dos enganos e erros e através do exercício filosófico ir ascendendo até a verdade. É necessário sair da caverna.
Assim, para Platão, o mundo sensível, é o nosso mundo material de cópias, de aparências, um mundo imperfeito, em constante mutação. Já o mundo inteligível, é o mundo imaterial das idéias. Este é perfeito e imutável.
Já Aristóteles, que foi discípulo de Platão, posteriormente irá criticar seu mestre em relação ao processo de conhecimento. Aristóteles não concorda com o dualismo platônico e reabilita a importância dos sentidos no processo de conhecimento. Vamos ver um trecho da sua obra Metafísica:
Por natureza, todos os homens desejam o conhecimento. Uma indicação disso é o valor que damos aos sentidos; pois, além de sua utilidade, são valorizados por si mesmos e, acima de tudo o da visão. Não apenas com vistas à ação, mas mesmo quando não se pretende ação alguma, preferimos a visão, em geral, a todos os outros sentidos. A razão disso é que a visão é, de todos eles, o que mais nos ajuda a conhecer as coisas, revelando muitas diferenças.
(...) É pela memória que os homens adquirem experiência, porque as inúmeras lembranças da mesma coisa produzem finalmente o efeito de uma experiência única. A experiência parece muito semelhante à ciência e à arte, mas na verdade é pela experiência  que os homens adquirem ciência e arte; pois, como diz Pólo com razão, “a experiência  produz arte, mas a inexperiência produz o acaso”. A arte se produz quando, a partir de muitas noções da experiência, se forma um juízo universal a respeito de objetos semelhante.
(MARCONDES, Danilo. Textos Básicos de Filosofia: dos Pré-socráticos a Wittgenstein. 2a ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2000, p.46)
Veja o exercício respondido, leia o(s) texto(s) indicado(s) abaixo e depois responda os exercícios propostos.
Leitura básica
Texto: A alegoria da caverna (Capítulo: Platão, texto: A República - a alegoria da caverna). MARCONDES, Danilo. Textos Básicos de Filosofia: dos Pré-socráticos a Wittgenstein. 4a ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2005.
Texto: A busca da verdade (Capítulo 13). ARANHA, Maria Lúcia de Arruda & MARTINS, Maria Helena P. Martins. Filosofando: Introdução à Filosofia. 4a ed. São Paulo: Moderna, 2009.
 
Leitura Complementar
Texto: A metafísica – o conhecimento (Capítulo: Aristóteles, texto: A metafísica – o conhecimento). MARCONDES, Danilo. Textos Básicos de Filosofia: dos Pré-socráticos a Wittgenstein. 4a ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2005.
 
Exercício
Em relação à alegoria da caverna é correto afirmar:
A) Aristóteles escreveu a alegoria da caverna para discordar dos filósofos da sua época que afirmavam que era impossível conhecer a causa das coisas devido ao perene movimento da realidade.
B) Quando Platão escreveu a alegoria da caverna ele desejava provar a Sócrates que as correntes da ignorância não podem ser quebradas e a virtude não pode ser ensinada a todos os homens.
C) De fato foi Platão quem escreveu a alegoria da caverna, mas seu objetivo era nos fazer pensar que somos prisioneiros nela e as coisas que vemos ao nosso redor são sombras projetadas na parede. Confundimos as sombras com a realidade, supondo que o que vemos é o mundo real, mas é necessário se afastar do senso comum e da opinião e buscar o verdadeiro conhecimento.
D) Ao escrever a alegoria da caverna, Protágoras desejou provar-nos que existem homens que estão acorrentados à forma ilusória como os sentidos captam o mudo real. Porém, existem homens – os sofistas – que podem “fugir” da caverna, buscando, pela reminiscência, o conhecimento verdadeiro.
E) Homero ao escrever a alegoria da caverna estava preocupado em demonstrar que existem vários níveis de conhecimento e várias etapas a serem percorridas até se chegar à verdade.
 
Comentário da alternativa correta:
Alegoria da caverna é de autoria de Platão e aborda um diálogo entre Sócrates e Glauco sobre uma espécie de morada subterrânea, com homens acorrentados, que contemplam sombras projetadas. Essa Alegoria ilustra a concepção de conhecimento de Platão, de acordo com a alternativa “c”.

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